Fugindo dos massacres, mais de 2 mil pessoas - a maioria da comunidade tutsi - se esconderam na igreja. A partir de 15 de abril, o templo sofreu ataques regulares por parte de militares e milícias "Interahamwe".
Durante o julgamento, que começou em 20 de setembro de 2004, a promotoria apresentou 15 testemunhas para provar que o religioso deu ordem para que sua igreja fosse derrubada com máquinas escavadeiras, mesmo com milhares de refugiados tutsis dentro do local.
Entre 500 mil e 1 milhão de tutsis e hutus moderados que estavam na igreja morreram, segundo várias fontes, e os que sobreviveram foram atacados por milícias extremistas, por soldados e pela própria população civil.
Tribunal para a Ruanda condena padre católico a 15 anos por genocídio
Agência EFE
12:25 13/12
O ruandês Athanase Seromba tornou-se hoje o primeiro padre da Igreja Católica condenado por acusações de genocídio por uma Corte internacional, depois que o Tribunal Penal Internacional para Ruanda (TPIR) o sentenciou a 15 anos de prisão.
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Seromba foi condenado devido a seu envolvimento nos massacres de 1994 em Ruanda. A Sala Terceira do TPIR condenou o padre ruandês pelas acusações de genocídio e crimes contra a humanidade por extermínio, mas o absolveram da acusação de conspiração para genocídio.
"A Sala considerou um fator agravante o fato de que era um religioso muito conhecido em sua comunidade e no qual muitos paroquianos confiavam", disse à Efe, por telefone, o porta-voz do TPIR, Bocar Sy, a partir da sede do tribunal em Arusha (Tanzânia).
Os magistrados condenaram o padre a 15 anos de prisão, e não à prisão perpétua, rejeitando o pedido do promotor encarregado do caso.
Seromba, de 42 anos, estava desde 1997 na diocese de Florença, mas, diante da pressão da então promotora do TPIR, Carla del Ponte, sobre as autoridades eclesiásticas, o religioso se entregou voluntariamente ao tribunal em 7 fevereiro de 2002.
Em 1994, o condenado era o responsável pela paróquia de Nyange, na localidade de Kivumu, na província de Kibuye.
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2007-02-15
23:55:50
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