Vários tabus rodeiam o assunto, como tráfico de órgãos e a lenda de que a pessoa passa a enxergar 100% imediatamente após o transplante, mas não é bem assim.” Ao contrário do que se pensa, o maior problema do transplante não está na cirurgia, que é simples e segura, mas na grande falta de informação por parte da população, que não é preparada para a doação de órgãos. Esse contexto acaba gerando uma grande fila para conseguir a córnea. Esse tranplante é um dos mais bem sucedidos com risco muito pequeno.
A córnea é a primeira parte do olho, a camada externa através da qual a luz é “filtrada”. “Quando enxergamos, a luz passa pela córnea, depois pelo cristalino e atinge a retina”, explica Dantas. “A córnea é como se fosse uma lente centralizadora desse foco. Ela e o cristalino são os responsáveis pelo grau da pessoa. É a lente mais poderosa do olho.”
Depois que a doença é diagnosticada começa o processo de espera. O médico inscreve o paciente numa fila chamada lista única de banco de olhos, organizada por regiões. Em grandes centros como São Paulo ou Rio de Janeiro, a espera pode levar de um a dois anos. A única maneira de conseguir uma córnea mais rapidamente acontece em casos de emergência. “Doenças que deixam o olho sob risco de perfuração, como úlcera de córnea, retransplantes ou crianças com menos de 2 anos têm privilégio”, afirma Dantas.
Existe também a possibilidade de comprar o tecido de outros países. “Se tiver condições financeiras, o paciente pode optar por importar uma córnea dos EUA, por exemplo”, diz Laboissière. “Este procedimento leva cerca de uma semana.”
Chegada a tão esperada córnea, o procedimento pode ser marcado. Há dois tipos de transplantes: lamelar ou penetrante. O primeiro tipo de operação é indicado em casos de patologias superficiais, como degenerações da córnea, e consiste em retirar e substituir algumas camadas do tecido. Nos casos mais sérios é indicado o transplante penetrante, quando a córnea inteira é retirada e trocada. O tempo da cirurgia pode variar, mas não deve passar de uma hora. “Isso depende da habilidade do cirurgião e da doença do paciente, que muitas vezes pode vir associada a outra, como catarata ou glaucoma”, diz Dantas. “Em praticamente todos os casos, o paciente pode ir para casa depois de algumas horas. Mas há exceções, como crianças que precisam usar medicação e por isso os pais preferem que fiquem no hospital.”
Atenção aos casos especiais
Apesar de ser um procedimento seguro e rápido, em alguns casos o pós-operatório exige atenção redobrada. Foi o que aconteceu com Andreas Niewerth, 37 anos, portador da síndrome de Down. “A operação não foi demorada, mas depois tivemos que tomar muito cuidado”, relata sua mãe, Cristina. “Antes dos pontos serem retirados ele não podia fazer esportes ou entrar na piscina.”
Após a cirurgia são indicadas diversas medicações para evitar a rejeição do transplante. “São receitados antibióticos, corticóides, lágrimas artificiais e gel lubrificante”, enumera Laboissière. “Depois as doses de medicamentos são diminuídas progressivamente e os pontos são retirados após alguns meses.”
Cristina pôde respirar aliviada depois da fase mais crítica, mas continua sempre alerta aos sintomas dos olhos do filho. “É possível que ocorra rejeição, mesmo depois de tanto tempo, por isso sempre checo se o olho dele está lacrimejando ou vermelho”, conta. “De qualquer maneira, sinto que a qualidade de vida de meu filho melhorou bastante.”
Segundo Dantas, é possível perceber uma grande melhora após o transplante. “Em casos de ceratocone, que são os mais comuns, a possibilidade de êxito é de 95% de correção do defeito visual”, relata.
Doenças auto-imunes, que fazem com que o próprio corpo ataque o tecido, podem atrapalhar a boa cicatrização. Alguns exemplos são as doenças da superfície ocular, como penfigóide ocular cicatricial e a síndrome de Stevens-Johnson, que podem fazer com que o transplante tenha um péssimo prognóstico.
A doação é parte essencial para a resolução desse problema. Diferentemente do que ocorre na captação de tecidos vascularizados, como rins, coração ou pulmão, para que a córnea seja obtida não é preciso que o doador tenha sofrido morte cerebral. O tecido pode ser captado até seis horas após o óbito do paciente. “As pessoas ligadas a essa área têm que se mobilizar para, nesse intervalo, convencer as famílias da importância da doação e obter as córneas”, diz o oftalmologista. “É uma causa nobre, que honra o doador.”
Os tranplantes são feitos nos hospitais publicos em todo o pais e são gratuitos. abraços e espero te-lo ajudado
2007-02-15 02:45:45
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answered by Maria Angela 7
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Eu sei que pode ser difícil não ser capaz de ter filhos ... mas não se desespere, porque há maneiras que você pode ajudar .. Eu sugiro que você tente este método em particular http://gravida.info
Ele tem uma alta taxa de sucesso!
