A Força Ativa de Deus; EspÃrito Santo. A grandÃssima maioria das ocorrências de rú·ahh e pneú·ma está relacionada com o espÃrito de Deus, sua força ativa, seu espÃrito santo.
Não é uma pessoa. Foi só no quarto século EC que o ensino de o espÃrito santo ser uma pessoa e parte da “Divindade” tornou-se dogma oficial da igreja. Os primitivos “pais” da igreja não ensinavam isso; Justino, o Mártir, do segundo século EC, ensinava que o espÃrito santo era ‘uma influência ou um modo de agir da Deidade’; Hipólito tampouco atribuiu personalidade ao espÃrito santo. As próprias Escrituras estão unidas em mostrar que o espÃrito santo de Deus não é uma pessoa, mas é a força ativa de Deus, pela qual ele realiza seus propósitos e executa sua vontade.
Deve-se primeiro notar que as palavras “no céu: o Pai, a Palavra, e o EspÃrito Santo; e estes três são um” (Al), encontradas em traduções mais antigas em 1 João 5:7, na realidade são acréscimos espúrios ao texto original. Uma nota de rodapé em A BÃblia de Jerusalém, uma tradução católica, diz que este acréscimo está “ausente dos antigos mss [manuscritos] gregos, das antigas versões e dos melhores mss da Vulg. [Vulgata]”. A Textual Commentary on the Greek New Testament (Comentário Textual Sobre o Novo Testamento Grego), de Bruce Metzger (1975, pp. 716-718), delineia em pormenores a história dessa passagem espúria. Declara que a passagem é primeiro encontrada num tratado intitulado Liber Apologeticus, do quarto século, e que ela aparece em manuscritos do latim antigo e na Vulgata das Escrituras, a partir do sexto século. As traduções modernas, como um todo, tanto católicas como protestantes, não incluem essas palavras no corpo principal do texto, por reconhecerem sua natureza espúria. — IBB, MC, PIB.
Personificação não prova personalidade. à verdade que Jesus falou do espÃrito santo como “ajudador” e falou de tal ajudador como ‘ensinando’, ‘dando testemunho’, ‘dando evidência’, ‘guiando’, ‘falando’, ‘ouvindo’ e ‘recebendo’. Ao fazer isso, o grego original mostra que Jesus, à s vezes, aplicava o pronome pessoal masculino a este “ajudador” (paracleto). (Veja Jo 14:16, 17, 26; 15:26; 16:7-15.) No entanto, não é incomum, nas Escrituras, que aquilo que realmente não é pessoa seja personalizado ou personificado. A sabedoria é personificada no livro de Provérbios (1:20-33; 8:1-36); e formas pronominais femininas são usadas para ela no original hebraico, como também em muitas traduções. A sabedoria é também personificada em Mateus 11:19 e em Lucas 7:35, onde é apresentada como tendo tanto “obras” como “filhos”. O apóstolo Paulo personalizou o pecado e a morte, e também a benignidade imerecida, como ‘reinando’. (Ro 5:14, 17, 21; 6:12) Fala do pecado como “recebendo induzimento”, ‘produzindo cobiça’, ‘seduzindo’ e ‘matando’. (Ro 7:8-11) Todavia, é óbvio que Paulo não queria dizer que o pecado era realmente uma pessoa.
Assim, também, as palavras de Jesus sobre o espÃrito santo, no relato de João, têm de ser tomadas em harmonia com o contexto. Jesus personalizou o espÃrito santo ao falar daquele espÃrito como “ajudador” (que em grego é o substantivo masculino pa·rá·kle·tos). Portanto, João apresenta as palavras de Jesus corretamente como se referindo a este aspecto de “ajudador” do espÃrito com pronome pessoal masculino. Por outro lado, no mesmo contexto, quando usa a palavra grega pneú·ma, João emprega um pronome neutro para se referir ao espÃrito santo, a própria palavra pneú·ma sendo neutra. Assim, temos no uso que João faz do pronome pessoal masculino em associação com pa·rá·kle·tos um exemplo de concordância com as regras gramaticais, não uma expressão de doutrina. — Jo 14:16, 17; 16:7, 8.
