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Há mais de 1 ano (hoje tenho 25), tive um episódio estranho à noite. Eu sempre dormia com a porta trancada do meu quarto, e sozinho. Em uma noite qualquer, desliguei a lâmpada e fui dormir. De repente, acordo à noite, desesperado procurando o interruptor. Eu estava em pânico, e demorei prá achar, quando tive uma surpresa. A Lâmpada havia queimado. (só um parênteses: como pode uma lâmpada queimar se estava desligada?). Pois bem, tentei destrancar a porta para sair, mas eu estava tão desesperado que eu não conseguia, sei lá por que motivo, destrancar a porta. Fiquei paralisado de medo, e meu abdome foi endurecendo tanto que soou um ruído quase involuntário de grito misturado com gemido. Nisso meus pais já ouviam os gritos e levantaram para saber o que estava acontecendo. Por fim a porta se abriu, e eu corri para o interruptor do corredor. Quando eu acendi a luz do corredor, parecia que tudo que tinha passado era só uma lembrança, por que eu fiquei instantaneamente calmo. Será que isso é

2007-03-15 18:14:02 · 4 respostas · perguntado por Pablo A 1 em Saúde Outras - Saúde e Beleza

síndrome do pânico?

2007-03-15 18:14:43 · update #1

Detalhe: eu não faço a menor idéia do que estava me incomodando. Lembro de tudo o que eu fiz e senti, mas não sei do que estava fugindo. É como se tivesse sido apagado da minha mente. Depois disso, eu não durmo mais com a porta trancada.

2007-03-15 18:16:50 · update #2

4 respostas

Amigo, entre nesta página:

http://valleser.rumo.com.br/pan.htm

Irá te ajudar.
Abraços!!!

2007-03-15 18:18:30 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 0

O Transtorno do Pânico, ou Síndrome do Pânico, na maioria das vezes não é uma doença mas sim uma reação do organismo a uma situação difícil, cuja solução é igualmente difícil.

1) Sintomas da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico:

Os sintomas físicos mais comuns são taquicardia, sudorese, sensação de falta de ar (não se preocupe porque ninguém jamais morreu sufocado por causa de Pânico), tremor, fraqueza nas pernas, ondas de frio ou de calor, tontura, sensação de que o ambiente está estranho, que a pessoa "não está lá" (isso se chama desrealização e não tem nada a ver com loucura, não se preocupe), de que vai desmaiar, de que vai ter um infarto, de uma pressão na cabeça, de que vai "ficar louco", de que vai engasgar com alimentos, assim como crises noturnas de acordar sobressaltado com o coração disparando e com sudorese intensa.

Alguns pacientes referem diarréias intensas em determinadas situações. Outros tem todos os sintomas de uma Labirintite. Outros passam a ter pensamentos que não saem da cabeça de que poderiam ter doenças graves mesmo que todos os exames sejam normais, ou de que poderiam fazer mal a si mesmo ou a outras pessoas.

Podem ocorrer pensamentos que a pessoa sabe que não fazem sentido, mas não consegue tirar da cabeça, por exemplo se atirar de uma janela, machucar alguém ou ela mesma com uma faca. Tecnicamente falando, pensamentos obsessivos, fazem do quadro clínico e desaparecem com o tratamento do pânico.

Um medo muito comum é o de "voltar a sentir medo". Muitas vezes o simples pensamento de entrar num avião ou passar ao lado de um abismo já desencadeiam a crise. Algumas pessoas vão a um cinema, teatro ou restaurante e procuram sentar-se perto da saída, outras não trancam a porta quando vão ao banheiro, sempre para sair facilmente caso venham a passar mal.

É comum a pessoa ter passado por cardiologistas, clínicos, hospitais, laboratórios, etc., com todos os exames normais, a não ser, com certa freqüência, um Prolapso de Válvula Mitral, que os cardiologistas não consideram patológico.

Muitas vezes as primeiras crises aparecem subitamente em situações normais e habituais.

É claro que a maioria das pessoas não tem todos os sintomas acima.

Uma forma mais específica da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico se chama Fobia Social e se caracteriza por crises de ansiedade em situações como por exemplo reuniões, apresentações, discussões com superiores, assinar algum documento, cheques ou mesmo levantar uma xícara de café em público.

Algumas vezes os sintomas aparecem após uma experiência traumática na qual a pessoa se sentiu indefesa ou humilhada ou sem possibilidade de reação, por exemplo assalto, seqüestro, acidentes. Essa forma mais específica de distúrbio de ansiedade se chama Distúrbio de Stress Pós Traumático.

2) Desenvolvimento de fobias:

Após ter tido muitas crises, a pessoa pode não sentir mais os sintomas físicos mas continua com medos que ela mesmo percebe que não são lógicos, como por exemplo de dirigir (principalmente em congestionamentos, túneis ou estradas), de pegar ônibus, metrô, avião, de participar de reuniões, de viajar, de ficar sozinha ou de sair sozinha de casa, ou de escuridão, de ficar em lugares com muita gente como Shopping, cinema, restaurantes, filas, elevadores, ou então de lugares muito abertos e vazios. Às vezes aparece até mesmo medo de dormir, quando a pessoa teve crises noturnas, ou de se alimentar, quando teve sensações de engasgar.

