É um ser humano como nós.
Mas veja o Bíblia diz sobre o ato de praticar o espiritismo e de se tornar um médium espiríta:
Espiritismo
Crença ou doutrina de que os espíritos dos humanos mortos, sobrevivendo à morte do corpo físico, podem comunicar-se e deveras se comunicam com os vivos, primariamente por intermédio de alguém (um médium) especialmente suscetível à influência deles. Tanto a Bíblia como a história secular revelam que o espiritismo existiu desde tempos bem primitivos. A religião do Egito estava permeada por ele. (Is 19:3) E a religião de Babilônia (cidade que também era o principal centro religioso da Assíria) era espírita. — Is 47:12, 13.
A palavra grega para “espiritismo” é far·ma·kí·a. O Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Velho e do Novo Testamento, de Vine; 1981, Vol. 4, pp. 51, 52) diz a respeito desta palavra: “(Ingl., farmácia, etc.) indicava principalmente o uso de medicamentos, drogas, encantamentos; daí, envenenamento; daí, feitiçaria, Gál. 5:20, V.R., ‘bruxaria’ (V.A., ‘feitiçaria’), mencionada como ‘uma das obras da carne’. Veja também Rev. [Apo.] 9:21; 18:23. Na Sept[uaginta], Êxo. 7:11, 22; 8:7, 18; Isa. 47:9, 12. Na feitiçaria, o uso de drogas, quer simples, quer potentes, era geralmente acompanhado de encantamentos e de invocações de poderes ocultos, sendo providos vários talismãs, amuletos, etc., professamente destinados a proteger o suplicante ou paciente da atenção e do poder dos demônios, mas, na realidade, para impressionar o suplicante com os misteriosos recursos e poderes do feiticeiro.”
Sua Fonte. Uma das características principais do espiritismo é a alegada comunicação com os mortos. Visto que os mortos “não estão cônscios de absolutamente nada”, a comunicação com tais mortos é realmente impossível. (Ec 9:5) A lei de Deus para Israel proibia que alguém indagasse dos mortos, e fazia da prática do espiritismo um crime capital. (Le 19:31; 20:6, 27; De 18:9-12; compare isso com Is 8:19.) E nas Escrituras Gregas Cristãs faz-se a declaração de que aqueles que praticam o espiritismo “não herdarão o reino de Deus”. (Gál 5:20, 21; Re 21:8) Por conseguinte, segue-se logicamente que qualquer alegada comunicação com os mortos, se não for mentira deliberada daquele que a alega, tem de ser duma fonte maligna, fonte esta que está em oposição a Jeová Deus.
A Bíblia indica claramente que espíritos iníquos, demônios, são esta fonte maligna. (Veja DEMÔNIO; POSSESSÃO DEMONÍACA.) Um caso pertinente é o de “certa serva” na cidade de Filipos. Ela costumava dar muito lucro aos seus amos por praticar “a arte do vaticínio”, uma das coisas relacionadas com o espiritismo. (De 18:11) O relato diz claramente que a fonte de suas predições não era Deus, mas “um demônio de adivinhação”, um espírito iníquo. Portanto, quando o apóstolo Paulo expulsou esse espírito iníquo, esta moça perdeu seus poderes de predição. (At 16:16-19) A respeito da expressão grega pneú·ma pý·tho·na, aqui traduzida por “um demônio de adivinhação”, Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words (Vol. 1, p. 328) diz: “Píton, na mitologia grega, era o nome da serpente ou dragão pítio, morando em Pito, ao sopé do monte Parnaso, guardando o oráculo de Delfos, e morto por Apolo. Daí, o nome foi transferido para o próprio Apolo. Mais tarde, a palavra foi aplicada a adivinhos ou vaticinadores, considerados como inspirados por Apolo. Visto que os demônios são os agentes que inspiram a idolatria, I Cor. I0:20 , a jovem em Atos I6:I6 estava possessa por um demônio que instigava o culto de Apolo, e assim tinha ‘um espírito de adivinhação’.”
Em Israel. Embora Deus tivesse legislado estritamente contra o espiritismo, de vez em quando apareciam médiuns espíritas na terra de Israel. Eram provavelmente estrangeiros que vinham ao país, ou alguns daqueles que haviam sido poupados da destruição pelos israelitas. O Rei Saul removeu-os do país durante o seu reinado, mas, evidentemente, perto do fim do seu governo, alguns médiuns espíritas começaram novamente a operar. Saul demonstrou quanto ele se havia afastado de Deus quando foi consultar “em En-Dor uma . . . dona de mediunidade espírita”. — 1Sa 28:3, 7-10.
Visita do Rei Saul a uma médium. Quando Saul se dirigiu à médium, o espírito de Jeová já por algum tempo fora removido dele, e, de fato, Deus não lhe respondia às indagações por meio de sonhos, nem pelo Urim (usado pelo sumo sacerdote), nem por profetas. (1Sa 28:6) Deus não queria ter mais nada que ver com ele; e Samuel, profeta de Deus, não vira Saul já por bastante tempo, desde antes de Davi ser ungido para ser rei. De modo que seria desarrazoado pensar que Samuel, mesmo se ainda estivesse vivo, viesse agora dar conselhos a Saul. E Deus certamente não faria com que Samuel, a quem não havia enviado a Saul antes da sua morte, voltasse dentre os mortos para falar com Saul. — 1Sa 15:35.
