Hormônios são substâncias químicas que transferem informações e instruções entre as células, em animais e plantas. Também chamados de "mensageiros químicos do corpo", os hormônios regulam o crescimento, o desenvolvimento, controlam as funções de muitos tecidos, auxiliam as funções reprodutivas, e regulam o metabolismo (o processo usado pelo organismo para produzir energia a partir dos alimentos). Diferentemente das informações enviadas pelo sistema nervoso, que são transmitidas via impulsos elétricos, se deslocam rapidamente, têm um efeito quase imediato e de curto prazo, os hormônios são mais vagarosos e seus efeitos mantêm-se por um período mais longo de tempo.
Eles foram identificados pela primeira vez em 1902 pelos fisiologistas britânicos William Bayliss e Ernest Starling. Eles demonstraram que uma substância retirada do revestimento do intestino podia ser injetada num cão para estimular o pâncreas a produzir fluido. Eles chamaram essa substância de secretina e cunharam o termo "hormônio", do grego hormo, que significa "pôr em movimento". Atualmente, mais de 100 hormônios já foram identificados.
Os hormônios são produzidos por glândulas ou tecidos especializados, que os segregam conforme as necessidades do organismo. A maioria dos hormônios é produzida pelas glândulas do sistema endócrino, como a hipófise, a tireóide, as supra-renais, além dos ovários e testículos. Essas glândulas endócrinas produzem e segregam os hormônios diretamente na corrente sangüínea. Porém, nem todos os hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas. As mucosas do intestino delgado produzem hormônios que estimulam a secreção de sucos digestivos do pâncreas. Outros hormônios são também produzidos pela placenta, um órgão formado durante a gravidez, com a finalidade de regular alguns aspectos do desenvolvimento do feto.
Normalmente os hormônios são classificados em dois tipos principais, com base na sua composição química. Quase todos os hormônios são peptídios, ou derivados de aminoácidos, que incluem os hormônios produzidos pela parte anterior da hipófise, pela tireóide, paratireóides, placenta e pâncreas. Os hormônios peptídicos são normalmente produzidos na forma de proteínas maiores. Quando seu trabalho é exigido, esses peptídios são decompostos em hormônios biologicamente ativos e secretados no sangue, para que circulem em todo o organismo.
O segundo tipo de hormônio é o dos esteróides (sexuais), que incluem os hormônios secretados pelas glândulas supra-renais, ovários e testículos. Os hormônios esteróides são sintetizados a partir do colesterol e modificados por uma série de reações químicas, até que um hormônio fique pronto para ser posto em ação imediatamente.
Como funcionam
A maioria dos hormônios é lançada diretamente no sangue, onde circulam através do corpo em concentrações muito baixas. Alguns hormônios trafegam intactos pela corrente sangüínea. Outros já precisam de uma substância portadora, como uma molécula de proteína, para se manterem dissolvidos no sangue. Essas portadoras também funcionam como reservatórios de hormônios, mantendo constante a concentração hormonal e protegendo o hormônio a que estão ligadas contra decomposição química no decorrer do tempo.
Os hormônios trafegam pelo sangue até atingirem seus tecidos-alvo, onde eles ativam uma série de alterações químicas. Para atingir um pretendido resultado, um hormônio precisa ser reconhecido por uma proteína especializada nas células do tecido-alvo, chamada de "receptor". Normalmente, hormônios hidrossolúveis (que se dissolvem em água) usam receptores localizados na superfície da membrana da célula do tecido-alvo. Uma série de moléculas especiais no interior da célula, conhecidas como "segundos mensageiros", transportam as informações do hormônio para o interior da célula. Já os hormônios lipossolúveis (se dissolvem em gordura), como os esteróides, passam através da membrana da célula e ligam-se a receptores encontrados no citoplasma. Quando um receptor e um hormônio se ligam, as moléculas de ambos passam por alterações estruturais que ativam mecanismos no interior da célula. Esses mecanismos produzem os efeitos especiais induzidos pelos hormônios.
Os receptores na superfície das membranas das células são constantemente renovados. Novos receptores são produzidos pelas células e inseridos na parede celular. E os receptores que reagiram com hormônios são decompostos quimicamente ou reciclados. A célula pode responder, se necessário, a concentrações anormais de hormônios no sangue, através de um aumento ou uma diminuição do número de receptores em sua superfície. Caso a concentração de um hormônio no sangue aumente, o número de receptores na parede celular pode ser diminuído, para manter o mesmo nível de interação hormonal na célula. Se a concentração hormonal no sangue diminuir, esse mecanismo de regulagem aumenta o número de receptores na célula.
Alguns hormônios são entregues diretamente ao tecido-alvo, em vez de ficarem circulando por toda a corrente sangüínea. É o caso dos hormônios do hipotálamo (uma parte do cérebro que controla o sistema endócrino), que são entregues diretamente à vizinha glândula hipófise, onde suas concentrações são centenas de vezes mais elevadas que no sistema circulatório.
Efeitos
Os efeitos dos hormônios são complexos, mas suas funções podem ser divididas em três grandes categorias. Alguns hormônios alteram a permeabilidade da membrana celular. Outros podem alterar a atividade de enzimas. E alguns estimulam a liberação de outros hormônios.
Estudos recentes demonstraram que os efeitos mais prolongados dos hormônios acabam por resultar na ativação de genes específicos. Quando um hormônio esteróide entra numa célula, por exemplo, ele se liga a um receptor no citoplasma da célula. Esse receptor torna-se ativo e penetra no núcleo da célula, onde se liga a áreas específicas do ácido desoxirribonucleico (DNA - longas moléculas que contêm genes individuais). Isso ativa alguns genes e desativa outros, alterando a atividade da célula. Os hormônios também regulam ácidos ribonucleicos (RNA), em sínteses de proteínas.
Um mesmo hormônio pode afetar um tecido de forma diferente daquela com que ele afetaria um outro tecido, pois os tecidos celulares estão programados para responder de forma diferente a um mesmo hormônio. Um mesmo hormônio pode também ter efeitos diferentes sobre um mesmo tecido em diferentes épocas da vida. Para aumentar ainda mais essa complexidade, alguns efeitos induzidos por hormônios podem exigir a ação de mais de um hormônio.
Este complexo sistema propicia controles de segurança, de forma que, em caso de deficiência de um hormônio, outros o compensarão.
Como sua pergunta é muito genérica , não dá para saber de qual quer saber, visto a diversidade de hormonios e funções muito distintas, essa foi apenas uma visão geral dos mesmos, frente a pergunta um tanto quando genérica....
2007-03-19 07:11:26
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answer #1
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answered by Olliver 6
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Hormônio são liquidos, segregados pelas glandulas endócrinas. Como exemplo temos a adrenalina, segregada pelas glandulas supra renais, que tem como função vasodilatadora profunda e vasoconstritora periférica. Temos também o pancreas que segrega a insulina, responsável pela queima do açúcar no organismo.
2007-03-17 20:03:00
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answer #2
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answered by ? 7
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