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2 respostas

Paquimetria - A Paquimetria é um exame que mede a espessura da córnea. E indicado nos casos de suspeita de Glaucoma, edema de córnea e pré-operatórios de cirurgias refrativas. É um exame indolor e de rápida execução. O paciente deve estar sem óculos ou lentes de contato caso faça uso. Para sua realização é necessário apenas que o paciente fixe o olhar numa luz dentro do aparelho.

2007-03-12 03:25:25 · answer #1 · answered by catpoltergeist 5 · 0 1

resposta=Paquimetria esperada X obtida após LASIK para miopia

Introdução

A cirurgia de ceratomileusis in situ a laser (LASIK/ laser in situ keratomileusis) é considerada atualmente a técnica de eleição para correção de ametropias. Isto se deve a algumas vantagens desta técnica sobre as demais como: mínimo desconforto pós-operatório, estabilidade precoce com pouca regressão, menor índice de "haze", possibilidade de corrigir ametropias mais altas(1-2).

A regressão do efeito obtido com as cirurgias refrativas, tem sido descrita na maioria dos procedimentos(3-6). A hidratação corneana, a síntese do colágeno estromal e a hiperplasia epitelial compensatória estão entre as causas mais freqüentes desta regressão(3). Todas elas podem alterar a paquimetria corneana após a cirurgia de LASIK.

Este estudo tem como objetivo comparar a paquimetria esperada com a obtida 3 meses após LASIK em pacientes míopes, relacionando-as aos resultados refracionais alcançados.

Métodos

Foi realizado um estudo prospectivo em pacientes míopes operados no Instituto de olhos de Goiânia no período entre 20 de agosto de 1997 e 2 de julho de 1998. O protocolo do estudo foi analisado e aprovado por uma comissão ética.

Foram incluídos 77 olhos de 39 pacientes, 21 homens e 18 mulheres, com média de idade igual a 30 anos (variando de 20 a 41 anos). Todos os pacientes foram operados pelo mesmo profissional (BRAN).

Os critérios de inclusão foram: idade superior a 18 anos, miopia entre -0,50D a -16,00D (equivalente esférico), topografia corneana pré-operatória estável sem evidência de ceratocone e espessura corneana suficiente para restar, no mínimo, 250mm. Os critérios de exclusão foram: maculopatia com acuidade visual inferior a 20/40, glaucoma, doença ocular inflamatória ou infecciosa, opacidade de meio, descolamento de retina recente ou presente e impossibilidade de um controle pós- operatório adequado.

Todos os pacientes foram submetidos aos seguintes exames: refração estática, paquimetria corneana central e paracentral (Storz-Germany) e topografia corneana computadorizada (Eyes Sys Technologies, INC, Houston, Texas). Estes exames foram realizados no pré-operatório imediato (1 hora antes) e com 3 meses após a cirurgia, sempre pelo mesmo profissional. Foi considerado o menor valor paquimétrico dentre cinco medidas corneanas aferidas.

Os pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com o equivalente esférico (EE) pré-operatório: Grupo A (55 olhos) de -1,00D a -5,75D, grupo B (14 olhos) de -6,00D a -10,00D e grupo C (8 olhos) com mais de -10,00D.

A paquimetria esperada (PEs) após LASIK foi calculada como sendo a resultante da diferença entre a paquimetria pré- operatória e a quantidade de tecido estromal removida pelo laser. Foi considerado como paquimetria encontrada (PEn) a paquimetria medida após 3 meses da cirurgia.