Que Jeová de modo algum aprovaria ou cooperaria com a ação de Saul é mostrado pela sua declaração posterior por meio de Isaías: “E caso vos digam: ‘Recorrei aos médiuns espíritas ou aos que têm espírito de predição, que chilram e fazem pronunciações em voz baixa’, não é a seu Deus que qualquer povo devia recorrer? Acaso se deve recorrer a pessoas mortas a favor de pessoas vivas? À lei e à atestação!” — Is 8:19, 20.
Portanto, quando o relato diz: “Quando a mulher viu ‘Samuel’, começou a clamar ao máximo da sua voz”, obviamente relata o evento do ponto de vista da médium, que foi enganada pelo espírito que se fazia de Samuel. (1Sa 28:12) Quanto ao próprio Saul, aplicou-se o princípio declarado pelo apóstolo Paulo: “Assim como não aprovaram reter Deus com um conhecimento exato, Deus entregou-os a um estado mental reprovado, para fazerem as coisas que não são próprias . . . Embora estes conhecessem muito bem o decreto justo de Deus, de que os que praticam tais coisas merecem a morte, não somente persistem em fazê-las, mas também consentem com os que as praticam.” — Ro 1:28-32.
O Commentary on the Old Testament (Comentário Sobre o Velho Testamento), de C. F. Keil e F. Delitzsch (1973, Vol. II, Primeiro Samuel, p. 265) refere-se à Septuaginta grega, em 1 Crônicas 10:13, que acrescentou as palavras “e Samuel, o profeta, lhe respondeu”. (Bagster) O Commentary apóia o conceito subentendido por estas palavras não inspiradas na Septuaginta, mas acrescenta: “Todavia, os padres, os reformadores e os primitivos teólogos cristãos, com raríssimas exceções, julgaram não ter havido real aparecimento de Samuel, mas apenas um imaginário. De acordo com a explanação dada por Efraem Syrus, uma imagem aparente de Samuel se apresentou ao olho de Saul por meio das artes demoníacas. Lutero e Calvino adotaram este mesmo conceito, e os mais antigos teólogos protestantes os acompanhavam em considerar tal aparição como não sendo nada mais do que um espectro diabólico, um fantasma, ou um espectro diabólico em forma de Samuel, e o anúncio de Samuel como não sendo senão uma revelação diabólica, feita com permissão divina, em que a verdade se acha misturada com a falsidade.”
Numa nota de rodapé (Primeiro Samuel, pp. 265, 266), este Commentary diz: “Assim, Lutero diz . . . ‘O Samuel suscitado por uma vaticinadora ou feiticeira, em 1 Sam. xxviii. 11, 12, certamente era apenas um espectro do diabo; isso não somente porque as Escrituras declaram que foi algo realizado por uma mulher cheia de diabos (pois, quem acreditaria que as almas dos crentes, que estão na mão de Deus, . . . estavam sob o poder do diabo, e de simples homens?), mas também porque isso era evidentemente contrário à ordem de Deus, de que Saul e a mulher inquirissem os mortos. O Espírito Santo por si mesmo não pode fazer nada contrário a isto, nem pode Ele ajudar os que agem em oposição a isso.’ Também Calvino considera a aparição apenas como um espectro . . .: ‘Isto é certo’, diz ele, ‘que não foi realmente Samuel, porque Deus nunca permitiria que Seus profetas fossem sujeitos a tal conjura diabólica. Pois, aqui, uma feiticeira suscita o falecido da sepultura. Imaginaria alguém que Deus quisesse que Seu profeta fosse exposto a tal ignomínia; como se o diabo tivesse poder sobre os corpos e as almas dos santos, guardados por Ele? Diz-se que as almas dos santos estão repousando . . . em Deus, aguardando a sua feliz ressurreição. Além disso, devemos crer que Samuel levou consigo a sua capa à sepultura? Por todos estes motivos, parece evidente que a aparição não era nada mais que um espectro, e que os sentidos da própria mulher foram assim enganados, a ponto de pensar que ela via a Samuel, ao passo que realmente não era ele.’ Os anteriores teólogos ortodoxos também questionavam a realidade da aparição do falecido Samuel pelos mesmíssimos motivos.”
O Poder de Jesus Sobre os Demônios. Quando Jesus estava na terra, provou ser o Messias, o Ungido de Deus, por expulsar os demônios de pessoas possessas. Fazia isso sem um rito especial ou sessão espírita, ou alguma forma de magia. Simplesmente ordenava aos demônios sair, e eles obedeciam à sua voz. Embora a contragosto, os demônios se viram obrigados a reconhecer a autoridade dele (Mt 8:29-34; Mr 5:7-13; Lu 8:28-33), assim como Satanás reconheceu a autoridade de Jeová quando Jeová lhe permitiu afligir Jó para uma prova, mas ordenou que Satanás não matasse Jó. (Jó 2:6, 7) Também, Jesus realizava esta obra gratuitamente. — Mt 8:16, 28-32; Mr 1:34; 3:11, 12; Lu 4:41.
