alguem sabe alguma informação sobre vitiligo?

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Vitiligo
O vitiligo é uma doença de pele que se manifesta como manchas (lesões) brancas, que podem ser localizadas ou espalhadas pelo corpo. Ao contrário do que muita gente pensa, a doença não é contagiosa


Uma doença que tem como característica principal a despigmentação da pele, provocando manchas brancas. Assim é o vitiligo, que, ao contrário do que muita gente pensa, não é contagiosa e, em termos práticos, não chega a privar o doente de atividades corriqueiras. Em compensação, a doença passa a ser mais penosa no aspecto psicológico, tocando em questões delicadas como a auto-estima devido às conseqüências estéticas que ela provoca.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Nacional de Vitiligo, entre 1% e 2% da população mundial têm ou vão ter a doença. Em 30% dos casos, há histórico de ocorrência da doença na família.

A dermatologista Consuelo Arruda, professora de Dermatologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que o vitiligo é uma doença de pele que se manifesta como manchas (lesões) brancas, que podem ser localizadas ou espalhadas pelo corpo. A despigmentação ocorre porque, no paciente com vitiligo, as células (melanócitos) que fabricam a substância responsável pela coloração da pele (melanina) são destruídas.

Segundo a médica, normalmente a doença atinge pessoas mais jovens, na faixa dos dez aos 30 anos de idade, sem distinção de sexo ou raça. Ela afirma que na literatura médica não existem registros de bebês que já tenham nascido com a doença. O vendedor José Carlos Silva, 48 anos, dez deles com a doença e nenhum outro caso de vitiligo na família, aponta o preconceito como o principal vilão nesses anos de convivência com o vitiligo. “O pior de tudo é o clima de insegurança de não saber como explicar aos outros o que exatamente é essa doença. Também já passei por outras situações constrangedoras como tentar apertar a mão de um cliente e perceber que ele se esquivou do cumprimento. Em grandes ambientes, como restaurantes, também notei um afastamento das pessoas”, afirma.

A grande discussão dos médicos gira, sem dúvida, em torno do fator etiológico, ou seja, da possível causa (ou causas) da doença. Ainda não se sabe o que provoca o vitiligo, mas, segundo drª Consuelo, existem fatores desencadeantes, como traumatismos e queimaduras na pele. “Porém, o fator mais freqüente é a questão emocional”, afirma.

Na opinião do médico psicanalista Dival Cantarelli, presidente do Centro de Pesquisa em Qualidade de Vida de Pernambuco e Coordenador do Núcleo de Medicina Psicossomática do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), não resta a menor dúvida de que trata-se de uma doença psicossomática. Ele explica que essas doenças são problemas orgânicos que têm interferência no psiquismo, ou seja, a história de vida do paciente influi na formação do sintoma orgânico. “Por uma impossibilidade de representar psiquicamente o conflito, a pessoa desenvolve uma doença orgânica”, explica.

Durante 18 anos, Cantarelli foi professor da UFPE, e, entre 1982 a 1992, realizou uma pesquisa com 375 pacientes de vitiligo. “Desse total, 289 pessoas apresentavam uma evidente interferência de fatores emocionais. De forma específica, pode-se explicar essa interferência como uma impossibilidade de elaborar o luto”, diz. “É importante lembrar que o luto não designa necessariamente a morte, mas sim o sentimento de perda por uma separação, perda de um bichinho de estimação, distância da terra natal ou a perda de um ente querido”, esclarece.

Há dez anos, a empregada doméstica Cristina Maria da Silva Borges descobriu pequenas manchas nos pés. Era o início do vitiligo, que hoje já aparece em outras partes do corpo. Segundo ela, as lesões começaram a aparecer após ter enfretado ‘uma situação difícil’. Cristina fez tratamento, mas hoje em dia não usa nenhum tipo de medicação. Assim como José Carlos, para ela, enfrentar o problema foi o maior desafio. “No início, eu queria me esconder, mas percebi que não podia me trancar nem ter vergonha de mim. Fui à luta e hoje vivo normalmente”.

TRATAMENTO - O tratamento de vitiligo é feito com medicações de uso tópico e/ou oral. Geralmente, as pomadas são à base de corticóide e os comprimidos são feitos de substâncias chamadas psoralenos, que são estimulantes dos melanócitos. Existe também uma forma mais moderna, ainda em caráter experimental: a cirurgia para implante de pele ou de células pigmentadas no local da lesão como tentativa de repigmentar a área.

Segundo Consuelo Arruda, pessoas mais jovens têm maior possibilidade de sucesso no tratamento e até de chegar à cura do que as mais velhas. “Mas a resposta é individual e varia de caso para caso. Com o tratamento, algumas pessoas têm regressão total das lesões, outras atenuam as manchas e algumas até pioram”, explica. “Também há casos muito raros de despigmentação total do corpo”, completa.

A dermatologista lembra que o sucesso do tratamento está diretamente ligado à exposição do paciente ao sol, para estimular a repigmentação. O ideal é fazer um banho de sol de 20 minutos, diariamente, entre 7h30 e 8h. Em países sem sol, adota-se a puvoterapia, uma espécie de banho de luz artificial. Para ir à praia, é preciso usar protetor solar com alto fator de proteção. Há também alguns produtos que servem como paliativos. É o caso das bases corretivas aplicadas apenas para camuflar temporariamente as lesões.

