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A árvore genealógica de Jesus está em...

... Mt 1:2-17...

Abraão gerou a Isaque, Isaque gerou a Jacó, Jacó gerou a Judá e a seus irmãos. (...) Eliúde gerou a Eleazar, Eleazar gerou a Matã, Matã gerou a Jacó, Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo.

... ou em Lc 4:23-38?

Era, como se cuidava, filho de José, filho de Heli, filho de Matã, filho de Levi, (...) Filho de Enos, filho de Sete, filho de Adão, filho de Deus.

Além das discrepâncias nas duas genealogias, note-se também que Jesus não teve pai verdadeiro. Seu pai era Deus. Por que então disseminar a idéia dele ser descendente de humanos? Em qual das duas versões acreditar?

2007-03-09 02:04:58 · 7 respostas · perguntado por Xan 7 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

7 respostas

Você está falando de coisas distintas. Jesus veio à Terra como homem mortal, mas dotado de divindade. Então ele teria que nascer em forma humana. Por isso que existe a genealogia explicando tudo isso.

2007-03-09 02:09:04 · answer #1 · answered by Mr.Pagani 6 · 1 1

No primeiro capítulo de Mateus encontramos a genealogia de Jesus a partir de Abraão. Em Lucas, capítulo 3, encontra-se uma genealogia que remonta a “Adão, filho de Deus”. A genealogia de Jesus é a única fornecida nas Escrituras Gregas Cristãs. Parte desta genealogia aparece em 1 Crônicas, capítulos 1 a 3, desde Adão, passando por Salomão e Zorobabel. Os livros de Gênesis e de Rute, em conjunto, fornecem a linhagem de Adão a Davi.

As últimas três listas (Gênesis/Rute, 1 Crônicas e Lucas) concordam plenamente desde Adão até Arpaxade (Arfaxade), com pequenas diferenças quanto a certos nomes, tais como Quenã, que é “Cainã”, em Lucas 3:37. As listas de Crônicas e de Gênesis/Rute concordam até Davi, encontrando-se no relato de Lucas outro “Cainã” entre Arfaxade e Selá. — Lu 3:35, 36.

Desde Salomão até Zorobabel, o registro de Crônicas e Mateus concordam de modo geral, sendo que Mateus omite alguns nomes. Estas diferenças, e as diferenças no relato de Lucas, desde Davi até Jesus, serão consideradas mais adiante.

Debaixo de genealogia, mostrei que, além de muitos registros familiares, particulares, os judeus mantinham registros públicos de genealogias, e que cronistas tais como Esdras tinham acesso a eles, ao compilarem suas listas; também, que existiam registros públicos no primeiro século, evidentemente até 70 EC. A questão de o Messias descender de Abraão, através de Davi, era para eles de importância primária. De modo que podemos confiar em que tanto Mateus como Lucas consultaram estas tabelas genealógicas.

Confiabilidade das Genealogias nos Evangelhos. Surge a questão: Por que omite Mateus alguns nomes contidos nas listas de outros cronistas? Em primeiro lugar, para se provar uma genealogia, não é necessário dar o nome de cada elo na linhagem. Por exemplo, Esdras, para provar sua linhagem sacerdotal, em Esdras 7:1-5, omitiu diversos nomes constantes na lista da linhagem sacerdotal em 1 Crônicas 6:1-15. Obviamente, não era essencial dar o nome de todos estes antepassados para satisfazer os judeus quanto à linhagem sacerdotal dele. Algo similar ocorre com Mateus: Sem dúvida, ele usou o registro público e copiou dele, se não todos os nomes, pelo menos os necessários para provar que Jesus descendia de Abraão e de Davi. Ele tinha também acesso às Escrituras Hebraicas, que podia consultar junto com os registros públicos oficiais. — Compare Ru 4:12, 18-22, com Mt 1:3-6.

As listas tanto de Mateus como de Lucas eram de nomes publicamente reconhecidos como autênticos pelos judeus daqueles tempos. Os escribas e os fariseus, bem como os saduceus, eram ferrenhos inimigos do cristianismo, e eles se valeriam de qualquer argumento possível para desacreditar Jesus, mas é digno de nota que nunca questionaram estas genealogias. Se a genealogia de Jesus, apresentada quer por Mateus, quer por Lucas, estivesse errada, que oportunidade isso teria sido para estes oponentes provarem isto na ocasião! Pois, até 70 EC, eles evidentemente tinham livre acesso aos registros genealógicos públicos e às Escrituras.

