As bases filosóficas do agnosticismo foram assentadas no século XVIII por Immanuel Kant e David Hume, porém só no século XIX que o termo agnosticismo seria formulado. Seu autor foi o biólogo britânico Thomas Henry Huxley - avô paterno do escritor Aldous Huxley (autor do romance distópico Admirável Mundo Novo) - numa reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que acredita que a questão da existência ou não de um poder superior (deus) não foi nem nunca será resolvida.
Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são ainda conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.
Se existe um Criador, um Deus, do tempo, do espaço, da energia, da matéria, até chegar a nossa criação, que poderia até ser atribuída a uma outra raça, então, só descobrindo e explorando as coisas em sua suposta ordem inversa da criação que chegaremos ao Criador, até lá a simples existência da vida não prova a existência de Deus nem a prova da evolução das espécies a nega. Aliás, talvez nem mesmo a existência da vida após a morte prová-la-ia.
O agnóstico, à primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência, logo, constituindo um labirinto sem saída a questão da existência de Deus, não se deve colocar sequer como problema, já que nenhuma necessidade prática nos impele a embrenharmo-nos em tal tarefa estéril.
O que nos leva a famosa frase que teria sido dita por Jesus Cristo e que nos põe em mãos a resposta da charada.
CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ.
2007-03-15 12:24:43
·
answer #8
·
answered by Sérgio D 5
·
0⤊
0⤋
O ateu está convicto de que Deus não existe, ao passo que o teÃsta nutre firme crença de que Deus existe realmente, e que se envolve nos assuntos humanos.
O agnóstico não acha que existe evidência suficiente para se afirmar que Deus existe ou não. Antes, reserva-se a fazer um ajuizamento definitivo, ou afirma que, se Deus existe, ele é ignorado e incognoscÃvel.
Possui amigos agnósticos? Ou é o próprio leitor um agnóstico? Se for, por quê? Talvez ache que o agnosticismo é a posição mais razoável a se adotar neste racionalista século 20. Se este for o caso, convidamo-lo a considerar as palavras de certos homens que ajudaram a moldar o modo de pensar das pessoas deste século e a verificar o que criam a respeito de Deus, e por quê. Talvez isso o ajude a entender um pouco melhor as razões de suas próprias crenças.
Motivado Pelas Igrejas
O termo “agnóstico” (do grego ágnostos, “ignorado”) foi cunhado por Thomas H. Huxley, cientista britânico do século 19, que também ajudou a popularizar a teoria darwiniana da evolução. Huxley observou que as igrejas afirmavam ter uma gnôsis (conhecimento) especial sobre Deus e a origem das coisas. Ele forneceu uma razão pela qual não podia aceitar esta gnôsis, e, assim sendo, era agnóstico:
“Se apenas pudéssemos ver, de uma só espiada, as torrentes de hipocrisia e de crueldade, as mentiras, a matança, as violações de toda obrigação da humanidade, que fluÃram desta fonte [as igrejas], no decurso da história das nações cristãs, nossas piores imaginações sobre o Inferno sumiriam diante dessa visão.”
Sem dúvida a fé de Huxley na existência de Deus foi abalada pela aceitação da teoria da evolução. Todavia, a fé que nutria foi adicionalmente abalada pela conduta dos que deveriam ter estado em condições de ajudá-lo, as igrejas. A folha de serviços delas, no decorrer dos séculos, não era nenhuma recomendação para a crença em Deus.
O socialista Harold Laski, teórico polÃtico e educador, escreveu no mesmo sentido. “Fui criado numa famÃlia judaica ortodoxa; mas não consigo lembrar-me nem de um perÃodo em que os ritos ou os dogmas significassem algo para mim”, confessou. Por quê? Explicou: “Tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos, jamais consegui ver, em qualquer das igrejas organizadas, uma fé em seus princÃpios que fosse suficiente para fazê-la empenhar-se numa séria batalha a favor da justiça.”
Novamente, disse ele: “Não consigo ver, no processo histórico, que as igrejas tenham sido outra coisa que não os inimigos da razão no pensar, e da justiça nos arranjos sociais.”
Será que a conduta das igrejas também o moveu a duvidar da existência de Deus? à verdade, a hipocrisia e a conduta errada delas fazem parte do registro histórico. Observe, contudo, que a BÃblia, a mais importante fonte de informações sobre Deus, predisse exatamente o aumento de tal perversão da fé cristã: “Eles preservarão toda a forma exterior de religião, embora há muito já se tornaram alheios a seu significado.” — 2 Timóteo 3:5, Knox, em inglês.
Com efeito, as falhas da religião estabelecida não constituem motivo para se concluir que Deus não existe. Caso um doente tenha sido enganado por um charlatão, não deveria concluir disso que não haja nenhuma possibilidade de cura. Antes, deve procurar um médico genuÃno. Similarmente, terem as igrejas estabelecidas desviado muitas pessoas de Deus não significa que Deus não possa ser encontrado. Simplesmente significa que deve procurá-lo em outra parte.
IncognoscÃvel ou Ignorado?
