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Doença viral que pode acometer o homem em diferentes graus de infeccão.

2007-03-06 03:27:57 · 3 respostas · perguntado por Oleivis 2 em Saúde Doenças e Patologias Outras - Doenças

3 respostas

Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado. Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus, mas podem ser também por intoxicações por álcool e outras substâncias e medicamentos tóxicos. Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas. A grande maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou leva a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, conhecida popularmente no Brasil por “trisa” ou "amarelão" e que caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal). Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose.

*Vírus da Hepatite A (HAV)

Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA)
Familia: Picornaviridae
Género: Hepatovírus
Espécie: Vírus da Hepatite A
O vírus da Hepatite A é da familia dos picornavirus, e o seu genoma é de RNA unicatenar (simples) positivo (é usado directamente como mRNA na síntese proteica). Tem capsídeo mas não possui envelope. O vírus é muito resistente a condições externas adversas.

*Epidemiologia

Incidência da Hepatite A. Vermelho escuro: muito alta incidência; Vermelho: alta; Amarelo: média; Cinzento: baixaA transmissão é pela comida e água contaminadas por fezes contendo o vírus. Pode ser absorvido de marisco proveniente de águas contaminadas com esgotos.
Mais de 40% dos casos de hepatite são causados pelo HAV, e 50% da população adulta já o terá encontrado.

*Vírus da hepatite B (HBV)

Grupo: Grupo VII (dsDNA-RT)
Família: Hepadnaviridae
Género: Orthohepadnavirus
Espécie: Hepatitis B virus
O vírus da hepatite B é um Hepadnavirus com genoma de DNA bicatenar (dupla hélice) circular. Tem predilecção forte pela infecção dos hepatócitos do fígado. Ele multiplica-se no núcleo da célula infectada, utilizando as enzimas de replicação de DNA da própria célula humana. A sua replicação invulgar consiste na formação de mRNA a partir do genoma de DNA, que são usados na síntese das proteínas virais, e RNA especial que depois é convertido em DNA pela enzima transcriptase reversa, uma enzima que será mais característica dos retrovirus.

*Transmissão e epidemiologia

O vírus existe no sangue, saliva, sémen, secreções vaginais e leite materno de doentes ou portadores assimptomáticos. A transmissão é semelhante à da SIDA/AIDS: via sexual, agulhas infectadas ou de mãe para o feto ou recém-nascido. São ainda frequentes casos de transmissão por agulhas de tatuagem, piercing ou acupunctura em estabelecimentos não licenciados. O vírus é muito mais resistente e de transmissão mais fácil que o HIV, e persiste mais tempo nesses instrumentos, mas é destruído pela lavagem cuidadosa e esterilização pelo calor. Resiste por vezes ao pH baixo (ácido), calor moderado e temperaturas baixas. É capaz de sobreviver no ambiente por pelo menos uma semana.
O agente delta ou vírus da hepatite D é transmitido de doentes com ambos HBV e HDV para doente com HBV crónico apenas pelas mesmas vias e nos mesmos grupos de risco.
Incidência e Risco de Hepatite B. Vermelho: mais de 8% da população é portadora; Laranja: de 2 a 7%; Amarelo:menos de 2%Cerca de 5% da população mundial terá a doença ou será portadora assimptomática. Nos EUA há 300.000 novos casos por ano (a grande maioria resolve-se: ver abaixo) e 4000 mortes. O ser humano é o único a ser infectado, não existindo reservatórios animais. Grupos em risco são indivíduos sexualmente promíscuos, toxicodependentes e profissionais de saúde. A imunização (vacina), no entanto protege eficazmente.
Há um milhão de mortes por carcinoma hepatocelular por ano, e 80% dos casos estarão associados ao vírus.

ESPERO QUE TE AJUDE, ASSIM COMO ME AJUDOU.

Boa sorte!

2007-03-06 03:43:13 · answer #1 · answered by Anonymous · 0 1

A hepatite A se transmite através da contaminação com fezes de alguém doente. Geralmente isso acontece quando há contaminação de água potável com esgotos. Ou quando a pessoa ingere alimentos de frutos do mar ou de rios mal cozidos ou crus, como ostras. Ou quando a pessoa se banha em rios, piscinas, lagos ou mares contaminados com esgotos. Ou quando se toma água ou sorvete, ou sucos, feitos com água contaminada. Na hepatite B a transmissão se dá pelo sangue. Ou transfusão (hoje raro devido ao controle sanitário), ou relação sexual, ou contaminação com seringas não descartáveis. Ou acidentes de punção com profissionais de saúde. Ou tatuagens com agulhas não descartáveis. Ou manicures, dentistas ou barbeiros com equipamentos não descartáveis. Existem vacinas contra essas duas doenças que conferem imunidade de quase 100%.

