Olhe, você quer mesmo saber de uma coisa (de verdade)?
Jesus era muito mais humano do que qualquer um de nós. Aliás, recomendo/sugiro a você e a qualquer um que estiver aqui a ler a seguinte crônica: Mendigo, de Paulo Mendes Campos - presente num dos volumes da série de livros Para Gostar de Ler.
De toda sorte, eu vou postar:
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?MENDIGO
Eu estava numa banca de jornais na Avenida, a mão do mendigo se estendeu . Dei-lhe uma nota
tão suja e amassada quanto ele. Guardou-a no bolso, agradeceu com um seco obrigado e começou
a ler as manchetes vespertinas. Depois me disse :
- Não acredito um pingo em jornalistas. São muito mentirosos. Mas ta certo: mentem para ganhar
a vida. O importante é o homem ganhar a vida, o resto é besteira.
Calou-se e continuou a ler as notícias eleitorais:
- O Brasil ainda não teve um governo que prestasse, nem rei , nem presidente. Tudo uma
cambada só.
Reconheceu algumas qualidades nessa ou naquela figura ( aliás, com invulgar pertinência para
um mendigo), mas isso, a seu ver não queria dizer nada:
- O problema é o fundo da coisa: o caso é que o homem não presta. Ora, se o homem não presta
, todos os futuros presidentes também serão ruínas. A natureza humana é que é de barro
ordinário.
Meu pai, por exemplo, foi um homem bastante bom. Mas não deu certo ser bom durante muito
tempo: então ele virou ruim.
Suspeitando de que eu não estivesse convencido de sua teoria, passou a demonstrar para mim que
também ele era um sujeito ordinário como os outros:
- O Senhor não vê? Estou aqui pedindo esmola , quando poderia estar trabalhando. Eu não tenho
defeito físico nenhum e até que não posso me queixar da saúde.
Tirei do bolso uma nota de cinqüenta e lhe ofereci pela franqueza.
- Muito obrigado , moço, mas não vá pensar que vou tirar o senhor da minha teoria. Vai me
desculpar, mas o senhor também no fundo é igualzinho aos outros. Aliás, quer saber de uma
coisa?
Houve um homem de fato bom, cem por cento bom. Chamava-se Jesus Cristo. Mas o senhor viu
o que fizeram com ele?!
( Paulo Mendes Campos)
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Também faço questão de dizer o que penso destas denominações de "crente" e "evangélico"! Crente é qualquer um que crê em Deus (seja católico, protestante ou o que for) e evangélico é quem lê o evengelho (seja católico, protestante ou o que for). Todo protestante de verdade é crente e evangélico, mas nem todo crente ou evangélico é protestante. A religião se chama protestantismo, sendo portanto o seu praticante um protestante. Lembrando que, sem o catolicismo, o protestantismo NÃO existia! Os próprios nomes crente e evangélico sugerem bem as suas funções.
Desculpe por escrever tanta coisa numa mensagem só. Mas, eu fazia questão de dar uma boa resposta.
No mais, pense bem na crônica postada acima!
Falou...
2007-03-11 08:34:34
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answer #1
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answered by Anonymous
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“O Talmude, sem dúvida, é uma das produções literárias mais notáveis de todos os tempos.” — The Universal Jewish Encyclopedia.
“[O Talmude é] uma das grandes realizações intelectuais da humanidade, um documento tão denso, tão rico, tão sutil, que manteve mentes extraordinárias ocupadas por mais de um milênio e meio.” — Jacob Neusner, erudito e autor judeu.
“O Talmude é a coluna central [do judaÃsmo] sustentando o inteiro edifÃcio espiritual e intelectual da vida judaica.” — Adin Steinsaltz, erudito talmúdico e rabino.
O TALMUDE inquestionavelmente tem exercido por séculos uma tremenda influência sobre o povo judeu. Em contraste com as acima citadas louvações, porém, o Talmude tem sido desacreditado e chamado de “mar de obscuridade e lama”. Tem sido denunciado como obra blasfema do Diabo. Por decreto papal, foi repetidamente censurado, confiscado e até queimado em grandes quantidades nas praças públicas da Europa.
Exatamente o que é esta obra que tem suscitado tantas controvérsias? O que torna o Talmude Ãmpar entre os escritos judaicos? Por que foi escrito? Como passou a causar um impacto tão grande no judaÃsmo? Tem algum significado para o mundo não-judeu?
Nos 150 anos que se seguiram à destruição do templo em Jerusalém, em 70 EC, academias de sábios rabÃnicos, em todo o Israel, procuraram urgentemente uma nova base para manter as práticas judaicas. Debateram e consolidaram diversas tradições da sua lei oral. Baseados neste alicerce, estabeleceram novos limites e requisitos para o judaÃsmo, fornecendo orientações para o dia-a-dia duma vida de santidade sem haver templo. Esta nova estrutura espiritual foi delineada na MÃxena, compilada por Judá Ha-Nasi, até o começo do terceiro século EC.
