Fecundidade em mães até 19 anos é única que cresce. No Rio, 1.755 são menores de 14 anos
Aos 10 anos, mãe. Em vez das brincadeiras naturais de sua idade, Stephane enfrentou depressão pós-parto, situação difícil até para uma mulher adulta. Precisou superá-la, amamentar e cuidar de um bebê, aprendeu a trocar fraldas e abandonou os estudos. Hoje, sua filha tem 2, e ela, grávida mais uma vez, completou 13. Na cidade do Rio, uma a cada oito adolescentes de 15 e 19 anos é mãe. O atendimento custa à rede pública R$ 14 milhões por ano no estado. É um problema que não se pode mais empurrar com a barriga.
Assim como o número de filhos cresce ao diminuir a renda — situação revelada ontem por O DIA na série sobre planejamento familiar —, a gravidez precoce atinge principalmente comunidades pobres. Stephane mora em favela da Zona Sul, não estuda nem trabalha. O pai de sua filha tem 18 anos e renda que mal chega a um mínimo (R$ 350).
2007-03-26
07:34:24
·
9 respostas
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perguntado por
Pensatore
7
em
Gravidez e Maternidade
➔ Gravidez
Ao todo, o Estado do Rio tem 230.195 mães adolescentes.
Apesar de as taxas de fecundidade terem caído quase pela metade desde 1980, as estatísticas mostram que o único índice que cresceu foi o de mães adolescentes. “As meninas menstruam e entram na vida sexual cada vez mais cedo”, analisa o economista Marcelo Néri, autor da pesquisa ‘Perfil das Mães Brasileiras’. Casos tão precoces quanto o de Stephane já não são incomuns. A experiência de ser mãe faz parte da infância de 1.755 meninas de 10 a 14 anos no Rio.
Não é por falta de informação. Para a chefe do Pré-Natal do IFF, a maior parte das meninas conhece os métodos contraceptivos. “A maioria pensa: ‘Não vai acontecer comigo’. É como os jovens que dirigem em alta velocidade”.
E você o que acha? O que leva essas meninas a se envolverem sexualmente tão cedo?
2007-03-26
07:35:31 ·
update #1
Fonte: Jornal O Dia 26/03/2007
http://odia.terra.com.br/rio/htm/geral_89436.asp
2007-03-26
07:36:31 ·
update #2