Não tem identificação como pessoa. Visto que o próprio Deus é EspÃrito e é santo, e visto que todos os seus fiéis filhos angélicos são espÃritos e são santos, é evidente que, se o “espÃrito santo” fosse pessoa, as Escrituras deveriam razoavelmente fornecer alguns meios para diferenciar e identificar tal pessoa espiritual dentre todos esses outros ‘espÃritos santos’. Seria de esperar que, pelo menos, se usasse o artigo definido para ele em todos os casos onde não é chamado de “espÃrito santo de Deus”, ou não é modificado por alguma expressão similar. Isto pelo menos o distinguiria como O EspÃrito Santo. Mas, ao contrário, em grande número de casos, a expressão “espÃrito santo” aparece no grego original sem o artigo, indicando assim ausência de personalidade. — Veja At 6:3, 5; 7:55; 8:15, 17, 19; 9:17; 11:24; 13:9, 52; 19:2; Ro 9:1; 14:17; 15:13, 16, 19; 1Co 12:3; He 2:4; 6:4; 2Pe 1:21; Ju 20, Int e outras traduções interlineares.
Como se batiza em seu “nome”. Em Mateus 28:19, mencionam-se “o nome do Pai, e do Filho, e do espÃrito santo”. Um “nome” pode significar algo diferente de um nome pessoal. Em português, quando dizemos “em nome da lei”, ou “em nome do bom senso”, não nos referimos a uma pessoa como tal. Por “nome”, em tais expressões, queremos dizer ‘aquilo que a lei representa, ou sua autoridade’, e ‘aquilo que o bom senso representa ou exige’. O termo grego para “nome” (ó·no·ma) também pode ter este sentido. Assim, ao passo que algumas traduções (KJ; AS; Tr) seguem literalmente o texto grego, em Mateus 10:41, e dizem que aquele que “receber um profeta no nome dum profeta receberá a recompensa dum profeta; e aquele que receber um homem justo no nome dum homem justo receberá a recompensa dum homem justo”, traduções mais modernas dizem: “Quem recebe um profeta na qualidade de profeta”, e: “Quem recebe um justo na qualidade de justo”, ou algo similar. (BJ, BMD, BV, NM) Neste respeito, Word Pictures in the New Testament (Quadros Verbais no Novo Testamento; 1930, Vol. I, p. 245), de Robertson, diz sobre Mateus 28:19: “O uso de nome (onoma) aqui é um uso comum na Septuaginta e nos papiros para simbolizar poder ou autoridade.” Portanto, o batismo ‘em o nome do espÃrito santo’ subentende o reconhecimento deste espÃrito como tendo por fonte a Deus e como exercendo sua função segundo a vontade divina.
Outra evidência de sua natureza impessoal. Evidência adicional contrária à idéia de personalidade atribuÃda ao espÃrito santo é o modo em que é usado em associação com outras coisas impessoais, tais como água e fogo (Mt 3:11; Mr 1:8); e fala-se de cristãos como batizados “em espÃrito santo”. (At 1:5; 11:16) Insta-se com as pessoas a ficarem ‘cheias de espÃrito’, em vez de vinho. (Ef 5:18) Assim, também, fala-se de pessoas como ‘cheias’ dele, junto com qualidades tais como sabedoria e fé (At 6:3, 5; 11:24), ou alegria (At 13:52); e espÃrito santo é inserido, ou intercalado, entre diversas de tais qualidades, em 2 CorÃntios 6:6. à bem improvável que se fizessem tais expressões se o espÃrito santo fosse uma pessoa divina. Quanto a o espÃrito ‘dar testemunho’ (At 5:32; 20:23), deve-se notar que se diz a mesma coisa a respeito da água e do sangue, em 1 João 5:6-8. Ao passo que alguns textos se referem ao espÃrito como ‘dando testemunho’, ‘falando’ ou ‘dizendo’ coisas, outros textos tornam claro que ele falou por meio de pessoas, sem ter voz pessoal própria. (Veja He 3:7; 10:15-17; Sal 95:7; Je 31:33, 34; At 19:2-6; 21:4; 28:25.) De modo que pode ser comparado a ondas de rádio, que podem transmitir uma mensagem de alguém falando ao microfone e fazer sua voz ser ouvida por outros a grande distância, na realidade, ‘falando’ a mensagem por meio dum alto-falante. Deus, por seu espÃrito, transmite suas mensagens e comunica sua vontade à mente e ao coração dos seus servos na terra, os quais, por sua vez, podem transmitir esta mensagem a mais outros.
