George Walker Bush (New Haven, 6 de Julho de 1946) é o 43º e atual presidente dos Estados Unidos da América, havendo sucedido Bill Clinton em 2001. O seu segundo mandato termina em 2009. Bush foi o 46º Governador do Texas entre 1995 e 2000. É do Partido Republicano. Filho do ex-presidente dos Estados Unidos George H. W. Bush.
Índice [esconder]
1 Origem, infância, e juventude
1.1 Serviço militar
2 Carreira profissional e política
3 Popularidade
4 Política externa e segurança
4.1 Afeganistão
4.2 Iraque
5 Legislação
6 Artigos relacionados
7 Ligações externas
7.1 Organismos e instituições
7.2 Comunicação Social
7.3 Páginas de apoio a Bush
7.3.1 Em português
7.3.2 Em inglês
7.4 Páginas de crítica a Bush
7.5 Diversos
Origem, infância, e juventude
George W. Bush nasceu no estado de Connecticut, filho de George e Barbara Bush. Oriundo de uma família rica e poderosa, seu avô paterno, Prescott Bush, havendo sido um influente senador e empresário, George Bush foi levado ainda muito jovem à cidade de Midland, na zona petrolífera do Texas. Lá criou-se, mudando-se mais tarde com sua família a Houston, uma cidade bem maior, também no Texas. Teve quatro irmãos mais novos: Jeb, Neil, Marvin, e Dorothy. Uma irmã mais nova, Robin, morreu de leucemia em 1953 aos três anos de idade.
Seguindo a tradição familiar, Bush foi enviado a um colégio interno freqüentado por outros membros da alta elite estadunidense, a Academia Phillips, em Andover, Massachusetts. Lá passou os anos de 1961 a 1964, adquirindo notas consistentemente medíocres. Apesar disso e de sua pontuação no SAT haver sido apenas de 1206, ou 200 pontos abaixo da média dos calouros da Universidade de Yale em 1970, após sua formatura ganhou admissão à esta exclusivíssima instituição graças à enorme influência de sua família (seu avô, Prescott Bush, havia sido um dos regentes da universidade) [1]. Durante sua estadia na Yale (Setembro, 1964 - Maio, 1968, continuou recebendo notas baixas, mas não perdeu tempo em ingressar à fraternidade Delta Kappa Epsilon (da qual foi presidente desde Outubro de 1965 até sua formatura), e no seu último ano à sociedade secreta Skull and Bones (ou Caveira e Ossos). Também jogou baseball no primeiro ano e rugby nos anos seguintes. Obteve diploma em história em 1968.
Serviço militar
Após sua formatura Bush viu-se obrigado a prestar o serviço militar. Embora havia expressado publicamente seu apoio a Guerra do Vietnã, não desejava participar dela, por isso utilizou-se uma vez mais da influência familiar, para alistar-se na Guarda Aérea Nacional do Texas (Texas Air National Guard), unidade militar formada quase exclusivamente por jovens membros da famílias mais abastadas do estado, e que não corria nenhum risco de ser enviada ao Vietnã. Em 1970, apesar de inúmeras ausências, pilotou brevemente caças F-102, recebendo uma promoção de rotina a primeiro-tenente. Ainda em 1970, recebeu autorização para transferir-se a Guarda Aérea Nacional do Alabama, a fim que pudesse trabalhar como director político na campanha de Winton M. Blount para o senado nacional. Várias testemunhas recordam-se que Bush nesta época embriagava-se freqüentemente, e costumava chegar a sede da campanha pelo fim da manhã e sofrendo pelo consumo excessivo de álcool na noite anterior. Os arquivos da Guarda Aérea Nacional do Alabama não constam em momento algum a presença de Bush, e ele perdeu as credenciais de vôo neste mesmo ano por não comparecer aos exames médicos requeridos. Em Setembro de 1973 foi autorizado pela Força Aérea a freqüentar a Escola de Administração de Empresas de Harvard (Harvard Business School), a qual havia sido aceito não obstante a falta de distinção de suas carreiras acadêmica ou profissional, sob a condição de completar os seis meses finais de seu compromisso de seis anos em Massachusetts. Bush ignorou este requerimento, mas recebeu um licenciamento honorável (honorable discharge), passando à reserva pouco antes de ser disponibilizado no dia 1° de Outubro de 1973.
Carreira profissional e política
Em 1978 Bush candidatou-se à Câmara dos Representantes e foi derrotado pelo Senador de Estado Kent Hance do Partido Democrata.