Refuta a falsa acusação dos fariseus. Depois de uma dessas curas feitas por Jesus, seus inimigos, os fariseus, o acusaram: “Este não expulsa os demônios senão por meio de Belzebu, o governante dos demônios.” Mas, o relato diz: “Conhecendo os pensamentos deles, disse-lhes: ‘Todo reino dividido contra si mesmo cai em desolação, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não permanece. Do mesmo modo, se Satanás expulsa a Satanás, ele ficou dividido contra si mesmo; como permanecerá então o seu reino? Ainda mais, se eu expulso os demônios por meio de Belzebu, por meio de quem os expulsam os vossos filhos? É por isso que eles serão os vossos juízes.’” — Mt 12:22-27.
Os fariseus se viam obrigados a admitir que era preciso poder sobre-humano para expulsar os demônios. Mas, queriam impedir que o povo cresse em Jesus. Por isso, atribuíam o poder dele ao Diabo. Jesus levou então o argumento deles às últimas conseqüências por mostrar qual seria o resultado lógico de tal argumento. Respondeu que, se ele fosse agente do Diabo, desfazendo o que Satanás fazia, então Satanás realmente estaria agindo contra si mesmo (o que nenhum rei humano faria) e cairia logo. Além disso, chamou atenção para os “filhos” ou discípulos deles, que também afirmavam expulsar demônios. Se o argumento dos fariseus fosse verdadeiro, que aquele que expulsava demônios o fazia pelo poder de Satanás, então os próprios discípulos deles agiam sob o poder deste, algo que os fariseus, naturalmente, não estavam dispostos a admitir. Jesus disse que, portanto, os próprios “filhos” deles eram os juízes que condenavam tanto a eles como o argumento deles. Jesus disse então: “Mas, se é por meio do espírito de Deus que eu expulso os demônios, o reino de Deus vos tem realmente alcançado.” — Mt 12:28.
Jesus completou seu argumento por salientar que ninguém podia invadir a casa dum homem forte (Satanás) e apoderar-se dos seus bens, a menos que tivesse poder para amarrar o homem forte. A acusação falsa dos fariseus provocou o aviso sobre o pecado contra o espírito santo, visto que era pelo espírito de Deus que Jesus expulsava os demônios, e que, quando os fariseus falavam contra a obra dele, eles não somente expressavam ódio de Jesus, mas também falavam contra a evidente demonstração do espírito santo de Deus. — Mt 12:29-32.
O que Jesus disse a respeito da expulsão de demônios não deve ser entendido como significando que os “filhos” dos fariseus e todos os outros que afirmavam expulsar demônios necessariamente eram instrumentos de Deus. Jesus mencionou pessoas que perguntariam: “Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome e não expulsamos demônios em teu nome, e não fizemos muitas obras poderosas em teu nome?” Mas ele lhes responderia: “Nunca vos conheci! Afastai-vos de mim, vós obreiros do que é contra a lei.” (Mt 7:22, 23) Não sendo verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, esses obreiros do que é contra a lei seriam filhos do Diabo. (Veja Jo 8:44; 1Jo 3:10.) Portanto, quem afirmasse expulsar demônios não seria instrumento de Deus, mas agente do Diabo. Satanás, por usar pessoas como exorcistas, até mesmo fazendo isso em nome de Jesus (veja a tentativa dos sete filhos de Ceva, em Atos 19:13-16), não estaria dividido contra si mesmo. Antes, por meio dessa obra aparentemente boa, desfazendo o caso de possessão demoníaca, Satanás se transformaria em “anjo de luz”, promovendo assim seu poder e sua influência sobre os enganados. — 2Co 11:14.
“Quem não é contra nós, é por nós.” Numa ocasião, o apóstolo João disse a Jesus: “Instrutor, vimos certo homem expulsar demônios pelo uso de teu nome, e tentamos impedi-lo, porque não nos acompanhava.” Este homem, evidentemente, era bem sucedido em expulsar demônios, porque Jesus disse: “Ninguém há que faça uma obra poderosa à base do meu nome que logo possa injuriar-me.” Portanto, Jesus ordenou que não tentassem impedi-lo, “pois quem não é contra nós, é por nós”. (Mr 9:38-40) Nem todos os que criam em Jesus acompanhavam pessoalmente a ele e os seus apóstolos no ministério. Naquela época, pela vontade de Deus, vigorava o pacto da Lei, e Deus, por meio de Jesus Cristo, ainda não havia inaugurado o novo pacto e o começo da congregação cristã de chamados. Apenas a partir de Pentecostes de 33 EC, depois de Jesus, por meio do seu sacrifício, ter removido a Lei, era necessário que aquele que servisse em nome de Cristo se associasse com esta congregação, cujos membros eram batizados em Cristo. (At 2:38-42, 47; Ro 6:3) Então, em vez de Deus tratar com a nação carnal de Israel, como havia feito até aquele tempo, ele reconheceu a congregação cristã como sua “nação santa”. — 1Pe 2:9; 1Co 12:13.
Obra da Carne. Embora os praticantes do espiritismo talvez pensem que este seja uma ‘prática espiritual’, a Palavra de Deus não o chama de obra do espírito ou de parte dos frutos deste, mas de obra da carne. Note as coisas detestáveis com as quais é classificado: “fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo [literalmente: drogaria], inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões, seitas, invejas, bebedeiras, festanças e coisas semelhantes a estas”. Ele agrada aos desejos da carne pecaminosa, não às coisas do espírito, e o apóstolo adverte que “os que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus”. — Gál 5:19-21, Int.