Diferençado de “poder”. Portanto, rú·ahh e pneú·ma, quando usados com referência ao espÃrito santo de Deus, referem-se à força ativa invisÃvel de Deus, pela qual ele realiza seu propósito e vontade divinos. à “santo”, porque procede Dele, não duma fonte terrestre, e está livre de toda a corrupção, como “o espÃrito de santidade”. (Ro 1:4) Não é o “poder” de Jeová, porque esta palavra portuguesa traduz mais corretamente outros termos nas lÃnguas originais (hebr.: kó·ahh; gr.: dý·na·mis). Rú·ahh e pneú·ma são palavras usadas em Ãntima associação, ou mesmo em paralelo, com esses termos que significam “poder”, o que mostra que há uma inerente interligação entre eles, e, ainda assim, uma nÃtida diferença. (Miq 3:8; Za 4:6; Lu 1:17, 35; At 10:38) “Poder”, basicamente, é a habilidade ou capacidade de atuar ou de fazer coisas, e pode ser latente, dormente ou inativamente residente em alguém ou em alguma coisa. “Força”, por outro lado, descreve mais especificamente energia projetada e exercida sobre pessoas ou coisas, e pode ser definida como “uma influência que produz ou tende a produzir movimento, ou a mudança de movimento”. “Poder” pode ser assemelhado à energia acumulada numa bateria, ao passo que “força” pode ser comparada à corrente elétrica que flui de tal bateria. “Força”, portanto, representa mais exatamente o sentido dos termos hebraico e grego relacionados com o espÃrito de Deus, e isto é corroborado pela consideração das Escrituras.
Seu Uso na Criação. Jeová Deus realizou a criação do universo material por meio de seu espÃrito, ou força ativa. A respeito do planeta Terra, nos seus primitivos estágios formativos, o registro declara que “a força ativa [ou “espÃrito” (rú·ahh)] de Deus movia-se por cima da superfÃcie das águas”. (Gên 1:2) O Salmo 33:6 diz: “Pela palavra de Jeová foram feitos os próprios céus, e pelo espÃrito de sua boca, todo o exército deles.” Igual a um poderoso sopro, o espÃrito de Deus pode ser enviado para exercer poder, embora não haja contato corporal com aquilo sobre o que age. (Veja Ãx 15:8, 10.) Ao passo que um artÃfice humano usaria a força das suas mãos e dos seus dedos para produzir algo, Deus usa seu espÃrito. Por isso, fala-se de tal espÃrito também como “mãos” ou “dedos” de Deus. — Compare Sal 8:3; 19:1; Mt 12:28, com Lu 11:20.
A ciência moderna chama a matéria de energia organizada, como feixes de energia, e reconhece que “a matéria pode ser transformada em energia, e a energia pode ser transformada em matéria”. (Enciclopédia Delta Universal, Vol. 9, p. 5140) A imensidão do universo que o homem já conseguiu discernir por meio de seus telescópios dá uma leve idéia da inesgotável fonte de energia encontrada em Jeová Deus. Conforme escreveu o profeta: “Quem mediu as proporções do espÃrito de Jeová?” — Is 40:12, 13, 25, 26.
