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*EXEGETAS = INTÉRPRETES
Sabemos que os primeiros exemplares do Novo Testamento (MANUSCRITOS) eram copiados em papiros (espécie de papel) , material frágil e facilmente deteriorável. Mais tarde passaram a ser escritos em pergaminho (pele de carneiro) , tornando-se mais resistentes e duradouros.
Os manuscritos eram grafados em letras “capitais”ou “unciais” (ou seja, maiúsculas). Só a partir do 8º século passaram a ser escritos em “cursivo”, ou letras minúsculas.
As cópias eram feitas em folhas coladas umas às outras, formando uma tira enorme, que era enrolada em “ROLOS” ou “volumes”.
Quando as páginas permaneciam separadas e eram costuradas como os nossos livros atuais, por uma das margens, tinham o nome de “CÓDICES”.
Os encarregados de copiar os manuscritos chamavam-se “COPISTAS” ou “escribas”. Mas nem sempre conheciam bem a língua, sendo apenas bons desenhistas das letras. Pior ainda se tinham conhecimento da língua, porque então se arvoravam a “emendar” o texto, para conformá-lo a seus conhecimentos.
Não havia sinais gráficos para separação de orações, e as próprias palavras eram copiadas de seguida, sem intervalo, para poupar o pergaminho que era muito caro. Dai os recursos empregados, como:
1. ABREVIATURAS
2. CUSTOS LINEARUM
3. HAPAX LEGÓMENA
4. HARMONIZAÇÃO
5. INTERPOLAÇÃO
6. SALTO
7. SIGLAS


PEÇO QUE ME EXPLIQUEM O QUE SÃO E COMO ERAM USADOS ESTES RECURSOS PELOS COPISTAS DA BÍBLIA E APÓS A EXPLICAÇÃO, DIGAM SE ESTES RECURSOS, EMPREGADOS DA MANEIRA COMO FORAM EMPREGADOS, SE CAUSARAM AS ADULTERAÇÕES BÍBLICAS, QUE VIGEM ATÉ HOJE.

2007-03-25 07:20:22 · 12 respostas · perguntado por Jorge Murta 6 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

Og, não sabe ler não ou é problema de visão?

2007-03-25 08:43:49 · update #1

12 respostas

Ainda existem quase 250 unciais e 3 mil cursivos.

Aqui a definição de ALGUNS dos recursos empregados para chegar-se aos Evangelhos Normativos:

1.. Abreviaturas - Reunir diversas letras numa sigla poupa espaço, ex. pq [porque] e algumas semelhantes podiam se confundir.

i. Na fase arcaica, a Escritura era Uma u'nica palavra e a escreveram de seguida sem nada entremear: palavras, frases, capítulos, tudo de seguida sem lacuna, mesmo entre um livro e outro. Era conveniente enquanto a memória funcionava; com o tempo e as vicissitudes os hebreus passam a dividir o texto quando preciso. O uso arcaico do texto indiviso pode ter influenciado os primeiros adeptos do Caminho, ao fazerem abreviaturas e ao copiarem.

2)Custos linearum; obeli (*); cólofon (§) - Os latinos completavam as linhas com um sinal (custos linearum = guarda das linhas). Duas coisas podiam ocorrer, um c. linear. ser copiado como abreviatura (entra no texto: interpolado); uma abreviatura se tomar como c. linear e se evitava copiar (sai do texto: omitido). Por vezes o Transmitido oral indica textos que faltou registrar; o escriba faz um * ou §, inclui no códice. Pode outro pensar em acréscimo suspeito, e tira.

(Transmitido. Os antigos davam mais valor ao que ouviam do que ao que liam. Por isto, transmitir o ensino de boca a ouvido era chique. O Transmitido oral forma a base dos evangelhos e continuou mesmo depois que eram escritos. )

3)HAPAX LEGOMENA - (gr.) 'Palavras incomuns'. Vozes desconhecidas alhures, usadas apenas uma vez no NT. Neologismos dos evangelistas? Verbos raros?

4)Harmonia/harmonização - os copistas, buscando de todo e qualquer modo 'corrigir' os manuscritos, tentavam uniformizar as Lectiones cf. abaixo. Mudavam palavras, aditavam novas, eliminavam as variantes.

