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Com o cabeçalho "Testemunhas de Jeová Relembram Perseguição", o Jornal O Estado de São Paulo comentou: "A discriminação registrada entre 1933 e 1945 afetou a vida de cerca de 10 mil alemães que professavam a doutrina das Testemunhas de Jeová, contrária à política belicista de Adolf Hitler, e mais de 2.450 Testemunhas de Jeová perderam a vida. Os nazistas perseguiram, além de judeus, homossexual, ciganos e comunistas, cristãos que se recusavam a aderir ao regime. É o que as Testemunhas de Jeová vêm procurando divulgar e debater em vários países, incluindo o Brasil."

"Quando se fala de vítimas massacradas pelo regime nazista, a primeira coisa que muitos lembram é do extermínio de mais de 6 milhões de judeus" (Fabiano Alves Pereira, Testemunha de Jeová e professor de História). Existem uma série de pesquisas historiográficas que confirmam o fato de que as Testemunhas de Jeová por não jurarem lealdade ao Estado da Alemanha nazista, por serem pacifistas e recusarem o serviço militar, então foram críticadas por parte daqueles que as acusam de deslealdade à nação daquele regime, e por consequência foram perseguidas para serem enviadas para campos de concentração. As Testemunhas de Jeová procuram ser obedientes aos mandamentos de Deus, pois uma delas diz: "Não deves matar" (Êxodo 20:13), portanto demonstram sua lealdade a Deus, amando o próximo como a si mesmo (Marcos 12:31).

Os exemplos positivos dados destacaram a capacidade humana de resistir ao mal e de amar, são lições para as novas gerações. A resistência das Testemunhas de Jeová não foi armada. Elas resistiram por se apegarem a seus princípios religiosos apesar do preconceito, da propaganda contrária e da perseguição.


[editar] Vítimas por Opção
Os oradores chamaram a atenção também para o facto de as Testemunhas de Jeová terem sido vítimas por opção. "A guerra nazista contra os judeus visava a sua aniquilação e os deixou com poucas opções para escapar", explicou o Dr. Abraham J. Peck, Diretor Executivo do Museu do Holocausto de Houston, Texas, EUA. "A perseguição nazista contra as Testemunhas de Jeová visava a erradicação da religião. Por conseguinte, as Testemunhas de Jeová recebiam dos nazistas a oferta de liberdade, caso renunciassem à sua fé. A maioria das Testemunhas preferiu sofrer e enfrentar a morte junto com as outras vítimas do nazismo a apoiar a ideologia nazista de ódio e violência."

Como judeu polonês, o Dr. Ben Abraham, agora Vice-presidente da Associação Mundial dos Sobreviventes do Nazismo, passou cinco anos e meio em campos de concentração onde conheceu pessoalmente várias Testemunhas de Jeová. Ele disse: "A diferença entre as Testemunhas e todos os outros prisioneiros é que, se renunciassem à sua fé e se comprometessem a denunciar os outros que praticavam a mesma crença, seriam soltas na hora. Mas preferiam permanecer presas a renunciar à fé."


[editar] Reação aos Seminários
Os eventos foram muito bem recebidos pelas autoridades e pelos educadores. Alguns na assistência nunca tinham ouvido a história dos Triângulos Roxos. Num telegrama, o Governador do Estado do Rio de Janeiro escreveu: "Eventos como esse que servem para formar novas consciências e evitar novas agressões aos direitos da humanidade terão sempre o meu total apoio". E o Secretário de Saúde do mesmo estado reafirmou que é de suma importância manter viva na memória os crimes hediondos cometidos contra a humanidade. Desta forma, se transmitirá às novas gerações referências éticas para sua formação e escolha de valores na construção de um mundo mais fraterno e humanitário.

O Reitor Jacques Marcovitch, da Universidade de São Paulo, assistiu ao vídeo com a família e elogiou o material didático acompanhante. "Eles me fazem acreditar na infinita capacidade humana de amar" - assim se expressou Prof. Francisco C. T. Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, após assistir ao seminário.

As 800 pessoas que assistiram aos seminários nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo acharam os relatos dos sobreviventes muito comoventes. "Como uma pessoa poderia renunciar à sua fé em Deus e ainda ter uma consciência livre, uma relação verdadeira com Deus?", argumentou Rudolf Graichen, uma Testemunha de Jeová que sobreviveu ao ataque nazista. Outra sobrevivente no campo de concentração de Ravensbrück, Magdalena Kusserow Reuter, explica: "Eu me recusava a dizer "Heil Hitler" e a apoiar o Regime Nazista. Hitler queria ser um Messias, e nós não o reconhecíamos como tal."