O mesmo se dá com os inimigos pagãos do cristianismo, no primeiro século, muitos dos quais, assim como aqueles judeus, sendo homens eruditos, teriam indicado prontamente qualquer evidência de que estas listas de Mateus e de Lucas não eram autênticas e eram contraditórias. Mas não há registro de que estes primitivos inimigos pagãos atacassem os cristãos nesta base.

Também, tanto Mateus como Lucas alcançaram seu objetivo, e isso era tudo o que era necessário. Para provar que Jesus descendia de Abraão e de Davi, não era necessário criar uma nova genealogia. Tudo o que tinham de fazer era copiar tabelas públicas que a nação aceitava plenamente com respeito à linhagem de Davi e do sacerdócio, e todos os outros assuntos que exigiam prova da linhagem da pessoa. (Veja Lu 1:5; 2:3-5; Ro 11:1.) Mesmo que houvesse omissões nestas tabelas, isso não detrairia daquilo que esses escritores de Evangelhos pretenderam e realmente conseguiram fazer, a saber, apresentar prova legal e publicamente reconhecida da genealogia de Jesus, o Messias.

Problemas na Genealogia de Jesus Registrada por Mateus. Mateus divide a genealogia de Abraão a Jesus em três seções de 14 gerações cada uma. (Mt 1:17) Esta divisão pode ter sido feita como ajuda para a memória. No entanto, ao contarmos os nomes, verificamos que totalizam 41, em vez de 42. Uma sugestão a respeito de como podem ser contados é a seguinte: Contar os nomes de Abraão até Davi, 14 nomes; usar então Davi como nome inicial do segundo grupo de 14, tendo Josias por último; finalmente, encabeçar a terceira série de 14 nomes com Jeconias (Joaquim) e terminá-la com Jesus. Note que Mateus repete o nome de Davi como o último dos primeiros 14 nomes e como o primeiro dos próximos 14. Daí, ele repete a expressão “deportação para Babilônia”, que ele relaciona com Josias e seus filhos. — Mt 1:17.

Conforme já declarado, Mateus pode ter copiado sua lista de forma exata do registro público que ele usou, ou pode ter propositadamente omitido alguns elos, pretendendo ajudar a memória. No entanto, uma sugestão a respeito da omissão aqui de três reis da linhagem de Davi, entre Jeorão e Uzias (Azarias), é que Jeorão se casou com a iníqua Atalia, filha de Jezabel, da casa de Acabe, introduzindo assim esta estirpe condenada por Deus na linhagem dos reis de Judá. (1Rs 21:20-26; 2Rs 8:25-27) Após mencionar Jeorão como primeiro na aliança iníqua, Mateus omite os nomes dos próximos três reis até a quarta geração, Acazias, Jeoás e Amazias, os frutos desta aliança. — Compare Mt 1:8 com 1Cr 3:10-12.

Mateus indica que Zorobabel era filho de Sealtiel (Mt 1:12), e isto coincide com outras referências. (Esd 3:2; Ne 12:1; Ag 1:14; Lu 3:27) No entanto, em 1 Crônicas 3:19, Zorobabel é chamado de filho de Pedaías. Evidentemente, Zorobabel era filho do próprio Pedaías e filho legal de Sealtiel, em razão de casamento de cunhado; ou, possivelmente, depois de falecer Pedaías, pai de Zorobabel, este foi criado por Sealtiel como seu próprio filho e por isso passou a ser reconhecido legalmente como filho de Sealtiel.

