A unidade de pressão comumente usada é mm Hg: "milímetros de mercúrio", ou seja, a pressão dentro dos vasos arteriais é comparada à pressão exercida na base de uma determinada coluna de mercúrio. Quando se diz que uma pressão arterial é de "12 x 8" (doze por oito), na verdade se deveria dizer "120 x 80", pois é o equivalente a 120 mm Hg (a pressão máxima, ou sistólica) e 80 mm Hg (a pressão mínima, ou diastólica).
Os aparelhos para aferição da pressão arterial que usam uma coluna de mercúrio são ainda os mais confiáveis; é um desses que tenho em meu consultório.
2007-02-12 01:50:33
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answer #1
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answered by carvalhoclinico 5
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mmhg = milímetros de mercúrio
O estímulo elétrico passa pela junção atrioventricular, distribui-se pelo feixe de His e pela rede de Purkinje, excitando a musculatura ventricular. Devidamente despolarizada, a musculatura contrai-se e eleva a pressão ventricular até atingir e ultrapassar o nível pressórico intra-atrial que, por sua vez, estará decrescendo. Neste momento, ocorre fechamento dos folhetos da valva mitral, constituindo este fenômeno o principal componente da primeira bulha cardíaca (B1).
A pressão intraventricular elevada projeta para cima a face ventricular da valva mitral, gerando aumento transitório da pressão dentro do átrio esquerdo que se traduz graficamente pela onda c do atriograma. Em seguida ocorre o relaxamento muscular do átrio, acompanhado por queda pressórica no interior desta cavidade, correspondendo à descendente x da curva atrial.
A crescente tensão da parede ventricular produz aumento da pressão intraventricular. O ventrículo acaba por se constituir numa cavidade fechada, pois as valvas mitral e aórtica estarão momentaneamente fechadas. Esta é a fase de contração isovolumétrica.
Quando a pressão intraventricular supera a pressão intra-aórtica, abrem-se as valvas sigmóides aórticas, iniciando-se a ejeção ventricular. A ejeção ventricular divide-se em três fases: rápida, lenta e protodiástole de Wiggers. Nesta fase do ciclo cardíaco devem ser realçados os seguintes eventos:
a) a ampla comunicação entre o ventrículo esquerdo e a aorta cria um gradiente de pressão em torno de 5 mm Hg, nível suficiente para manter a ejeção sangüínea;
b) a constituição elástica da aorta é própria para receber sangue sob grande impacto pressórico;
c) a velocidade de ejeção ventricular é maior do que a saída de sangue do sisteme capilar para as vênulas. Estes fatores levam à dilatação da raíz da aorta que se acompanha de estimulação dos receptores localizados nas paredes deste vaso. Por ação dos centros bulbares, onde chegam os estímulos captados pelos barorreceptores, haverá uma vasodilatação periférica que, por sua vez, vai facilitar a saída de um volume de sangue igual ao que flui pela aorta;
d) a queda da pressão intraventricular para nível inferior ao da aorta propicia o fechamento das sigmóides aórticas, que vai se constituir no primeiro componente da segunda bulha cardíaca (B2).
Neste momento, finda-se a fase sistólica do ciclo cardíaco.
O periodo de relaxamento isovolumétrico tem início com a B2 e acompanha-se de decréscimo da pressão intraventricular.
Durante a sístole ventricular, o afluxo de sangue para o átrio esquerdo procedente dos pulmões, associado à recuperação do tono do miocárdio atrial, resulta na elevação passiva da pressão intra-atrial, correspondendo graficamente ao ramo ascendente da onda v da curva atrial.
A queda da pressão intraventricular simultaneamente à elevação da pressão atrial favorece a abertura da valva mitral iniciando o esvaziamento do átrio esquerdo. Este é um fenômeno passivo, havendo um enchimento rápido, com chegada de apreciável volume de sangue no ventrículo, cerca de 75% do volume diastólico de sangue do ventrículo. Este momento corresponde à descendente y do atriograma, e esta fase da diástole é chamada de enchimento ventricular rápido.