Consuelo Arruda afirma que além dos cuidados dermatológicos, é interessante associar o tratamento a um trabalho de acompanhamento psicológico com um profissional confiável. De acordo com Cantarelli, um trabalho de psicoterapia ou psicanálise associado é muito importante. “Isso pode ajudar a pessoa a elaborar o sentimento de perda”, afirma o psicanalista.

ALTERNATIVA - A farmacêutica bioquímica formada pela UFPE, Suzana de Lima Xavier, faz pesquisas sobre o vitiligo há seis anos e se interessou pela doença por uma questão social. “Já vi muita gente com depressão, que perdeu o emprego ou tentou o suicídio por causa da doença”, diz. Atualmente, ela atende um grupo de 42 pacientes, fazendo reuniões mensais para discutir a doença. Há dois anos, Suzana desenvolveu uma fórmula artesanal à base de plantas que, segundo ela, tem resultados surpreendentes de repigmentação em alguns dias.

“A vantagem do produto é que ele não necessita de exposição ao sol e pode ser usado também nas partes íntimas”, diz. De início, a possibilidade de ter a cura mais perto de maneira quase ‘instantânea’ pode causar desconfiança, mas quem usa a fórmula aprova. O vendedor José Carlos Silva afirma que após percorrer uma via crúcis por vários tratamentos durante toda a vida, teve ótimos resultados com o novo remédio. Suzana, com cautela, adverte que apesar do êxito da maioria dos pacientes, a fórmula não é uma garantia de cura. “Ainda trabalhamos em caráter experimental, mas isso já é uma luz no fim do túnel para quem já não tem esperanças”, comemora. (J.N.)

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FIQUE DE OLHO

“O vitiligo não é contagioso”. Esta é a primeira frase do site da Associação Nacional do Vitiligo, mas não custa lembrar;


Segundo a médica clínica do Hemope Lúcia Dourado, pessoas com vitiligo não podem doar sangue. Segundo ela, convencionou-se esse procedimento como forma de prevenir riscos, tanto para o doador quanto para o receptor do sangue. “Partindo do princípio de que não se conhece as causas da doença, a proibição da doação é uma medida de sugurança para não prejudicar as partes envolvidas”, afirma;


Muita gente receita verdadeiras ‘poções’ para curar o vitiligo. Algumas podem ser altamente prejudiciais à saúde. Fique atento e não mergulhe de cabeça em receitas como: passar gasolina ou óleo de avião, querosene ou folha de figo nas manchas; tomar pó de raiz de taioba braba, vinagre, chá de cocô de cachorro ou bode; comer calango, rim de boi cru, folha de serralha (planta leitosa) e, pasmem (!), fígado de urubu cru.


ok

Answer 2

Despigmentação da pele em áreas, derivado da falta de melanina. Pode ser agravado por estados tensionais. Há tratamento dermatológico para escurecer mais a pele de uma forma geral.

Answer 3

O vitiligo é doença de pele de causa desconhecida que acomete cerca de 1% da população, comprometendo de modo semelhante homens e mulheres, preferencialmente entre 10 e 30 anos de idade. Alguns fatores precipitantes para essa doença são: estresse físico e emocional, traumas mecânicos e substâncias químicas, como derivados do fenol. Doenças auto-imunes, principalmente as tireoidianas, podem estar associadas ao vitiligo. Novas terapias têm sido propostas, como o uso de imunomoduladores tópicos, aliadas àquelas já consolidadas, como os psoralenos e os corticosteróides; o sucesso terapêutico, entretanto, está estritamente relacionado à qualidade da relação médico/paciente

Answer 4

a cura está em cuba , na argentina tb existem clínicas que curam , mas cuba é o lugar que descobriu a cura

Answer 5

Vitiligo é uma doença não-contagiosa em que ocorre a perda da pigmentação natural da pele. Sua etiologia ainda não é bem compreendida, embora o fator autoimune pareça ser importante.

Esta despigmentação ocorre geralmente em forma de placas no rosto, nas mãos e em qualquer outro local do corpo,também é possível que haja despigmentação no cabelo. O local atingido fica com um aspecto esbranquiçado e bastante sensível ao sol, podendo ocorrer sérias queimaduras caso exposto ao sol sem protetor. Tende a piorar com a tensão e a ansiedade, em situações de stress como provas e concursos é comum aparecerem novas placas que podem ficar permanentemente.

Vitiligo no couro cabeludo afetará a cor do cabelo, deixando manchas ou listras brancas. Os bigodes, barba e pelos do corpo podem ser afetados de forma similar.

Tratamento do Vitiligo

Esteróides têm sido usados para remover as manchas brancas, porém não são muito eficientes. Outro tratamento mais radical é tratar quimicamente para remover todo o pigmento da pessoa para que a pele fique mais uniforme. Há outros tratamentos experimentais, porém eles afetam a aparência mas não atacam a causa do vitiligo.

Espero ter ajudado.

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