Um Problema na Genealogia de Jesus Registrada por Lucas. Cópias manuscritas disponíveis de Lucas alistam um segundo “Cainã” entre Arfaxade (Arpaxade) e Selá. (Lu 3:35, 36; compare isso com Gên 10:24; 11:12; 1Cr 1:18, 24.) A maioria dos peritos considera isso como erro de copista. Nas Escrituras Hebraicas, não se encontra “Cainã” nesta posição relativa nas listas genealógicas nos textos hebraico e samaritano, nem em qualquer dos Targuns ou das versões exceto na Septuaginta grega. E não parece que se encontrava mesmo nas primitivas cópias da Septuaginta, porque Josefo, que usualmente seguia a Septuaginta, alista a seguir Seles (Selá) como filho de Arfaxades (Arpaxade). (Jewish Antiquities [Antiguidades Judaicas], I, 146 [vi, 4]) Os antigos escritores Irineu, Africano, Eusébio e Jerônimo rejeitam o segundo “Cainã” como interpolação nas cópias do relato de Lucas.

Por que diferem as genealogias de Jesus Cristo conforme apresentadas por Mateus e por Lucas?

A diferença entre quase todos os nomes na genealogia de Jesus registrada por Lucas em comparação com a apresentada por Mateus é prontamente resolvida pelo fato de que Lucas traçou a linhagem de Jesus através de Natã, filho de Davi, em vez de através de Salomão, conforme fez Mateus. (Lu 3:31; Mt 1:6, 7) Lucas, evidentemente, segue os antepassados de Maria, mostrando assim ter sido Jesus descendente natural de Davi, ao passo que Mateus mostra o direito legal de Jesus ao trono de Davi, por ele descender de Salomão através de José, que era legalmente o pai de Jesus. Tanto Mateus como Lucas indicam que José não era o pai verdadeiro de Jesus, mas apenas seu pai adotivo, que lhe concedeu o direito legal. Mateus se afasta do estilo usado em toda a sua genealogia quando chega a Jesus, dizendo: “Jacó tornou-se pai de José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.” (Mt 1:16) Note que ele não diz que ‘José tornou-se pai de Jesus’, mas que ele era “marido de Maria, da qual nasceu Jesus”. Lucas é ainda mais incisivo quando, depois de primeiro mostrar que Jesus na realidade era o Filho de Deus por intermédio de Maria (Lu 1:32-35), ele diz: “Jesus . . . sendo, como era a opinião, filho de José, filho de Eli.” — Lu 3:23.

Visto que Jesus não era filho do próprio José, mas era o Filho de Deus, a genealogia de Jesus, por Lucas, provaria que ele era, por nascimento humano, filho de Davi, por meio da sua mãe, Maria. Sobre as genealogias de Jesus, apresentadas por Mateus e por Lucas, Frederic Louis Godet escreveu: “Este estudo detalhado do texto nos leva assim a admitir — 1. Que o registro genealógico de Lucas é o de Eli, avô de Jesus; 2. Que, visto esta filiação de Jesus com Eli ser expressamente oposta à Sua filiação com José, o documento que ele preservou para nós, no conceito dele, não pode ser nada mais do que a genealogia de Jesus através de Maria. Mas, por que não menciona Lucas a Maria, e por que passa logo de Jesus para o Seu avô? Sentimentos antigos não condiziam com a menção da mãe como elo genealógico. Entre os gregos, o homem era filho do seu pai, não da sua mãe; e entre os judeus, o adágio era: ‘Genus matris non vocatur genus [“O descendente da mãe não é chamado descendente (dela)”]’ (‘Baba bathra’, 110, a).” — Commentary on Luke (Comentário Sobre Lucas), 1981, p. 129.

Na realidade, cada genealogia (a tabela de Mateus e a de Lucas) mostra sua descendência de Davi, através de Salomão e através de Natã. (Mt 1:6; Lu 3:31) Ao examinarmos as listas de Mateus e de Lucas, verificamos que, depois de divergirem em Salomão e Natã, elas incidem outra vez em duas pessoas, Sealtiel e Zorobabel. Isto pode ser explicado da seguinte forma: Sealtiel era filho de Jeconias; talvez por casamento com a filha de Néri, ele se tornou genro de Néri, sendo assim chamado “filho de Néri”. É também possível que Néri não tivesse filhos, de modo que Sealtiel foi contado como seu “filho” também por este motivo. Zorobabel, que provavelmente era mesmo filho de Pedaías, foi legalmente considerado como filho de Sealtiel, conforme já antes explicado. — Veja Mt 1:12; Lu 3:27; 1Cr 3:17-19.