Bush começou a sua carreira no indústria do petróleo em 1979 quando iniciou a actividade da Arbusto Energy, uma companhia de exploração de petróleo e gás que formou em 1977 com fundos remanescentes do seu fundo fiduciário de educação. A crise do petróleo do fim dos anos 70 atingiu a Arbusto Energy e, após a mudança do nome para Bush Exploration Co., Bush vendeu a companhia em 1984 à Spectrum 7, outra firma de exploração de petróleo e gás do Texas. De acordo com as condições de venda, Bush ficou CEO da Spectrum /. A história repetiu-se quando a crise do petróleo de 1985-1986 levou a Spectrum 7 à falência. A Spectrum 7 foi posteriormente resgatada pela aquisição da Harken Energy Corp em 1986 e Bush ficou como director da Harken.
Bush foi acusado de utilizar conhecimentos internos na venda de acções, quando se encontrava em funções no Conselho Directivo da Harken Energy Corp. em 1990. Depois da venda das acções, a Harken registrou um prejuízo de 23,2 milhões de dólares no trimestre. Uma investigação SEC em 1992 apurou que Bush "não se envolveu em comércio interno ilegal". A SEC fez notar, no entanto, que "isto não deve servir de modo algum como indicador de que o partido tenha sido ilibado nem de que não possa vir a haver qualquer acção posterior". Os críticos de Bush alegam que a investigação foi influenciada pelo facto de Bush ser filho do Presidente dos Estados Unidos, embora também não tenha sido desencadeada qualquer acção durante a presidência de Bill Clinton. Enquanto presidente, Bush tem-se recusado a autorizar a SEC a divulgar os seu relatório completo sobre a investigação.
Depois de trabalhar na campanha presidencial norteamericana de 1988 de seu pai, ele agregou um grupo de amigos íntimos de seu pai como parceiros para comprar a fraquia de beisebol Texas Rangers, em 1989. Críticos de Bush alegam improbidade na empresa, que lucrou US$170 milhões, incluindo a tática de comprar tanto o time, quanto o estádio e a terra em que ele jogava, e também a sua venda posterior a uma família amiga que doaria dinheiro à campanha de Bush em 2000. Bush faturou US$15 milhões com a venda do time em 1998.
Bush tornou-se presidente em 20 de janeiro de 2001, sendo vitorioso em uma das mais acirradas eleições gerais da história dos Estados Unidos, derrotando o Vice presidente dos Estados Unidos Al Gore, do partido Democrata, por apenas 5 votos do colégio eleitoral norteamericano. Gore venceu no voto popular com uma vantagem de mais de 500.000 votos. O resultado foi definido por uma maioria de apenas centenas de votos populares na Florida, estado governado na época por Jeb Bush, irmão de George W., e até a validade de votos foi centro de disputas judiciais. Até então, a última eleição que o voto popular apontou um candidato diferente do colégio eleitoral foi em 1888.
Popularidade
Bush e Presidente Lula em declaração à Imprensa, na Residência Oficial do Torto (Foto Ricardo Stuckert/PRA seguir aos atentados de 11 de Setembro de 2001, o Presidente Bush atingiu os mais altos índices de apoio da história, acima dos 90 por cento, de acordo com a maioria das sondagens. Altos índices de apoio são comuns para os Presidentes em tempo de guerra, mas Bush conseguiu mantê-los durante um ano após os atentados. Em Novembro de 2002, Bush tinha índices de apoio mais altos do que qualquer outro Presidente durante eleições intercalares desde Dwight Eisenhower.
Nas eleições intercalares de 2002, o Partido Republicano retomou o controlo do Senado americano e aumentaram a maioria na Câmara de Representantes, contrariando a tendência histórica. Historicamente, o partido na Casa Branca perde lugares nas eleições intercalares. Constituiu apenas a terceira vez desde a Guerra Civil Americana que um partido à frente da Casa Branca tenha ganho lugares em ambas as câmaras do Congresso numas eleições intercalares (as outras vezes foram em 1902 e em 1934). Houve quem sugerisse que a vitória histórica era devida à popularidade de Bush e à sua vigorosa campanha a favor dos Republicanos em muitos círculos duvidosos. Houve, contudo, quem argumentasse que os Democratas perderam as eleições por causa da sua timidez em criticar Bush, um Presidente popular em "tempo de guerra".
Em 2003, os índices de apoio a Bush começaram uma lenta descida dos valores de 2001. Nos finais de 2003 os índices de apoio encontravam-se em baixo, ao nível dos 50%, os mais baixos da sua presidência. Estes números, no entanto, eram ainda historicamente sólidos para o terceiro ano duma presidência, quando os opositores ao Presidente normalmente começam a sua campanha a sério. A maioria das sondagens relaciona a descida com a preocupação crescente sobre a ocupação do Iraque liderada pelos Estados Unidos e com a fraca recuperação da economia desde a recessão de 2001. Posteriormente, durante as eleições primárias dos Democratas, a maioria das principais sondagens dava Bush como perdendo para diversos candidatos Democratas por uma estreita margem.