Técnica cirúrgica

Foi utilizado o excimer laser Technolas 217-C LASIK de 3ª geração (Chiron Technolas Co, Munique, Alemanha) equipado com sistema " eye tracker" e microcerátomo automático da Chiron. Todos os procedimentos foram realizados sob anestesia tópica que constitui de 2 gotas de cloridrato de proximetacaína tópica (Anestalconâ 0,5%, Alcon). A córnea foi marcada com caneta azul de metileno utilizando-se um marcador de 3 lâminas assimétricas. Após posicionar o anel de sucção sobre o olho, o pedal de sucção foi acionado e a pressão intra-ocular medida com tonômetro. Um disco lamelar de ±8,5mm de diâmetro de 160mm de espessura foi confeccionado com microcerátomo na superfície anterior da córnea. Com o "flap" ainda posicionado sobre a córnea o paciente era orientado a fixar o olhar na luz vermelha de fixação coaxial do laser. O sistema "eye tracker" de centralização era, então, ativado. O disco lamelar era levantado com espátula e repousado sobre a conjuntiva. Fez-se, então, a ablação refrativa na região central do leito estromal exposto, com zona óptica clara que variou de 4,6 a 6,0 mm de diâmetro. Terminada a ablação o "flap" era reposicionado e o leito cuidadosamente irrigado com solução salina balanceada (BSS). Aguardou-se 3 minutos para facilitar a aderência do "flap" ao leito estromal. Para avaliar se a adesão foi suficiente, era feito o teste de estrias. No pós-operatório imediato instilou-se 1 gota de tobramicina/dexametasona (Tobradexâ) e outra de cetorolac de trometamina 0,5% (Acularâ) no fundo de saco. Em seguida o mesmo procedimento era realizado no olho contra-lateral. Ao final da cirurgia, protetores transparentes fenestrados eram colocados sobre os olhos dos pacientes e presos à pele com fita cirúrgica. Os pacientes eram orientados a iniciar a terapêutica pós-operatória com colírio Tobradexâ 4 vezes ao dia por 8 dias. As revisões eram feitas no 1º dia de pós-operatório, com 1 semana, 1 e 3 meses.

Para análise estatística foi utilizado o teste de Qui-quadrado, sendo considerados significativos os valores de P<0,05.

Todos os pacientes deram consentimento para sua inclusão no estudo.

Resultados

Na tabela 1 observa-se que houve uma diminuição significativa do equivalente esférico pré e pós-operatório (p<0,05).

Observando-se a tabela 2 nota-se que, nos 3 grupos, os valores da PEn foram superiores aos da PEs. Em 70 olhos (90,9%) a PEn foi superior a PEs de forma estatisticamente significativa (p= 0,0001). Não foi observada correlação entre a diferença da PEn com a PEs e a presença de hipo ou hiper-correção refracional.

Discussão

A hipocorreção e a regressão dos resultados ópticos obtidos após uma cirurgia refrativa é uma preocupação constante para o cirurgião. Numerosos estudos avaliam sua freqüência e os possíveis mecanismos relacionados com estes fenômenos.

Chayet e col. observaram uma maior regressão em míopes maiores que -15,00 D e relatam que outros autores chegaram a conclusões semelhantes(3).

Os principais mecanismos para explicar a regressão seriam a esclerose nuclear, ectasia corneana, hidratação corneana, síntese estromal e hiperplasia epitelial compensatória (HEC)(3). Os três últimos mecanismos aqui citados podem alterar, significativamente, a paquimetria após a cirurgia de LASIK.

Neste estudo observamos que a paquimetria encontrada foi superior à esperada para todos os grupos. Paradoxalmente não houve correlação entre esta alteração com hipocorreção.

Sabetti e col. também não encontraram correspondência entre a quantidade esperada de ablação e os dados obtidos através da paquimetria em míopes operados através de PRK (photorefractive keratectomy). Assim como não conseguiram estabelecer uma correlação direta entre dioptrias corrigidas e quantidade de tecido removido(4).

Reinstein e col. utilizando ultra-sonografia de alta freqüência observou um aumento da espessura da camada epitelial após o LASIK(5).

Amm e col. ao estudar córneas de coelhos operados por PRK e LASIK, detectaram hiperplasia epitelial através de microscopia fluorescente(1). Gauthier e col. estudando 136 míopes operados através de PRK concluíram que a HEC é mais comum em olhos com zonas de ablação pequenas e profundas e com grandes alterações dióptricas em suas margens(6). Estas evidências destacam a HEC dos outros mecanismos de regressão citados anteriormente e instigam a realização de trabalhos visando descobrir sua verdadeira interferência na refração final após o LASIK.

Conclusão

Concluímos que a espessura corneana após o LASIK é geralmente superior àquela esperada, levando-se em conta a paquimetria pré-operatória e a quantidade de tecido removido pelo laser. Por outro lado, este fato não parece influenciar no efeito refrativo da cirurgia. É importante continuarmos a estudar e procurar entender as alterações corneanas que ocorrem após a cirurgia refrativa, desta forma poderemos avaliar sua relevância em termos refracionais e para a saúde corneana a longo prazo visando dominar os fenômenos pós-operatórios e aumentar assim, a segurança e a previsibilidade da cirurgia refrativa.

2007-03-12 03:30:53 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

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