2007-03-06 11:43:04 · answer #2 · answered by Falco 7 · 0 0

Hepatite é toda e qualquer inflamação do fígado. Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as causadas por vírus, mas podem ser também por intoxicações por álcool e outras substâncias e medicamentos tóxicos. Em comum, todas as hepatites têm algum grau de destruição das células hepáticas. A grande maioria das hepatites agudas são assintomáticas ou leva a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, conhecida popularmente no Brasil por “trisa” ou "amarelão" e que caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal). Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites crônicas (com duração superior a 6 meses), geralmente são assintomáticas e podem progredir para cirrose.
[editar] Hepatite A
Ver artigo principal: Hepatite A.
É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite A, que pode cursar de forma subclínica. Altamente contagiosa, sua transmissão é do tipo fecal oral, ou seja, ocorre contaminação directa de pessoa para pessoa ou através do contacto com alimentos e água contaminados, e os sintoma iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum onde não há ou é precário o saneamento básico. A falta de higiene ajuda na disseminação do vírus. O uso na alimentação de moluscos e ostras de águas contaminadas com esgotos e fezes humanas contribui para a expansão da doença. Uma vez infectada a pessoa desenvolve imunidade permanente. Existe vacina segura para hepatite A. A transmissão através de agulhas ou sangue é rara. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarréia. A icterícia é mais comum no adulto (60%) do que na criança (25%). A icterícia desaparece em torno de duas a quatro semanas. É considerada uma hepatite branda, pois não há relatos de cronificação e a mortalidade é baixa. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber sintomáticos e tomar medidas de higiene para prevenir a transmissão para outras pessoas. Pode ser prevenida pela higiene e melhorias das condições sanitárias, bem como pela vacinação. É conhecida como a hepatite do viajante.


[editar] Hepatite B
Ver artigo principal: Hepatite B.
Sua transmissão é através de sangue, agulhas e materiais cortantes contaminados, também com as tintas das tatuagens, bem como através da relação sexual. É considerada também uma doença sexualmente transmissível. Pode ser adquirida através de tatuagens, piercings, no dentista e até em sessões de depilação. Os sintomas são semelhantes aos das outras hepatites virais, mas a hepatite B pode cronificar e provocar a cirrose hepática. A prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais e não utilizando materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único. Quanto mais cedo se adquire o vírus, maiores as chances de ter uma cirrose hepática. Existe vacina para hepatite B, que é dada em três doses intramusculares e deve ser repetida a cada 10 anos.


[editar] Hepatite C
Ver artigo principal: Hepatite C.
A mais perigosa e temida das hepatites virais, sua transmissão é através de sangue, agulhas e materiais cortantes contaminados, com transmissão muito fácil e rápida. Pode ser adquirida através de transfusão sanguínea, tatuagens, uso de drogas, piercings, no dentista e em manicure. A grande maioria dos pacientes é assintomática no período agudo da doença, mas podem ser semelhantes aos das outras hepatites virais. Estima-se que 3 % da população mundial esteja contaminada, atingindo níveis dez vezes maiores no continente africano. A hepatite C é perigosa porque pode cronificar e provocar a cirrose hepática e o hepatocarcinoma, neoplasia maligna do fígado. A prevenção é feita não utilizando materiais cortantes ou agulhas que não estejam devidamente esterilizadas. Recomenda-se o uso de descartáveis de uso único, bem como material próprio em manicures. A esterilização destes materiais é possível, porém não há controle e as pessoas que ‘dizem’ que esterilizam não têm o preparo necessário para fazer uma esterilização real. Não existe vacina para a hepatite C e é considerada pela Organização Mundial da Saúde como o maior problema de saúde pública, é a maior causa de transplante hepático e transmite-se pelo sangue mais facilmente do que a AIDS.

O anti-HCV positivo detecta infecção atual ou pregressa. Pode ser necessário biópsia hepática para descartar malignidade e determinar o grau da doença. A detecção do ácido ribonucleico (RNA) do vírus caracteriza a presença do vírus no hospedeiro.

