Como verá no texto abaixo (extraído do "Manual Merck de Saúde para a Família"), a GGT (Gama Glutamil Transpeptidase, ou Transferase) é uma enzima produzida no fígado e que se apresenta elevada em qualquer situação de agressão a esse órgão ou inflamação do mesmo. O uso freqüente de bebidas alcoólicas, por exemplo, aumenta os níveis dessa enzima; determinados medicamentos metabolizados no fígado têm o mesmo efeito. Por outro lado, a esteatose hepática (ou esteato-hepatite), um processo que pode acompanhar a obesidade ou o diabetes mellitus, também se manifesta por elevação da GGT. As hepatites crônicas (por vírus B / C ou de natureza auto-imune) também elevam essa enzima.
Como o fígado é um órgão "silencioso", você não deve esperar por sintomas para se preocupar: se o exame está alterado, siga as instruções de seu médico e abstenha-se de bebidas alcoólicas até o esclarecimento do quadro. Siga os atalhos embaixo e boa sorte!
- Exames Laboratoriais e de Diagnóstico por Imagem do Fígado
A ultra-sonografia utiliza ondas sonoras para gerar imagens do fígado, da vesícula biliar e vias biliares. O exame é melhor para detectar anormalidades estruturais (p.ex.,tumores) do que anormalidades difusas (p.ex., cirrose). É a técnica mais barata, mais segura e mais sensível para a geração de imagens da vesícula biliar e das vias biliares.
- Provas Laboratoriais de Função Hepática
As provas de função hepática são realizadas em amostras de sangue. A maioria dos exames mensuram os níveis de enzimas ou de outras substâncias no sangue como uma maneira de se diagnosticar distúrbios hepáticos. Um dos exames mede o tempo necessário para que ocorra a coagulação do sangue.
Segue descrição dos principais exames, indicando o que medem e o que podem indicar quando alterados (normalmente elevados):
- Fosfatase alcalina- Uma enzima produzida pelo fígado, pelos ossos e pela placenta e que é liberada na corrente sangüínea durante uma lesão ou durante atividades normais como o crescimento ósseo ou a gravidez. Indica obstrução do ducto biliar, lesão hepática e alguns cânceres.
- Alanina transaminase (ALT)- Enzima produzida pelo fígado que é liberada na corrente sangüínea quando ocorre lesão de células hepáticas. Indica lesão celular hepática (p.ex., hepatite).
- Aspartato transaminase (AST)- Enzima liberada na corrente sangüínea quando ocorre uma lesão hepática, cardíaca, muscular ou cerebral. Indica lesão hepática, cardíaca, muscular ou cerebral.
- Bilirrubina- Componente do suco digestivo (bile) produzido pelo fígado. Indica obstrução do fluxo da bile, lesão hepática, destruição excessiva de eritrócitos (a partir dos quais a bilirrubina é formada).
- Gamaglutamil transpeptidase (GGT ou Gama GT)- Enzima produzida pelo fígado, pelo pâncreas e pelos rins e que é liberada na corrente sangüínea quando esses órgãos são lesados. Indica lesão orgânica, intoxicação por drogas/ medicamentos, abuso de álcool, doenças do pâncreas.
- Desidrogenase láctica- Enzima liberada na corrente sangüínea quando determinados órgãos são lesados. Indica lesão hepática, cardíaca, pulmonar ou cerebral e destruição excessiva de eritrócitos.
- 5’-nucleotidase- Enzima presente apenas no fígado e liberada na corrente sangüínea quando ele é lesado. Indica obstrução do ducto biliar ou comprometimento do fluxo biliar.
- Albumina- Proteína produzida pelo fígado e normalmente liberada no sangue. Uma das funções da albumina é reter líquido no interior dos vasos sangüíneos. Sua redução indica lesão hepática.
- Alfafetoproteína- Proteína produzida pelo fígado e testículos do feto. Indica hepatite grave ou câncer do fígado ou dos testículos.
- Anticorpos mitocondriais- Anticorpos circulantes contra a mitocôndria, um componente interno das células. Indica cirrose biliar primária e certas doenças auto-imunes (p.ex., hepatite crônica ativa).