Pode ver-se um resumo gráfico da evolução dos números de votos de Bush em [2].
Política externa e segurança
A plataforma de política externa mais significativa de Bush antes de tomar posse envolvia o apoio a uma economia e relação política mais fortes com a América Latina, em especial o México, e uma diminuição do envolvimento na "nation-building" e noutros compromissos militares de menor dimensão.
A decisão de Bush de impor um imposto sobre o aço importado, e de abandonar iniciativas globais tais como o Protocolo de Quioto, o Tratado ABM, e um tratado mineiro internacional, tem sido apontada como prova de que ele e a sua administração têm uma política de acção unilateral nas questões internacionais. A administração Bush, contudo, defendeu que em todos os casos esta política era a adequada. Declarou, por exemplo, que o Protocolo de Quioto era "desleal e inútil" porque deixava de fora 80 por cento do mundo e "causava sérios prejuízos à economia americana", e que o Tratado ABM era uma relíquia da Guerra Fria que deixava os Estados Unidos à mercê de ataques nucleares dos estados piratas.
Muitos governos criticaram o facto de os Estados Unidos não terem ratificado o Protocolo de Quioto, que fora assinado pelo Presidente Bill Clinton. Clinton recomendara ao seu sucessor (Bush) que "não" apresentasse o tratado a ratificação sem que o seu articulado reflectisse as preocupações dos Estados Unidos. Bush, que se opunha ao tratado, não apresentou a proposta do tratado ao executivo americano para aprovação. É duvidoso que o tratado passasse a lei nos Estados Unidos se fosse apresentado para ratificação ao Senado americano pois, em 1997, antes de o Protocolo de Quioto ser negociado, o Senado aprovou, com uma votação de 95 a 0, a Resolução Byrd-Hagel, que estipulava que os Estados Unidos não deviam assinar nenhum protocolo que não incluísse metas e calendários tanto para as nações em desenvolvimento como para as industrializadas sob pena de que "resultariam sérios prejuízos para a economia dos Estados Unidos". Isto sem ter em conta de que Bush é um opositor encarniçado ao tratado.
Imediatamente após os atentados de 11 de Setembro, verificou-se uma mudança de posições. No seguimento de debates e discussões no seio do seu recém-criado Gabinete de Guerra durante o fim de semana a seguir a 11 de Setembro, a política externa (e também a interna, embora em menor grau) de Bush foi definida, acima de tudo, pela Guerra contra o Terrorismo. Esta posição foi descrita em primeira mão numa "Comunicação a uma Sessão Conjunta do Congresso e do Povo Americano" especial no dia 20 de setembro de 2001, na qual Bush anunciou que a América estava em guerra contra o terrorismo.
Em Julho de 2002, Bush cortou 34 milhões de dólares ao financiamento do Fundo dos Povos das Nações Unidas (UNFPA). Este financiamento tinha sido estabelecido pelo Congresso em Dezembro anterior. Bush alegou que a UNFPA apoiava o aborto e a esterilização forçada no continente da China. Esta sua justificação provinha dum grupo bipartidário de membros anti-aborto do Congresso e duma organização anti-aborto intitulada Instituto para Investigação sobre População, que afirmavam ter obtido provas originais gravadas em video de vítimas de abortos forçados e esterilizações forçadas em regiões onde a UNFPA actuava no PRC. A decisão foi elogiada por muitos dos movimentos pró-vida, incluino a maior organização americana de mulheres políticas públicas, a Mulheres Preocupadas com a America.
Os defensores do direito ao aborto criticaram a decisão, e sublinharam que o PRI recusara disponibilizar as informações que permitiriam ao grupo localizar as mulheres, e por isso não era possível uma verificação independente às acusações do PRI. Nem era possível confirmar que os fundos da UNFPA estivessem mesmo por detrás do aborto e da esterilização forçadas alegadas no video. No entanto, enviaram para a China uma equipa de investigação dos factos para investigarem a situação, e a equipa relatou que os fundos da UNFPA não tinham sido utilizados em abortos nem em esterilizações forçadas. Ver [3] para mais informações sobre o PRI.
A presidência de Bush também tem sido marcada por tensões diplomáticas com a República Popular da China e a Coréia do Norte . A Coréia do Norte liderada por Kim Jong II, considerado por Bush como um dos governos que integram o Eixo do Mal, ignorando acordo internacional assinado em 1999, durante o governo Clinton, que previa a desativação de todas as pesquisas que pudessem produzir tecnologia nuclear, mais especificamente arsenal nuclear (como mísseis balísticos e bombas atômicas), lançou no último dia 4 de Julho de 2006, segundo fontes internacionais, 7 mísseis balísticos. O país comunista afirmou ter o direito de testar tais mísseis, pois é um país soberano. EUA, Japão e Coréia do Sul estudam pedir à ONU sanções econômicas ao estado stalinista.
