HASSIDISMO
Desde o princípio houve duas correntes no seio do judaísmo: de um lado o formalismo ritual da Bíblia e o Talmud e do outro, a tendência ao misticismo, ao ocultismo que criou a Cabalá e o Zohar. Daí a oposição entre fariseus e essênios na época do Talmud e entre talmudistas e cabalistas na Idade Média. O formalismo ritual, tão rigorosamente praticado pelas massas do povo na Europa Oriental entre os séculos XVII e XVIII, tendia fatalmente a produzir uma reação e daí nasceu o hassidismo, isto é, o sistema de "hassid", que em hebraico significa "pio".
Foi fundado no ano de 1740 na Polônia pelo místico Israel ben Eliezer, conhecido pelo nome de Baal Shem Tov: "o senhor de boa fama".
O "hassidismo", que começou por abandonar o formalismo ritual, despertou maior importância ao sentimento religioso que à prática. Proclamou a onipresença de Deus e por isso ordenou que a oração fosse feita com devoção psicológica e alegria especial, até chegar a um êxtase que permitia ao homem entrar em comunicação direta com a divindade. Tornou sua a opinião da Cabala, segundo a qual toda ação humana tem suas repercussões nas esferas do mundo divino e assim o homem pio e justo, o "Tsadik", o ser que chega a despojar-se de todo pensamento material e que vive nada mais que pelo espírito e para o espírito, pode ser suscetível de modificar o curso dos acontecimentos.
Assim como o "hassidismo" teve eminentes defensores como um Dov Beer, Levi Isaac, Josef Ha-Cohen, etc., teve também grande oposição na pessoa do Gaón de Vilna e os "masquilim", isto é, os simpatizantes da cultura moderna.
Seja qual for a crítica que se haja podido fazer ao "hassidismo", este, segundo a opinião de Edmond Fleg, devolveu à alma popular o sentido profundo do divino que a casuística poderia ter lhe feito perder e deu à vida religiosa e social do judaísmo, nos dois últimos séculos, a forma de uma grande originalidade que inspirou a muitos escritores de valor.
2007-03-25 05:50:43
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answer #1
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answered by Anonymous
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O Hassidismo não tem nenhuma austeridade prescrita.O Hassidismo crê na vida, na alegria.É uma das únicas religiões do mundo que é afirmativa em relação à vida.
Não tem em si nenhuma renúncia; você não tem que renunciar a nada.Pelo contrário, tem que celebrar.O fundador do Hassidismo, Baal-Shem, disse:"Vim para lhes ensinar um novo caminho.Não é de jejum nem de penitência, e não é de abandono aos prazeres, mas de alegria de estar com Deus".
Certa vez, quando estava reunida toda a fraternidade hassídica, com o cachimbo na mão, juntou-se a todos o Rabino Israel.
Por ser tão amável, perguntaram-lhe:
"Diga-nos, querido Rabino, como devemos servir a Deus?"
Ele ficou surpreso com a pergunta, e respondeu:
"Como posso saber?"
Mas então continuou contando-lhes esta estória...
Havia dois amigos do rei, e ambos haviam sido acusados de terem cometido um crime.
Por os amar, o rei quis mostrar sua misericordia, mas não podia inocenta-los,
Porque nem mesmo a palavra do rei pode prevalecer sobre a lei.
Assim, ele deu este veredito:
Uma corda foi esticada sobre um profundo precipício, e, um após o outro, os dois deveriam andar
sobre ela.
Quem alcançasse o outro lado teria a sua vida garantida.
Foi feito como ordenou o rei, e o primeiro dos amigos fez a atravessia a salvo.
O outro, ainda parado no mesmo ponto, gritou para ele:
"Diga-me, amigo, como conseguiu atravessar?"
O primeiro respondeu:
"A única coisa que sei é isto:
Sempre que me sentia caindo para um lado
eu me inclinava para o outro".
Não se entregue demais aos prazeres, nem renuncie demais.Não esteja somente no mundo e não fuja dele.Mantenha o equilíbrio. Quando sentir que está se entregando demais ao mundo, incline-se para a renúncia; e quando sentir que está se tornando um renunciante, um asceta, incline-se de volta aos prazeres.Fique no meio.
2007-03-25 12:55:55
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answer #2
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answered by lindinha 3
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Para o Judaísmo hassídico, é importante o homem pensar-se como infinito (micro cosmo), mesmo sabendo que nunca desvendará esse seu infinito.
A beleza do Hassidismo está nesta percepção da infinitude. Foi daí que Buber extraiu a idéia do "Tu - um tu infinito", que não pode ser conhecido inteiramente. Para Buber as coisas concretas podem ser conhecidas, a ponto de não causarem mais perplexidade ou surpresa. Os seres humanos ao contrário sempre devem ser considerados infinitos em si.
Quando nos relacionamos com outro ser humano, sem essa dimensão de perplexidade e sentimento de estranheza, não estamos respeitando quem está diante de nós como sendo algo também grande demais para conhecermos totalmente.
Nesse momento passamos a nos relacionar com uma coisa e não mais com um ser infinito. Quando queremos que o outro seja como nós o desejamos, esquecemos de levar em conta que ele é como é, (mesmo que ele próprio nunca saiba como é), e o transformamos em coisa.