O interferon peguilado é usado no tratamento da fase aguda, sendo associado à ribavirina na fase crônica.

Aproximadamente metade dos pacientes tratados irão se curar. Possuem melhores resposta ao tratamento os pacientes com idade inferior a 40 anos, do sexo feminino, com genótipos 2 ou 3, que não apresentem cirrose e de peso inferior a 85 kilogramas.

Em Portugal o tratamento é gratuito, assim como no Brasil, pelo sistema público.


[editar] Hepatite não A não B
Termo antigo muito usado para hepatites que não eram nem A nem B, que hoje se reconhece ser a maioria do tipo C, podendo ser também E.


[editar] Hepatite D
Ver artigo principal: Hepatite D.
Causada pelo agente Delta, só tem importância quando associada à hepatite B, pois a potencializa. Isoladamente parece não causar infecção.


[editar] Hepatite E
É uma hepatite infecciosa aguda causada pelo vírus da hepatite E, que pode cursar de forma subclínica. Sua transmissão é do tipo fecal oral, através do contato com alimentos e água contaminados, e os sintoma iniciam em média 30 dias após o contágio. É mais comum após enchentes Não existe vacina para hepatite E. Os sintomas são de início súbito, com febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos. Pode ocorrer diarréia. É considerada uma hepatite branda, apesar de risco aumentado para mulheres grávidas, principalmente no terceiro trimestre gestacional, que podem evoluir com hepatite fulminante. Não existe tratamento específico. O paciente deve receber medicamentos sintomáticos e repousar. Pode ser prevenida através de medidas de higiene, devendo ser evitado comprar alimentos e bebidas de vendedores ambulantes.


[editar] Hepatite F
Pouco conhecida, foi relatada em pacientes submetidos a transplante hepático.


[editar] Hepatite G
Também pouco conhecida, requer mais estudos.


[editar] Outras hepatites virais
Outros vírus podem causar hepatites, porém sem ser causa comum. São potencialmente causadores de hepatite em pacientes submetidos a transfusões sanguíneas e imunodeprimidos o Epstein-Barr, o citomegalovírus e o herpes zoster. Outros agentes de importância são os vírus da dengue e febre amarela.


[editar] Hepatites por drogas
Causado por drogas hepatotóxicas, que lesam diretamente o hepatócito. O acetaminofem, substância analgésica muito utilizada por crianças e adultos, quando utilizada em doses muito altas é altamente hepatotóxica.


[editar] Hepatite autoimune (HAI)
São hepatites causadas por uma auto agressão do organismo, que fabrica anticorpos que atacam e matam os hepatócitos. Isto pode acontecer porque uma bactéria, vírus ou fungo pode conter uma porção muito parecida com a célula hepática, causando confusão do sistema imunológico. O tratamento é feito com corticóides e drogas imunossupressoras.


[editar] Exames complementares
Testes laboratoriais úteis na avaliação hepática são as dosagens de bilirrubinas, transaminases (AST e ALT, antigamente denominadas respectivamente TGO e TGP), fosfatase alcalina, gama-glutamil-transpeptidase (antes denominada gama-glutamil-transferase e geralmente abreviada como gama-GT ou GGT), proteínas totais, albumina, atividade de protrombina, amônia e ácidos biliares, pesquisa de marcadores virais e execução de exames complementares de diagnóstico por imagem, como o ultra-som e a [[


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tomografia computadorizada]]. Se for necessária a análise histopatológica do fígado, pode ser necessária a biópsia hepática, que pode ser feita por agulha, videolaparoscopia ou a céu aberto. Cada exame tem validade em situações específicas.'''

[editar] Vírus da Hepatite A (HAV)
Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA)
Familia: Picornaviridae
Género: Hepatovírus
Espécie: Vírus da Hepatite A
O vírus da Hepatite A é da familia dos picornavirus, e o seu genoma é de RNA unicatenar (simples) positivo (é usado directamente como mRNA na síntese proteica). Tem capsídeo mas não possui envelope. O vírus é muito resistente a condições externas adversas.


[editar] Epidemiologia

Incidência da Hepatite A. Vermelho escuro: muito alta incidência; Vermelho: alta; Amarelo: média; Cinzento: baixaA transmissão é pela comida e água contaminadas por fezes contendo o vírus. Pode ser absorvido de marisco proveniente de águas contaminadas com esgotos.

