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12 respostas

Koki,
Nada fizemos com ele, mas sim em nome dele, o que me parece bem pior, e continuamos a fazer.

Mas quem quer acreditar na sua vinda que o faça. Quem está preocupado com a sua vinda é porque não se sente confortável, eu por mim, tanto me faz, se vier que venha, porque de bem, certamente vem por bem.

A minha salvação, se é que existe, não está nele, mas em mim, nas minhas atitudes, no modo de pensar e agir, e no tribunal defenderei as minhas atitudes, e algo certamente fiz de errado, mas acertei mais durante a minha vida em relação aos sentimentos que nutro pelo outro e à minha postura, do que os erros que cometi para com o meu semelhante e para comigo próprio.

Não estou preocupado com a sua possível vinda, nem com o perdão de Deus, porque tento reflectir sobre o mal ou o bem que posso causar aos outros, e tento rectificar a minha postura, porque na realidade não sou Deus e posso errar, e com esta atitude reflectiva, e com a força de vontade para fazer e acertar, estou certamente mais perto dele, mas não sou como aquele menino bem comportado pela frente, que apanhando Deus de costas, atenta contra o seu semelhante, que de tão crente se mostra, que implica com a saia da menina, não se importando com os seus sentimentos levianos e impuros, se é que existem, tentando com a tolerância da lei divina, QUEM QUISER QUE ME SIGA, ser intolerante para com o seu semelhante, como fiel servidor, que transforma na minha visão para bajuladores, com medo que lhes caia a espada divina sobre o pescoço.

Perdoai-lhes senhor, que não sabem o que fazem.

Estas perguntas deveriam ser banidas do universo da NET, porque o futuro ninguém sabe, e todos desejam saber, e continuamos a lidar com coisas abstractas, que de tanto badaladas passa a ser a realidade de cada um, que pode ser ou não a realidade, por isso tanto apaixona, porque não contém em si um mínimo de racionalidade.

Somente se crê ou não, simplesmente isso.
Agora o que ´me parece errado, é que se inunde os canais de informação, com propaganda, que se não é enganosa, pelo menos tem poucas possibilidades de acontecer, só porque alguns acreditam na vinda de Cristo, ou na reincarnação, e outros se batem para demonstrar o contrário.
Entre uns e outros venha o diabo e escolha, porque invadem a privacidade alheia com temores e promessas, que não sabem que possam ser cumpridas, só porque têm medo de assumir o seu papel que lhes cabe como ser humano.

O Islamismo é visto como uma forma radical e distorcida de perceber a religião, e julgo que por este caminho estamos a seguir as mesmas passadas que os outros, embora com algum atraso na caminhada, mas já se notam as camisetas na rua, com a seguinte inscrição ¨O exército de Deus¨, ou coisa parecida, cujo desenho é semelhante às fardas do exército, para se confundir com a vegetação numa guerra.

Jesus Cristo disse ¨Amai-vos uns aos outros¨ e não disse
¨Torturai-vos uns aos outros ¨., e esta discussão na realidade é uma verdadeira tortura, com acusações mútuas que não tem substância nenhuma, em vez de se procurar uma discussão mais elevada e intelectual.

Por mim é a última vez que respondo a estas perguntas, e vou ignorar os delírios de quem se apresenta como detentor da verdade, estejam posicionados nos crentes ou não crentes, como se a vida fosse preto e branco, em que se acredita ou não, em que a certeza inunda a mente, se percebendo Deus, e não filhos dele.

Um abraço

2007-02-12 18:09:03 · answer #1 · answered by joão a 3 · 0 1

Eu acredito. Pois creio na Palavra de Deus.
Era necessário ele passar por tudo o que ele Passou, se não não haveria salvação para a Humanidade. Que sentido da vida tão simplista que as pessoas tem de que a vida acaba com a Morte? que sentido tem acreditar na ilusão da reencarnação? .
Jesus promete algo muito alem das nossas imaginações. Ele promete a vida eterna .