Alguns afirmam que Huxley baseou sua palavra “agnóstico” numa palavra que aparece na BÃblia. Segundo o registro do livro bÃblico de Atos, o apóstolo Paulo, ao pregar aos atenienses, lembrou-lhes um altar em Atenas, no qual estava escrito: “A um Deus Desconhecido [Agnósto, em grego].” (Atos 17:23) Estava Paulo afirmando que este Deus, desconhecido dos sábios de Atenas, era incognoscÃvel? Longe disso. Efetivamente, passou a explicar aos atenienses como estes poderiam vir a conhecê-lo.
Atualmente, também, embora Deus seja desconhecido por muitos, não é incognoscÃvel. A BÃblia indica um modo pelo qual podemos aprender algo sobre ele: “Suas qualidades invisÃveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas.” (Romanos 1:20) Os comentários daqueles cuja profissão é estudar “as coisas feitas” apóiam tal declaração.
Albert Einstein, o mais destacado teórico cientÃfico do século 20, não cria no Deus da BÃblia. Sem embargo, suas pesquisas sobre a natureza do universo inspiraram nele um senso de admiração que beirava ao reconhecimento da existência de Deus.
Em seu livro Out of My Later Years (Meus últimos Anos), Einstein considera a experiência de aprender sobre a unidade subjacente da natureza. Disse então: “Quem quer que tenha passado pela intensa experiência de fazer progressos bem sucedidos neste campo, sente-se movido por profunda reverência pela racionalidade manifesta na existência.” Prosseguiu dizendo: “Através do entendimento, alcança uma emancipação de grande amplitude das algemas das esperanças e dos desejos pessoais, e, desta forma, atinge aquela humilde atitude mental para com a grandeza da razão encarnada na existência, e que, em suas maiores profundezas, é inacessÃvel ao homem.”
Reconhecer a “racionalidade manifesta na existência” e “a grandeza da razão encarnada na existência” não é um passo muito distante de se aceitar que, por trás de tudo tem de haver um grande Raciocinador ou Fonte de racionalidade. A. R. Wallace, contemporâneo de Darwin e promotor da teoria da evolução e da doutrina da sobrevivência do mais apto, foi um dos que deram tal passo.
Embora cresse firmemente que o homem descendia dos animais, Wallace via algo no homem que lhe provava que Alguém superior ao homem tinha de existir. Esse “algo” era o alto senso moral do homem e seu potencial intelectual.
“Não posso atribuir isto, de forma alguma, à ‘sobrevivência do mais apto’”, escreveu. Antes, sustentava, tais qualidades “nos fornecem a prova mais segura de que há outras e maiores existências do que nós próprios, das quais estas qualidades podem ter-se derivado, e para as quais talvez nos inclinemos sempre”.
As pesquisas de E. A. Milne, professor de matemática da Universidade de Oxford convenceram-no fortemente de que Deus existe. A ciência moderna demonstra, com crescente clareza, a complexidade e a beleza das leis que regem o universo. Milne julgava que temos de aceitar a existência de Deus, de modo a explicar tanto a procedência da matéria como quem deu origem à s leis da natureza que controlam tal matéria. “Se existe um mistério quanto à criação da matéria”, sustentava ele, “haveria um mistério muito maior quanto à criação de leis arbitrárias para governá-la”.
Assim, afirmou o fÃsico e matemático Milne: “Embora eu tivesse meus perÃodos de agnosticismo, sempre me recobrei deles. Creio mui fervorosamente que este universo foi criado por Deus Todo-poderoso.”
Os Apuros do Agnóstico
Tem-se observado que o homem, por natureza, possui uma necessidade instintiva de adorar algo. Aqueles que se acham na posição de agnósticos ou de ateus podem achar que lhes falta algo, se considerarem de perto a sua situação — um tanto parecida a duma criança criada num orfanato e que tem uma sensação de perda por jamais ter conhecido seus pais.
Mesmo um descrente convicto, como o grande matemático Bertrand Russell, admitiu numa época posterior da vida: “Sinto-me estranhamente infeliz por ser complicado o padrão de minha vida, por ser irremediavelmente complicada a minha natureza. . . . O meu âmago sofre sempre e eternamente uma terrÃvel dor — uma curiosa dor lancinante — uma busca de algo além do que o mundo contém, algo transfigurado e infinito — uma visão beatÃfica — Deus — não a encontro, não acho que possa ser encontrada.”
Contudo, pode ser encontrada! Não só milhões de pessoas atualmente crêem fortemente em Deus, mas o conhecem, confiam nele e travam um relacionamento pessoal com ele. São gratas à ciência pela visão mais profunda que lhes tem fornecido sobre as “qualidades invisÃveis” de Deus. (Romanos 1:20) Todavia, verificaram que sua fé se aprofunda ainda mais pelo estudo do livro que contém um registro dos modos de Deus lidar com a humanidade, a BÃblia.
A BÃblia não cria em nós uma simples crença crédula em Deus. Antes, incentiva-nos a desenvolver uma fé provada. “Fé é a expectativa certa de coisas esperadas, a demonstração evidente de realidades, embora não observadas.” (Hebreus 11:1) A crença na realidade — embora não vista — de Deus pode ser conseguida por se examinar as “coisas feitas”, e, especialmente, pelo estudo da BÃblia. Se for agnóstico, incentivamo-lo a examinar de novo a evidência. As Testemunhas de Jeová ficarão contentes de ajudá-lo nisso.
2007-03-15 12:20:14
·
answer #10
·
answered by Specula — Annuntians Regnum Iehovah 5
·
0⤊
1⤋