Diferença entre Espiritismo e Espiritualismo
Embora seja a Doutrina EspÃrita uma doutrina espiritualista existe uma distinção das demais correntes espiritualistas.
As correntes espiritualistas, estabelecem a comunicação entre os vivos e os chamados mortos, admitindo, conseqüentemente, a sobrevivência do EspÃrito após a morte do corpo fÃsico; admite sua evolução através das vidas sucessivas e crê no resgate, pela dor, das faltas cometidas em existências anteriores.
A diferença está no fato de que as correntes espiritualista adotam nos seus trabalhos imagens dos chamados “santos”, adorações de pedras, fazem o uso de ervas para defumações, alem de outros ritos.
O Espiritismo não tem ritos de espécie alguma, dissipa a supertição e não faz uso de dogmas.
Seu objetivo é a evolução do ser. Mostrar ao homem a necessidade de sua renovação interior pelo motivo das consequências que resultam de cada um de seus atos, de cada um de seus pensamentos, objetivando dessa forma uma transformação da humanidade pelo melhoramento individual.
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Aspectos Históricos
A Doutrina EspÃrita, ou Espiritismo, apareceu no cenário terreno no século XIX, por volta do ano de 1850.
Suas raÃzes encontram-se nos princÃpios do Cristianismo, doutrina implantada por Jesus e seus seguidores, há quase dois mil anos.
A Doutrina EspÃrita é o cumprimento da promessa do Senhor, na qual afirmou que enviaria ao mundo, no devido tempo, um Consolador, O EspÃrito de Verdade, que relembraria seus ensinamentos e faria novas revelações a respeito dos mistérios da vida.
Em um de seus muitos discursos, Jesus disse que não poderia dizer todas as coisas, pois os homens ainda não tinham condições de entendimento para compreendê-las.
No tempo certo, enviou o Espiritismo, que retirou o véu dos "mistérios" de Seus ensinamentos e ampliou sobremaneira o campo do conhecimento humano, despertando o Ser para um novo mundo.
Nos séculos XVI e XVII, depois que a Reforma Protestante havia libertado a humanidade dos domÃnios da Igreja, formou-se um clima muito propÃcio à fermentação de ideais renovadores.
Foi neste perÃodo que iniciaram-se as primeiras manifestações de EspÃritos, chamando a atenção do homem de então e preparando o terreno para o advento do Consolador.
No século XIX, nascia o Espiritismo, considerada a terceira revelação. Com ele vieram as novas lições acerca do sentido da vida, da dor, da justiça e sobre o destino dos homens depois da morte.
Emmanuel Swedenborg.
Embora oficialmente os espÃritas tomem o ano de 1848, com o fenômeno de Hydesville, como o marco do aparecimento do Espiritismo no mundo, precisamos saber que, antes disso, existiram algumas pessoas que, pela sua capacidade de produzir fenômenos ligados à s coisas espirituais, devem ser citadas como de importância para o surgimento desta Doutrina entre os homens.
A história do extraordinário vidente sueco Emmanuel Swedenborg merece atenção e estudo de nossa parte. Swedenborg, educado entre a nobreza sueca, era católico e profundo estudioso da BÃblia.
Era grande autoridade em FÃsica e Astronomia, autor de importantes trabalhos sobre as marés e determinação das latitudes. Zoologista, anatomista, financista e polÃtico, era ainda engenheiro de minas, com grande conhecimento em metalurgia.
O desabrochar de seu potencial mediúnico deu-se em abril de 1744, em Londres, onde desenvolveu seu trabalho por vinte e sete anos e esteve em constante contato com "o outro mundo".
Deixou em suas obras, relatos extraordinários de suas experiências com o mundo espiritual. Diz ele sobre sua primeira visão:
"Na mesma noite, o mundo dos EspÃritos, do céu e do inferno, abriu-se convincentemente para mim, e aà encontrei muitas pessoas de meu conhecimento e de todas as condições. Desde então, diariamente o Senhor abria os olhos de meu EspÃrito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no outro mundo e para conversar, em plena consciência, com anjos e EspÃritos".
Afirmava Swedenborg que uma densa nuvem havia se formado em redor da Terra, devido ao psiquismo grosseiro da humanidade, numa clara antecipação aos ensinos sobre a atmosfera fluÃdica que a Doutrina EspÃrita nos trouxe.