2007-02-13 05:02:43 · answer #2 · answered by FRANÇA - mais que vencedor 4 · 1 0

Você sabia que apesar dele ser uma figura importante até hoje, não existe NENHUMA evidência de que ele realmente existiu?

2007-02-13 00:05:05 · answer #3 · answered by Ψ Anonymous man Ψ 5 · 2 1

Acredito sim, pois vc acha que Jesus se assusta com as barbaridades humanas? Vc acha que ele não sabe qua ainda existe criaturas boas?
Esse assunto do que fizemos é muito relativo, pois todos nos temos nosso lado bom

2007-02-13 08:05:39 · answer #4 · answered by karla B 2 · 0 0

http://www.caminhocristao.com/?p=61

2007-02-13 07:01:18 · answer #5 · answered by REFLEXÃO HUMANA 2 · 0 0

Pôxa, minha cara amiguinha Kokizinha, fale com Jesus que eu nunca fiz nada de mau com ele, pelo contrário, tenho sempre procurado ser muito amiguinho dele, sabe, o malvado que mandou fazer toda aquela covardia com nosso amiguinho Jesus Cristo, foi aquele fundamentalista do Yoseph Caiaphas, que ficou célebre pelo nome ocidental de Caifás, que presidiu o Sinédrio, o Supremo Tribunal de Justiça civil e religiosa que condenou Cristo a morte por Blasfêmia, se embasando na própria Bíblia para a condenação.
Pôxa, mas depois apareceram pelo decurso da história tanto jesus por aí, que ficamos céticos em acreditar quem, e quando realmente Jesus virá, você viu a m.e.r.d.a que protagonizou o Antônio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro, que em nome de Jesus matou em torno de quarenta mil pessoas na guerra de Canudos, sem falar nos outros fundamentalistas e até hoje temos um novo Jesus, o fundamentalista que se intitulou de Inri Cristo. (Caputz).
Beijinhos caríssima irmanzinha Koki.

2007-02-13 03:22:28 · answer #6 · answered by ? 6 · 0 0

oi eu acredito vc sabe , esse era o proposito dele se nao ninguem faria nada com ele ,ele passou por isso pelos nossos pecados, mas vira aqi mas dus veses , arrebatara o seus ,e depois no milenio vira para julgar as naçoes onde todos os joelhos se dobrara , para o adorar, espera pelo senhor, tem bom animo, e fortificai - se o teu coraçao espera, pois, pelo senhor,salmos 27.14

2007-02-13 00:12:20 · answer #7 · answered by akksonlima2006 6 · 0 0

Se ele voltar nós vamos fazer ele responder pelos crimes que foram praticados aqui em nome dele, veja só isso que achei:

Foi instalado em Toledo, em 1986, um museu itinerante particularíssimo, diante do qual muitos visitantes preferem desviar o olhar e tratar de ver outras coisas, o Museu de Instrumentos de Tortura da Inquisição, o que foi feito em nome de Jesus Cristo na Idade Média lá na Europa:

Por onde começar a visita a este circo de horrores? Comecemos logo pela entrada, onde reina, soberana, a Donzela de Ferro. Para quem já viu antigos filmes de terror, nada de novo. A donzela é uma espécie de sarcófago com duas portas, no interior das quais estão fixados pregos que penetram o corpo da vítima quando o aparelho é fechado. Foi muito utilizada a partir do século XVI e tem seus requintes: os pregos estão fixados em posições que não atinjam órgãos vitais, que isso de a vítima morrer mal se fecha o sarcófago, decididamente não tem graça. Diz a crônica da época, a respeito de um falsificador de moeda submetido ao amplexo da donzela: “as pontas afiadíssimas lhe penetravam os braços, as pernas, em vários lugares, e a barriga e o peito, e a bexiga e a raiz do membro, e os olhos e os ombros e as nádegas, mas não a ponto de matá-lo; e assim permaneceu fazendo grande gritaria e lamentações durante dois dias, depois dos quais morreu”. Nos filmes de terror de nossa adolescência, o herói sempre dava um jeito de escapar do abraço da donzela. O mesmo não acontecia na Idade Média.

