A ecografia pode confirmar se o ritmo de crescimento do feto é normal. Também é usada para registar a frequência cardíaca do feto ou os seus movimentos respiratórios, para detectar gravidezes múltiplas e para identificar várias anomalias, como a posição incorrecta da placenta (placenta prévia) ou uma posição anormal do feto. A ecografia ajuda a orientar a direcção da agulha quando se deseja obter uma amostra de líquido amniótico (amniocentese) para fazer estudos genéticos ou de maturação pulmonar e quando se tem de fazer uma transfusão de sangue ao feto.
Para o final da gravidez, a ecografia permite identificar um parto antes de temo (prematuro) ou confirmar a rotura precoce de membranas que se dá quando estas, que estão cheias de líquido e com o feto no seu interior, se rompem antes do início do parto. Por último, a ecografia pode proporcionar informação útil para decidir se é necessário fazer uma cesariana.
Depois da primeira revisão, uma mulher grávida deverá fazer consultas de acompanhamento de 4 em 4 semanas até à 32.ª semana de gravidez, depois de 2 em 2 semanas até à 36.ª e, por último, uma vez por semana até ao parto. Em cada consulta, são registados o peso e a tensão arterial da mulher, bem como o tamanho e a forma do útero para confirmar se o crescimento e o desenvolvimento do feto são normais. Colhe-se uma pequena amostra de urina para determinar a presença de açúcar e de proteínas. A detecção de açúcar pode indicar diabetes e a de proteínas pode indicar a existência de uma pré-eclampsia (tensão arterial elevada, proteínas na urina e retenção de líquidos durante a gravidez). Também são examinados os tornozelos para confirmar se incham.
Se a mãe possuir um Rh-negativo, verifica-se a presença de anticorpos anti-Rh; se a mãe for Rh-negativo e o pai Rh-positivo, o feto pode ter sangue Rh-positivo. (Ver secção 22, capítulo 245) Se o sangue Rh-positivo do feto entrar na circulação sanguínea da mãe em qualquer momento da gravidez, ela pode produzir anticorpos anti-Rh que, ao passarem para o feto, podem destruir os seus glóbulos vermelhos e provocar icterícia, lesão cerebral ou até a sua morte.
Uma mulher de constituição normal deverá aumentar aproximadamente um total de 12 kg a 15 kg durante a gravidez (ou seja, entre 1 e 1,5 kg por mês). Aumentar mais de 15 kg a 17,5 kg provoca um aumento do tecido adiposo, tanto no feto como na mãe. Devido ao facto de no fim da gravidez ser mais difícil controlar o aumento de peso, a mulher deverá evitar este aumento durante os primeiros meses. No entanto, se uma mulher aumentar muito pouco de peso, pode significar um mau presságio, em especial se o total do peso adquirido for inferior a 5 kg, pois pode indicar que o feto não cresce com suficiente rapidez (uma situação que se denomina atraso do desenvolvimento fetal).
Por vezes, o aumento de peso deve-se a uma retenção de líquidos por uma má circulação sanguínea nas pernas quando a mulher está de pé. Em geral, este problema é aliviado deitando-se de lado (de preferência para o lado esquerdo) durante 30 a 45 minutos, duas ou três vezes ao dia.
Durante a gravidez, a maioria das mulheres deverá adicionar 250 calorias à sua dieta diária, para nutrir o feto em desenvolvimento. Apesar de a maioria destas calorias dever provir de proteínas, a dieta deve ser equilibrada e incluir frutas frescas, cereais e verduras. Para isso, os cereais ricos em fibras e sem açúcar são excelentes. O sal, sobretudo iodado, pode ser utilizado moderadamente, mas devem ser evitados os alimentos excessivamente salgados ou que contenham conservantes. Não é recomendável seguir uma dieta para reduzir o peso durante a gravidez, inclusivamente para as mulheres obesas, pois reduz o fornecimento de nutrientes ao feto e é essencial aumentar um pouco de peso para que o desenvolvimento seja correcto. Apesar de, normalmente, o feto ter preferência no momento de receber os nutrientes, a mãe deverá assegurar-se de que estes são os adequados.
Ecografia: visualização do feto
Na ecografia, coloca-se um transdutor (um dispositivo que produz ondas sonoras) sobre o abdómen da mulher. As ondas sonoras penetram no corpo, reflectem as estruturas internas e convertem-se em impulsos eléctricos que, processados, dão uma imagem num monitor
Geralmente, não se recomenda a administração de fármacos. (Ver secção 22, capítulo 247) A mulher grávida não deverá tomar nenhum fármaco, incluindo os que não precisam de receita (de venda livre), como o ácido acetilsalicílico, sem primeiro consultar o seu médico, em particular durante os primeiros três meses. A necessidade de ferro aumenta muito durante a gravidez para satisfazer a necessidade do feto e da mãe. Normalmente, a maioria das mulheres precisa de tomar suplementos de ferro (em especial as que sofrem de anemia) porque, em geral, as mulheres não absorvem quantidade suficiente de ferro dos alimentos para satisfazer as necessidades da gravidez, mesmo quando este se some ao armazenado no organismo. Por vezes, os suplementos de ferro provocam um ligeiro mal-estar no estômago e prisão de ventre. Por outro lado, há que ter em conta que a necessidade de ferro aumenta ainda mais durante a segunda metade da gravidez. Se a dieta for adequada, talvez não seja necessário contar com outros suplementos nem vitaminas, apesar de ser recomendável a administração diária de uma vitamina que contenha ferro e ácido fólico.