Dizia também que, de tempos em tempos, haveria uma limpeza, assim como a trovoada aclara a atmosfera material.
Deixou ensinos importantes nas seguintes obras: "O Céu e Inferno", "A Nova Jerusalém" e "Arcana Celestia".
Andrew Jackson Davis.
Nascido em 1826, em New York, era um jovem sem cultura, nascido em meio pobre, mãe com tendências visionárias aliadas à superstição e o pai trabalhava com couros.
Nos últimos anos de infância, começaram a se desenvolver os poderes psÃquicos de Davis.
Com o auxÃlio de um magnetizador, Davis fazia verdadeiras "viagens" pelo mundo dos EspÃritos, trazendo informações as mais surpreendentes.
Tinha extraordinária clarividência que, a princÃpio, foi usado como divertimento e mais tarde o seu magnetizador utilizou para diagnóstico de doenças.
Aos 19 anos de idade, Davis manifestou o desejo de escrever um livro e o fazia através de transes mediúnicos, submetidos por um magnetizador.
Um secretário anotava fielmente as palavras que jorravam da boca do médium, como se fora o mais douto em conhecimento e sabedoria, porém tratava-se de um jovem ignorante e sem cultura.
Esse foi o começo do trabalho mediúnico desse jovem, que continuou por muitos livros, todos reunidos com o nome de "Filosofia Harmônica".
Nessa fase, ele dizia estar sob a influência direta de uma entidade, que posteriormente identificou como sendo Swedenborg.
O desenvolvimento de sua faculdade continuou e aos vinte e um anos já não necessitava mais de quem o induzisse ao transe.
Começou aà nova fase, onde passou a ter as mais impressionantes experiências de clarividência.
Descreveu com clareza o fenômeno da morte, visto por ele à beira do leito de uma senhora agonizante. Teve muitas visões do mundo espiritual, fez muitas previsões como o aparecimento do automóvel , da máquina de escrever e do próprio Espiritismo.
Davis representou um importante papel no começo da revelação espÃrita, preparando o terreno antes que se iniciasse o trabalho dos EspÃritos superiores. Quando explodiu o acontecimento de Hydesville, ele já o conhecia desde o inÃcio, através de revelações mediúnicas. Morreu em 1910, aos oitenta e quatro anos de idade.
Fenômeno de Hydesville.
No ano de 1848, na América do Norte, surgiram alguns acontecimentos inusitados que assombraram o mundo.
Na casa de uma famÃlia americana chamada Fox, que morava num vilarejo de nome Hydesville, no Estado de New York, começaram a manifestar-se forças sobrenaturais que pareciam vir do invisÃvel.
Aconteciam estranhos ruÃdos nas paredes, com indÃcios de serem provenientes de uma inteligência oculta desejando se comunicar.
Tudo indicava que as irmãs Kate e Margaret Fox, duas meninas de 11 e 14 anos, eram o centro do fenômeno paranormal, que acabou transformando a casa em ponto de atração para curiosos.
As pessoas se divertiam vendo as jovens ordenarem a uma suposta inteligência invisÃvel, que fizesse barulhos e produzisse pancadas nas tábuas da parede.
Através dos ruÃdos na madeira, convencionou-se um código pelo qual algumas pessoas comunicavam-se regularmente com o Além.
Uma pancada significava "sim"; duas, significavam "não", enquanto outros sinais simbolizavam letras ou palavras.
A inteligência invisÃvel, que produzia os fenômenos de Hydesville, dizia ser um EspÃrito que tinha animado um personagem que vivera na Terra em outros tempos O EspÃrito foi apelidado pelas meninas de "sr. Perneta".
Suas comunicações revelaram que ele animara o corpo de um homem que havia sido morto a facadas naquela casa, tempos atrás. Seus restos mortais foram enterrados no porão da residência. Algumas pessoas escavaram o local e encontraram cabelos e ossos humanos.
Pesquisas feitas mais tarde, revelaram que o sr. Perneta era um homem chamado Charles Rosma, que fora morto na casa cinco anos antes.