Causará a destruição eterna dos seus praticantes. Quanto à Babilônia, a Grande, que será lançada no mar para nunca mais ser achada, um dos pecados de que ela é acusada é declarado em Revelação [Apocalipse]: “Todas as nações foram desencaminhadas pelas tuas práticas espíritas.” (Re 18:23) A respeito da destruição eterna daqueles que praticam o espiritismo, a Revelação diz: “Quanto aos covardes, e aos que não têm fé, e aos que são repugnantes na sua sujeira, e aos assassinos, e aos fornicadores, e aos que praticam o espiritismo [literalmente: drogadores], e aos idólatras, e a todos os mentirosos, terão o seu quinhão no lago que queima com fogo e enxofre. Este significa a segunda morte.” — Re 21:8, Int.
Artes Mágicas, Uma Prática Relacionada. Relacionadas com o espiritismo há as artes mágicas. Em Éfeso, muitos creram na pregação de Paulo, e “um número considerável dos que haviam praticado artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram diante de todos”. (At 19:19) A palavra grega para “artes mágicas” é pe·rí·er·ga, “curiosidades”, literalmente, “coisas que estão ao redor do trabalho”, e assim supérfluas, quer dizer, as artes daqueles que perscrutam coisas proibidas, com a ajuda de espíritos malignos. — Int; Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words, Vol. 1, p. 261.
Profecia Contra Jerusalém. Numa pronúncia contra Jerusalém por causa da sua infidelidade, Jeová disse: “E terás de ficar rebaixada de modo que falarás desde a própria terra, e tua declaração soará baixo, como que do pó. E tua voz terá de tornar-se como a de um médium espírita, da própria terra, e tua própria declaração chilrará desde o pó.” (Is 29:4) Isto apontava para o tempo em que inimigos viriam contra Jerusalém e a reduziriam a uma condição muito baixa, como que esmagada na terra. Por conseguinte, quaisquer pronunciações que os habitantes de Jerusalém fizessem viriam lá do fundo do seu rebaixamento. Seria como se um médium espírita falasse de modo a fazer parecer que um som suave, abafado, baixo, sussurrante e fraco viesse do pó da terra. No entanto, conforme Isaías 29:5-8 mostra, Jerusalém seria liberta
2007-03-23 03:15:02
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answer #1
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answered by Alguém que Sabe 2
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A mediunidade é uma faculdade natural do ser humano. Todos a possuem, embora em graus diferentes. Ela sempre existiu, em todos os lugares e em todos os tempos. Pode-se dizer que quase todas as religiões nasceram através dela.
Contudo, foi a 31 de março de 1848 que aconteceu uma verdadeira explosão mediúnica, que logo se espalharia pelos Estados Unidos e posteriormente pela Europa, mas foi o estudo profundo, com bases científicas de Allan Kardec, que normatizou a prática mediúnica no Espiritismo. Dizemos no Espiritismo, porque a Doutrina Espírita não pode interferir em seitas ou religiões que utilizam a mediunidade.
O Livro dos Médiuns, o mais perfeito compêndio sobre mediunidade que já se publicou no mundo, tem as diretrizes seguras para os que desejam entrar nesse campo do conhecimento. Nenhum curso de mediunidade pode ignorar as diretrizes deixadas por Allan Kardec, que não foi um secretário dos espíritos, como alguns espíritas retrógrados ainda pensam, mas um elaborador, um construtor da Doutrina Espírita, auxiliado por uma gama imensa de espíritos superiores.
Algumas diretrizes são simples e precisam ser pensadas e praticadas. Por exemplo: a mediunidade gratuita. Não se pode colocar um preço no trabalho dos espíritos, nem em moeda sonante, nem em bajulações que levam a privilégios indevidos.
Todos somos médiuns, e mediunidade não é problema nem causa sofrimentos. Contudo, reconhecemos que existem pessoas mais vulneráveis à atuação dos espíritos, e não devem lidar com mediunidade sem um rígido controle de alguém com grande conhecimento e experiências. Quem são elas? As pessoas exóticas, excessivamente místicas, com desvios de personalidade. Pessoas mentalmente incapazes, ou com déficit de inteligência ou carência afetiva manifesta. As pessoas excessivamente crédulas porque são facilmente fascinadas por pessoas e espíritos. E também as crianças não devem lidar com mediunidade porque lhes falta o discernimento e podem abusar das suas condições e ter reações adversas.
Ser médium não significa ser missionário, ter missões especiais, não é um salvador do mundo, nem dispensador das graças de Deus. É tão somente ser intermediário entre dois planos de vida do universo.
2007-03-23 10:29:39
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answer #2
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answered by wladdyx 3
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Todos somos médiuns, aceitando ou não, a mediunidade foi criada por Deus.