Mais de 40% dos casos de hepatite são causados pelo HAV, e 50% da população adulta já o terá encontrado.


[editar] Progressão e Sintomas
O vírus é ingerido com os alimentos ou água. O período de incubação dura cerca de um mês. No intestino infecta os enterócitos da mucosa onde se multiplica. Daí dissemina-se pelo sangue, e depois infecta principalmente as células para as quais mostra tropismo marcado (preferência), os hepatócitos do fígado. Este tropismo é devido à abundância nessas células dos receptores membranares a que o vírus se liga durante a invasão. Os vírions produzidos são secretados nos canais biliares e daí via ampôla de Vater no duodeno, sendo expelidos nas fezes.

Os sintomas são tantos devidos aos danos do vírus como à reacção destrutiva para as células infectadas pelo sistema imunitário. Mais de metade dos doentes poderão ser assimptomáticos, particularmente crianças. Surgem geralmente de forma abrupta febre, dor abdominal, náuseas, alguma diarréia que se mantém durante cerca de um mês. Mais de metade dos doentes desenvolve então icterícia (pele e conjunctiva do olho amareladas) devido à disfunção do fígado. Em 99% dos casos segue-se a recuperação e cura sem problemas.

Em 1% dos casos os sintomas podem ser muito mais graves e rápidos, a denominada hepatite fulminante. Ocorre icterícia mais intensa e encefalopatia (devido à não regulação pelo fígado da amónia sanguínea neurotóxica), com distúrbios psiquiátricos e degradação das funções mentais superiores, seguida de morte em 80% dos casos. Na hepatite por HAV ao contrário da Hepatite B ou C, não há casos de cronicidade.


[editar] Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é por detecção de anticorpos específicos anti-HAV do tipo IgM.

Há uma vacina de vírus inactivado ("morto"), mas a moderação dos sintomas limita o seu uso. A melhor medida é a higiene e o uso de cloro na desinfecção da água.

Hepatite B
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
A Hepatite B é uma doença infecciosa frequentemente crónica causada pelo vírus da Hepatite B (HBV). É transmitida sexualmente ou por agulhas infectadas e pode progredir para cirrose hepática ou cancro do fígado (hemocromatose). O vírus da hepatite D é um vírus que só ataca células já infectadas pelo HBV piorando o prognóstico dos doentes com hepatite B crónica.

[editar] Vírus da hepatite B (HBV)
Grupo: Grupo VII (dsDNA-RT)
Família: Hepadnaviridae
Género: Orthohepadnavirus
Espécie: Hepatitis B virus
O vírus da hepatite B é um Hepadnavirus com genoma de DNA bicatenar (dupla hélice) circular. Tem predilecção forte pela infecção dos hepatócitos do fígado. Ele multiplica-se no núcleo da célula infectada, utilizando as enzimas de replicação de DNA da própria célula humana. A sua replicação invulgar consiste na formação de mRNA a partir do genoma de DNA, que são usados na síntese das proteínas virais, e RNA especial que depois é convertido em DNA pela enzima transcriptase reversa, uma enzima que será mais característica dos retrovirus.

A partícula viral ou virion do HBV é denominada partícula de Dane e tem cerca de 40 nanómetros de diâmetro, podendo ser filamentosa ou esférica. Possui um envelope bilipídico, onde existe a proteína membranar viral HBs (s de surface: superfície). O capsídeo interno ao envelope, que protege o genoma e algumas cópias de enzima transcriptase reversa (necessária já que as células humanas não a produzem), é formado pela proteína HBc (c de core:capsídeo). A proteína HBe é uma proteína viral pouco importante mas também é lançada no sangue e portanto importante para a resposta do sistema imunitário.


[editar] O vírus da hepatite D (HDV) ou agente delta
O agente delta é um vírus "incompleto". Ele é deficiente em quase todas as proteínas necessárias à replicação e só pode multiplicar-se em células já infectadas pelo vírus da hepatite B, utilizando as enzimas codificadas por ele além dos recursos da célula humana. É assim um vírus que parasita outro vírus, o qual parasita a célula humana. Mas os maiores danos são causados não à replicação do HBV mas às células humanas. A infecção do doente crónico com Hepatite B do HDV piora o prognóstico significativamente.