O fenômeno atraiu a atenção do mundo e por muito tempo as irmãs Fox fizeram demonstrações de sua capacidade de comunicar-se com os "mortos", apresentando-se em salões, submetendo-se à cobiça de empresários e sendo alvo de muitas polêmicas.
Por desconhecerem completamente os mecanismos do maravilhoso dom da mediunidade, envolveram-se com influências perniciosas que a levaram a ter um fim triste e obscuro.
Daniel Dunglas Home.
Quase concomitante às irmãs Fox, um outro fenômeno mediúnico despertou a atenção das massas.
Tratava-se dos feitos do médium Daniel Dunglas Home, que ficou conhecido mundialmente pelos fenômenos paranormais que provocava à sua volta.
Forças invisÃveis se manifestavam, chegando em algumas ocasiões a levantá-lo do chão.
Home chamou a atenção de sábios e estudiosos em todo o mundo.
Home nasceu em uma pequena aldeia na Escócia e viveu de 1833 a 1886. Desde cedo demonstrou sua prodigiosa faculdade e jamais envolveu-se com dinheiro em suas fantásticas demonstrações de vidência, efeitos fÃsicos, levitação, desdobramento etc.
Embora contemporâneo do Codificador do Espiritismo, eles nunca se conheceram. Entretanto Allan Kardec faz comentários sobre ele em sua obra, analisando os fenômenos, que para ele, eram autênticas provas da existência de imortalidade da alma.
Daniel Dunglas Home foi considerado o mais surpreendente médium de todos os tempos.
Embora não fosse espÃrita, atribuÃa a responsabilidade dos fenômenos aos EspÃritos, o que contribuiu para popularização do Espiritismo nos nobres salões da América e da Europa.
As mesas girantes.
Em 1850, na França, surgiu um tipo de brincadeira chamada "mesa falante" ou "mesa girante", que tomou conta dos salões festivos da época.
A mesa girante era uma mesinha redonda, de três pés, em torno da qual se ajuntavam as pessoas para provocar manifestações de forças sobrenaturais.
As mãos dos presentes eram colocadas sobre a superfÃcie da mesa que, através de um fenômeno de efeitos fÃsicos, dava saltos sobre seus pés, girando e dando pancadas.
Por meio de um código alfabético semelhante ao usado pelas irmãs Fox, na cidade de Hydesville, era possÃvel conversar com o "invisÃvel".
A sociedade francesa divertia-se em perguntar amenidades à mesa. Houve uma espécie de febre em torno dessa brincadeira.
Uma senhora, chamada EmÃlia de Girardim, desenvolveu uma sofisticada mesa que girava livre e facilmente em torno de um eixo à maneira de roleta. Na superfÃcie e em circunferência eram colocadas as letras do alfabeto, os números e as palavras sim e não. No centro, um ponteiro metálico ou agulha fixa. O médium punha os dedos na borda da mesa que girava e parava sob a agulha, na letra desejada pelas forças invisÃveis para fazerem seus ditados. Com isso, tornou-se possÃvel conseguir, regularmente, mensagens vindas do Além.
As mesas girantes eram a grande sensação dos salões da Europa e América. Por meio delas as pessoas passaram a ter contato com o mundo invisÃvel, realizando sessões de comunicação espiritual, onde reinava a frivolidade e a brincadeira.
Os fenômenos de ruÃdos provocados por EspÃritos em paredes, mesas ou outros objetos, e que serviram de meios de comunicação com o invisÃvel, foram mais tarde classificados pelo nome de Tiptologia. Foi desta forma que iniciaram as primeiras comunicações, que depois foram aperfeiçoadas, passando por várias fases.
A Codificação EspÃrita.
O desenvolvimento da Codificação EspÃrita basicamente teve inÃcio na residência da famÃlia Baudin, no ano de 1855.
Na casa havia duas moças que eram médiuns. Tratava-se de Julie e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos, respectivamente.
Através delas, Kardec fazia perguntas aos EspÃritos desencarnados, que as respondiam por meio da escrita mediúnica.
à medida que as perguntas do professor iam sendo respondidas, ele percebia que ali se desenhava o corpo de uma doutrina e se preparou para publicar o que mais tarde se transformou na primeira obra da Codificação EspÃrita.
Todo o trabalho da revelação era revisado várias vezes, de modo a se evitar erros ou interpretações dúbias.