2007-03-23 10:33:13
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answer #3
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answered by ĹŲŽ ĐΛ ЦΜБΛПĐΛ 7
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O médium tem obrigação de estudar muito, observar intensamente e trabalharem todos os instantes pela sua própria iluminação". Quer saber mais entre neste site: http://www.espirito.org.br/PORTAL/artigos/diversos/mediunidade/o-medium-e-o-estudo.html
2007-03-23 10:20:45
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answer #4
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answered by OAS46 5
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Ser médium é ser apenas o meio de comunicação para os espíritos se manifestarem. Não requer nenhuma característica especial, apenas ter uma sensibilidade aguçada. A mediunidade é um atributo do espírito que se manifesta no corpo físico através do perispírito. Todos possuem mediunidade independente de religião ou condição moral. O que enobrece o trabalho mediúnico é a forma com que o médium trabalha os seus dons espirituais. Mas não se esqueça que a maior necessidade do médium está em evangelizar-se e disciplinar-se, pois sendo um instrumento para a prática da caridade, a mediunidade contribui para a evangelização de todas as partes envolvidas, dos assistentes, do médium e do comunicante.
2007-03-23 10:54:38
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answer #5
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answered by Andrea 7
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Os médiuns são as pessoas aptas a receberem a influência dos EspÃritos e transmitirem os seus pensamentos.
Toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos EspÃritos é, por isso mesmo, médium. Essa faculdade é inerente ao homem, e, por conseguinte, não é, de nenhum modo, um privilégio exclusivo: também há poucos nos quais não se lhe encontra algum rudimento. Pode-se, pois, dizer, que todo o mundo, com pequena diferença, é médium; todavia, no uso, essa qualificação não se aplica senão naqueles nos quais a faculdade mediúnica se manifesta por efeitos ostensivos de uma certa intensidade.
O fluido perispiritual é o agente de todos os fenômenos espÃritas; esses fenômenos não podem se operar senão pela ação recÃproca dos fluidos emitidos pelo médium e pelo EspÃrito. O desenvolvimento da faculdade mediúnica prende-se à natureza mais ou menos expansÃvel do perispÃrito do médium e à sua assimilação, mais ou menos fácil, com o dos EspÃritos; prende-se, por conseqüência, ao organismo, e pode ser desenvolvida quando o princÃpio existe, mas não pode ser adquirida quando o principio não existe. A predisposição mediúnica é independente do sexo, da idade e do temperamento; encontram-se médiuns em todas as categorias de indivÃduos, desde a mais tenra idade, até a mais avançada.
As relações entre os EspÃritos e os médiuns se estabelecem por meio de seu perispÃrito; a facilidade dessas relações depende do grau de afinidade que existe entre os dois fluidos; alguns há que se assimilam facilmente e outros que se repelem; de onde se segue que não basta ser médium para se comunicar indistintamente com todos os EspÃritos; há médiuns que não podem se comunicar senão com certos EspÃritos, ou com certas categorias de EspÃritos, e outros que não o podem senão por uma transmissão de pensamento, sem nenhuma manifestação exterior.
Pela assimilação dos fluidos perispirituais, o EspÃrito se identifica, por assim dizer, com a pessoa que quer influenciar; não somente lhe transmite o seu pensamento, mas pode exercer sobre ela uma ação fÃsica, fazê-la agir ou falar à sua vontade, fazê-la dizer o que não quer; em uma palavra, servir-se de seus órgãos como se fossem os seus; pode, enfim, neutralizar a ação de seu próprio EspÃrito e paralisar-lhe o livre arbÃtrio. Os bons EspÃritos se servem dessa influencia para o bem, e os maus EspÃritos para o mal.
Os EspÃritos podem se manifestar de uma infinidade de maneiras diferentes, e não o podem senão com a condição de encontrarem uma pessoa apta a receber e a transmitir tal ou tal gênero de impressão, segundo a sua aptidão; ora, como não há nenhuma delas possuindo todas as aptidões no mesmo grau, disso resulta que umas obtêm efeitos impossÃveis para as outras. Essa diversidade na aptidão produz diferentes variedades de médiuns.
A vontade do médium, de nenhum modo, é sempre necessária; o EspÃrito que quer se manifestar procura o indivÃduo apto a receber a sua impressão, e dele se serve, freqüentemente, com o seu desconhecimento; outras pessoas, ao contrário, tendo a consciência de sua faculdade, podem provocar certas manifestações; daà duas categorias de médiuns: os médiuns inconscientes e os médiuns facultativos.
No primeiro caso, a iniciativa vem do EspÃrito: no segundo, vem do médium.
Os médiuns facultativos não se encontram senão entre as pessoas que têm um conhecimento mais ou menos completo dos meios de se comunicar com os EspÃritos, e podem assim ter a vontade de se servirem de suas faculdades; os médiuns inconscientes, ao contrário, se encontram entre aqueles que não têm nenhuma idéia nem do Espiritismo, nem dos EspÃritos, mesmo entre os mais incrédulos, e que servem de instrumento sem o saberem e sem o quererem. Todos os gêneros de fenômenos espÃritas podem se produzir pela sua influência, e foram encontrados em todas as épocas e entre todos os povos. A ignorância e a credulidade lhes atribuÃram um poder sobrenatural, e, segundo os lugares e os tempos, deles fizeram santos, feiticeiros, loucos ou visionários; o Espiritismo nos mostra neles a simples manifestação espontânea de uma faculdade natural.
Entre as diferentes variedades de médiuns, distinguem-se principalmente: os médiuns de efeitos fÃsicos; os médiuns sensitivos ou impressionáveis; os médiuns audientes, falantes, videntes, inspirados, sonâmbulos, curadores, escreventes ou psicógrafos, etc.; não descreveremos aqui senão os mais essenciais (Para detalhes completos, ver o Livro dos Médiuns).