O HDV é um vírus com 35 nanómetros e um genoma de RNA circular minúsculo (apenas 1700 bases) de sentido negativo. Codifica apenas duas proteínas e usa a proteína HBs no seu envelope. Uma curiosidade interessante sobre o vírus é que o próprio genoma de RNA funciona como uma enzima não proteica (é uma ribozima) e cliva os seus próprios produtos transcritos.


[editar] Transmissão e epidemiologia
O vírus existe no sangue, saliva, sémen, secreções vaginais e leite materno de doentes ou portadores assimptomáticos. A transmissão é semelhante à da SIDA/AIDS: via sexual, agulhas infectadas ou de mãe para o feto ou recém-nascido. São ainda frequentes casos de transmissão por agulhas de tatuagem, piercing ou acupunctura em estabelecimentos não licenciados. O vírus é muito mais resistente e de transmissão mais fácil que o HIV, e persiste mais tempo nesses instrumentos, mas é destruído pela lavagem cuidadosa e esterilização pelo calor. Resiste por vezes ao pH baixo (ácido), calor moderado e temperaturas baixas. É capaz de sobreviver no ambiente por pelo menos uma semana.

O agente delta ou vírus da hepatite D é transmitido de doentes com ambos HBV e HDV para doente com HBV crónico apenas pelas mesmas vias e nos mesmos grupos de risco.


Incidência e Risco de Hepatite B. Vermelho: mais de 8% da população é portadora; Laranja: de 2 a 7%; Amarelo:menos de 2%Cerca de 5% da população mundial terá a doença ou será portadora assimptomática. Nos EUA há 300.000 novos casos por ano (a grande maioria resolve-se: ver abaixo) e 4000 mortes. O ser humano é o único a ser infectado, não existindo reservatórios animais. Grupos em risco são indivíduos sexualmente promíscuos, toxicodependentes e profissionais de saúde. A imunização (vacina), no entanto protege eficazmente.

Há um milhão de mortes por carcinoma hepatocelular por ano, e 80% dos casos estarão associados ao vírus.


[editar] Progressão e sintomas
O período de incubação da doença vai de um mês até três meses. Segue-se em 25% dos casos uma hepatite de progressão rápida com episódio agudo caracterizado por icterícia (pele e conjunctiva dos olhos amarelas), febre, falta de apetite (anorexia), mal estar, urina cor de vinho do porto (também descrita como semelhante a coca-cola), (colúria), náuseas e comichão. Cerca de 75% poderão ser assintomáticos mas mesmo assim em risco de desenvolvimento de cronicidade. Estes sintomas duram de duas semanas a três meses. O que sucede a seguir depende da resposta do sistema imunitário. Se os linfócitos T citotóxicos forem agressivos, a doença é resolvida e o doente curado. Se forem muito agressivos, pode ocorrer hepatite fulminante e morte. Se a resposta for insuficiente, ocorre estado de portador ou hepatite crónica. O sistema imunitário ineficaz e ainda em desenvolvimento dos neonatos leva a que 90% deste grupo desenvolva cronicidade.

Em 1% dos casos a hepatite é fulminante e pode ser mortal. Cerca de 90% dos indivíduos infectados resolvem a infecção após o episódio agudo ou assintomático de forma completa e curam-se. Contudo em 10% dos casos a infecção torna-se crónica. Mesmo dentro deste décimo de casos crónicos, alguns se tornam portadores infecciosos sem sintomas, outros têm uma hepatite não progressiva com replicação viral mínima e apenas alguns desenvolvem um curso progressivo. A seguinte discussão refere-se à progressão nestes indivíduos, que sofrem da "verdadeira" hepatite B, com cronicidade e alto risco de complicações.

A sobreinfecção pelo vírus da hepatite D pode transformar o curso benigno de uma hepatite B numa doença altamente agressiva (curso fulminante mortal) e piora o prognóstico daqueles que já têm curso progressivo, diminuindo a sua esperança de vida.