Fonte da vida animada, da faculdade de reprodução. Não somente a criação inanimada, mas também toda a criação animada deve sua existência e vida à operação do espÃrito de Jeová, que produziu as criaturas viventes originais por meio das quais todas as atuais criaturas viventes vieram à existência. (Compare isso com Jó 33:4; veja neste artigo a seção “Fôlego; Fôlego de Vida; Força de Vida”.) Jeová usou seu espÃrito santo para reavivar as faculdades reprodutivas de Abraão e de Sara, e por isso se podia falar de Isaque como tendo “nascido na maneira do espÃrito”. (Gál 4:28, 29) Deus, por seu espÃrito, também transferiu a vida de seu Filho do céu para a terra, induzindo a concepção no ventre da virgem judia, Maria. — Mt 1:18, 20; Lu 1:35.
EspÃrito Usado a Favor dos Servos de Deus. Uma das principais operações do espÃrito de Deus envolve sua capacidade de informar, de iluminar, de revelar coisas. Por isso, Davi podia orar: “Ensina-me a fazer a tua vontade, porque tu és o meu Deus. Teu espÃrito é bom; guie-me ele na terra da retidão.” (Sal 143:10) Bem antes, José havia fornecido a interpretação dos sonhos proféticos de Faraó, habilitado para isso pela ajuda de Deus. O governante egÃpcio reconheceu a operação do espÃrito de Deus sobre José. (Gên 41:16, 25-39) Este poder iluminador do espÃrito é especialmente notável nas profecias. As profecias, conforme mostra o apóstolo, não procederam de interpretação humana das circunstâncias ou dos eventos; não resultaram de alguma habilidade inata dos profetas, de explicar o sentido e o significado destes, ou de predizer o aspecto de eventos futuros. Antes, esses homens “eram movidos por espÃrito santo” — induzidos, movidos ou guiados pela força ativa de Deus. (2Pe 1:20, 21; 2Sa 23:2; Za 7:12; Lu 1:67; 2:25-35; At 1:16; 28:25; veja PROFECIA; PROFETA.) Do mesmo modo, também as Escrituras inspiradas, na sua inteireza, foram ‘inspiradas por Deus’, expressão que traduz a grega the·ó·pneu·stos, que significa literalmente ‘sopradas por Deus’. (2Ti 3:16) O espÃrito operava de diversas maneiras na comunicação com esses homens e em orientá-los, em alguns casos fazendo-os ter visões ou sonhos (Ez 37:1; Jl 2:28, 29; Re 4:1, 2; 17:3; 21:10), mas em todos os casos operando sobre a mente e o coração deles, para motivá-los e guiá-los segundo o propósito de Deus. — Da 7:1; At 16:9, 10; Re 1:10, 11; veja INSPIRAÃÃO.
Portanto, o espÃrito de Deus não somente dá revelação e entendimento da vontade de Deus, mas também energiza Seus servos a realizar coisas em harmonia com esta vontade. Este espÃrito atua como força impulsora que os move e impele, assim como Marcos diz que o espÃrito “impeliu” Jesus a ir para o ermo, após o seu batismo. (Mr 1:12; compare isso com Lu 4:1.) Pode ser como um “fogo” dentro deles, fazendo-os ficar “fervorosos” com esta força (1Te 5:19; At 18:25; Ro 12:11), em certo sentido aumentando neles ‘energia’ ou pressão para realizar certa obra. (Veja Jó 32:8, 18-20; 2Ti 1:6, 7.) Recebem “o poder do espÃrito”, ou “poder por intermédio de seu espÃrito”. (Lu 2:27; Ef 3:16; compare isso com Miq 3:8.) No entanto, não se trata apenas dum impulso inconsciente, cego, porque afeta também a mente e o coração deles, de modo que podem cooperar inteligentemente com a força ativa que lhes é dada. O apóstolo podia assim dizer a respeito daqueles que haviam recebido o dom de profecia, na congregação cristã, que “os dons do espÃrito dos profetas hão de ser controlados pelos profetas”, a fim de manter a boa ordem. — 1Co 14:31-33.
Variedade de operações. Assim como se pode usar uma corrente elétrica para realizar uma enorme variedade de tarefas, assim o espÃrito de Deus é usado para comissionar e habilitar pessoas a fazer uma ampla variedade de coisas. (Is 48:16; 61:1-3) Conforme Paulo escreveu a respeito dos dons milagrosos do espÃrito nos seus dias: “Ora, há variedades de dons, mas há o mesmo espÃrito; e há variedades de ministérios, contudo há o mesmo Senhor; e há variedades de operações, contudo é o mesmo Deus quem realiza todas as operações em todas as pessoas. Mas a manifestação do espÃrito é dada a cada um com um objetivo proveitoso.” — 1Co 12:4-7.