Bush tem o desejo de reatar o processo de paz em Israel e proclamou publicamente que gostaria que um estado palestino fosse criado antes de 2005. Ele rascunhou um caminho para a paz, em cooperação com a Rússia, a União Européia e a ONU, que contava com exigências de ambos os lados (palestinos e israeleneses), antes que um estado palestino pudesse ser criado. [4]
Afeganistão
Como a fonte dos atentados de 11 de Setembro foi atribuída a Osama Bin Laden e à sua rede Al-Qaeda que operava a partir do Afeganistão governado pelos Talibans, Bush desencadeou uma campanha militar contra este país no dia 7 de Outubro. Embora a intenção original dos ataques fosse destruir as infraestruturas e acampamentos de treino dos terroristas, quando os Talibans pediram para ver as provas de que Bin Laden estava por detrás dos atentados, os Estados Unidos recusaram e ameaçaram os Talibans com acções militares. Os Talibans ofereceram-se para extraditar bin Laden para o Paquistão, onde poderia ser julgado à luz da lei islâmica. Mas a 13 de Novembro de 2001, com a ajuda dos comandantes militares afegãos, as tropas americanas assumiram o controlo da capital Cabul, e derrubaram o governo dos Talibans. O presidente exilado Burhanuddin Rabbani foi reempossado e logo a seguir formou-se um governo especial interino chefiado pelo anterior governador territorial afegão Hamid Karzai. O governo continua sem meios para controlar vastas regiões do país, as forças da ONU ajudam a manter a segurança em volta de Cabul e doutros locais mas Osama Bin Laden ainda não foi capturado. Reataram-se as relações diplomáticas entre o Afeganistão e os Estados Unidos, e Karzai tornou-se um fiel aliado de Washington na luta continuada contra o terrorismo.
Iraque
A começar pelo Acordo de Libertação do Iraque aprovado como lei pelo Presidente Clinton em 1998, o governo americano exigiu uma mudança de regime no Iraque. A plataforma da campanha do Partido Republicano em 2002 exigia uma "completa implementação" do acordo e o afastamento do Presidente iraquiano, Saddam Hussein, insistindo na reconstituição de uma coligação, sanções mais graves, reinício das inspecções e apoio ao Congresso Nacional Iraquiano. Em Novembro de 2001, Bush pediu ao Secretário da Defesa Donald Rumsfeld para começar a delinear um plano de guerra. Nos princípios de 2002 Bush começou a pressionar publicamente uma mudança de regime, indicando que o seu governo tinha razões para acreditar que o governo iraquiano tinha liçações a grupos terroristas, estava a fabricar armas de destruição em massa e não cooperava o bastante com os inspectores de armamento das Nações Unidas. Em Janeiro de 2003, Bush estava convencido que a diplomacia não estava a funcionar e começou a avisar os países aliados tais como a Arábia Saudita de que a guerra estava iminente. Embora não fosse encontrado nenhum acordo autorizando o uso da força no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a guerra foi desencadeada em Março de 2003.
Saddam Hussein foi deposto e pôs-se em fuga em 10 de abril quando Bagdá foi capturada, e foi subsequentemente localizado e capturado em dezembro.
Durante o decurso da guerra no Iraque, Bush era muitas vezes alvo de árduas críticas.
Legislação
Presidente Bush assina seu corte de impostos em 7 de junho de 2001.Entre as leis mais importantes de Bush estavam vários cortes de impostos, o ato "Nenhuma Criança Deixa para Trás", e as reformas no sistema de saúde. Enquanto os apoiantes de Bush alegam que os cortes de impostos aumentam a prosperidade da recuperação da economia e a criação de empregos, os seus oponentes os acusam dizendo que Bush está criando um déficite histórico.
Do orçamento de US$ 2,4 trilhões para 2005, aproximadamente US$ 450 bilhões são planeados para serem gastos com defesa. O Congresso aprovou uma verba de US$ 87 bilhões para o Iraque e o Afeganistão em novembro, e já tinha aprovado mais US$ 79 bilhões na última primavera. A maioria destes fundos foram para as operações militares dos EUA nos dois países.
O ato "Nenhuma Criança Deixada para Trás" tem como alvo o aprendizado infantil, a medição do desempenho dos estudantes e também garante mais recursos para escolas. Os críticos dizem que as escolas não receberam os recursos para ajudarem a encontrar novos padrões.
Já nos planos de saúde, alguns dizem que eles ainda não são sustentáveis para cada norte-americano mas Bush alega que suas políticas ofereceram mais opções e ajuda com os altos custos dos cuidados com a saúde e drogas de receita.
2007-03-05 08:31:30
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