As náuseas e os vómitos aliviam-se fazendo alterações na dieta, tais como beber e comer pequenas quantidades com frequência, comer antes de ter fome e ingerir alimentos suaves (por exemplo, caldo, consomé, arroz e massa) em vez de pratos fortes e muito condimentados. Comer bolachas e beber uma bebida carbonatada também alivia as náuseas. Por isso, ter sempre bolachas junto à cama e comer uma ou duas antes de se levantar é uma boa solução para as náuseas matinais. Actualmente, não é aconselhada a administração de qualquer fármaco para tratar as náuseas. Se as náuseas e os vómitos forem tão intensos ou persistentes que a mulher fique desidratada, perca peso ou tenha qualquer outro problema, poderá ter de ser hospitalizada temporariamente e receber líquidos por via endovenosa. (Ver secção 22, capítulo 245)
O inchaço (edema) é muito frequente, sobretudo nas pernas. Também é frequente aparecerem varizes nas pernas e na zona que rodeia o orifício vaginal (vulva), que podem ser incómodas; daí que as peças de vestuário devam ser largas à volta da cintura e nas pernas. Do mesmo modo, usar meias elásticas ou repousar com frequência com as pernas ao alto, de preferência inclinada para o lado esquerdo, costuma reduzir o edema.
As hemorróidas (dilatação varicosa) são outro problema frequente e podem ser tratadas com laxativos, com um gel anestésico ou com banhos de água morna quando são dolorosas.
Frequentemente verifica-se dor de costas de intensidade variável. Nestes casos, pode ajudar muito evitar os esforços excessivos das costas e usar uma cinta de maternidade (pré-natal). Às vezes, sente-se dor no osso do púbis (sínfise púbica), que se localiza na parte inferior do abdómen.
A acidez, geralmente pelo refluxo do conteúdo do estômago para o esófago, pode melhorar fazendo refeições menos abundantes, evitando encostar-se ou deitar-se de forma completamente direita, pelo menos durante algumas horas depois de comer, e tomando antiácidos (excepto bicarbonato de sódio).
A fadiga é frequente, sobretudo nas primeiras 12 semanas e, de novo, no fim da gravidez.
Também é típico um aumento do corrimento vaginal que, geralmente, é normal. A tricomoníase (uma infecção por protozoários) e a candidíase (uma infecção por fungos) são infecções vaginais frequentes durante a gravidez, que facilmente podem ser tratadas. A vaginose bacteriana, uma infecção de origem bacteriana, pode provocar uma antecipação do parto e, em consequência, deve ser tratada de imediato. (Ver secção 17, capítulo 189) e (Ver secção 17, capítulo 189)
Da mesma forma, pode aparecer apetência, ou seja, a necessidade imperiosa de comer alimentos estranhos ou substâncias não comestíveis, como amido ou barro. Isto talvez signifique uma necessidade nutricional subconsciente. Por vezes, o excesso de salivação pode provocar algumas queixas.
Muitas vezes, as mulheres grávidas preocupam-se em moderar as suas actividades. No entanto, a maioria pode continuar sem qualquer alteração e fazendo os seus exercícios habituais durante a gravidez. A natação e outros desportos que não exigem grandes esforços são muito adequados. As mulheres grávidas podem desenvolver actividades vigorosas, como a equitação, desde que (e quando) o façam com prudência. A líbido pode aumentar ou então diminuir durante a gravidez. O coito é permitido durante toda a gestação, mas deverá ser completamente evitado no caso de hemorragia pela vagina, dor ou perda de líquido amniótico e, especialmente, se aparecerem contracções uterinas. Algumas mulheres grávidas morreram devido ao insuflar de ar dentro da vagina, durante o sexo oral.
Todas as mulheres grávidas deverão saber quais são os sinais que indicam o início do parto. Os principais são as contracções na parte inferior do abdómen, em intervalos regulares, e a dor de costas. Todas as mulheres que já tenham tido partos rápidos em gravidezes anteriores deverão contactar o seu médico quando acharem que o parto está a começar. No final da gravidez (depois da 36.ª semana), o médico pode fazer um exame pélvico para tentar prever quando começará o parto.
fontehttp://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D267%26cn%3D1737
um abraço!
2007-03-04 19:40:24
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answer #2
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answered by Gregorio 7
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Juliana se vç tem recursos faça parto normal com anestesia vç tem controle do parto e não sente a dor imensurável que senti, pois tive normal em hospital PÚBLICO, já o cesarea não há dor na hora mas depois os 6 cortes vão dor para sicatrizar, e normal no mesmo dia eu depois do parto apos 3 horas de sono andei no hospital, cuidei do bebe a não ser pelos pontos na vagina que confesso são horriveis, mas dá para aguentar, eu fazia tudo nem parecia que havia tido bebe com 2 meses voltei para academia, este foi o meu critério de escolha, 1° a saúde do bebe quando o médico disse que eu podia ter normal eu pulei de alegria, pois pensava no meu bebe que eu mesma queria cuidar, e em voltar logo para academia. Me preparei desde o inicio para ter normal, inclusive conversei muito com meu bebe durante a gravidez sobre isso e senti que ela tbm queria nascer normal, até na hora da dor eu conversei com ela e disse que já já ela ia sair de dentro do liquidificador, pois sim as contrações foram tão intensas que parecia que minha barriga era um batedor ou algo parecido, não minto senti muita dor, mas valeu a pena. se vç é tolerante a dor e pode ter normal é o melhor para vç e o bebe.
2007-03-04 22:18:35
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answer #3
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answered by perla 3
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