Ainda na mesma sala, estão o machado e a espada de decapitar, instrumentos que animaram grandes festas públicas na Europa central e nórdica há uns 150 anos, e ainda hoje a televisão ou os jornais nos mostram algumas práticas da antiga arte nos países orientais. Se o verdugo era hábil, sorte da vítima. Caso contrário, teria de sofrer na carne as várias tentativas do aprendiz de carrasco.

Adelante! Ainda na entrada do museu, solene, sinistra, está a guilhotina, que durante a Revolução Francesa foi considerada um instrumento de humanização da pena de morte, tanto que mereceu o apodo de l’amie du peuple. Luis XVI e Maria Antonieta, no 21 de janeiro de 1793, mereceram sua homenagem, após o que a máquina passou a chamar-se de la Louisiette. Seu inventor, o médico francês Joseph-Ignace Guillotin, teria sido mais tarde submetido a seu próprio invento, o que não é historicamente verdadeiro, pois morreu pacificamente em 1821. O que é verdadeiro, isto sim, é que a guilhotina só foi abolida na França recentemente, durante o governo Mitterrand.

Villiers de L’Isle-Adam, um dos desconhecidos precursores do modernismo em literatura, há cerca de duzentos anos preocupava-se com o novo instrumento de execução. Em um de seus Contos cruéis, um médico, imbuído do espírito de investigação do Iluminismo, tenta convencer, um condenado à morte a prestar uma última colaboração à pesquisa neurológica: no momento da execução, ele, o médico, estaria do outro lado da guilhotina, junto ao cesto que recolhe a cabeça do condenado. Não poderia este, em nome da ciência, é claro, responder com um ligeiro piscar de olhos, após a descida da lâmina, para confirmar a continuidade da consciência após a separação da cabeça do corpo? O condenado aceita a proposição, mas seu gesto é tão vago que não permite ao pesquisador conclusão alguma. Hoje se sabe que uma cabeça cortada por machado ou guilhotina continua consciente enquanto roda ou cai no cesto. O que deve ser uma percepção no mínimo desagradável.

Logo após vem a roda. Todos teremos visto, em pinturas ou xilogravuras medievais, ou mesmo em filmes alusivos à época, intermináveis seqüências de corpos agonizantes, atados a uma espécie de roda de aranha erguida sobre um alto poste.Ao ver a reprodução de tais cenas sempre imaginei que lá estariam os cadáveres dos condenados, para exemplo e edificação da plebe. Não é nada disso, feliz do condenado se assim fosse. A roda para despedaçar – que assim era chamada – constituiu o instrumento de execução mais comum depois da forca na Europa germânica, desde a baixa Idade Média até o século XVIII. E seu emprego é um pouco mais sofisticado do que eu imaginava.

A vítima, nua, era espichada, com a boca para cima, no chão ou no patíbulo, com os membros distendidos e atados a estacas ou argolas de ferro. Sob os punhos, cotovelos, joelhos e quadris eram colocados, atravessados, pedaços de madeira. O verdugo, assestando violentos golpes com a roda, ia quebrando osso após osso, articulação após articulação, incluindo os ombros e quadris, sempre procurando não assestar golpes fatais. Segundo uma crônica anônima do século XVII, a vítima transformava-se então em “uma espécie de grande títere gemente retorcendo-se, como um polvo gigante de quatro tentáculos, entre rios de sangue, carne crua, viscosa e amorfa misturada com lascas de ossos quebrados”.

Mas tudo seria muito simples se a tortura terminasse neste ponto. Após o despedaçamento, a vítima era desatada e introduzida entre os raios da grande roda horizontal, no extremo de um poste que era então erguido. Logo entravam os corvos em ação, arrancando tiras de carne e vazando os olhos até a chegada da morte, constituindo talvez o suplício da roda a mais longa e atroz agonia que o poder era capaz de infligir.

