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Eu entendo esta Lei como a expressão cristã da Lei do Karma. Como pode esta lei estar certa - uma vez que é bíblica (Gal. 6:7) e não existir karma? A mim parece que a diferença é similar à que existe entre Deus, Iahveh, Jeová e Alá: Nenhuma!

2007-03-23 09:52:13 · 15 respostas · perguntado por O Pantera 5 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

15 respostas

Não é uma lei, mas sim a consequencia de atos, ou da falta deles.
Sendo você um agricultor, e tua vida um terreno, cabe a você cultivá-lo.
Caso plante coisas boas, colherá coisas boas, e o contrário também é valido.
Uma vez que se planta algo, a obrigação da colheita é clara, pois a isso se propôs ao plantar.
Porém, caso não plante nada, assim como um terreno largado ao tempo, crescerá mato, capim, etc, e sendo você responsável pelo mesmo, terá que carpir e roçar novamente.

É como o Karma, com uma diferença. Mesmo que nada se faça, a colheita será obrigatória. Colher o capim que deixou crescer por nada ter plantado.

2007-03-25 05:27:02 · answer #1 · answered by Hokus Phokus 7 · 0 0

Há um texto que explica bem essa importante questão:

Causa das Aflições

Sérgio Biagi Gregório

RESUMO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Histórico. 4. Dor e Sofrimento: 4.1. Especificando os Termos; 4.2. Necessidade da Dor; 4.3. Tipos de Dor. 5. Lei de Ação e Reação: 5.1. Tempo; 5.2. O Merecimento. 6. Causas das Aflições: 6.1. Causas Atuais das Aflições; 6.2. Causas Anteriores das Aflições; 6.3. Justiça das Aflições. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO

Por que tanto sofrimento ao redor de nossos passos? Por que uns nascem na miséria e outros na opulência? Por que para uns tudo dá certo e para outros não? Estas são algumas dentre as muitas questões que ficam sem resposta lógica, quando analisamos a vida do ponto de vista de uma única encarnação. Olhemos a vida numa perspectiva mais ampla e obteremos respostas para todas essas dúvidas.
2. CONCEITO

Aflição - do latim afflictione. 1. Agonia, atribulação, angústia, sofrimento. 2. Tristeza, mágoa, pesar, dor. 3. Cuidado, preocupação, inquietação, ansiedade. 4. Padecimento físico; tormento, tortura. (Dicionário Aurélio)

Aflição, na essência, é o reflexo intangível do mal forjado pela criatura que o experimenta, e todo mal representa vírus de alma suscetível de alastrar-se ao modo de epidemia mental devastadora.

Freqüentemente, aflição é a nossa própria ansiedade, respeitável mas inútil, projetada no futuro, mentalizando ocorrências menos felizes que, em muitos casos, não se verificam como supomos e, por vezes, nem chegam a surgir. (Equipe FEB, 1997)
3. HISTÓRICO

O ser humano, premido pela necessidade, sempre buscou inventar aparelhos que lhe possibilitassem viver melhor. No que tange à dor, os antropólogos descobriram, já na Antigüidade, diversos instrumentos de cura. De lá para cá, as descobertas de novas técnicas se incrementaram. Foram inventados os raios-X, a anestesia, o laser e outros. Tudo para melhorar a saúde dos habitantes deste planeta.
4. DOR E SOFRIMENTO
4.1. ESPECIFICANDO OS TERMOS

Dor e Sofrimento — a simples reflexão sobre a dor e o sofrimento basta para evidenciar que eles têm uma razão de ser muito profunda. A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar. Se não fosse a dor sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo. O sofrimento, mais profundo do que a simples dor sensível e que afeta toda a existência, também tem a sua razão de ser. É através dele que o homem se insere na vida mística e religiosa. (Idígoras, 1983)
4.2. NECESSIDADE DA DOR

A dor física anuncia que algo em nós não vai bem e precisa de melhora. Embora sempre queiramos fugir dela, ela nos oferece a oportunidade de reflexão — volta para o nosso interior —, objetivando o conhecimento de nós mesmos.

Dada a grande coerência da dor, tanto sofrem os grandes gênios e como as pessoas mais apagadas. Nesse sentido, observe o sofrimento anônimo daqueles que dão exemplo de santidade aos que lhe sentem os efeitos, mesmos ocultos e sigilosos.
4.3. TIPOS DE DOR

O processo de crescimento espiritual está associado à dor e ao sofrimento. De acordo com o Espírito André Luiz, a dor pode ser vista sob três aspectos:

1) Dor-expiação — que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a justiça. É conseqüência de nosso desequilíbrio mental, ou proceder desviado da rota ascensional do espírito. Podemos associá-la às encarnações passadas. Muitas vezes é o resgate devido ao mau uso de nosso livre-arbítrio.