- Tempo de protrombina- Tempo necessário para que o sangue coagule (a coagulação requer vitamina K e substâncias sintetizadas pelo fígado). Seu prolongamento indica lesão hepática ou deficiência da absorção de vitamina K causada por uma carência de bile.
Utilizando a ultra-sonografia, o médico pode detectar imediatamente a presença de cálculos na vesícula biliar. A ultra-sonografia distingue facilmente a icterícia causada por uma obstrução do ducto biliar daquela causada pela disfunção celular hepática. Um tipo de ultra-sonografia, a ultra-sonografia com Doppler vascular, pode ser utilizada para mostrar a circulação nos vasos sangüíneos hepáticos. O médico também pode utilizar a ultra-sonografia como guia durante a realização de biópsia com agulha. A cintilografia com radionuclídeos (radio-isótopos) utiliza uma substância contendo um marcador radioativo que é injetado no corpo e captado por um determinado órgão. A radioatividade é detectada por uma câmara de raios gama conectada a um computador, o qual então gera uma imagem. A cintilografia hepática é um tipo de exame que utiliza radionuclídeos que são absorvidos pelos hepatócitos (células do fígado).
A cintilografia das vias biliares é um outro tipo de exame que utiliza radionuclídeos que são excretados pelo fígado no interior das vias biliares. Ela é utilizada para detectar a inflamação aguda da vesícula biliar (colecistite). A tomografia computadorizada (TC) pode fornecer imagens excelentes do fígado e é particularmente útil na detecção de tumores. Ela consegue detectar distúrbios difusos (p.ex., fígado gorduroso) e tecido hepático com densidade anormal devida à hemocromatose (depósito excessivo de ferro). No entanto, como a TC utiliza raios X e é cara, ela não é tão amplamente utilizada quanto a ultra-sonografia.
A ressonância magnética (RM) fornece imagens excelentes, semelhantes às geradas pela TC. No entanto, a RM apresenta algumas desvantagens: ela é mais cara que a TC, é mais demorada que os outros métodos de diganóstico por imagem e o paciente deve permanecer deitado no interior de uma câmara estreita, o que pode fazer com que alguns indivíduos apresentem claustrofobia. A colangiopancreatografia endoscópica retrógrada é um exame no qual um endoscópio (um tubo de visualização flexível) é inserido na boca e passado através do estômago e do duodeno até as vias biliares. Em seguida, é injetado um contraste (uma substância radiopaca) nos ductos das vias biliares e são realizadas radiografias; em 3% a 5% dos pacientes, este exame causa pancreatite (inflamação do pâncreas). A colangiografia transhepática percutânea consiste na inserção de uma agulha longa através da pele até o fígado e, em seguida, na injeção de um contraste em um dos ductos biliares do fígado. O médico pode utilizar a ultra-sonografia como guia durante a inserção da agulha. As radiografias revelam com nitidez as vias biliares, sobretudo um bloqueio presente no interior do fígado. A colangiografia intra-operatória utiliza um contraste (uma substância radiopaca) visível nas radiografias. Durante a cirurgia, o contraste é injetado diretamente nos ductos das vias biliares. Em seguida, são realizadas radiografias, as quais mostram imagens nítidas das vias biliares. Freqüentemente, as radiografias simples podem revelar a presença de um cálculo biliar calcificado.
2007-02-14 02:26:23
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answer #1
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answered by carvalhoclinico 5
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Meu marido fez quimioterapia, e a oncologista dele sempre pedia um exame de sangue para ver a taxa desta enzima gama gt, ela dizia que isto media o nível de sofrimento hepático. Para melhorar esta taxa, acho que o que se pode fazer é evitar a ingestão de alimentos muito gordurosos, evitar o uso de remédios, bebidas alcoólicas...
2007-02-14 03:44:59
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answer #2
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answered by Anonymous
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Para aqueles que sofrem de diabetes, há um grande remédio natural http://diabetes.sugestao.info
É um remédio inovador que tem ótimas críticas e é um dos melhores produtos para ajudar os diabéticos.
Embora o diabetes é uma doença crônica, este método pode ajudá-lo muito!
2014-11-10 17:08:26
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answer #4
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answered by Anonymous
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