1- Médiuns de efeitos fÃsicos. - São mais especialmente aptos a produzirem fenômenos materiais, tais como o movimento de corpos inertes, os ruÃdos, os deslocamentos, os soerguimentos e a translação de objetos, etc. Esses fenômenos podem ser espontâneos ou provocados; em todos os casos, requerem o concurso, voluntário ou involuntário, de médiuns dotados de faculdades especiais. Tais efeitos são geralmente oriundos de EspÃritos de uma ordem inferior; os EspÃritos elevados não se ocupam senão das comunicações inteligentes e instrutivas.
2 – Médiuns sensitivos ou impressionáveis – Designam-se assim as pessoas suscetÃveis de sentirem a presença dos EspÃritos por uma vaga impressão, uma espécie de toque leve sobre todos os membros, dos quais não podem se dar conta. Esta faculdade pode adquirir uma tal delicadeza que, aquele que dela está dotado reconhece, pela impressão que sente, não só a natureza boa ou má, do espÃrito que está ao seu lado, mas mesmo a sua individualidade, como o cego reconhece, instintivamente, a aproximação de tal ou tal pessoa. Um bom EspÃrito causa sempre uma impressão doce e agradável; a de um mau, ao contrário, é penosa, ansiosa e desagradável; há como um cheiro de impureza.
3 – Médiuns audientes – Eles ouvem a voz dos EspÃritos; algumas vezes, é uma voz Ãntima que se faz ouvir no foro interior; de outras vezes, é uma voz exterior, clara e distinta como a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, entrar em conversação com os EspÃritos. Quando têm o hábito de se comunicarem com certos EspÃritos, eles o reconhecem imediatamente pelo som de sua voz. Quando não se é, por si mesmo, médium audiente, se pode comunicar com um EspÃrito por intermédio de um médium audiente que lhe transmite as palavras.
4 – Médiuns falantes – Os médiuns audientes, que não fazem senão transmitir o que ouvem, não são, propriamente falando, médiuns falantes; estes últimos, muito freqüentemente, nada ouvem; neles, o EspÃrito atua sobre os órgãos da palavra, como nos médiuns escreventes agem sobre a mão. O EspÃrito, querendo se comunicar, se serve do órgão que encontra mais flexÃvel; a um toma a mão, a um outro a palavra, a um terceiro o ouvido. O médium falante se exprime, geralmente, sem ter a consciência do que diz e, freqüentemente, diz coisas completamente fora das suas idéias habituais, de seus conhecimentos e mesmo do alcance de sua inteligência. Vêem-se, à s vezes, pessoas iletradas e de uma inteligência vulgar, se exprimirem, naqueles momentos, com uma verdadeira eloqüência e tratarem, com uma incontestável superioridade, questões sobre as quais seriam incapazes de emitir uma opinião no estado normal.
Embora o médium falante esteja perfeitamente desperto, conserva raramente a lembrança daquilo que disse. A passividade, no entanto, não é sempre completa; há os que têm a intuição do que dizem no mesmo momento em que pronunciam as palavras.
A palavra é, no médium falante, um instrumento do qual se serve o EspÃrito, com o qual uma pessoa estranha pode entrar em comunicação, como pode fazê-lo por intermédio de um médium audiente. Há esta diferença entre o médium audiente e o médium falante, de que o primeiro fala voluntariamente para repetir o que ouve, ao passo que o segundo fala involuntariamente.
5 - Médiuns videntes – Dá-se este nome, à s pessoas que, no estado normal, e perfeitamente despertas, gozam da faculdade de ver os EspÃritos. A possibilidade de vê-los em sonho resulta, sem contradita, de uma espécie de mediunidade, mas não constitui, propriamente falando, os médiuns videntes. Explicamos a teoria desse fenômeno no capitulo das Visões e Aparições, de O Livro dos Médiuns.
As aparições de pessoas que se amou ou conheceu são bastante freqüentes; e, se bem que aqueles que a tiveram possam ser consideradas como médiuns videntes, dá-se, mais geralmente, esse nome à queles que gozam, de maneira de alguma sorte permanente, da faculdade de ver quase todos os EspÃritos. Entre eles, há os que não vêem senão os EspÃritos que se evocam e dos quais podem fazer a descrição com uma minuciosa exatidão; descrevem, nos menores detalhes, os seus gestos, a expressão de sua fisionomia, os traços do rosto, a roupa e até os sentimentos dos quais parecem animados. Há outros nos quais essa faculdade é ainda mais geral; eles vêem toda a população espÃrita ambiente ir, vir, e, se poderia dizer, cuidar de seus negócios. Esses médiuns jamais estão só: sempre têm com eles uma sociedade que podem escolher à sua vontade segundo o seu gosto, porque podem, pela sua vontade, afastar os EspÃritos que não lhes convêm, ou atrais aqueles que lhes são simpáticos.