Destacam-se os seguintes fatos:
a) durante o enchimento ventricular, o relaxamento dessa cavidade continua processando-se até que o tônus do miocárdio volte ao normal e passe a oferecer resistência a novo aporte sangüíneo;
b) a saída de grande volume do átrio esquerdo para o ventrículo determina um declíneo da pressão atrial responsável pela descendente y da curva atrial;
c) a mais baixa pressão intraventricular durante a diástole é denominada pressão diastólica inicial ( Pdi ou Pd1).
Os folhetos da valva mitral, amplamente abertos durante a fase de enchimento ventricular rápido, permanecem semi-abertos no final dessa fase, devido à diferença de pressão entre o átrio e o ventrículo esquerdos. Este pequeno gradiente de pressão reduz significativamente o afluxo sangüíneo. É a fase de enchimento ventricular reduzido.
Momentaneamente, o coração volta a ficar em repouso elétrico e mecânico, até que um novo estímulo gerado pelo nó sinusal reinicie a seqüência de fenômenos que constituem o ciclo cardíaco. Será mais fácil compreender o ciclo cardíaco se forem acrescentadas algumas observações relativas ao funcionamento de ambos os ventrículos.
1. Os níveis de pressão no lado direito do coração são mais baixos do que no lado esquerdo. A explicação para tal diferença reside no fato de que a resistência vascular pulmonar ser menor do que a sistêmica.
2. A valva mitral fecha-se antes da tricúspide, por serem mais abundantes as ramificações do sistema His-Purkinje no lado esquerdo. Tal fato propicia a chegada mais precoce do estímulo elétrico à musculatura, fazendo com que a sístole do lado esquerdo se inicie ligeiramente antes da sístole do ventrículo direito.
3. Apesar de o ventrículo direito começar sua contração mais tarde, seu esvaziamento inicia-se antes do que o do ventrículo esquerdo. Isso ocorre por que o nível de pressão ventricular à direita ultrapassa a pressão intrapulmonar mais rapidamente do que o faz o ventrículo esquerdo em relação à pressão intra-aórtica.
4. No entanto, o ventrículo esquerdo completa sua ejeção antes do ventrículo direito, por ser o nível pressórico intra-aórtico mais alto do que o intrapulmonar, o que faz com que haja uma inversão do gradiente de pressão mais precoce no lado esquerdo do coração.
5. Assim, a segunda bulha (B2) será formada por dois componentes normalmente audíveis: aórtico e pulmonar, ocorrendo primeiro o componente aórtico.
6. A inspiração aumenta a negatividade da pressão torácica e acentua a pressão abdominal, determinando maior afluxo de sangue ao ventrículo direito. Tal fato retarda a sístole do ventrículo direito, separando os componentes aórticos e pulmonar da segunda bulha (desdobramento fisiológico).
7.Inversamente, a expiração aumenta a pressão positiva pulmonar, promovendo maior chegada de sangue ao ventrículo esquerdo, com aproximação dos dois componentes da B2.
Em suma, o ciclo cardíaco constitui-se dos seguintes períodos:
SÍSTOLE: período de contração isovolumétrica período de ejeção ventricular: ejeção rápida ejeção lenta protodiástole de Wiggers
DIÁSTOLE: período de relaxamento isovolumétrico período de enchimento ventricular : rápido lento período de contração atrial
ok
2007-02-09 11:09:09
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answer #2
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answered by M.M 7
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A unidade é mmHg, ou seja, milímetros de Mercúrio. Isto porque. os antigos aparelhos para medição da pressão arterial eram conectados à grandes tubos capilares preenchidos pelo metal líquido. E nesse tubo, eram observadas as oscilações da pressão distólica e sistólica. O tubo eram subdividido em milímetros. Daí a padronização da unidade...
2007-02-08 19:11:18
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answer #5
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answered by Gis 4
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