English Deutsch Français Italiano Español Português 繁體中文 Bahasa Indonesia Tiếng Việt ภาษาไทย
Todas as categorias

Na faculdade, eu li e ouvi o seguinte: no início, nas comunidades cristãs espalhadas por todo o Império Romano, a única coisa em comum era a crença de que Jesus era o "Messias" (ou o "Cristo", como se dizia em grego), mais nada. Não havia consenso absoluto nem mesmo quanto ao fato de ele supostamente ter ressuscitado... Com as perseguições oficiais que são empreendidas a partir do século II d.C., os líderes cristãos vêem a necessidade de fortalecer as suas comunidades, unindo-as em torno de uma doutrina e uma litugia comuns, em outras palavras, um cânone. Daí começam as primeiras discussões que resultam nisso que a gente conhece como o "Novo Testamento". Havia quem defendesse a inclusão do menor número possível de evangelhos e textos antigos, mas venceu a proposta que defendia o contrário, ou seja, a inclusão do maior número, para que as várias comunidades, com suas diferentes visões e rituais, aceitassem o cânon e acabasse o risco de dissidência ("heresia").

É uma versão. Qual a sua?

2007-02-11 06:44:17 · 6 respostas · perguntado por Drika 3 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

Acrescentando uma informação: embora o cânone bíblico tenha sido fixado já lá pelos séculos II, III e IV desta Era, os demais livros que circulavam e eram amplamente utilizados nos ofícios cristãos pelo mundo afora até então, e que ficaram conhecidos como "apócrifos", continuaram a ser utilizados, mesmo com as pessoas sabendo que eles não estavam nos "padrões".
A "demonização" e depreciação desses textos só bem depois, quando uma série de movimentos religiosos dissidentes tiveram evangelhos "não-bíblicos" como inspiração.
Apesar disso, até hoje o conteúdo desses textos permanecesse no "imaginário cristão". Só pra citar, o nome dos três reis magos, por exemplo, não aparece em nenhum dos Evangelhos ditos "canônicos"...

2007-02-11 07:00:36 · update #1

6 respostas

"Toda história é contada pelos vencedores. Isto é verdade também para a história de Jesus de Nazaré e seus ensinamentos, relatada nos quatro Evangelhos do Novo Testamento. O cânone bíblico - o conjunto dos textos considerados "inspirados" - abriga os vencedores de uma batalha doutrinária travada dentro da Igreja antiga, entre os séculos 2 e 5. De fora ficaram mais de 60 outros escritos, que receberam o nome de apócrifos (ocultos, em grego). Sobre eles pairava a acusação de deturpar a doutrina original de Jesus, misturando-a com episódios fantasiosos e idéias tiradas das seitas místicas dos primeiros séculos do Cristianismo. O imaginário cristão, porém, recebeu-os de braços abertos. Se hoje os católicos sabem os nomes dos reis magos que adoraram Jesus e crêem que o corpo de Nossa Senhora subiu aos céus após sua morte - fato que a Igreja considera como Dogma desde 1950 - é porque, por vias indiretas, os apócrifos contornaram as proibições.

Os apócrifos são cartas, coletâneas de frases, narrativas da criação e profecias apocalípticas. Além dos que abordam a vida de Jesus ou de seus seguidores, cerca de 50 outros contêm narrativas ligadas ao Antigo Testamento. Muitos têm nomes sugestivos como "Apocalipse de Adão" ou "descida de Cristo ao inferno". Poucos são conhecidos integralmente. Da maioria resta fragmentos ou se conhece por citações de cronistas da Antiguidade. Mas são principalmente aqueles ligados à vida de Jesus que estão atraindo a atenção de religiosos e pesquisadores, que os reconhecem como fontes importantes para estudar o Homem de Nazaré."

2007-02-11 07:02:45 · answer #1 · answered by OAS46 5 · 1 0

Não é bem assim, mas parecido.
Já havia em torno de 4 mil livros escritos, cada um com uma seita diferente, cada um com uma história independente e mais mirabolante sobre o mito Cristo, que sucedeu ao mito Chrestus como o Messias.
No Concílio de Niceia, em 325, os padres começaram a escolher os que seriam canonizados e copiados para a Bíblia e a queimar todos os demais. Alguns não foram queimados, mas guardados pelos padres, e como não foram escolhidos ficaram apócrifos (sem autoridade canônica, clandestino, falso).
Outros também, foram decobertos escondidos em Alexandria no Egito no século XX e em Qunram, Mar Vermelho, em Irsrael.
Todos são considerados apócrifos, porém autênticos escritos da época, séculos I a III, já que os canonizados, depois de trascritos para a Bíblia, naturalmente adulterados à vontade, foram destruídos para não deixar pistas das suas modificações.

2007-02-11 07:44:37 · answer #2 · answered by Anonymous · 1 0

O que determinou a canonicidade de alguns textos e não de outros foi a coerencia da narrativa, a seriedade doutrinaria e a autenticidade.
Foi tomado o Evangelho de Marcos,o mais antigo, a partir dele se incluiu Mateus e Lucas por serem sinóticos, isto é, terem a mesma narrativa, o mesmo plano de escrita.
E foi tomado o de João por seu conteudo teológic extremamente bem elaborado.
Tambem as cartas são bastante anteriores ao seculo II, elas foram escritas poucos anos depois da ressureição de Cristo, pq são apostólicas, isto é, escritas pelos proprios apóstolos e por São Paulo.
Os demais textos não contém nenhuma narrativa coerente, são fantasiosos.
A propria Igreja Catolica se beneficiaria tremendamente se adotasse outros evangelhos, como os de Tomé ou de Maria, porque eles trazem claro doutrinas catolicas sobre a Virgem Maria por exemplo.
Entretanto eles ficaram fora do cannon, ela os excluiu.
Portanto isto é mais uma prova da seriedade da escolha dos textos e de sua coerencia cristológica.

2007-02-11 07:00:56 · answer #3 · answered by Frei Bento 7 · 0 0

primeiro porque não há nenhuma sitacao de passagens dos livros apócrifos no novo testamento segundo arqueologicamente falando os livros apócrifos não foram encontrados com os livros originais

2007-02-11 06:55:04 · answer #4 · answered by Anderson .jerusum 3 · 0 0

Apócrifo
Cuja autenticidade é duvidosa ou suspeita (obra, fato). 2 Suspeito. 3 Que não pertence ao autor a que se atribui. 4 Livros apócrifos: designação que os protestantes dão aos chamados livros deuterocanônicos (Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque e Macabeus I e II), por eles suprimidos do Antigo Testamento por não se lhes conhecer os originais hebraicos; designação dada pelos católicos aos livros bíblicos cuja autenticidade foi impugnada pela Igreja.

2007-02-11 06:53:44 · answer #5 · answered by duque 4 · 0 0

A única diferença é que a Igreja Católica Apostólica Romana determinou que esses livros não foram revelados por Deus, que foram alterados ou escritos a bel prazer pelo homem.
O incrível é que os cristãos como um todo, até a massa evangélica aceita sem questionar isso.

2007-02-11 06:51:12 · answer #6 · answered by Ricardo 4 · 0 0

fedest.com, questions and answers