Na fase de revisão, o professor contou com a preciosa ajuda de outra médium, que era sonâmbula, a srta. Japhet. Depois dela, o Codificador ainda submeteu as questões a outros médiuns.
Assim, o trabalho contou com ajuda de pelo menos dez médiuns, nesta primeira fase.
A forma pela qual os EspÃritos se comunicavam no princÃpio era através da cesta-pião que tinha um lápis em seu centro.
As mãos das médiuns eram colocadas nas bordas, de forma que os movimentos involuntários, provocados pelos EspÃritos, produzissem a escrita.
Com o tempo, a cesta foi substituÃda pelas mãos dos médiuns, dando origem à conhecida psicografia.
Das consultas feitas aos EspÃritos, nasceu "O Livro dos EspÃritos", lançado em 18 de abril de 1857, descortinando para o mundo todo um horizonte de possibilidades no campo do conhecimento.
A partir daÃ, Allan Kardec dedicou-se intensivamente ao trabalho de expansão e divulgação da Boa Nova.
Viajou 693 léguas, visitou vinte cidades e assistiu mais de 50 reuniões doutrinárias de Espiritismo.
Em janeiro de 1858, o Codificador abraçou uma nova atividade. Inaugurou a Revista EspÃrita, um mensário cujo objetivo era o de informar os adeptos do Espiritismo sobre o crescimento do movimento e debater questões ligadas à prática doutrinária. Assim, teve inÃcio a imprensa espÃrita. A Revista foi editada por 12 anos.
Em abril de 1858, fundou a Sociedade Parisiense de Estudos EspÃritas, entidade que se destinava a estudar, entender e explicar a fenomenologia espÃrita.
Foi a primeira sociedade espÃrita a constituir-se regular e legalmente, tendo exercido grande influência moral entre os outros grupos, por ter sido a sociedade iniciadora e central.
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Reencarnação
Reencarnação é o processo pelo qual o EspÃrito, estruturando um corpo fÃsico, retorna, periodicamente, ao mundo material. Esse processo tem como objetivo auxiliar o EspÃrito reencarnante a evoluir, através da vivência de conhecimentos.
O EspÃrito é o princÃpio inteligente da Criação.
Todos os EspÃritos são criados simples e ignorantes, sem o conhecimento do bem ou do mal e sujeitos à Lei da Evolução. Progridem em tempo que varia conforme as condições e necessidades de cada um, passando pelos caminhos do instinto, inteligência e razão.
O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência propriamente dita por serem quase sempre espontâneas as suas manifestações.
A medida que cresce a faculdade intelectual, as faculdades instintivas não diminuem. O instinto existe sempre e o que acontece é que o homem o negligencia. O instinto nos guia sempre, e as vezes mais seguramente que a razão pois essa é falseada pela educação, pelo orgulho e egoismo.
Conforme o EspÃrito vai adquirindo consciência de si mesmo passa a ter mais liberdade de ação podendo agir livremente na escolha do caminho que irá percorrer. Isso faz com que tenha o mérito de suas próprias ações.
O instinto não raciocina; a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbÃtrio.
A evolução do EspÃrito se dá progressivamente, pois ela está intimamente ligada à experiência que é adquirida através das reencarnações. Através das suas lutas expiatórias e provas, o EspÃrito caminha em busca da sua própria iluminação e aperfeiçoamento.
à enfrentando dificuldades, contradições, obstáculos, facilidades, administrando encontros e desencontros, que ele vai aprendendo na escola da vida para depois colher os frutos daquilo que cultivou, no mundo espiritual.
Cada encarnação significa um passo a mais na busca do aperfeiçoamento moral e intelectual. O EspÃrito pode, por não aproveitar a oportunidade durante a reencarnação, ficar estacionado, mas ele nunca regride a estágios inferiores.
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Lei de Causa e Efeito
Todas as nossas ações são livres escolhas nossas mas, elas estão sujeitas a uma lei natural de justiça chamada de ”causa e efeito” ou seja, para cada ação temos uma reação contrária de igual intensidade.
Livre é a semeadura das atitudes, porém, obrigatória é a colheita de suas consequências.