2014-11-10 17:16:20
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answer #2
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answered by Anonymous
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O transplante de córnea é a mais comum modalidade de transplante de tecidos. Nos Estados Unidos são feitos cerca de 35.000 transplantes de córnea por ano, com sucesso de 90% em casos de bom prognóstico. No Brasil, o número de transplantes é ainda pequeno (mais ou menos 3.000/ano), apesar das constantes campanhas, como também da lei criada no último ano pelo Governo Federal que estabeleceu a inclusão na carteira de identidade do termo doador de órgãos. Caso a pessoa não se interessar em ser um doador de órgãos, basta que ele não inclua isto em sua identidade.
Banco de Olhos
Um banco de olhos é uma entidade sem fins lucrativos que recebe doações, prepara e distribui córneas para transplante, ensino e pesquisa. O Banco de olhos não escolhe e nem tem preferência de qualquer espécie, pois a pessoa que irá receber os olhos entrará numa lista de espera seguindo uma ordem cronológica de inscrição. Se os olhos doados forem de cor diferente da do olho do paciente que irá receber, não haverá problema, pois as partes dos olhos que serão utilizados não influem na cor. Não há idade limite para ser doador. O paciente pode ter qualquer idade para ser beneficiado com o transplante.
Mesmo que a pessoa tenha qualquer deficiência nos olhos pode ser doador, mesmo que tenha os olhos afetados por miopia, hipermetropia, astigmatismo, catarata e outras doenças, poderá doá-los; pois para o transplante é aproveitada apenas a córnea. O restante é utilizado para pesquisa de doenças oculares. A equipe técnica de um banco de olhos é normalmente composta por especialistas em oftalmologia, médicos e outros profissionais aptos na manutenção de um trabalho médico altamente especializado. Em alguns casos, os bancos de olhos contam trabalhos de divulgação. No Brasil podemos encontrar estes serviços ligados aos centros de transplantes de órgãos, normalmente vinculados às secretarias estaduais de saúde nos diversos estados do país. Além disso, uma boa parte deles são particulares ou ligados a alguma universidade federal ou estadual.
Indicação
Esse tipo de cirurgia é indicado quando existe a perda da integridade da córnea, opacidade central da córnea, curvatura anormal da superfície da córnea, que não possa ser corrigida por lentes de contato infecção que não responde ao tratamento clínico. Normalmente os tipos de anestesias que podem ser a geral ou local, dependendo da idade, cooperação do paciente e das condições do olho. A anestesia geral é obrigatória em recém nascidos, crianças e adultos que não cooperam.
Já o doador é toda pessoa que voluntariamente se inscreva em banco de olhos ou em um dos postos de doação. Além disso, os interessados em realizar uma doação podem ainda no Brasil, colocar na carteira de identidade se é ou não um doador, tanto de córnea, como de qualquer outro órgão. No caso da doação dos olhos, os bancos de olhos e postos de saúde lembram que é melhor fazer a doação em vida.
Com a doação de seus olhos, estes podem ser utilizados, após sua morte, por qualquer outra pessoa que deles necessite. O doador deve preparar seus familiares para que seja cumprida sua vontade após sua morte. A família deve avisar o banco de olhos imediatamente após a morte do doador, pois os olhos poderão ser retirados só até quatro horas após o falecimento.
Tecido /Doação
O tecido ocular vem de pessoas que querem doar seus olhos por ocasião da morte para beneficiar pessoas com deficiência visual. Alguns assinam um cartão de doação em vida; outros não o fazem, mas seus familiares, sabendo que da intenção de seu ente querido, assinam o formulário de doação no momento da morte. A doação ocular só se torna efetiva após a morte.
Uma das perguntas, segundo o oftalmologista Dr. Stanley Campolina Vidal, especialista em vítreo e retina, mais comuns por parte da sociedade é saber se todo o olho é transplantado. Isto não acontece, pois apenas a córnea é transplantada. Outras partes do olho podem ser usadas de outras maneiras. A esclera, que é a parte branca do olho, por exemplo, é usada em cirurgias de plástica ocular. Outras partes do olho são usadas em pesquisa sobre causas e cura de doenças oculares causadoras de cegueira. A córnea é a parte anterior e transparente do olho. Ela é como o vidro do relógio.
Para o oftalmologista, é importante lembrar sobre a importância da doação, pois em alguns, como nas emergências por exemplo, às vezes o paciente pode esperar muito tempo até ter o material doado à disposição. Segundo ele, a córnea é um tecido nobre, que pode dar esperanças para quem realmente precisa.
Qualquer pessoa, ou melhor qualquer um que tenha a córnea sadia pode ser doador. Não há limite de idade. O uso de óculos não impede a doação. Para doar as córneas, ou melhor se as pessoas tem intenção de doar, basta assinar um cartão de doação junto ao Banco de Olhos ou apenas preencher o formulário aqui disponível. Não se esqueça de avisar sua família e amigos da sua intenção, pois, para que a doação se concretize, são eles que devem notificar o Banco no momento da morte. Quando a pessoa é menor de idade, os pais ou responsáveis é que têm que dar o consentimento, explica o médico.