Daí, os relatos indicam que Zorobabel teve dois filhos, Resa e Abiúde, as linhagens separando-se de novo neste ponto. (Estes talvez não fossem realmente filhos, mas sim descendentes, ou, pelo menos um, talvez genro. Veja 1Cr 3:19.) (Lu 3:27; Mt 1:13) As genealogias de Jesus, tanto por Mateus como por Lucas, divergem aqui daquela encontrada em 1 Crônicas, capítulo 3. Isto talvez se deva a que diversos nomes foram propositalmente omitidos por Mateus e possivelmente também por Lucas. Mas, deve-se ter em mente o fato de que essas diferenças nas listas genealógicas de Mateus e de Lucas bem provavelmente são as já presentes nos registros genealógicos então em uso e plenamente aceitos pelos judeus, e não eram mudanças feitas por Mateus e por Lucas.

Portanto, podemos concluir que as duas listas, de Mateus e de Lucas, conjugam as duas verdades, a saber: (1) que Jesus era realmente o Filho de Deus e o herdeiro natural do Reino pelo nascimento milagroso por meio da virgem Maria, da linhagem de Davi, e (2) que Jesus era também o herdeiro legal na linhagem masculina descendente de Davi e de Salomão, por meio do seu pai adotivo, José. (Lu 1:32, 35; Ro 1:1-4) Se houvesse alguma acusação por parte de judeus hostis, de que o nascimento de Jesus era ilegítimo, o fato de que José, apercebido das circunstâncias, casou-se com Maria e deu-lhe a proteção do seu bom nome e da sua linhagem real, refutaria tal calúnia.

2007-03-09 10:19:20 · answer #2 · answered by Specula — Annuntians Regnum Iehovah 5 · 2 0

Sim...está la... mas essa geneologia e p/ provar que Jesus era descendente de Davi...

2007-03-09 11:08:38 · answer #3 · answered by Isa_Maria 6 · 1 0

Amigo, note-se que em Mateus Jesus é apresentado como herdeiro legal do trono de Davi ( ascendência Real), apresenta a linhagem de José(?), relaciona 41 nomes em sua genealogia ( de Abraão a Jesus são 41 nomes), Jacó aparece como pai de José, Jeconias aparece como pai de Salatiel, termo usual ( gerou....), A descendência até Jesus passa por Salomão.( aqui Jesus nos é mostra como geração santa) ( o messias que viria conforme as professias) veja esse termo: "Jesus filho de Davi"

Lucas no entanto expõe a descendência sanguínea de Jesus ( Jesus como raça humana); Apresenta a linhagem de Maria(?), relaciona 76 nomes em sua genealogia, de Jesus até Abraão são 56 nomes, Eli aparece como pai de José, Neri aparece como pai de Salatiel, termo usuário ( filho de ........), a descendência até Jesus passa por Natã, Jesus é o segundo progenitor ESPIRITUAL da raça humana, sua listagem retrocede até Deus: OU SEJA, ANULA OS RAIOS DA FILIAÇÃO ADÂMICA, em Lucas o que se salienta é o caráter universal de Jesus Cristo: Jesus a Adão.

2007-03-09 11:48:55 · answer #4 · answered by Anonymous · 0 0

Ambos estão corretos. Mateus montou a genealogia de Jesus com base nos antecessores de José até para mostrar o seu direito legal ao trono de Israel o qual exigia que Jesus descendesse de Davi através do Seu (suposto) pai.
Lucas dá a descendência de Jesus por meio de Maria, porque estava interessado em apresentar Cristo somente como o Filho do Homem.
Só no momento de inserir Maria é que Lucas ficou com José pois não era comum usar as mulheres nas árvores genealógicas.

2007-03-09 10:26:57 · answer #5 · answered by Daniel 3 · 0 0

"Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a TRADIÇÂO dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; Colossenses 2:8 "


Genealogias sem fim leva as pessoas a seguirem a tradição e os rudimentos do mundo e não Cristo!


Pense nisso!

2007-03-09 10:26:04 · answer #6 · answered by Homem-Deus 2 · 0 0

Vc sempre questionando...

2007-03-09 10:09:39 · answer #7 · answered by Bb!!! 2 · 0 0

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