2) Dor-evolução — que atua de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso. Na dor-expiação estão associados o remorso, o arrependimento, o sentimento de culpa etc. Na dor-evolução estão associados o esforço e a resistência ao meio hostil. Enquanto a primeira é conseqüência de um ato mau, a segunda é um fortalecimento para o futuro.

3) Dor-Auxílio — são as prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais freqüentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, a fim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição para a morte. O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na vida espiritual (Xavier, 1976, p. 261 e 262)
5. LEI DA AÇÃO E REAÇÃO

O que é uma causa? É algo que origina um efeito. Por exemplo: qual a causa do leite? A vaca. Qual a causa da manteiga? O leite. Mas todas essas causas estão sujeitas a um princípio. Quando estamos falando de causa e efeito, estamos falando de tempo.
5.1. TEMPO

Que é o tempo? Sucessão de coisas ou de acontecimentos, que se expressam em termos de presente, passado e futuro. Embora na sua concepção infinita de tempo, o passado, o presente e o futuro se confundem, não há dúvida de que o ontem foi passado, o hoje é o presente e o amanhã o futuro.

Axioma: dada uma causa, o efeito se realiza necessariamente.

Importante: passagem do tempo, ou seja, podemos modificar a causa e concomitantemente o efeito.
5.2. O MERECIMENTO

Um exemplo clássico da Doutrina está na história da pessoa que perdeu o dedo, mas deveria ter perdido o braço.

Esta história foi retratada pelo Espírito Hilário Silva, no capítulo 20 do livro A Vida Escreve, psicografada por F. C. Xavier e Waldo Vieira, no qual descreve o fato de Saturnino Pereira que, ao perder o dedo junto à máquina de que era condutor, se fizera centro das atenções: como Saturnino, sendo espírita e benévolo para com todas as pessoas, pode perder o dedo? Parecia um fato que ia de encontro com a justiça divina. Contudo, à noite, em reunião íntima no Centro Espírita que freqüentava, o orientador espiritual revelou-lhe que numa encarnação passada havia triturado o braço do seu escravo num engenho rústico. O orientador espiritual assim lhe falou: "Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no coração. Por muito tempo, por muito tempo... E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais útil. Mas, você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, tem os pés no caminho do bem aos outros. Você tem trabalhado, esmerando-se no dever... Regozije-se, meu amigo! Você está pagando, em amor, seu empenho à justiça..."
6. CAUSAS DAS AFLIÇÕES

Faz parte do capítulo V de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, cujo título é Bem-Aventurados os Aflitos, e abrange os itens de 3 a 10.

As causas das aflições devem ser procuradas tanto no presente (atual encarnação) como numa existência passada. Devemos partir do princípio de que elas são justas. Se assim não pensarmos, poderemos cair no erro de jogar a culpa nos outros ou em Deus. Quer dizer, tudo o que se nos acontece tem um motivo, embora nem sempre o saibamos explicar com clareza.

Assim sendo, toda vicissitude pode ser vista sob dois ângulos:
6.1. CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES

Aqui devemos refletir sobre o sofrimento que nos visita, fazendo algumas indagações a respeito. Em caso de anemia — será que me descuidei da alimentação? No caso do filho escolher o caminho do vício — dei-lhe a devida educação, os cuidados necessários? No caso de uma querela familiar — será que não fui injusto para com tal pessoa?

"Que todos aqueles que são atingidos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida, interroguem friamente sua consciência; que remontem progressivamente à fonte dos males que os afligem, e verão se, o mais freqüentemente, não podem dizer: Se eu tivesse, ou não tivesse, feito tal coisa eu não estaria em tal situação". (Kardec, 1984, p. 72)
6.2. CAUSAS ANTERIORES

Não encontrando uma resposta satisfatória na presente encarnação, devemos nos reportar à encarnação passada. "Os sofrimentos por causas anteriores são, freqüentemente, como o das causas atuais, a conseqüência natural da falta cometida; quer dizer, por uma justiça distributiva rigorosa, o homem suporta o que fez os outros suportarem; se foi duro e desumano, ele poderá ser, a se turno, tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou se fez mal uso da fortuna, poderá ser privado do necessário; se foi mal filho, poderá sofrer com os próprios filhos etc." (Kardec, 1984, p. 74)

A regra é básica: devemos procurar a origem dos males nesta mesma encarnação. Não encontrando indícios, retornemos a uma outra. Mesmo tendo o esquecimento do passado, fica-nos uma lembrança, uma intuição.
6.3. JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES

A dor não é castigo: é contingência inerente à vida, cuja atuação visa a restauração e o progresso.

A dor-expiação é cármica, de restauração, é libertação de carga que nos entrava a caminhada; é reajuste perante a vida, reposição da alma no roteiro certo. Passageira, nunca perene.