2007-03-27 11:37:57 · 11 respostas · perguntado por Rubens D 5 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

11 respostas

Triângulo Roxo era o símbolo identificador dos adeptos da religião Testemunhas de Jeová nos campos de concentração Nazi. Fazem parte das vítimas amiúde esquecidas do Holocausto.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tri%C3%A2ngulo_roxo
Índice
1 Seminários sobre Triângulos Roxos
1.1 Vítimas por Opção
1.2 Reação aos Seminários
2 Referências
3 Ver também
4 Ligações externas
4.1 Sítios relacionados com os Triângulos Roxos
4.2 Sítios oficiais das Testemunhas de Jeová
4.3 Outros sites



Seminários sobre Triângulos Roxos
O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová aprovou a realização de seminários com palestras para divulgação dos Triângulos Roxos - As Vítimas Esquecidas do Nazismo, realizados nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, em Maio de 1999.

Um dos pontos altos dos seminários foi a exibição do documentário em vídeo intitulado As Testemunhas de Jeová Resistem ao Ataque Nazista. Os eventos não tiveram por objectivo apenas recordar as atrocidades cometidas pelo Nazismo. A edição especial desse vídeo para salas de aula, apresentada por James N. Pellechia, do Departamento de Relações Públicas da sede mundial das Testemunhas de Jeová, contém 28 minutos de comentários históricos e relatos de sobreviventes de campos de concentração. Uma cópia do vídeo e sugestões sobre como usá-lo nas salas de aula estão sendo fornecidas gratuitamente aos professores.

Com o cabeçalho "Testemunhas de Jeová Relembram Perseguição", o Jornal O Estado de São Paulo comentou: "A discriminação registrada entre 1933 e 1945 afetou a vida de cerca de 10 mil alemães que professavam a doutrina das Testemunhas de Jeová, contrária à política belicista de Adolf Hitler, e mais de 2.450 Testemunhas de Jeová perderam a vida. Os nazistas perseguiram, além de judeus, homossexual, ciganos e comunistas, cristãos que se recusavam a aderir ao regime. É o que as Testemunhas de Jeová vêm procurando divulgar e debater em vários países, incluindo o Brasil."

"Quando se fala de vítimas massacradas pelo regime nazista, a primeira coisa que muitos lembram é do extermínio de mais de 6 milhões de judeus" (Fabiano Alves Pereira, Testemunha de Jeová e professor de História). Existem uma série de pesquisas historiográficas que confirmam o fato de que as Testemunhas de Jeová por não jurarem lealdade ao Estado da Alemanha nazista, por serem pacifistas e recusarem o serviço militar, então foram críticadas por parte daqueles que as acusam de deslealdade à nação daquele regime, e por consequência foram perseguidas para serem enviadas para campos de concentração. As Testemunhas de Jeová procuram ser obedientes aos mandamentos de Deus, pois uma delas diz: "Não deves matar" (Êxodo 20:13), portanto demonstram sua lealdade a Deus, amando o próximo como a si mesmo (Marcos 12:31).

Os exemplos positivos dados destacaram a capacidade humana de resistir ao mal e de amar, são lições para as novas gerações. A resistência das Testemunhas de Jeová não foi armada. Elas resistiram por se apegarem a seus princípios religiosos apesar do preconceito, da propaganda contrária e da perseguição.


Vítimas por Opção
Os oradores chamaram a atenção também para o facto de as Testemunhas de Jeová terem sido vítimas por opção. "A guerra nazista contra os judeus visava a sua aniquilação e os deixou com poucas opções para escapar", explicou o Dr. Abraham J. Peck, Diretor Executivo do Museu do Holocausto de Houston, Texas, EUA. "A perseguição nazista contra as Testemunhas de Jeová visava a erradicação da religião. Por conseguinte, as Testemunhas de Jeová recebiam dos nazistas a oferta de liberdade, caso renunciassem à sua fé. A maioria das Testemunhas preferiu sofrer e enfrentar a morte junto com as outras vítimas do nazismo a apoiar a ideologia nazista de ódio e violência."

Como judeu polonês, o Dr. Ben Abraham, agora Vice-presidente da Associação Mundial dos Sobreviventes do Nazismo, passou cinco anos e meio em campos de concentração onde conheceu pessoalmente várias Testemunhas de Jeová. Ele disse: "A diferença entre as Testemunhas e todos os outros prisioneiros é que, se renunciassem à sua fé e se comprometessem a denunciar os outros que praticavam a mesma crença, seriam soltas na hora. Mas preferiam permanecer presas a renunciar à fé."


