Há duas maneiras:
1. Se houver uma pessoa (ou um porco) infectada simultaneamente pelo H5N1 e por um vírus humano (o H3N2 ou o H1N1), os dois vírus podem trocar entre si genes, dando origem a um vírus novo, com propriedades do vírus das aves e do vírus humano. Este novo vírus pode ser capaz de se transmitir entre humanos (conferida pelos genes do vírus humano) e de iludir o nosso sistema imunitário (conferida pelos genes do vírus das aves), podendo originar uma pandemia. Esta pandemia iniciar-se-ia com um aumento súbito no número de casos de gripe, devido a transmissão sustentada de humano para humano. É a situação mais perigosa e difícil de travar.
2. Pode haver um processo gradual de mutação (isto é, mudanças espontâneas na informação genética do vírus que ocorrem ao acaso) que faça com que a capacidade do vírus para aderir às células humanas vá gradualmente aumentando. Inicialmente, assistiríamos a transmissões esporádicas, de humano para humano, umas aqui, outras ali, sem longas cadeias de transmissão. O vírus estaria como que a fazer “ensaios” de transmissão entre humanos. Esta seria a situação mais favorável, pois dar-nos-ia mais tempo para detectar os mutantes e anulá-los.
2007-02-13 04:14:44
·
answer #1
·
answered by Anonymous
·
0⤊
0⤋
H5N1=Gripe aviária (gripe das aves em Portugal) é o nome dado à doença causada por uma variedade do vírus Influenza (H5N1) hospedado por aves, mas que pode infectar diversos mamíferos. Tendo sido identificada em Itália por volta de 1900, é, no entanto, conhecida por existir em grande parte do globo, concentrando-se hoje principalmente no sudeste asiático. Existem também casos recentes na Turquia, Romênia e Inglaterra (apenas aves foram infectadas nos três lugares).
Exceto no nível molecular, a doença se parece muito pouco com a gripe que todos pegamos de vez em quando. O vírus pode tornar-se uma grande ameaça para os humanos se sofrer alguma mutação transformando-se em algo perigosamente desconhecido pelo nosso organismo e capaz de passar de uma pessoa para outra através de espirro, tosse ou contato físico.
Como outros vírus, a evolução do influenza pode ocorrer aleatoriamente por rearranjamento genes ou de forma mais perigosa, com trocas de genes entre cepas diferentes.
As pandemias, que ocorrem mais ou menos a cada geração, porém de forma imprevisíveis, podem se iniciar se uma das muitas variantes da influenza que circula entre pássaros passar a infectar também as pessoas. Feito isso, é possível trocar que ocorra troca de genes entre o vírus da gripe comum (altamente infectante) com o influenza (altamente perigoso). Se o vírus se replicar muito antes que o sistema imunológico consiga fabricar anticorpos para detê-lo, a epidemia pode se alastrar causando vários problemas de saúde pública, podendo mesmo ser altamente letal.
O subtipo H5N1 foi isolado pela primeira vez em estorninhos, em 1961, na África do Sul. Só se tinha conhecimento da ocorrência do vírus Influenzae A H5N1 em diferentes espécies de aves (daqui a designação de "gripe das aves"), incluindo galinhas, patos e gansos, sabendo-se ainda que a maior parte das galinhas infectadas morriam num curto espaço de tempo, e que patos e gansos eram os principais reservatórios do vírus. Em Maio de 1997, o vírus Influenzae AH5N1 foi isolado pela primeira vez em humanos, numa criança de Hong Kong. Em 2006 Foram comprovados na Alemanha a morte de gatos infectados pelo vírus.Situação atual=O surto de 2005 de gripe aviária infectou pessoas no Vietnã, Tailândia, Indonésia e Camboja; e infectou aves em Laos, China, Turquia, Inglaterra (um papagaio importado do Suriname, possívelmente infectado durante a quarentena, na Inglaterra, onde o lote importado do Suriname foi posto em contacto com outras aves importadas, inclusive da Ásia), Alemanha (gansos e patos), Grécia e, mais recentemente, identificada em aves migratórias do Canadá.
