Xan, vc tá fazendo idêntico aos evangélicos, levando a bÃblia ao pé da letra. Se existem dúvida quanto algumas parábolas do Cristo, é porque não foram interpretadas corretamente devido aos vários sentidos das palavras usadas, ou à s alegorias ou pq não foram ditas por ele.
um exemplo: "Senhor porque me abandonaste?" Estudiosos do aramaico já comprovaram que a palavra abandonar era a mesma usada pra se dizer glorificar, o linguajar era pobre. Analisando a vida do Cristo é óbvio que ele não "amarelou" na hora fatÃdica, ele já sabia e já entrevia o plano espiritual que o aguardava naquele momento.
Uma coisa é certa, todos os ensinamentos de Jesus nos levam ao amor, humildade, perdão, mansidão. E ele foi exemplo disso sempre. Deve-se ser coerente pra entender o que ele fez e o que ele não fez, um homem que pregou dar a outra face, nunca pode ter sido capaz de dar chicotada num templo nem quebrar as coisas, um homem de moral elevada jamais poderia ter sido atentado pelo capeta, o que o capeta ofereceu pra ele? poder? castelos? ouro? pra um homem que disse que seu reino não é deste mundo.
Isso é falta de coerência de quem escreveu e de quem lê e interpreta a letra morta.
Não esqueçamos que nenhum Evangelho foi escrito enquanto Cristo estava vivo, é de se supor que nesse caso a essência do pensamento do cristo não foi bem traduzida, ou o que é mais provável, que o sentido primitivo tenha sofrido alguma alteração ao passar de uma lÃngua pra outra.
Basta que um erro tenha sido cometido uma primeira vez, para que fosse repetido por aqueles que reproduziram os evangelhos, como se vê acontecer frequentemente com os fatos históricos.
A palavra odeia, nesta frase de Lucas;"Se alguém
vem a mim e não odeia seu pai e sua mãe".., está nesse caso;
não existe ninguém que tenha a id´eia de atribuÃ-la a Jesus;
seria, portanto, supérfluo discuti-la, e ainda menos procurar
justificá-la. Inicialmente, seria preciso saber se Jesus a pronunciou,
e, em caso afirmativo, se essa palavra, na lÃngua
em que ele se exprimia, tinha o mesmo valor que na nossa.
Nesta passagem de João:"Aquele que odeia sua vida, neste
mundo, a conserva para a vida eterna", à certo que ela não
corresponde à idéia que nós lhe atribuÃmos. E sim quer dizer, à quele que não dá tanto valor à vida terrena e valoriza mais à espiritual.
A lÃngua hebraica não era rica e possuÃa muitas palavras
com vários significados. Tal Ã, por exemplo, aquela
que, no Gênesis, designa as fases da criação, e que tambÃm
servia para expressar um perÃodo qualquer de tempo e
ainda o perÃodo diurno. Tal fato permitiu que, mais tarde,
ela fosse traduzida por dia, surgindo daà a crença de que o mundo foi a obra de seis vezes vinte e quatro horas, ou
seja, foi criado em seis dias. O mesmo ocorre com a palavra
que designava um camelo e um cabo, porque os cabos
eram feitos de pelos de camelo, e que foi traduzida por
camelo, na alegoria do buraco da agulha.… necessário, aliás, levar em consideração os hábitos
e o caráter dos povos, que acabam influindo na natureza
particular das lÃnguas; sem esse conhecimento, o verdadeiro
sentido de certas palavras não à percebido. De uma lÃngua
para outra, a mesma palavra tem um sentido mais ou menos
enérgico; em uma pode ser uma injúria ou uma blasfêmia, e
em outra ser uma palavra insignificante, conforme a idÃia
que com ela se queira exprimir. Na mesma lÃngua, certas
palavras perdem seu significado com o passar dos séculos; Ã
por isso que uma tradução rigorosamente literal nem sempre
reproduz perfeitamente o pensamento, e que, para ser exato,
muitas vezes à preciso empregar, não as palavras correspondentes,
mas termos equivalentes ou explicativos.
