A síndrome de Horner é condição rara, decorrente de lesão da via simpática que pode ocorrer em qualquer nível, desde o hipotálamo, até o olho.
A origem pode ser congênita ou adquirida, sendo que apenas 5% dos casos são congênitos, podendo ser considerada a origem congênita mesmo quando decorrente de dano adquirido.
É caracterizada pela tétrade de sinais: ptose, miose, enoftalmo e anidrose facial, sendo o diagnóstico feito pela história e exame clínico. O enoftalmo não é verdadeiro, estando aparente em virtude da ptose discreta. A instilação ocular de simpatomiméticos, como a fenilefrina (1,0% ou 2,5%), ou de hidroxianfetamina (1,0%), podem ser úteis para localizar o local da lesão. O hidrocloreto de fenilefrina evidencia a hipersensibilidade de desnervação pupilar, havendo dilatação da pupila afetada maior que a do lado normal. A hidroxianfetamina age indiretamente, liberando a noradrenalina estocada nos terminais pós-ganglionares; seu efeito depende, portanto, da integridade funcional do terceiro neurônio. Assim, quando a lesão é pré-ganglionar, a hidroxianfetamina provoca dilatação igual ou maior da pupila lesada, comparando-se com o olho normal; se a lesão é pós-ganglionar, não há dilatação do olho afetado, havendo aumento da anisocoria. Lesão pós-ganglionar parcial deve ser considerada quando a pupila envolvida dilata, contudo, em menor proporção que o olho normal, ou seja, quando ocorre midríase incompleta.
Deve-se pesquisar, ainda, a etiologia da síndrome, avaliando-se a existência de trauma de parto, varicela congênita, tumores do pescoço e mediastino (como neuroblastomas, ganglioneuroma, neurilenoma) e lesões vasculares da carótida interna e artéria subclávia. Estas condições podem ocorrer com a presença de massas cervicais ou abdominais e envolvimento de outros nervos cranianos. Os exames de imagem da cabeça, tórax e coluna cervical podem ser úteis. Entretanto, não é necessário submeter a criança à investigação, quando não há suspeita de uma dessas condições.
Em geral, o tratamento da síndrome de Horner depende da causa. Muitas vezes não há tratamento que melhore ou reverta esta condição. O tratamento dos casos adquiridos é dirigido à erradicação da doença que está produzindo a síndrome.
2007-03-22 02:17:59
·
answer #1
·
answered by inka 7
·
0⤊
0⤋