Segundo W. Waut Gibbs e Christine Soares (Scientific American Brasil, dezembro de 2005. 64 p.) três agências internacionais coordenam o esforço global para rastrear o H5N1 e outras variantes, mas as investigações já demonstraram não ser lá tão eficientes. "Até mesmo os administradores dessas redes de vigilância admitem que elas ainda são lentas demais e têm muitos furos", comentam.
"A rapidez é essencial quando se trata de um vírus que vive no ar e tem ação rápida como o influenza. É provável que as autoridades não tenham a menor chance de barrar o avanço de uma pandemia nascente se não conseguirem contê-la em 30 dias."
Eles também afirmam que a próxima pandemia pode iniciar em qualquer lugar do globo, mas devido a vários motivos, é bem provável que inicie na Ásia. Além de preocupar os oficiais da saúde pública, a gripe aviária já trouxe alguns prejuízos à economia mundial, principalmente do Brasil, grande exportador de frango no cenário mundial.Tratamento=Ainda não existe nenhum tipo de tratamento. Ao ser constatada a doença, o animal deverá ser descartado, ou seja, morto.Profilaxia e vacina
Há dois tipos de vacina que são fabricadas . Uma maneira é promover dissecação química do vírus e extrair algumas proteínas que atuam no processo de infecção, que estimularia o sistema imunológico humano a criar anticorpos específicos. Uma vez produzidos, tais anticorpos teriam suas informações gravadas em células de memória, capazes de ativar a produção de altas doses dele em caso de alguma infecção real.
Outra forma é usar formas enfraquecidas do vírus em vacinas inaláveis, mas esta parece perigosa demais por usar o vírus, e não proteínas dele, pois há uma pequena possibilidade de troca de genes com um vírus normal criando assim outra forma muito mais ameaçadora.
A título de medida preventiva, começou-se a produzir mais vacinas contra a doença, mas a escassez de informações sobre a possível forma como possa ocorrer uma pandemia compromete todo o sistema de defesa. Seria inviável ministrar vacinas em uma população inteira, pois a produção de vacinas é baixa, (cerca de 300 milhões de doses por ano) e caso uma pandemia ocorra em breve, as vacinas contra as variantes emergentes demorarão para chegar. Muitas variantes do vírus circulam ao mesmo tempo, e sofrem constantes alterações, e a cada ano são produzidas novas vacinas para os três tipos mais ameaçadores. Estocar vacinas é uma das atitudes mais seriamente pensadas por vários países, que também preparam uma lista de prioridade para ministrar essas vacinas em pessoas mais sucetíveis, os muito novos, os muito idosos e os de sistema imunológico debilitado. Mas os governos teriam que atualizar anualmente seus estoques, pois o produto também espira rapidamente.
Atualmente não existe vacina para as aves contra o vírus influenza H5N1. A maneira de controlar a doença é somente atráves do descarte dos animais infectados e próximos ao foco, num raio de 10 quilômetros. Esse descarte engloba desde as aves de criação em escala industrial até as produzidas de forma doméstica.
[editar] Casos e óbitos confirmados (humanos) de Influenza Aviária A (H5N1), a partir de dezembro de 2003
Até 10 de Outubro ocorreram 117 casos com 60 óbitos, numa letalidade de 51,28%. Os vírus da gripe aviária é um vírus influenza do tipo A e seu hospedeiro natural são pássaros selvagens, que normalmente não apresentam os sintomas da doença. Aves domésticas por sua vez podem vir a apresentar sintomas graves.
No momento a transmissão se dá das aves para as pessoas. O maior risco para a humanidade está na possibilidade do vírus sofrer alguma mutação genética que facilite sua transmissão entre seres humanos pois para tal, tecnicamente, não existirá uma vacina específica. Isto é, dados os fatos de que vacinas deste tipo não possuírem longa vida e por serem custosas para serem produzidas, distribuídas e aplicadas em vastos grupos populacionais.
ok
2007-02-13 12:40:09
·
answer #3
·
answered by M.M 7
·
0⤊
0⤋