O espÃrito tem força ou capacidade habilitadora; pode habilitar pessoas para um serviço ou para um cargo. Embora Bezalel e Ooliabe talvez conhecessem os ofÃcios antes da sua designação relacionada com a fabricação do equipamento do tabernáculo e das vestes sacerdotais, o espÃrito de Deus ‘encheu-os com sabedoria, entendimento e conhecimento’, para que a obra fosse feita da maneira intencionada. Aumentou suas habilidades naturais e o conhecimento que já tivessem, e habilitou-os a instruir outros. (Ãx 31:1-11; 35:30-35) O plano arquitetônico para o posterior templo foi dado a Davi por inspiração, quer dizer, pela operação do espÃrito de Deus, habilitando assim Davi a empreender uma extensa obra preparatória para o projeto. — 1Cr 28:12.
O espÃrito de Deus agiu sobre Moisés e por meio dele para profetizar e para realizar atos milagrosos, bem como para liderar a nação e atuar como juiz dela, prefigurando assim o papel futuro de Cristo Jesus. (Is 63:11-13; At 3:20-23) No entanto, Moisés, como humano imperfeito, achou pesada a carga de responsabilidade, e Deus ‘tirou um pouco do espÃrito que havia sobre Moisés e o colocou sobre 70 anciãos’, para que ajudassem a levar a carga. (Núm 11:11-17, 24-30) O espÃrito tornou-se também ativo em Davi a partir do momento em que foi ungido por Samuel, guiando-o e preparando-o para o seu futuro reinado. — 1Sa 16:13.
Josué ficou “cheio do espÃrito de sabedoria” como sucessor de Moisés. Mas o espÃrito não produziu nele a capacidade de profetizar ou de realizar obras milagrosas ao ponto que fizera com Moisés. (De 34:9-12) Todavia, habilitou Josué a liderar Israel na campanha militar que resultou na conquista de Canaã. De maneira similar, o espÃrito de Jeová “envolveu” outros homens, ‘impelindo-os’ como lutadores a favor do povo de Deus, lutadores tais como Otniel, Gideão, Jefté e Sansão. — Jz 3:9, 10; 6:34; 11:29; 13:24, 25; 14:5, 6, 19; 15:14.
O espÃrito de Deus energizou homens a falar a Sua mensagem de verdade com destemor e coragem perante opositores e ao risco da sua vida. — Miq 3:8.
Ser o espÃrito de Deus ‘derramado’ sobre os do seu povo é evidência do Seu favor, e resulta em bênçãos e os torna prósperos. — Ez 39:29; Is 44:3, 4.
Julgar e executar julgamento. Deus, por meio do seu espÃrito, faz o julgamento de homens e de nações; executa também o julgamento decretado — punindo ou destruindo. (Is 30:27, 28; 59:18, 19) Em tais casos, rú·ahh pode apropriadamente ser vertido por “sopro”, como quando Jeová fala de fazer ‘irromper um sopro [rú·ahh] de vendavais’ no seu furor. (Ez 13:11, 13; compare isso com Is 25:4; 27:8.) O espÃrito de Deus pode alcançar qualquer lugar, agindo a favor ou contra aqueles que recebem Sua atenção. — Sal 139:7-12.
Em Revelação (Apocalipse) 1:4, os “sete espÃritos” de Deus são mencionados como estando diante do Seu trono, e depois se dão sete mensagens, cada uma concluindo com a admoestação de que se “ouça o que o espÃrito diz à s congregações”. (Re 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22) Estas mensagens contêm pronúncias de julgamento, esquadrinhadoras do coração, e promessas de recompensa pela fidelidade. Mostra-se o Filho de Deus como tendo esses “sete espÃritos de Deus” (Re 3:1); e estes são chamados de “sete lâmpadas de fogo” (Re 4:5), e também de sete olhos do cordeiro que é morto, “olhos que significam os sete espÃritos de Deus, os quais têm sido enviados à terra inteira”. (Re 5:6) Visto que em outros textos proféticos se usa sete como representando totalidade (veja NÃMERO, NUMERAL), parece que estes sete espÃritos simbolizam a plena capacidade ativa de observação, discernimento ou percepção do glorificado Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, habilitando-o a inspecionar toda a terra.