Junto à fogueira e o esquartejamento diz o catálogo de horrores que apanhei no museu – este era um dos espetáculos mais populares entre os muitos outros semelhantes que tinham lugar diariamente nas praças européias. Multidões de nobres e plebeus deleitavam-se com um bom despedaçamento, de preferência quando a ele eram submetidas várias mulheres em fila.

Há também a gaiola, este bem mais simples. Pendura-se a vítima a uma gaiola de madeira ou de ferro, até que morra de frio, fome ou devorado pelos corvos. Uma versão mais simples e prática desta modalidade é simplesmente pendurar o condenado pelos pés em uma vara horizontal, na qual também são pendurados, um cada lado, dois lobos famintos.

Depois vem a serra, muito usada no século XVIII, criação espanhola. A não ser pelos dentes mais espaçados, em nada difere de uma prosaica serra de madeira. Pela xilogravura que explica a utilização do instrumento, pareceu-me que naquele século faltou imaginação ao verdugo: pendurava-se a vítima pelos pés em uma vara, e dois homens passavam a serrá-la, a partir do cóccix. Tortura idiota, pensei, o homem deve morrer já no início do suplício. Santa ingenuidade minha! Devido à posição invertida do corpo, que garante suficiente oxigenação ao cérebro e impede a perda geral de sangue, a vítima só perdia a consciência quando a serra alcançava o umbigo e, às vezes, o peito.

Embora se associe este suplício à Espanha, sua origem vem de época em que nem se pensava em Espanha. Os leitores atentos da Bíblia devem lembrar que o sábio rei Davi (II Samuel 12:31) exterminou os habitantes de Rabbah e de todas as outras cidades amonitas submetendo homens, mulheres e crianças ao suplício da serra e sofisticações outras da época. Era aplicada preferentemente a homossexuais de ambos sexos. Na Espanha foi utilizada como método de execução militar, na Alemanha luterana era destinada aos líderes camponeses rebeldes e, na França, fazia justiça às mulheres emprenhadas por Satanás.

Mais adiante, encontramos a cunha de Judas, uma pirâmide pontiaguda de madeira sustentada por um tripé. Sua finalidade não exige maiores esforços de imaginação. A vítima, nua, é içada por cordas, de forma que todo seu peso repouse sobre o ponto situado no ânus ou na vagina. O carrasco, conforme determinação dos interrogadores, pode variar a pressão do peso do corpo e inclusive sacudi-lo repetidamente sobre a cunha.

Em meio a estes instrumentos mais brutais, o museu exibe outros aparentemente anódinos, mas que não deixam de ter sua eficácia. Por exemplo, os látegos com correntes. Na ponta, uma bola de ferro com pontas agudas. Sua utilização não requer maior prática ou habilidade. Mas há um outro látego, de aparência bem mais inocente, porém de atroz eficácia, é o látego para esfolar. É um chicote de couro, com dezenas de cordas, aparentemente inofensivas. Na extremidade de cada cordel há uma ponta de ferro afiadíssima. Os cordéis eram empapados em uma solução de sal e enxofre dissolvidos em água, de forma que a vítima, ao ser fustigada, tinha sua carne reduzida a uma polpa e ao final do suplício ficava com pulmões, rins, fígado e intestinos expostos. Durante este procedimento, a zona afetada ia sendo umedecida com a solução quase em estado de ebulição.

Ou algo ainda mais prosaico, que imaginação para fazer seu próximo sofrer é o que não falta ao ser humano: um funil e alguns baldes de água. A vítima é inclinada com os pés para baixo e obrigada a engolir quantidades imensas de água através do funil, enquanto o nariz é tapado, o que a força a tragar todo o conteúdo do funil antes de poder respirar um hausto de ar. Sem falar no terror da asfixia, a todo instante repetido, quando o estômago se distende e incha de maneira grotesca, inclina-se o supliciado de cabeça para baixo. A pressão contra o diafragma e o coração ocasiona sofrimentos inimagináveis, que o verdugo intensifica golpeando o abdômen. Esta prática é bastante utilizada ainda nos dias atuais, por ser fácil de administrar e não deixar marcas delatoras.