6 – Médiuns sonâmbulos - O sonambulismo pode ser considerado como uma variedade da faculdade mediúnica, ou, melhor dizendo, são duas ordens de fenômenos que, muito freqüentemente, se acham reunidos. O sonâmbulo age sob a influência de seu próprio EspÃrito; é a sua alma que, mos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe fora dos limites de seus sentidos; o que ele exprime, haure em si mesmo; suas idéias, em geral, são mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos mais extensos, porque a sua alma está livre; em uma palavra, ele vive por antecipação a vida dos EspÃritos. O médium, ao contrário, é o instrumento de uma inteligência estranha; é passivo, e o que diz não vem dele. Em resumo, o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, e o médium exprime o de um outro. Mas o EspÃrito que se comunica a um médium comum, pode do mesmo modo fazê-lo a um sonâmbulo; freqüentemente mesmo, o estado de emancipação da alma, durante o sonambulismo, torna essa comunicação mais fácil. Muitos sonâmbulos vêem os espÃritos e os descrevem com tanta precisão quanto os médiuns videntes; podem conversar com eles e nos transmitir o seu pensamento; o que dizem fora do cÃrculo de seus conhecimentos pessoais, freqüentemente, lhes é sugerido por outros EspÃritos.
7 – Médiuns inspirados - Estes médiuns são aqueles nos quais os sinais exteriores da mediunidade são os menos aparentes; a ação dos EspÃritos é aqui toda intelectual e toda moral, e se revela nas menores circunstâncias da vida, como nas maiores concepções; é sob esse aspecto, sobretudo, que se pode dizer que todos são médiuns, porque não há ninguém que não tenha os seus EspÃritos protetores e familiares que fazem todos os esforços para sugerirem aos seus protegidos pensamentos salutares. No inspirado, amiúde, é difÃcil distinguir o pensamento próprio daquele que lhe é sugerido; o que caracteriza este último é, sobretudo, a espontaneidade.
A inspiração se torna mais evidente nos grandes trabalhos da inteligência. Os homens de gênio em todos os gêneros, artistas, sábios, literatos, oradores, sem dúvida, são EspÃritos avançados, capazes de, por eles mesmos, compreender e conceber grandes coisas; ora, é precisamente porque eles são julgados capazes que os EspÃritos, que querem cumprir certos trabalhos, lhes sugerem as idéias necessárias, e é assim que são, mais freqüentemente, médiuns sem o saberem. Têm, todavia, uma vaga intuição de uma assistência estranha, porque aquele que apela à inspiração, outra coisa não faz do que uma evocação; se não esperava ser ouvido, porque escreveria tão freqüentemente: Meu bom gênio, venha em minha ajuda!
8 – Médiuns de pressentimentos – Pessoas que, em certas circunstâncias, têm uma vaga intuição das coisas futuras vulgares. Essa intuição pode provir de uma espécie de dupla vista que permite entrever as conseqüências das coisas presentes e a filiação dos acontecimentos; mas, freqüentemente, ela é o fato de comunicações ocultas que deles faz uma variedade dos médiuns inspirados.
9 – Médiuns proféticos – à igualmente uma variedade dos médiuns inspirados; recebem, com a permissão de Deus, e com mais precisão dos que os médiuns de pressentimentos, a revelação das coisas futuras de um interesse geral, e que estão encarregados de fazer os homens conhecerem, para a sua instrução. O pressentimento é dado, para a maioria dos homens, de alguma sorte para o seu uso pessoal; o dom da profecia, ao contrário, é excepcional e implica a idéia de uma missão sobre a Terra.
Se há verdadeiros profetas, há mais ainda de falsos, e que tomam os sonhos de sua imaginação por suas revelações, quando não são velhacos que se fazem passar por tal ambição.
O verdadeiro profeta é um homem de bem inspirado por Deus; pode-se reconhecê-lo por suas palavras e suas ações; Deus não pode se servir da boca do mentiroso para ensinar a verdade. (O livro dos EspÃritos, questão 624)
10 – Médiuns escreventes ou psicógrafos – Designa-se com esse nome as pessoas que escrevem sob a influência dos EspÃritos. Do mesmo modo que um EspÃrito pode agir sobre os órgãos da palavra, de um médium falante, para lhe fazer pronunciar as palavras, ele pode se servir de sua mão para fazê-lo escrever. A mediunidade psicográfica apresenta três variedades muito distintas: os médiuns mecânicos, intuitivos e semimecânicos.
No médium mecânico, o EspÃrito age diretamente sobre a mão à qual dá o impulso. O que caracteriza este gênero de mediunidade é a inconsciência absoluta do que se escreve; o movimento da mão é independente da vontade; ela prossegue sem interrupção, e apesar do médium, enquanto o EspÃrito tenha alguma coisa para dizer, e se detém quando ele termina.
No médium intuitivo, a transmissão do pensamento se faz por intermédio do EspÃrito do médium. O EspÃrito estranho, nesse caso, não age sobre a mão para dirigi-la, age sobre a alma com a qual se identifica e à qual imprime a sua vontade e suas idéias; ele recebe o pensamento estranho e o transcreve. Nessa situação, o médium escreve voluntariamente e tem a consciência do que escreve, embora isso não seja o seu próprio pensamento.
Freqüentemente, é bastante difÃcil distinguir o pensamento próprio do médium daquele que lhe é sugerido, o que leva muitos médiuns desse gênero a duvidarem de sua faculdade. Pode-se reconhecer o pensamento sugerido no fato de que ele não é jamais preconcebido; que ele nasce à medida que se escreve e, com freqüência, é contrário à idéia prévia que se formou; pode mesmo estar fora dos conhecimentos e das capacidades do médium.