A Palavra de Deus é a “espada” do espÃrito (Ef 6:17), que revela o que a pessoa realmente é, expondo ocultas qualidades ou atitudes do coração, e induzindo-a a abrandar o coração e harmonizar-se com a vontade de Deus expressa por esta Palavra, ou então a endurecer seu coração em rebelião. (Veja He 4:11-13; Is 6:9, 10; 66:2, 5.) Portanto a Palavra de Deus desempenha um papel importante na predição de julgamentos adversos, e visto que a palavra ou mensagem de Deus tem de ser cumprida, o cumprimento desta palavra produz uma ação semelhante à do fogo em palha, e como a dum malho que despedaça o rochedo. (Je 23:28, 29) Cristo Jesus, como principal Porta-voz de Deus, como “A Palavra de Deus”, declara as mensagens divinas de julgamento e está autorizado a ordenar a execução desses julgamentos nos assim julgados. Sem dúvida, este é o sentido das referências a ele eliminar os inimigos de Deus “com o espÃrito [a força ativa] de sua boca”. — Veja 2Te 2:8; Is 11:3, 4; Re 19:13-16, 21.
O espÃrito de Deus atua como “ajudador” da congregação. Conforme Jesus prometeu, quando ascendeu ao céu, ele solicitou ao Pai o espÃrito santo, ou a força ativa de Deus, e se lhe concedeu autoridade de usar este espÃrito. ‘Derramou-o’ sobre os seus discÃpulos fiéis no dia de Pentecostes, continuando a fazer isso depois para com aqueles que se voltavam para Deus por meio do Seu Filho. (Jo 14:16, 17, 26; 15:26; 16:7; At 1:4, 5; 2:1-4, 14-18, 32, 33, 38) Assim como tinham sido batizados em água, agora foram todos ‘batizados em um só corpo’ por este único espÃrito, como que sendo imersos nele, do mesmo modo em que se pode meter um pedaço de ferro num campo magnético e assim magnetizá-lo. (1Co 12:12, 13; compare isso com Mr 1:8; At 1:5.) Embora o espÃrito de Deus já antes tivesse operado nos discÃpulos, conforme se evidenciou por poderem expulsar demônios (veja Mt 12:28; Mr 3:14, 15), operava agora neles de maneira aumentada e mais intensa, e em modos novos, como nunca antes. — Veja Jo 7:39.
Cristo Jesus, como Rei messiânico, tem “o espÃrito de sabedoria e de compreensão, o espÃrito de conselho e de potência, o espÃrito de conhecimento e do temor de Jeová”. (Is 11:1, 2; 42:1-4; Mt 12:18-21) Esta força a favor da justiça é manifestada no seu uso da força ativa, ou espÃrito, de Deus, em dirigir a congregação cristã na terra, sendo Jesus, por designação de Deus, Cabeça, Dono e Senhor dela. (Col 1:18; Ju 4) Este espÃrito, como “ajudador”, deu então maior entendimento da vontade e do propósito de Deus, e esclareceu-lhes a Sua Palavra profética. (1Co 2:10-16; Col 1:9, 10; He 9:8-10) Foram energizados para servirem como testemunhas em toda a terra (Lu 24:49; At 1:8; Ef 3:5, 6); foram-lhes concedidos milagrosos ‘dons do espÃrito’, habilitando-os a falar em lÃnguas estrangeiras, a profetizar, a curar e a realizar outras atividades, que tanto facilitariam a sua proclamação das boas novas como serviriam de evidência de sua comissão e apoio divinos. — Ro 15:18, 19; 1Co 12:4-11; 14:1, 2, 12-16; compare isso com Is 59:21; veja DONS DADOS POR DEUS (Dons do EspÃrito).