Que mais? Pois afinal mal entramos no museu. Continuando, há as aranhas espanholas, também chamadas de aranhas de bruxas. O instrumento é de uma estrutura elementar: garras metálicas com quatro pontas em forma de tenazes, usadas tanto frias como em brasa, para içar a vítima pelas nádegas, pelos seios ou pelo ventre, ou ainda pela cabeça, em geral com duas pontas nos olhos e as outras duas nos ouvidos.

Mas este passeio está ainda longe de seu fim, e isso que estou resumindo. Há por exemplo a cegonha, também chamada de “a filha do lixeiro”. É constituída por quatro hastes metálicas que prendem, ao mesmo tempo, o pescoço, as mãos e as pernas do supliciado. À primeira vista, é apenas um método a mais de imobilização, mas em poucos minutos a vítima é acometida de fortes cãibras que afetam primeiro os músculos abdominais e retais e, depois, os peitorais, cervicais e as extremidades. Com o passar das horas, a cegonha produz uma agonia contínua e atroz, que pode ser intensificada, ao prazer do verdugo, com chutes, golpes e mutilações.

As maneias de ferro, para pulsos e tornozelos, as deixo de lado. Paremos alguns segundos ante um instrumentozinho de concepção elementar, mas efeitos abomináveis. É o esmaga-cabeças, patente italiana, contribuição veneziana às artes do medievo. É uma espécie de torno munido de um capacete, que comprime a cabeça do condenado contra uma barra metálica. Comentários supérfluos: primeiro são destroçados os alvéolos dentários, depois as mandíbulas, até que o cérebro escorra pelas cavidades dos olhos e por entre os fragmentos do crânio.

Com a mesma finalidade, há outras versões mais simples do mesmo instrumento, tipo um arco metálico que se cerra em torno à cabeça, com pregos internos que vão perfurando a calota craniana.

Mas ilimitado é o engenho humano, quando se trata de supliciar outrem. O museu, em verdade, não é nem um Louvre ou Prado, mas cada objeto nos rouba mais minutos do que a contemplação de um Velázquez ou Goya. Há técnicas que parecem ter sido concebidas por um deficiente mental, de elementares que são. A tartaruga, por exemplo: põe-se a vítima estendida no solo e, sobre ela, uma superfície quadrada de madeira, sobre a qual vai-se empilhando vários quintais de peso. Para aumentar o sofrimento, pode-se acrescentar, sob o dorso do supliciado, um calço transversal de forma triangular chamado de báscula.

Ou a forquilha do herege, este um verdadeiro achado, prático, baratinho e eficacíssimo. Imagine o leitor uma espécie de garfo, com duas pontas em cada extremidade. Duas destas pontas são cravadas profundamente sob o queixo, enquanto que as pontas da outra extremidade são apoiadas sobre o esterno. Uma pulseira de couro fixa a forquilha contra o pescoço. A forquilha, ao ir penetrando nas carnes, impedia qualquer movimento de cabeça, mas permitia que o acusado de heresia, com voz apagada, pudesse dizer abiuro, palavra que estava gravada em um dos lados do instrumento.

Ou a mordaça, também chamada de babeiro de ferro, uma espécie de colar de ferro, com um tipo de funil achatado na parte interna do aro, que era enfiado na boca do torturado, enquanto o colar era preso na nuca. Tinha por função evitar que os berros da vítima atrapalhassem a conversa dos torturadores. Um pequeno buraco permitia a passagem de ar, o que também permitia que o carrasco sufocasse sua presa, com o simples gesto de obstruir o buraco com um dedo. Giordano Bruno, uma das inteligências mais brilhantes de sua época – e nisto constituía seu crime – foi queimado pela Inquisição em 1600 e submetido a uma destas mordaças provistas de duas longas puas, uma das quais perfurava a língua e saía pela parte inferior do queixo enquanto a outra perfurava o palato.

Em outra sala do museu, tão solene quanto a donzela de ferro, está a cadeira de interrogatórios, uma espécie de poltrona metálica, toda forrada de pregos agudíssimos, desde o espaldar até o assento e inclusive na parte inferior, que fica junto à barriga da perna e sob os pés. O suplício podia ser aumentado mediante pancadas nos membros ou com um fogareiro aceso sob o assento.