O HBV infecta e multiplica-se nas células sem as destruir, e maior parte dos danos e sintomas da hepatite que provoca são devidos à resposta citotóxica necessária e por vezes eficaz desenvolvida pelo sistema imunitário contra as células humanas infectadas. O reconhecimento das células infectadas é feito pela detecção de proteínas virais que são expressas na membrana celular da célula-hóspede e, portanto expostas ao exterior. A tendência para a cronicidade da hepatite B é devida à infecção latente que o vírus pode produzir em algumas células. Ele é capaz de integrar o seu genoma de ADN nos cromossomas humanos, e lá permanecer sem se multiplicar perfeitamente escondido do sistema imunitário, enquanto os virions em multiplicação activa são destruídos. Mais tarde, em resposta a determinados estímulos, pode voltar a ficar activo. Além disso, a elevada taxa de mutação do vírus permite mudanças na conformação das suas proteínas externas, que tornam a resposta imunitária específica menos eficaz.

O fígado responde de duas formas à destruição das suas células. Inicialmente os hepatócitos regeneram o tecido perdido, mas tarde com os danos repetidos inicia-a se também a produção de tecido conjuntivo fibroso pelos fibrócitos. Com danos contínuos, a capacidade de regeneração dos hepatócitos é insuficiente, e a fibrose torna-se predominante, levando à cirrose hepática com insuficiência hepática devido ao pequeno numero de hepatócitos, que não se pode multiplicar devido à resistência do tecido conjuntivo modelado à sua volta. A cirrose hepática é uma condição inevitavelmente fatal, e mesmo o transplante de fígado só permite a vida durante alguns anos devido à rejeição progressiva do órgão estranho.

A replicação aumentada dos hepatócitos aumenta a probabilidade de outra complicação: o carcinoma hepatocelular. A maioria das mutações genéticas que resultam no cancro (tumor) ocorrem durante a replicação celular, em que o processo de cópia do DNA conduz quase sempre a alguns a erros. Com a regeneração continua do tecido do fígado devido à destruição das células pelo vírus (e resposta imunitária) esses erros acumulam-se. Outro mecanismo de mutação é a própria inserção mais ou menos aleatória do genoma do vírus nos cromossomas: se algum gene ou região regulatória for interrompida, genes anti-tumorais podem ser inactivados ou genes pró-tumorais (oncogenes) hiperactivados. O resultado é que a infecção crónica pelo HBV é uma das mais importantes causas do carcinoma hepatocelular -o cancro de longe mais comum do fígado, e de mau prognóstico.

A sobre infecção de doentes com hepatite B crónica com agente delta pode levar à encefalopatia hepática (deterioração das funções intelectuais devido à incapacidade do fígado de controlar os níveis de amónia neurotóxica do sangue) mais facilmente e exacerba todos os sintomas.


[editar] Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hepatite B deve não só identificar as pessoas com anticorpos contra a doença, mas também diferenciar aqueles que já tiveram a doença aguda, mas estão nessa altura curados dos com hepatite crónica que necessitam de vigilância e tratamento. São usadas técnicas elaboradas de detecção de antigénios e anticorpos diferentes que surgem em diferentes estágios da doença. O episódio agudo é diagnosticado pela detecção no sangue de antigénios HBs e HBe, e anticorpos anti-HBc além de transaminases (enzimas que existem no interior dos hepatócitos e só saem para o sangue com destruição destes: indicadores de hepatite) simultaneamente. A infecção passada resolvida caracteriza-se por anticorpos anti-HBs e anti-HBc do tipo IgG. A imunidade efectiva da vacina é determinada pela detecção de anticorpos anti-HBs do tipo IgG, mas não anti-HBc. O doente crónico apresenta no sangue antigénios HBe e HBs altos e anticorpos anti-HBc do tipo IgG mas não anti-HBs. Além disso, pode ter transaminases elevadas (hepatite activa) e testes para a presença de virus no sangue (PCR) positivos.

Não há tratamento eficaz para a hepatite B. A única medida é a prevenção pela vacina, que é eficaz. A vacina é constituída pelos antigénios HBs, sem nenhuma partícula viral. Administra-se por inoculação. Se a pessoa após alguns meses apresentar anticorpos anti-HBs em suficiente número, não necessitam de mais injecções, mas aqueles com menor resposta requerem novas inoculações, até três, espaçadas. Em muitos países é obrigatória. Cerca de 5% dos indivíduos que receberam a vacina poderão não estar mesmo assim efectivamente imunes.

Não há vacina contra HDV, mas como só infecta doentes crónicos com HB a vacina do HBV é protectora. Em doentes com hepatite B, a única prevenção é a abstinência de comportamentos de risco: sexo promíscuo e uso de seringas partilhadas.

ok

2007-03-06 04:21:18 · answer #3 · answered by M.M 7 · 0 1

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