Evita pensar e formar nossas próprias opiniões, para adotar as de outro, é transformar a si mesmo em coisa.
Beijos.
2007-03-25 13:53:34
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answer #3
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answered by Lenda. 7
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Desde o princípio houve duas correntes no seio do judaísmo: de um lado o formalismo ritual da Bíblia e o Talmud e do outro, a tendência ao misticismo, ao ocultismo que criou a Cabalá e o Zohar. Daí a oposição entre fariseus e essênios na época do Talmud e entre talmudistas e cabalistas na Idade Média. O formalismo ritual, tão rigorosamente praticado pelas massas do povo na Europa Oriental entre os séculos XVII e XVIII, tendia fatalmente a produzir uma reação e daí nasceu o hassidismo, isto é, o sistema de "hassid", que em hebraico significa "pio".
Foi fundado no ano de 1740 na Polônia pelo místico Israel ben Eliezer, conhecido pelo nome de Baal Shem Tov: "o senhor de boa fama".
O "hassidismo", que começou por abandonar o formalismo ritual, despertou maior importância ao sentimento religioso que à prática. Proclamou a onipresença de Deus e por isso ordenou que a oração fosse feita com devoção psicológica e alegria especial, até chegar a um êxtase que permitia ao homem entrar em comunicação direta com a divindade. Tornou sua a opinião da Cabala, segundo a qual toda ação humana tem suas repercussões nas esferas do mundo divino e assim o homem pio e justo, o "Tsadik", o ser que chega a despojar-se de todo pensamento material e que vive nada mais que pelo espírito e para o espírito, pode ser suscetível de modificar o curso dos acontecimentos.
Assim como o "hassidismo" teve eminentes defensores como um Dov Beer, Levi Isaac, Josef Ha-Cohen, etc., teve também grande oposição na pessoa do Gaón de Vilna e os "masquilim", isto é, os simpatizantes da cultura moderna.
Seja qual for a crítica que se haja podido fazer ao "hassidismo", este, segundo a opinião de Edmond Fleg, devolveu à alma popular o sentido profundo do divino que a casuística poderia ter lhe feito perder e deu à vida religiosa e social do judaísmo, nos dois últimos séculos, a forma de uma grande originalidade que inspirou a muitos escritores de valor.
2007-03-25 12:57:18
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answer #4
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answered by Cleber 1
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A beleza do Hassidismo está nesta percepção da infinitude. Foi daí que Buber extraiu a idéia do Tu - um tu infinito, que não pode ser conhecido inteiramente. Segundo Buber, as coisas concretas podem ser conhecidas a ponto de não precisarmos ficar perplexos com elas. Os seres humanos, não.
Quando nos relacionamos com um outro ser humano sem essa dimensão de perplexidade, sem esse sentimento de estranheza, sem nos darmos conta de que estamos diante de algo grande demais para conhecermos inteiramente, nesse momento estamos nos relacionamento com uma 'coisa', não com um 'ser'. Quando queremos que esse outro seja como nós o concebemos, esquecemo-nos de levar em conta que ele é como é (mesmo que ele próprio nunca saiba como é), e o transformamos em coisa. Quando alguém evita pensar e formular as próprias opiniões, adotando as de outro, transforma a si mesmo em coisa.
Obs: Foi bom COM AMOR, você ter feito esta pergunta porque hoje a psicologia tem usado a teoria de BUBER do livro EU e TÚ, como método em suas terapias onde o cliente e o psicológo face a face tem uma relação de reciprocidade, como indivíduos que são.
Um abraço!
Luz_______
2007-03-25 12:55:34
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answer #5
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answered by Luz__ Deus é Amor Infinito construindo 7
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ââ Hassidins (Chassidins, significando “os pios”) — São encarados como ultra-ortodoxos. Fundada por Israel ben Eliezer, conhecido como Ba‛al Shem Tov (“Mestre do Bom Nome”), em meados do século 18 na Europa Oriental, seus adeptos seguem um ensino que destaca a música e a dança, resultando em alegria mÃstica. Muitas de suas crenças, incluindo a reencarnação, baseiam-se nos livros mÃsticos judaicos conhecidos como Cabala. Hoje são liderados por rebbes (“rabinos” em iÃdiche), ou tzádiks, considerados por seus seguidores como homens supremamente justos ou santos.
Os hassidins hoje são encontrados principalmente nos Estados Unidos e em Israel. Eles usam um tipo especial de vestimenta européia oriental, predominantemente preta, dos séculos 18 e 19, que os torna muito conspÃcuos, especialmente no cenário duma cidade moderna. Atualmente estão divididos em seitas que seguem diferentes destacados rebbes. Um grupo muito ativo são os Lubavitchers, que fazem vigoroso proselitismo entre judeus. Alguns grupos crêem que apenas o Messias tem o direito de restaurar Israel como nação dos judeus e, assim, opõem-se ao Estado secular de Israel.
2007-03-25 12:54:58
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answer #6
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answered by Specula — Annuntians Regnum Iehovah 5
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