Obras más,de encarnações passadas, provocam colheitas desagradáveis na presente existência.Do mesmo modo, se o Bem for o objeto de preocupação, o futuro guardará paz, satisfação e felicidade.
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Carma
Este não é um termo da Codificação EspÃrita mas como hoje é muito usado, torna-se interessante saber o significado.
Carma é uma palavra sânscrita que significa ação.
Ao contrário do que se pensa, Carma não é sinônimo de sofrimento e sim a “gravação” psÃquica, existente no EspÃrito, contendo todas as suas ações durante toda a sua evolução desde a sua primeira experiência na matéria. A cada encarnação o Carma se modifica adiquirindo novas caracterÃsticas morais e intelectuais.
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Morte
O EspÃrito se liga ao corpo carnal através do perispÃrito. Este, é o corpo astral do EspÃrito. O perispÃrito é um corpo fluÃdico e essa textura varia de acordo com o ambiente do planeta onde o EspÃrito habita. Quanto mais adiantado o EspÃrito mais fluÃdico será o seu perispÃrito.
Morfologicamente seria uma cópia do nosso corpo fÃsico só que menos denso e imperceptÃvel aos nossos sentidos fÃsicos normais.
O PerispÃrito é parte integrante do EspÃrito em qualquer grau de evolução que esteja o EspÃrito.
O corpo quando habitado pelo EspÃrito é alimentado por uma força motriz, o “fluido vital”.
à medida que o corpo vai envelhecendo, ele desgasta-se materialmente. Quando ocorre a morte fÃsica há o desligamento entre o perispÃrito e o corpo orgânico, a matéria se decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta ao todo universal, para novas utilizações.
Por ocasião do desligamento, o EspÃrito passa por uma certa pertubação, um certo embaralhamento, que pode durar de minutos a anos dependendo das condições morais do EspÃrito.
Quando toma consciência de sua nova situação passa a ter conhecimento de toda a sua trajetória evolutiva como EspÃrito e então anseia por uma nova oportunidade de progresso.
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A Vida dos EspÃritos
A situação de vida do EspÃrito no plano espiritual depende das obras que ele realizou enquanto encarnado. O grau de felicidade ou infelicidade depende do bem ou mal que tenha praticado.
No plano espiritual ele irá adiquirir conhecimentos novos e continuará o seu progresso. Lá ele irá se preparar para as novas lutas no campo da matéria até que se torne puro e não precise mais de novas experiências reencarnatórias.
O EspÃrito desencarnado vai habitar em regiões astrais com as quais ele tem afinidade.
Para melhor entendimento do lugar aonde permanecem os EspÃritos desencarnados, utilizaremos as denotações populares, dando as caracterÃsticas difundidas pela Doutrina EspÃrita.
Céu.
Os antigos acreditavam na existência de muitos céus, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro.
Essa idéia mostrava os diversos degraus da bem-aventurança, dos quais se aumenta a felicidade dos crentes.
Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daà a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade.
As diferentes doutrinas relativas ao paraÃso repousam todas no erro de considerar a Terra o centro do Universo, bem como ser limitada a região dos astros.
à alem desse limite imaginário que colocam a residência afortunada e a morada do Todo Poderoso.
A ciência, com a observação lógica dos fatos, levou a luz às profundezas do Espaço e mostrou a nulidade de todas essas teorias.
Mas onde estará o céu?
Em toda a parte. Nenhum contorno lhe traça os limites. Os mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vÃcios interditam.
à para esses mundos que vão os EspÃritos puros, que já adquiriram saber e moralidade.
Entretanto, não são mundos de contemplação como nos acostumamos a pensar. Ao contrário, são lugares de trabalho e ação no campo do Bem e do Saber. à onde o EspÃrito experimenta a verdadeira felicidade.
Inferno.
A imagem que foi feita dele na doutrina Cristã foi originada do paganismo e perpetuada pelos escritos dos poetas gregos.
Não tendo o perfeito entendimento da vida espiritual nem da justiça de Deus, imaginou-se que os homens maus só poderiam merecer um castigo eterno.
O Espiritismo nos esclarece que o inferno são regiões astrais para onde se dirigem os EspÃritos que compartilham dos mesmos sentimentos ruins predominantes em suas personalidades.