3) Causas:

* Psicológicas (são as mais comuns): reação a um Stress ou a uma situação difícil cuja solução é igualmente difícil. Essa situação difícil pode ser profissional, afetiva, financeira, de saúde, etc.
* Físicas: alterações no organismo provocadas, por medicamentos, doenças físicas, por abuso de álcool em drogas.
* Genética familiar de Pânico, Depressão, DOC, TAG, PTSD, DDA, etc. Atenção: predisposição genética não quer dizer hereditariedade. Ou seja, Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico não passa de pai para filho, não se preocupe.

O mais comum é uma combinação de várias causas.

Sofrer de Pânico não tem nada a ver com personalidade forte ou fraca, com a pessoa ser ou não corajosa.

4) O tratamento da Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico consiste basicamente em duas etapas:

* Acabar com os sintomas físicos, os quais costumam passar rapidamente com a ajuda de certos medicamentos. Nessa fase inicial onde o objetivo é acabar com os sintomas físicos (e que realmente acabam muito rápido, às vezes em questão de horas), a Psicoterapia sozinha ajuda muito pouco.
* Acabar as fobias. Nesta fase o tratamento mais eficaz é uma combinação de medicação com Psicoterapia (que aliás nem sempre é necessária), principalmente a Psicoterapia Breve Focal, que consiste em poucas sessões para ajudar o paciente a mudar de atitudes, sair de situações difíceis e principalmente ver os problemas com mais objetividade, ficando portanto mais fáceis de serem resolvidos.
* Ao mesmo tempo, seu médico irá pesquisar alguma doença física que possa estar provocando, desencadeando ou prolongando a Síndrome e se for o caso tratar ou encaminhar para algum Colega fazê-lo.

5) Para a família:

* Geralmente a família sofre porque não consegue ajudar e sobrecarrega o paciente porque vê a pessoa passar por cardiologistas, clínicos, neurologistas, gastroenterologistas, otorrinolaringologistas, etc., fazer exames, tomar calmantes, estimulantes e vitaminas sem melhora. Então começa a dizer que é fita, "frescura", falta de força de vontade, de coragem, e começa a dar palpites para você "se ajudar" "se animar" "reagir" e etc., como se você não soubesse de tudo isso.

6) Observações

* Existem alguns casos em que o primeiro remédio não produz resultado. Isso não quer dizer caso grave e nem incurável. Na maioria das vezes basta trocar a medicação.
* Mesmo que você já esteja se sentindo bem, não interrompa a medicação. Interromper a medicação antes da hora significa quase sempre uma recaída.
* A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico é benigna e curável, quase todos os sintomas desaparecem nas primeira horas de tratamento, porem ela é muito "teimosa" e o tratamento de manutenção é longo. Evidentemente que sem sintomas, mas com a manutenção da medicação.
* A Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico pode reaparecer sim, mesmo que os problemas tenham acabado.
* Durante o Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico a pessoa pode passar por fases de depressão. Isso não quer dizer que você sofra de duas doenças.
* Algumas pessoas com Síndrome do Pânico ou Transtorno do Pânico tem receio de fazer ginástica. Pelo contrário, um bom condicionamento físico é sempre importante, ainda mais para quem está sujeito a ter crises de taquicardia. Além disso, ginástica libera Endorfinas, que são nossos Antidepressivos naturais e aumentam nosso bem estar.
* Yoga, meditação, massagem de relaxamento: sempre ajudam e muito, principalmente as duas primeiras.
* Diminuir álcool e cafeína (café, chá preto, chá mate, refrigerantes) sempre ajuda.

2007-03-16 07:49:45 · answer #2 · answered by Hanna 2 · 0 0

O pânico é a reação normal do organismo ao perigo. Imagine que está atravessando uma rodovia. De repente, nota um carro em alta velocidade vindo em sua direção. Seu organismo reage imediatamente: ocorrem alterações físicas e químicas, o que lhe possibilita correr como um velocista para não ser atingido.
Mas agora imagine essa mesma sensação de pânico sem nenhuma causa aparente. O Dr. R. Reid Wilson diz: “As crises de pânico ocorrem quando o pânico engana o cérebro, levando-o a pensar que existe um perigo iminente. Você está numa fila de supermercado, na maior tranqüilidade. De repente, clique! O alarme de emergência é acionado. ‘Estado de alerta! Todos os sistemas se preparem para a batalha!’”
Só os que já passaram por isso conseguem entender plenamente a intensidade dessas crises. A revista American Health descreve-as como “uma descarga de adrenalina que coloca o organismo em estado de alerta por cinco minutos ou por uma hora por dia, e daí desaparece tão rápida e misteriosamente como surgiu, deixando-o fraco, exaurido e com pavor da próxima crise”.

2007-03-16 07:15:54 · answer #3 · answered by ... 6 · 0 0

Isto que ocorreu com você se chama medo !
Sindrome de Pânico, o indivíduo, nem sai de casa.
Fica alucinado com multidões, confusões e coisas parecidas.

Hug&Rock

2007-03-16 01:25:04 · answer #4 · answered by LionRio 7 · 0 0

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