5) Interpolação - notas ocasionais do leitor, à margem ou nas entrelinhas, podiam-se aditar ao texto pelo copista, julgando um esquecimento anterior: o oposto era 'omitir' (retirar do texto os passos que dificultavam). Muitas das afirmativas sobre a divindade do Cristo entraram no texto interpoladas.

6) Salto - por vezes os copistas pulavam letras, palavras, frases, ou mesmo, toda a linha.

Pessoalmente, acredito que a Bíblia tem um valor literário inestimável. Retrata a realidade de um tempo e a preocupação de justificar a vida e o propósito dela. Vale lembrar que naqueles tempos o conhecimento pouco tinha de cientifico.

Para mim os livros escritos são como os de "auto-ajuda" que temos hoje. Talvez mais intelectualizados e menos comerciais. Acreditar que foram escritos ditados por Deus, é o mesmo que acreditar que alguém possa "psicografar" o Criador. E se possível fosse, porque hoje ninguém mais o faz nem tenta dizer que o pode fazer.

Porém pela beleza da obra e a nobreza da mensagem, vale a pena ser lida. Lembrando-se sempre que é uma obra escrita por homens, copilada por homens e para os homens - só por estes fatos eleivada de imperfeições.

2007-03-25 07:51:39 · answer #1 · answered by ACORDE BRASIL! 5 · 3 0

Tá explicado:onde devia se ler "amássemos",entenderam ou quizeram entender "amassemos"!

2007-03-25 14:45:26 · answer #2 · answered by Atanásio 6 · 4 0

Por isso é perigoso acreditar-se em “verdade” bíblica, é mais do que óbvio que um mudou aqui e outro ali de acordo com sua própria visão, ignorância ou gosto. E não podemos ignorar também que houve um tempo em que a bíblia foi passada de boca em boca de geração para geração, como a experiência do telefone sem fio, portanto não se pode garantir que o conteúdo fiel ao o original.

2007-03-25 14:23:25 · answer #3 · answered by εїзdragonflyεїз 7 · 4 0

Acredito que, os senhores “Exegetas”, provavelmente não responderão conforme o que foi questionado, mas sim, fugirão do assunto, atacando crenças alheias.
É um trabalho de pesquisa e conhecimento profundo, cultural, e não só de interpretação Bíblica.

2007-03-25 14:22:51 · answer #4 · answered by Hokus Phokus 7 · 4 0

Fazendo a ressalva que não sou exegeta, não tenho prentensão de ser enaqunto não me formar eu posso levantar alguns pontos para tentar entender a coisa.

E nem meso um hermenteuta eu sou.
Sou só um primeiro periodo de filosfia, tateando nesse mundo fantastico de tentar ser amigo da sabedoria.

Exsite uma diferença fundamental entre a exegese cristológica e a exegese histórico-crítica. Estranha à exegese cristológica, a questão do sentido que os textos tinham no seu contexto histórico está no centro da exegese histórico-crítica. Com efeito, esta se propõe justamente captar o sentido e o alcance que os textos tinham no contexto em que foram escritos ou pronunciados, assim como nos sucessivos contextos em que foram relidos posteriormente.

A exegese historico-critica é a interpretação intencional, não é exegese no sentido doutrinário, é mais a hermenêutica do texto.

Interpretar é trabalhar com o conceito de intencionalidade, na busca de um “para quê". Isso quer dizer que aquilo que foi escrito tem um objetivo, um sentido, uma lição. Essa intencionalidade, no entanto, só é vista enquanto escrito pelo autor do livro, mas não no acontecimento. Não duvido que a motivação de todo autor, ao escrever um texto, é dizer algo. Se ele cria ou narra, prescreve ou descreve, pouco importa, ele sempre leva em consideração uma utilidade que terá o seu escrito para alguém.

E esta utilidade textual, naõ deverá levar em consideração aspectos secundários do texto e sim sua intenção.

Não seria a adoção ou não de regras, alteram a intencionalidade o autor sagrado, no caso.