Jesus, como Superintendente da congregação, usava o espÃrito de forma governamental — orientando a escolha de homens para missões especiais e para servir na superintendência, no ensino e no “reajustamento” da congregação. (At 13:2-4; 20:28; Ef 4:11, 12) Induziu-os, bem como restringiu-os, indicando em que lugar deviam concentrar seus esforços ministeriais (At 16:6-10; 20:22), e tornou-os escritores eficazes de ‘cartas de Cristo, inscritas com o espÃrito de Deus em tábuas carnais, em corações humanos’. (2Co 3:2, 3; 1Te 1:5) Conforme prometido, o espÃrito reavivou-lhes a memória, estimulou-lhes as faculdades mentais e tornou-os denodados em dar testemunho mesmo perante governantes. — Veja Mt 10:18-20; Jo 14:26; At 4:5-8, 13, 31; 6:8-10.
Quais “pedras viventes”, estavam sendo constituÃdos num templo espiritual alicerçado em Cristo, por meio do qual se ofereceriam “sacrifÃcios espirituais” (1Pe 2:4-6; Ro 15:15, 16) e se entoariam cânticos espirituais (Ef 5:18, 19), e no qual Deus moraria por espÃrito. (1Co 3:16; 6:19, 20; Ef 2:20-22; compare isso com Ag 2:5.) O espÃrito de Deus é uma força unificadora de enorme potência, e enquanto esses cristãos lhe permitiam livre atuação entre eles, unia-os pacificamente em vÃnculos de amor e de devoção com Deus, com o Filho dele e uns com os outros. (Ef 4:3-6; 1Jo 3:23, 24; 4:12, 13; compare isso com 1Cr 12:18.) O dom do espÃrito não os preparava para atividades mecânicas, assim como fizera com Bezalel e com outros, que fabricaram e produziram estruturas e equipamentos materiais, mas equipava-os para obras espirituais de ensino, de orientação, de pastoreio e de aconselhamento. O templo espiritual que eles constituÃam devia ser adornado pelos lindos frutos do espÃrito de Deus, e estes frutos de “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé”, bem como qualidades similares, era prova positiva de que o espÃrito de Deus operava neles e entre eles. (Gál 5:22, 23; compare isso com Lu 10:21; Ro 14:17.) Este era o fator básico e primário que produzia boa ordem e orientação eficaz entre eles. (Gál 5:24-26; 6:1; At 6:1-7; compare isso com Ez 36:26, 27.) Sujeitavam-se à ‘lei do espÃrito’, força eficaz a favor da justiça, que operava para manter afastadas as práticas da carne inerentemente pecaminosa. (Ro 8:2; Gál 5:16-21; Ju 19-21) Confiavam na operação do espÃrito de Deus sobre eles, não em habilidades carnais ou na sua formação. — 1Co 2:1-5; Ef 3:14-17; Fil 3:1-8.
Quando surgiam questões, o espÃrito santo era ajudador em chegarem a uma decisão, como no caso da circuncisão, decidido pelo corpo, ou conselho, de apóstolos e anciãos em Jerusalém. Pedro contou que se concedera o espÃrito a pessoas incircuncisas das nações; Paulo e Barnabé relataram as operações do espÃrito no seu ministério entre tais pessoas; e Tiago, cuja memória, sem dúvida, foi ajudada por espÃrito santo, trouxe à atenção a profecia inspirada de Amós, que predizia que pessoas das nações seriam chamadas pelo nome de Deus. Assim, todo o impulso ou Ãmpeto do espÃrito santo de Deus apontava numa só direção, e, assim, reconhecendo isso, ao escrever a carta transmitindo sua decisão, este corpo ou conselho disse: “Pois, pareceu bem ao espÃrito santo e a nós mesmos não vos acrescentar nenhum fardo adicional, exceto as seguintes coisas necessárias.” — At 15:1-29.
2007-03-26 00:02:45
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answer #5
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answered by Anonymous
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