Essas notas encontram uma aplicação especial na
interpretação das Santas Escrituras, e dos Evangelhos em
particular. Se não levarmos em conta o meio em que Jesus vivia, ficamos expostos a enganos sobre o valor de certas
expressões e de certos fatos, por causa do hábito que se tem
de interpretar os outros por nós mesmos. Em todo caso, Ã
preciso afastar o termo odiar da sua acepção moderna, por
ser contrária à essência do ensino de Jesus.
Abandonar seu pai, sua mãe e seus filhos
"Aquele que houver deixado, por meu nome, sua
casa, seus irmãos, ou suas irmãs, ou seu pai, ou sua mãe,
ou sua mulher, ou seus filhos, ou suas terras, receberá o
cêntuplo de tudo, e terá por herançaa a vida eterna." (Mateus,XIX: 29.)5. Então disse Pedro: "Quanto a nós, vês que tudo
deixamos, e que te seguimos. Jesus lhe respondeu: "Em
verdade vos digo que ninguÃm deixará pelo reino de Deus
a sua casa, ou seu pai e sua mãe, ou seus irmãos, ou sua
mulher, ou seus filhos, que não receba, ainda neste mundo,
muito mais, e no sÃculo que vier, a vida eterna." (Lucas,
XVIII: 28 a 30.)
6. Um outro lhe disse: "Senhor, eu te seguirei; mas
permite que, antes, disponha do que tenho em minha casa "
Jesus lhe respondeu: "Quem quer que, tendo posto a mão
na charrua, olhe para trás, não à digno do reino de Deus."
(Lucas, IX: 61 e 62.)
Sem discutir as palavras, Ã preciso procurar compreender
o pensamento, que era, evidentemente, este: Os interesses
da vida futura prevalecem sobre todos os interesses e
todas as considerações humanas, porque ele está de acordo
com a essência da doutrina de Jesus, enquanto que a idÃia do
abandono da familia seria a sua negação.
Não temos, aliás, sob nossos olhos, a aplicação dessas
máximas no sacrifÃcio dos interesses e das afeições de
famÃlia pela pátria? Condena-se um filho por deixar seu
pai, sua mãe, seus irmãos, sua mulher, seus filhos para
marchar em defesa do seu paÃs? Ao contrário, não lhe Ã
concedido um grande mÃrito por deixar as doçuras do lar
domÃstico e o calor das amizades para cumprir um dever?
Portanto, há deveres que se sobrepõem a outros. A lei não
impunha à filha a obrigação de deixar os pais e seguir o seu
esposo?O mundo está cheio de casos em que as separações
mais penosas são necessárias; mas as afeições não se rompem
por isso. O afastamento não diminui nem o respeito,
nem a solicitude que são devidos aos pais, nem a ternura
pelos filhos. Vê-se, então, que mesmo interpretadas ao pà da
letra, exceto o termo odiar, essas palavras não seriam a negação do mandamento que determina ao homem honrar
seu pai e sua mãe, nem do sentimento de ternura paternal.Com muito mais razão isso acontece, se as analisamos quanto
à sua essência. A finalidade dessas palavras era mostrar,
de uma forma exagerada propositalmente, quanto era importante
para o homem preocupar-se com a vida futura (Vida espiritual)
Aliás, elas deveriam ser menos chocantes para um povo e
para uma Ãpoca em que, em consequência dos seus costumes,
os laços de famÃlia eram muito mais frágeis que em
uma civilização de moral mais avançada. Esses laços, muito
fracos entre os povos primitivos, fortificaram-se com o
desenvolvimento da sensibilidade e do senso moral. A própria
separação à necessária ao progresso, tanto entre as
famÃlias quanto entre as raças, pois elas se degeneram se
nnão houver cruzamentos, se nÃO se mesclarem umas com
as outras. … uma lei da Natureza, tanto no interesse do progresso
moral quanto no do fisico.
Bom, não dá pra ficar sitando aqui tudo o que trás má interpretação em relação ao cristo, mas uma coisa é imbatÃvel: a Essência de seus ensinamentos é única e clara: "amai aos outros assim como eu vos amei"; agora querer ficar pegando palavrinhas aqui e ali da BÃblia e interpretanto como se ele tivesse dito tudo hoje e agora, pra denegrir sua imagem, realmente é falta de raciocÃnio.
Ele deixou bem claro o que ele espera de nós e isso é o que importa, veja aquele que tiver olhos de ver.
2007-03-08 08:20:01
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answer #5
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answered by Fafá 5
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