Em casos de desistência da doação, basta que a pessoa rasgue o cartão de doação e comunique o fato à família e ao Banco de Olhos. A doação não interfere com o velório ou o enterro. A doação não altera a aparência do doador e não atrasa o enterro. Não existem gastos com a doação. A doação não acarreta nenhum gasto para a família do doador. Os custos envolvidos no preparo da córnea (R$600,00) são cobertos pelo Banco de Olhos.
Transplante
O transplante é uma cirurgia que troca a porção central da córnea doente por uma córnea sadia doada. A nova córnea é fixada com um fio especial mais fino que um fio de cabelo, com o auxílio de um microscópio cirúrgico.
Para exemplificar um transplante de córnea, é como voltarmos ao exemplo de um relógio, se o vidro estiver embaçado fica difícil enxergar o mostrador. Para podermos usá-lo, é necessário substituir o vidro por outro transparente. Da mesma forma, o transplante só está indicado quando o problema for na córnea. Isto pode acontecer por diferentes motivos, ou seja, por alguma doença adquirida, por um defeito de nascimento ou por um ferimento. Em tais situações, a visão fica prejudicada e não é possível melhorá-la com uso de óculos. Só a troca da córnea doente por outra sadia e transparente pode melhorar a visão.
Informações e Controle de Qualidade
Em princípio, todas as doações são aceitas. O ato da doação é extremamente benéfico à família pesarosa. É portanto um direito inalienável dessas famílias.
O Banco de Olhos exerce, no entanto, rigoroso controle de qualidade visando oferecer córneas viáveis e com mínimo risco de transmissão de doenças ao doador. Todas córneas são examinadas duplamente à Lâmpada de Fenda: no globo ocular e "in vitro", dentro do líquido preservante. O meio de preservação é o Optisol.
Para que uma córnea seja candidata a uso são necessários: em primeiro lugar que uma amostra de sangue do doador esteja disponível para exame sorológico para que a história nosológica do doador seja conhecida. Os exames sorológicos de rotina são o do ELISA anti-HIV I-II e HBs AG. A análise do prontuário médico é a "pedra fundamental" de nosso controle da transmissão de doenças pelo enxerto.
Cerca de 50% das doações são reprovadas pelo controle de qualidade. O tecido impróprio para transplante é utilizado em treinamento cirúrgico, pesquisas médicas e, em última instância, cremado. O método de obtenção de córnea é "hospitalar ativo". Os técnicos treinados do Banco de Olhos procuram as famílias dos pacientes hospitalizados recém-falecidos e pedem pela doação. As campanhas e cartões de doação servem apenas de alerta para a existência do programa de doações mas não constituem fonte importante de aquisição dos nossos tecidos.
ok
2007-02-17 22:58:50
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answer #3
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answered by M.M 7
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Esta informação que passo agora, chegou via e-mail e não custa nada antes verificar com o serviço de informação da cidade de Sorocaba para ver se o número fornecido é mesmo deste hospital antes de qualquer coisa:
HOSPITAL MAÇÔNICO
O JORNAL SPTV DA REDE GLOBO MOSTROU UMA REPORTAGEM SOBRE O HOSPITAL DOS OLHOS DE SOROCABA.
ESSE HOSPITAL É DA MAÇONARIA, SEM FINS LUCRATIVOS.
ESSE HOSPITAL É CONVENIADO COM O SUS, E TEM CAPACIDADE PARA REALIZAR CERCA DE TREZENTOS TRANSPLANTES DE CÓRNEAS POR MÊS, POIS HÁ UM ESTOQUE DE CÓRNEAS SUFICIENTE PARA A REALIZAÇÃO DOS MESMOS.
NO ENTANTO, ESSE HOSPITAL ESTÁ REALIZANDO SOMENTE CERCA DE CENTO E VINTE TRANSPLANTES POR MÊS, DEVIDO A FALTA DE PACIENTES.
AS CÓRNEAS NÃO UTILIZADAS ESTÃO SENDO JOGADAS FORA POR PASSAREM DO TEMPO DE UTILIZAÇÃO / VALIDADE !
PEÇO A TODOS QUE POR VENTURA TENHAM CONHECIMENTO DE ALGUÉM QUE ESTEJA NA FILA DO TRANSPLANTE AGUARDANDO UM DOADOR...
- INFORME ESSA PESSOA PARA QUE ENTRE EM CONTATO COM O HOSPITAL OFTALMOLOGICO DE SOROCABA -SP -TELEFONE - (15) 3212-7009 - DE 2ª A 6ª FEIRA
ATENCIOSAMENTE, DR. EDUARDO BEZERRA -MÉDICO
Volto a repetir, verificar com certos procedimentos de cuidados antes de qualquer coisa. Passei a mensagem conforme recebi.
2007-02-15 02:49:16
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answer #4
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answered by Thy Loondo 4
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