Há uma grande analogia entre a mediunidade intuitiva e a inspiração; a diferença consiste em que a primeira, o mais freqüentemente, está restrita à s questões da atualidade, e pode se aplicar fora das capacidades intelectuais do médium; um médium poderá tratar, por intuição, de um assunto ao qual é completamente estranho. A inspiração se estende sobre um campo mais vasto e vem, geralmente, em ajuda à s capacidades e à s preocupações do EspÃrito encarnado. Os traços da mediunidade são, em geral, menos evidentes.
O médium semimecânico ou semi-intuitivo participa das duas outras. No médium puramente mecânico, o movimento da mão é independente da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semimecânico sente um impulso dado à sua mão, apesar dele, mas, ao mesmo tempo, tem consciência daquilo que escreve à medida que as palavras se formam. No primeiro, o pensamento segue o ato da escrita; no segundo, precede-o; no terceiro, ele o acompanha.
Não sendo o médium senão um instrumento que recebe e transmite o pensamento de um EspÃrito estranho, que segue o impulso mecânico que lhe é dado, não há nada que ele não possa fazer fora de seus conhecimentos, se está dotado da flexibilidade e da aptidão mediúnica necessárias. Assim é que existem médiuns desenhistas, pintores, músicos, versificadores, embora estranhos à arte do desenho, da pintura, da música e da poesia; os médiuns iletrados, que escrevem sem saber nem ler nem escrever; os médiuns polÃgrafos, que reproduzem diferentes gêneros de escrita, e, algumas vezes, com perfeita exatidão a que o EspÃrito tinha quando vivo; os médiuns poliglotas, que falam ou escrevem em lÃnguas que lhes são desconhecidas, etc.
11 – Médiuns curadores – Este gênero de mediunidade consiste na faculdade que certas pessoas possuem, de curar pelo simples toque, pela imposição das mãos, o olhar, um gesto mesmo, sem a ajuda de nenhum medicamento. Esta faculdade, incontestavelmente, tem o seu princÃpio na força magnética; dela difere, todavia, pela energia e pela instantaneidade da ação, ao passo que as curas magnéticas exigem um tratamento metódico mais ou menos longo. Todos os magnetizadores estão quase aptos para curar se sabem a isso se ligar convenientemente; eles têm a ciência adquirida; nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns a possuem sem jamais terem ouvido falar do magnetismo.
A faculdade de curar pela imposição das mãos tem, evidentemente, o seu principio numa força excepcional de expansão, mas é aumentada por diversas causas, entre as quais é necessário colocar em primeira linha: a pureza dos sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o ardente desejo de aliviar, a prece fervorosa e a confiança em Deus, em uma palavra, todas as qualidades morais. A força magnética é puramente orgânica; pode ser, como a força muscular, dada a todo o mundo, mesmo a homens perversos; mas só o homem de bem dela se serve exclusivamente para o bem, sem dissimulação de interesse pessoal, nem satisfação do orgulho ou da vaidade; seu fluido depurado possui propriedades benfazejas e reparadoras que não pode ter aquele do homem vicioso ou interessado.
Todo efeito mediúnico, como foi dito, é o resultado da combinação dos fluidos emitidos por um EspÃrito e pelo médium: por essa união, esses fluidos adquirem propriedades novas que não teriam separadamente, ou pelo menos não teriam no mesmo grau. A prece, que é uma verdadeira evocação, atrai os bons EspÃritos solÃcitos em virem secundar os esforços do homem bem intencionado; seu fluido benfazejo se une facilmente ao dele, ao passo que o fluido do homem vicioso se alia com o dos maus EspÃritos que o cercam.
O homem de bem que não tivesse a força fluÃdica não poderia, pois, senão pouca coisa por si mesmo; ele não pode senão chamar a assistência dos bons EspÃritos, mas a sua ação pessoal é quase nula; uma grande força fluÃdica, aliada à maior soma possÃvel de qualidades morais, pode operar verdadeiros prodÃgios de cura.
A ação fluÃdica, por outro lado, é poderosamente secundada pela confiança do enfermo, e deus recompensa, freqüentemente, a sua fé pelo sucesso.
Só a superstição pode ligar uma virtude a certas palavras, e só os EspÃritos ignorantes e mentirosos podem manter semelhantes idéias prescrevendo quaisquer fórmulas. Entretanto, pode ocorrer que, para pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreenderem as coisas puramente espirituais, o emprego de uma fórmula de prece ou de uma pratica determinada, contribui para lhes dar confiança; neste caso, não é a fórmula que é eficaz, mas a fé que é aumentada pela idéia ligada ao emprego da fórmula.
Não é necessário confundir os médiuns curadores com os médiuns receitistas; estes últimos são simples médiuns escreventes, cuja especialidade é de servirem, mais facilmente, de interpretes aos EspÃritos para as prescrições médicas; mas não fazem absolutamente senão transmitir o pensamento do EspÃrito, e não têm, por si mesmos, nenhuma influência.
Fonte:
Allan Kardec
http://www.omensageiro.com.br/doutrina/
2007-03-23 10:50:53
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answer #6
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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