A dor-evolução, tem existência permanente, embora variável segundo as experiências vividas pelo espírito. Ela acompanha o desenvolvimento, é sua indicação, é sinal de dinamização, inevitável manifestação de crescimento. É a dor, na sua essência, uma vez que as outras são passageiras e evitáveis, mesmo que o Espírito se envolva em suas malhas, por séculos, às vezes.

Jesus, quando falava de dor, sede e fome, referia-se à dor-evolução, à dor insita no crescimento do Espírito impulsionado pela fome de aprender e pela sede de saber. (Curti, 1982, p. 39)
7. CONCLUSÃO

"Saibamos sofrer e sofreremos menos". Eis o dístico que devemos nos lembrar em todos os estados depressivos de nossa alma, a fim de nos fortalecermos para o futuro.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

* CURTI, R. Bem-Aventuranças e Parábolas. São Paulo, FEESP, 1982.
* EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.
* FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, s/d/p.
* IDÍGORAS, J. L. Vocabulário Teológico para a América Latina. São Paulo, Edições Paulinas, 1983.
* KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.
* XAVIER, F. C. Ação e Reação, pelo Espírito André Luiz. 5. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.
* XAVIER, F. C., VIEIRA, W. A Vida Escreve, pelo Espírito Hilário Silva. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1978.

Texto extraído do site:
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/sergio-biagi/ensaio-causa-das-aflicoes.html

2007-03-23 10:14:04 · answer #2 · answered by Antonio Vieira Sobrinho 7 · 5 1

Eu interpreto da seguinte forma:Somos livres pra fazer o que quisermos,mas teremos obrigatoriamente,de arcar com as conseqüências.Isso é inclusive,independente de religião Beijos,
Marina.

2007-03-23 09:58:51 · answer #3 · answered by marinamorena@yahoo.com.br 6 · 3 0

Lei de causa e efeito, em relação a matéria a toda ação corresponde uma reação contraria de igual intensidade.
Assim por termos consciência a intensidade pode ser alterada para mais ou para menos, porém sempre que haverá uma reação de ordem física ou moral.
Esta reação se prolonga pelo tempo e pelo espaço, e depende de sua origem e a quem é direcionado,assim sempre haverá o retorno ,a qualquer tempo( nesta ou noutra vida).

2007-03-24 03:13:29 · answer #4 · answered by ? 6 · 2 0

Remete às nossas responsabilidades.

Você não é obrigado a cultivar, a criar, a começar nada. Mas depois que toma essa decisão tem que arcar com as consequencias.

Tudo que você decide começar, terá um resultado futuro, e dele você não poderá fugir.

É a lei do retorno. Tudo que é lançado, voltará para você, maior, amadurecido, completo.

Se jogar afeto, receberá amor. Se jogar a discórdia, receberá o mais puro ódio.


Devemos pensar em tudo que fazemos, podemos está espalhando sementes sem perceber. Quando nos dermos conta, estaremos perdidos em uma floreta de dúvidas, medos e sofrimentos.

Mas de plantarmos aquiloo que realmente queremso, com consciência, cuidado e amor, em breve nos encontraremos em meio a um pomar, cheio das mais deliciosas frutas, banhados pelo brando Sol da tarde, compartilhando o que a vida tem de bom com as pessoas que amamos.

2007-03-23 10:04:07 · answer #5 · answered by emerson_ferreira_23 2 · 2 0

Quem planta, colhe. Se faz o bem, terá o bem. Se faz o mal, terá o mal. Simples!

2007-03-23 11:25:07 · answer #6 · answered by peraxica 5 · 1 0

è necessário plantar o bem para colher o bem, se plantar o mal será o mal multiplicado que colherá.
Vc não é obrigado a praticar o bem ,mas colherá o que plantar.
Excelente pergunta.

2007-03-23 09:59:35 · answer #7 · answered by ĹŲŽ ĐΛ ЦΜБΛПĐΛ 7 · 1 0

Vc ta sempre plantando, e planta o q quiser, mas colher, ah vc n escolhe, ja eh algo que vem do que vc plantou

2007-03-23 09:58:27 · answer #8 · answered by Th@ís_bh 3 · 1 0

Vc escolhe o que quer plantar. Daí vc vai colher o resultado disso. Se plantar vento, colhe tempestade.

2007-03-23 09:56:58 · answer #9 · answered by Melissa *aka Memê 6 · 2 1

Olá amigo,
Em primeiro lugar quero lhe dizer como entendo a Lei do Karma . Para mim Karma é o que você faz de sua vida .,OK?
Somos todos agricultores no solo da vida . Plantar é nossa ação . Se plantarmos flores, colheremos flores ,e não espinhos , não é . Esta lei é imultável ,inerente à natureza , independe do Karma . Plantar é livre, plantamos o que queremos, mas a colheta é obrigatória, não interfere no Karma pessoal , entende?
Com todo meu carinho!
Paz, amor e alegria! .

2007-03-28 01:35:44 · answer #10 · answered by Gra硠B 4 · 0 0

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