Os EspÃritos que vão para essas regiões não ficam nelas definitivamente. Permanecem por perÃodos variáveis, até que surjam novas oportunidades de reencarnação, pois cedo ou tarde todos encontrarão a luz do esclarecimento.
à através de sucessivas experiências reencarnatórias que também alcançarão a perfeição.
Purgatório.
Este é um termo usado pelo Catolicismo. Foi criado pela necessidade de abrigar as almas dos que não eram muito maus para habitar o inferno, nem tão bons para merecer o céu.
Segundo o Espiritismo, todos os sofrimentos do homem decorrem da imperfeição de sua alma. Se é imperfeito, é porque já o era antes de vir à Terra, expiando aqui não somente as faltas do momento como também as faltas anteriores que ainda não foram resgatadas.
Em cada existência o EspÃrito tem a oportunidade de dar um passo adiante. Somente da sua vontade depende a maior ou menor extensão do passo ou até mesmo de ficar no mesmo ponto.
à pois, em sucessivas encarnações que a alma se liberta das suas imperfeições, que se purga, até que esteja bastante pura para deixar os mundos de expiação como a Terra.
Por causa da imperfeição, o EspÃrito culpado sofre primeiro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a vida corporal como meio de reparação.
A expiação no mundo espiritual e na Terra não constitui castigo e sim um complemento, um trabalho para facilitar o progresso e é do EspÃrito, que depende o aproveitamento.
Portanto o purgatório são os mundos espirituais de expiação e as regiões astrais próximas deles para aonde vão os EspÃritos após o desencarne ( morte do corpo fÃsico ) a fim de refletir sobre suas obras, instruir-se e preparar-se para uma nova encarnação.
“O purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefÃcio do seu futuro” – ( Allan Kardec – O Céu e o Inferno, cap.V,item 4 )
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PerispÃrito
O EspÃrito quando encarnado não age diretamente sobre o corpo material. Sua natureza abstrata não o permite. O perispÃrito é o laço que serve de elo entre ambos. Ele é o envoltório, ou seja, o corpo fluÃdico que reveste a alma. De um lado ele recebe a influência do pensamento, do outro exerce contacto com a matéria. à o perispÃrito que transmite as ordens conscientes e inconscientes do EspÃrito para a atuação no corpo fÃsico.
Tanto os EspÃritos encarnados quanto os desencarnados possuem perispÃrito. No caso de encarnados, a sua constituição depende fundamentalmente do estágio em que se encontra o planeta que habita e, em menor escala, da sua própria evolução individual. No caso dos desencarnados, a consistência do perispÃrito dependerá, principalmente, do grau de evolução que o EspÃrito atingiu, podendo haver grandes diferenças na consistência do perispÃrito entre um EspÃrito e outro.Essa diferença chega a ponto de EspÃritos mais atrasados, muitas vezes, não conseguirem perceber a presença de outros com perispÃritos mais sutÃs. à sempre possÃvel contudo, aos EspÃritos mais evoluidos, condensarem propositadamente seu perispÃrito, a fim de se tornarem visÃveis a outros menos evoluidos, ou até a pessoas encarnadas.
Funções do perispÃrito.
O corpo fluÃdico reflete as experiências vividas pelo EspÃrito mas não é a sede da memória. à junto com o EspÃrito que está o arquivo com todas as passagens do seu progresso evolutivo. O perispÃrito simplesmente registra a experiência vivida e a envia ao EspÃrito para ser arquivada.
O perispÃrito funciona como uma esponja absorvendo do meio aonde se encontra todas as emanações fluÃdicas, boas ou más, que foram emitidas pelo pensamento de outros EspÃritos. Deduz-se daà a origem de certas doenças, como também compreende-se os mecanismos da cura através do passe (fluidoterapia).
O perispÃrito tem importante papel nos fenômenos psicológicos e patológicos e conhecendo-se a sua constituição e as sua função teremos nossos horizontes mais abertos para o tratamento de moléstias orgânicas e psÃquicas.
O Espiritismo contribui com as técnicas de manipulação das energias para revitalizar o perispÃrito e fornece elementos morais educativos, necessários ao equilÃbrio definitivo do ser.
2007-03-24 20:11:28
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answer #4
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answered by marofransa 3
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