A MÃxena era autônoma, não procurando nenhuma justificação à base de referências bÃblicas. Seu método de explicação e mesmo o estilo do seu hebraico eram Ãmpares, diferentes do texto bÃblico. As decisões dos rabinos, citados na MÃxena, afetariam o dia-a-dia da vida dos judeus em toda a parte. Deveras, Jacob Neusner comenta: “A MÃxena forneceu a constituição de Israel. . . . Exigia consentimento e conformidade com suas regras.”
Mas o que se dava se alguém questionasse se a autoridade dos sábios citados na MÃxena era realmente igual à das Escrituras reveladas? Os rabinos teriam de mostrar que os ensinos dos tanaÃtas (instrutores da lei oral) na MÃxena estavam em perfeita harmonia com as Escrituras Hebraicas. Havia necessidade de comentários adicionais. Eles achavam que era preciso explicar e justificar a MÃxena, e provar que se originava da Lei dada a Moisés no Sinai. Os rabinos sentiam-se compelidos a provar que a lei oral e a escrita tinham um só espÃrito e objetivo. Portanto, a MÃxena, em vez de ser a palavra final sobre o judaÃsmo, tornou-se uma nova base para considerações e debates religiosos.
O desenvolvimento do Talmude
Os rabinos que aceitaram este novo desafio eram conhecidos como amoraim — “intérpretes” ou “explicadores” da MÃxena. Cada academia tinha como figura central um rabino de destaque. Um pequeno cÃrculo de eruditos e de estudantes realizavam debates o ano todo. No entanto, as sessões mais importantes eram realizadas duas vezes por ano, nos meses de adar e de elul, quando diminuÃa o trabalho agrÃcola e era possÃvel que centenas ou mesmo milhares estivessem presentes.
Adin Steinsaltz explica: “O chefe da academia presidia, sentado numa cadeira ou em tapetes especiais. Nas primeiras fileiras diante dele sentavam-se eruditos importantes, inclusive seus colegas ou seus estudantes de destaque, e atrás deles, todos os outros eruditos. . . . A ordem de sentar-se baseava-se numa hierarquia definida com precisão [segundo a importância].” Recitava-se uma parte da MÃxena. Esta era então comparada com matéria paralela ou suplementar ajuntada pelos tanaÃtas, mas não incluÃda na MÃxena. Começava então o processo de análise. Faziam-se perguntas e analisavam-se contradições para encontrar uma harmonia interna entre os ensinos. Procuravam-se textos corroborantes das Escrituras Hebraicas em apoio dos ensinos rabÃnicos.
Essas discussões, embora cuidadosamente estruturadas, eram intensas e à s vezes turbulentas. Um sábio, citado no Talmude, falou de “faÃscas de fogo” saltando das bocas dos rabinos durante um debate. (Hullin 137b, Talmude de Babilônia) Steinsaltz diz o seguinte sobre os procedimentos: “O chefe da academia, ou o sábio que proferia o discurso, apresentava sua própria interpretação dos problemas. Os eruditos na assistência muitas vezes o bombardeavam com perguntas à base de outras fontes, de conceitos de outros comentaristas ou de suas próprias conclusões lógicas. O debate à s vezes era muito curto e se restringia a uma resposta inequÃvoca e conclusiva a determinada pergunta. Em outros casos, outros eruditos ofereciam soluções alternativas e disso resultava um debate em grande escala.” Todos os presentes tinham liberdade de participar. As questões esclarecidas nas sessões eram então transmitidas à s outras academias para serem revistas por outros eruditos.
No entanto, essas sessões não eram apenas infindáveis debates legalistas. Assuntos legais relativos a regras e regulamentos da vida religiosa judaica são chamados de Halaca. Este termo deriva do radical hebraico “ir” e indica ‘o modo de vida que se deve seguir’. Todos os outros assuntos — histórias sobre rabinos e caracteres bÃblicos, declarações sábias, conceitos de crença e filosofia — são chamados de Agada, derivada do radical hebraico “narrar”. Halaca e Agada eram misturados durante os debates rabÃnicos.
Morris Adler, no seu livro The World of the Talmud (O Mundo do Talmude), comenta: “Um instrutor sábio interrompia a argumentação legal comprida e difÃcil com uma digressão de natureza menos cansativa e mais edificante. . . . Encontramos assim lenda e história, ciência contemporânea e folclore, exegese bÃblica e biografia, homilia e teologia mesclados no que, para os não familiarizados com os procedimentos das academias, pareceria uma curiosa mistura de dados desorganizados.” Para os eruditos nas academias, todas essas digressões tinham objetivo e se relacionavam com o ponto em discussão. Halaca e Agada foram os blocos de construção duma nova estrutura em obra nas academias rabÃnicas.
O desenvolvimento de dois Talmudes
Com o tempo, o principal centro rabÃnico na Palestina mudou-se para TiberÃades. Outras academias importantes encontravam-se em Sepphoris, em Cesaréia e em Lida. Mas a deterioração da situação econômica, a constante instabilidade polÃtica e por fim a pressão e a perseguição por parte do cristianismo apóstata levaram à emigração em grande escala para outro grande centro de população judaica ao leste — Babilônia.