Reação aos Seminários
Os eventos foram muito bem recebidos pelas autoridades e pelos educadores. Alguns na assistência nunca tinham ouvido a história dos Triângulos Roxos. Num telegrama, o Governador do Estado do Rio de Janeiro escreveu: "Eventos como esse que servem para formar novas consciências e evitar novas agressões aos direitos da humanidade terão sempre o meu total apoio". E o Secretário de Saúde do mesmo estado reafirmou que é de suma importância manter viva na memória os crimes hediondos cometidos contra a humanidade. Desta forma, se transmitirá às novas gerações referências éticas para sua formação e escolha de valores na construção de um mundo mais fraterno e humanitário.

O Reitor Jacques Marcovitch, da Universidade de São Paulo, assistiu ao vídeo com a família e elogiou o material didático acompanhante. "Eles me fazem acreditar na infinita capacidade humana de amar" - assim se expressou Prof. Francisco C. T. Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, após assistir ao seminário.

As 800 pessoas que assistiram aos seminários nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo acharam os relatos dos sobreviventes muito comoventes. "Como uma pessoa poderia renunciar à sua fé em Deus e ainda ter uma consciência livre, uma relação verdadeira com Deus?", argumentou Rudolf Graichen, uma Testemunha de Jeová que sobreviveu ao ataque nazista. Outra sobrevivente no campo de concentração de Ravensbrück, Magdalena Kusserow Reuter, explica: "Eu me recusava a dizer "Heil Hitler" e a apoiar o Regime Nazista. Hitler queria ser um Messias, e nós não o reconhecíamos como tal."

2007-03-27 14:52:42 · answer #1 · answered by Pauloyahoo 4 · 0 0

Testemunhas de Jeová, negros, homossexuais, ciganos , deficientes mentais e físicos e próprios alemães contra a ditadura de Hitler.

2007-03-27 16:49:37 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

Bem, essa questao fo levantada por mim faz uns 3 meses aqui mesmo. Nao somente os TRIANGULOS ROXOS foram esquecido, bem como os ciganos, os deficientes mentais, os curdos, dentre outros. Na guerra, todos perdem, absolutamente todos.

2007-03-27 16:22:36 · answer #3 · answered by Leandro Piazzon 4 · 0 0

muito bem vc tem toda a razão,não só as testemunhas de jeová ,entre suas vitimas dos nazistas também estavam os indesejáveis da europa como os ciganos,deficientes físicos e mentais,os raros negros e mestiços da europa,os eslavos que eram considerados uma "sub-raça".
bjs!!!

2007-03-27 11:51:58 · answer #4 · answered by rmaraes 7 · 0 0

pois é...

2007-03-27 11:50:15 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 0

É verdade..Testemunhas de Jeová, homossexuais, ciganos , deficientes físicos e dissidentes políticos foram mortos ao milhões e também devem ser lembrados com respeito...que pelo menos o horror e a barbárie nazista sirvam para nos lembrar onde a intolerância humana pode chegar...

2007-03-27 11:49:26 · answer #6 · answered by Advicer 7 · 0 0

Os ciganos.

2007-03-27 11:49:26 · answer #7 · answered by Atanásio 6 · 0 0

Não só Testemunhas de Jeová, mas também padres católicos, negros, ciganos, alemães que fossem contrários ao nazismo, e qualquer outro grupo ou indivíduo que não concordasse com as idéias de Hitler.

Um abraço!

2007-03-27 11:47:50 · answer #8 · answered by o pequeno aprendiz 3 · 0 0

Eu não li toda a sua pergunta, mas vitimas do nazismo foram também os Testemunhas de Jeova, os ciganos e qualquer outra minoria que ele não gostavam.

JK

2007-03-27 11:47:37 · answer #9 · answered by Os Okampas 7 · 0 0

Apesar de ser ateu eu sempre tive repúdio ao nazismo e as perseguições e insanidades nazistas, espero que isso nunca mais se repita neste planeta e que as testemunhas de jeová tenham o seu reconhecimento histórico. Mas hitler não queria ser messias, ele queria governar o mundo inteiro com o seu 3.° Rietch e seus bonequinhos loiros de olhos azuis perfeitos.
Outra coisa sou extremamente contra a cegueira das testemunhas de jeová que acham que transfusão de sangue e transplante de órgãos é pecado e que se fizerem isso vão para no inferno. Algumas testemunhas de Jeová e Nazistas tem isso em comum: fanatismo. Assim como em qualquer outro lugar, faz mal e destrói a capacidade humana de fazer aquilo que é racional.

2007-03-27 11:55:02 · answer #10 · answered by aprateu 4 · 0 1

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