A fogueira, todos conhecemos, que mais não seja das festas juninas. Só que na saudosa Idade Média não era utilizada exatamente para assar pinhões, inclusive a Igreja deu-se ao luxo de fazer churrasco de uma santa. (Aliás, quem quiser maiores detalhes sobre o assunto, pode ler o romance de Michel Tournier, Gilles & Jeanne. A edição é da Bertrand Brasil, São Paulo, a tradução é deste que vos narra estes horrores e talvez ainda possa ser encontrado nalgum sebo). Mas a fogueira em si pouca ou nenhuma arte exige. Verdugos mais criativos bolaram uma versão bastante engenhosa: a vítima era atada a uma escada, que por sua vez era inclinada sobre as chamas, no melhor estilo de um autêntico churrasco gaúcho. Em algumas execuções, atava-se um saco cheio de pólvora junto ao peito.

Havia também o touro, método este já bem mais sofisticado. Era simplesmente um touro de metal, dentro do qual se metia o condenado. Depois, acendia-se uma fogueira embaixo. O touro logo começava a mugir, para deleite do público. Consta que em versões orientais deste instrumento, um complexo sistema de tubos transformava em uma espécie de música os berros do coitado.

Já o potro é de origem italiana, e todos já o teremos visto até mesmo em revistas em quadrinhos, pois tornou-se um dos instrumentos mais simbólicos dos porões da Inquisição. É uma mesa onde o condenado é atado de pés e mãos e um cabrestante passa a espichar os seus membros. Antigos testemunhos narram casos em que se obteve até trinta centímetros a mais em um ser humano, pelo deslocamento de articulações de braços e pernas, pelo desmembramento da coluna vertebral e rompimento dos músculos de extremidades, tórax e abdômen, isso evidentemente antes que o homem morresse.

As mulheres, por sua vez, mereciam atenções e instrumentos específicos, todos mutilando as partes sexuais. Tenazes incandescentes para esmagar mamilos, garras para rasgar seios ou nádegas, etc. Um achado digno de menção é a pêra, um objeto de madeira em forma da dita fruta, que é introduzido na vagina das pecadoras ou no ânus dos homossexuais. Depois, por meio de um parafuso, a pêra abria-se em quatro partes, até sua distensão máxima.

Sei que este desfile de horrores já vai longe, não os compilei todos e creio que nem os próprios organizadores do museu de Toledo conseguirão um dia catalogar todos os métodos que o homem criou para fazer seu próximo sofrer. Mas antes de concluir, permito-me arrolar esta maravilha para comprovar-se se uma mulher era ou não bruxa: atava-se a acusada pelas mãos e pés e se a jogava em um rio. A comprovação era imediata e de clareza meridiana. Sendo a água um elemento puro e inocente, no caso da acusada ser bruxa, a água a recusaria e a faria flutuar, com o que a mulher seria conduzida à fogueira e queimada. Se, ao contrário, a água a aceitava e a mulher se afogava, sua inocência estava comprovada.

Tudo isto em nome de Jesus Cristo, é claro. E duvido que qualquer inquisidor perdesse o sono em função de suas piedosas tentativas de salvar uma alma pecadora. Neste artigo, passo ao leitor apenas uma pálida idéia do que foi a Inquisição, defendida pelo acadêmico em Direito Marcelo Moura Coelho!


CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARA , JO 8:32

2007-02-13 00:07:19 · answer #8 · answered by ▒▒ Da Terra ▒▒ 7 · 1 1

Ele não vai voltar porque ele não existe!!!!

2007-02-13 00:11:23 · answer #9 · answered by Glauber 4 · 0 1

Jesus já deve ter encarnado, mas ninguém percebeu a sua presença, também, nem podia, todos só se preocupam com bens materiais e em si próprios.

2007-02-13 00:11:21 · answer #10 · answered by Perfil Desativado 7 · 0 1

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