Durante séculos, muitos estudantes tinham vindo de Babilônia à Palestina para estudar sob os grandes rabinos nas academias. Um desses estudantes foi Abba ben Ibo, também chamado Abba Arika — Abba, o alto — mas depois conhecido apenas por Rav. Ele voltou à Babilônia, por volta de 219 EC, depois de ter estudado sob Judá Ha-Nasi, e isso marcou um ponto de virada na importância espiritual para a comunidade judaica, babilônica. Rav estabeleceu uma academia em Sura, uma região de muitos judeus, mas poucos eruditos. Sua reputação atraiu 1.200 estudantes regulares à sua academia, com outros milhares presentes durante os meses judaicos de adar e elul. Samuel, um destacado contemporâneo de Rav, estabeleceu uma academia em Nehardea. Outras academias importantes surgiram em Pumbeditha e Mehoza.
Não havia mais nenhuma necessidade de viajar à Palestina, porque se podia estudar sob os grandes eruditos em Babilônia. A formulação da MÃxena como texto separado preparou o caminho para a total independência das academias babilônicas. Embora se desenvolvessem daà em diante estilos e métodos diferentes de estudo na Palestina e em Babilônia, freqüentes comunicações e intercâmbio de instrutores preservaram a união das academias.
Perto do fim do quarto século EC e no começo do quinto, a situação tornou-se bastante difÃcil para os judeus na Palestina. Ondas de restrições e de perseguição sob a crescente autoridade da cristandade apóstata resultaram no golpe final da abolição do Sinédrio e da posição de nase (patriarca), por volta de 425 EC. De modo que os amoraim palestinos passaram a consolidar numa única obra coerente os resumos dos debates nas academias, para garantir sua preservação. Esta obra, compilada à s pressas na parte final do quarto século EC, passou a ser conhecida como Talmude Palestino.
Ao passo que as academias na Palestina estavam em declÃnio, os amoraim babilônicos atingiam o auge das suas habilidades. Abaye e Raba levaram o nÃvel de debate ao ponto de argumentação intricada e sutil, que mais tarde se tornou o modelo da análise talmúdica. A seguir, Ashi, o chefe da academia em Sura (371-427 EC), começou a compilar e a editar resumos dos debates. Segundo Steinsaltz, fez isso porque “temia que, da forma em que estava desorganizada, a maior parte da matéria oral estava em perigo de ser esquecida”.
Esta grande quantidade de matéria era mais do que um só homem ou mesmo uma geração podia organizar. O perÃodo dos amoraim terminou em Babilônia no quinto século EC, mas a obra da edição final do Talmude de Babilônia foi continuada no sexto século EC por um grupo chamado de saboraim, termo aramaico que significa “os expositores”, ou “os opinantes”. Estes editores finais juntaram os milhares de pontos desconexos e os séculos de debates rabÃnicos, dando estilo e estrutura ao Talmude de Babilônia, que o distinguia de todos os escritos judaicos anteriores.
Que realizou o Talmude?
Os rabinos do Talmude empreenderam provar que a MÃxena era da mesma fonte que as Escrituras Hebraicas. Mas por quê? Jacob Neusner comenta: “A questão em pauta era a reputação da MÃxena. Mas o âmago da questão mostra ter sido a autoridade do próprio sábio.” Para reforçar esta autoridade, cada linha da MÃxena, à s vezes cada palavra, era examinada, questionada, explicada e harmonizada de certo modo. Neusner observa que, deste modo, os rabinos “mudaram a direção da MÃxena de um caminho para outro”. Embora a MÃxena tivesse sido criada como obra completa em si mesma, ela fora então dissecada. Durante este processo, ela tinha sido recriada, redefinida.
Esta nova obra — o Talmude — serviu à finalidade dos rabinos. Eles especificaram as regras de análise, e por isso o Talmude ensinou as pessoas a pensar assim como os rabinos. Estes acreditavam que seu método de estudo e análise refletia o modo de pensar de Deus. O próprio estudo talmúdico tornou-se o objetivo, uma forma de adoração — o uso da mente supostamente imitando assim a Deus. Nas gerações posteriores, o próprio Talmude seria analisado pelo mesmo método. Com que resultado? O historiador Cecil Roth escreve: “O Talmude . . . deu [aos judeus] a caracterÃstica que os distinguiu de outros, bem como seu notável poder de resistência e de coesão. A dialética dele aguçou sua faculdade mental e concedeu-lhes . . . sagacidade . . . O Talmude deu ao judeu perseguido da Idade Média um outro mundo para o qual podia escapar . . . Deu-lhe uma pátria, que podia levar consigo quando perdia a sua própria terra.”
Por ensinar outros a pensar como os rabinos, o Talmude certamente tem exercido poder. Mas a pergunta que todos devem fazer-se — tanto judeus como não-judeus — é a seguinte: será que o Talmude reflete realmente o modo de pensar de Deus? — 1 CorÃntios 2:11-16.
2007-03-10 20:11:15
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answer #7
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answered by Specula — Annuntians Regnum Iehovah 5
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