O alvo de toda interpretação é saber o lque está em primeiro lugar. Isso é uma regra implícita e explícita em nossa hermenêutica atual. É a regra básica de todo procedimento hermenêutico. Saber como funcionou o texto para os leitores em suas necessidades em primeiro lugar, para depois descobrir como pode funcionar no contexto temporal do ouvinte hoje, é a tarefa que se coloca como primordial.
Existe uma distância temporal entre o escrito e o acontecido; primeiro vem o acontecido, depois o escrito. Quando se interpreta, não se busca o acontecido, mas o escrito. Mas não teria importância hermenêutica prestar atenção ao acontecido? Acredito que sim. Falar uma coisa dessas é tão óbvio que parece ridículo, mas essa fraqueza é apenas aparente.
Os hermeneutas, não precavidos disso, tendem a interpretar o texto, como se o acontecido fosse concomitante ao texto, e que o fato foi produzido pelo autor, que o escritor lida com o fato em primeira mão, mas não é nada disso. O autor é um intérprete a posteriori de um fato.

Todo texto, portanto, passa a ser uma pregação escrita baseada em uma pregação oral. Isto quer dizer o seguinte: todo texto é pregado pelos escritores do Novo Testamento para os leitores originais a partir de uma pregação de Jesus. O acontecimento, na vida de Jesus, no entanto, nem sempre tem um "para quê"; esse "para quê", só acontece na vida dos escritores. Em outras palavras, isso pode ser explicado da seguinte forma: nem sempre um acontecido foi "provocado" por Jesus para que uma lição ou princípio fosse ensinado.

Usar ou não marcas, abreviaturas, e outros recursos, não trairiam a intencionalidade do texto.
Trairiam?

Os autores, não precisam pensar que foram mal intencionados, não estão querendo trair um fenômeno na vida de Jesus, eles queriam era apenas estender o acontecido em Jesus para a vida de seus leitores. Portanto, podemos crer que da parte deles, houve critério e seriedade na interpretação dos fenômenos. Eles mesmos falaram desse critério. Judas, Lucas e Paulo falaram isso.
E o tudo que foi escrito, na forma como foi, é revelação no seu conteudo e não na sua forma.
Além disso, a 'presença do Espírito com eles, os orientou a fazer o que fizeram.

Afff, que coisa dificil.

paz e bem

2007-03-25 15:20:28 · answer #5 · answered by Frei Bento 7 · 3 0

Karaca meu...tu fez curso de bibliotecário foi?
bom, independente dos recursos, das traduções, improvisações, e o universo de interesses em manipula-la, não vejo condições de dar credibilidade, até porque, não comungo com esse Deus do terror exarado no alfarrábio.

Adulterações?
Não há...
Não sabemos dos originais, os primeiros escritos para compara-lo, então como posso dar garantia, sustentação lógica e concatenação com tantos interessados em manipula-la...
A verdade...ninguem sabe, talvez ela nunca tenha existido, ao menos no concreto, porem nas cabeças de quem as manipulas.

2007-03-25 14:38:07 · answer #6 · answered by Anonymous · 3 0

Ihhh, vai feder!!!

2007-03-25 18:11:29 · answer #7 · answered by Anonymous · 2 0

Os escritos filosóficos de Platão são aproximadamente da mesma data, e suas idéias têm adeptos até hoje, da forma em que são apresentadas. Esses escritos não teriam sofrido o mesmo processo distorsivo e erosivo que você cita? Outros escritos da mesma época do Novo Testamento, por exemplo Flavio Josefo (historiador judeu contratado por Roma) não estariam também sujeitos a esses problemas?
É bom notar que não são só religiosos que validam esses documentos bíblicos - são arqueólogos, historiadores, antropólogos e cientistas, etc., tal como o fazem para outros escritos não-bíblicos.

2007-03-25 14:40:03 · answer #8 · answered by obede 5 · 2 0

Sabe como é: tem gente que prefere valorizar o risco na moldura, do que a obra prima completa.

2007-03-25 15:23:28 · answer #9 · answered by ROSANA 6 · 1 0

Boa noite. Com certeza que existiram distorções nos escritos originais...mas os católicos já resolveram essas distorções através de Concílios, através dos séculos. A interpretação da Bíblia vai da fé de cada um.

2007-03-25 19:08:24 · answer #10 · answered by Lima 4 · 0 1

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