SOBRE MINHA FÃ
(para ler e conferir)
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1.Quero falar sobre a minha fé.
2.Em toda a minha vida, mesmo em meus momentos de maior fé, paz e tranqüilidade, quando ainda era cristão, jamais experimentei algo como o que estou experimentando agora.
3.Minha impressão é a de que, sem o perceber, acabei abrindo um portal-dimensional onde o tempo simplesmente parou . . .
4.Agora é como se eu já tivesse saÃdo desta dimensão e apenas aguardo a humanidade chegar a um nÃvel de melhor entendimento.
5.A minha fé é aquela quando, depois de tudo o que foi dito e feito, você começa então, a acreditar naquilo que realmente sempre quis acreditar e que gostaria que todos acreditassem; quando você começa a acreditar num final feliz para toda a humanidade e para todos; quando você finalmente usa a sua minúscula e insignificante fé, para acreditar NO MÃXIMO E NO VERDADEIRAMENTE IMPOSSÃVEL.
6.Aliás, esclarecendo um pouco as coisas sobre a fé; ela não é medida pela intensidade da força com a qual você acredita, MAS PELAS DIMENSÃES DAQUILO EM QUE VOCà ACREDITA.
7.à a fé que vem quando você finalmente consegue acreditar no que nunca existiu, no que nunca foi prometido, no que nunca foi planejado, no que nunca foi previsto, no que nunca foi escrito, no que nunca foi profetizado, no que nunca foi mudado, enfim, quando você acredita na última barreira a ser vencida pela total solidariedade humana.
8.à a fé que você tem quando crê no bem sem a menor sombra do mal; e quando você crê no bem, sem a menor sombra, sem a menor segurança, sem o menor aceno, sem a menor possibilidade concreta de que se realize qualquer coisa daquilo em que você crê.
9.à a fé que você tem, mesmo que alguém muito e muito importante construa uma gigantesca e intransponÃvel muralha diante de você com as seguintes palavras: “Passarão os céus e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar”.
10.à a fé que você tem, mesmo quando crê contra todas as possibilidades, contra todas as leis, contra todas as ameaças; quando você mergulha fundo e não acha mais o pé, e ainda é capaz de nadar, e então . . . você simplesmente vê tudo, quando nada ainda existe.
11.à a absoluta fé que você tem quando não tem mais qualquer tipo de amparo ou segurança ou promessa, ou aceno, e ainda assim, você está disposto, se for o caso, a perder eternamente a sua própria alma nas chamas do próprio inferno, em favor daquilo que acredita; quando enfim, VOCà SE TORNA UM DEFENSOR INCONTESTE DA HUMANIDADE;
12.Quando, abrindo mão de todas as armas e de toda a força e de toda a covardia e de todo o socorro e de toda a violência, você está disposto a lutar, tendo como armas, única e exclusivamente, as palavras de sua frágil e limitada consciência.
13.Para mim, não existe mais qualquer outro tipo de fé.
14.Para mim, esta é a única e verdadeira fé; ou, o que eu chamaria de fé absoluta; a fé que não depende de absolutamente mais nada ou mais ninguém.
15.Para mim, este é o verdadeiro céu. Sei que outras coisas virão: novos conhecimentos, novos horizontes, novas necessidades, mas, já consegui tudo o que queria.
16.Agora começo a ter um levÃssimo entendimento a respeito da expressão: “E disse Deus: Haja luz, e então, houve luz”
17.Talvez a BÃblia seja um livro de segredos escondidos, e Esse “Deus”, talvez não seja exatamente um ser em si mesmo, mas um certo nÃvel de consciência, a que qualquer um de nós pode chegar, e que talvez seja perene, ou dure apenas alguns milisegundos.
18.A palavra “Rei” pode ocasionalmente definir um ser, mas normalmente define uma posição, um posto.
19.Se “Deus” fosse um “ser” em si mesmo, jamais se preocuparia com qualquer “Diabo” que quisesse roubar-lhe o trono.
20.De qualquer forma, o fato é que, esse alguém, sendo Deus ou dispondo do tÃtulo “Deus” viu tudo, quando ainda nada existia.
21.Aqui está o nosso grito de independência. Aqui começa a solução para o grande enigma que envolve a humanidade. A qualquer momento que quisermos podemos dizer “Haja luz” e então, haverá luz.
22.Não adianta ficar se lamentando ou chorando pelos cantos a perda de nossos entes queridos. Não adianta apenas nos resignarmos ao fatalismo de todas as coisas que foram determinadas.
23.Também não adianta apenas revoltar-se e reclamar e reclamar como um bebê chorão.
24.Só adianta acreditar infinitamente e lutar infinitamente por aquilo em que se crê infinitamente.
25.O sonho ainda não acabou. E já que temos a capacidade de crer (usar nossa fé) então, creiamos no máximo em que pudermos crer.
26.Creiamos no próprio destino que queremos traçar para nós.
27.Estendamos nossos horizontes para além do que foi prometido; para além de todos os limites e regras que nos foram impostos; para além do céu e do inferno, para além dos prêmios e punições, para além de todos os sistemas e de todas as galáxias e então será rompida a grande muralha que nos impede de ver a luz da alva, chamada de “A Grande Muralha da Alva”.
28.à uma porta estreita que nós, por nós mesmos, teremos de perceber, achar e atravessar, e não somente atravessar, mas, até as últimas conseqüências, correndo, por nossa própria conta, todos os riscos, provar que, de fato, queremos sair desse sistema egoÃsta, infantil, estúpido e mesquinho residente em nossa própria imaginação.
29.à uma porta estreita em que poucos passam por ela, mas que, todos, por fim, passarão por ela, de um em um.
30.E mesmo que o próprio, digamos, “Deus” seja o último a passar por ela, mas, com toda a certeza, Ele também haverá de passar.
31.Significa que teremos de perdoar, pelo simples ato de perdoar, sem paralelamente comprar, amarrar, ou criar qualquer vÃnculo de gratidão. Perdoar sem contar, sem lançar mão do pecador, sem aproveitar-se de seu estado de ignorância, sem com isso conquistar domÃnios ou tronos ou qualquer tipo de reconhecimento; tendo como objetivo apenas o futuro esclarecimento de toda a vida inteligente, e nada mais. E aÃ, se for o caso, estar disposto a perdoar o próprio “Deus”.
32.O que tenho, gostaria que todos tivessem, mas não posso obrigar ninguém a passar por esta porta.
33.Compreendo que os riscos são realmente enormes, e que somente aqueles que têm alguma noção do que realmente querem, é que serão os primeiros a passar por ela, e assim, garantir a felicidade de toda a humanidade.
34.A nossa vitória, será a vitória de todos, inclusive dos que se contentaram em ficar aquém desse Jordão.
35.Porque sempre haverá um Jordão em nossas vidas, sempre haverá a vontade de nos acomodarmos com o que temos e sempre haverá a vontade de prosseguir com novas conquistas.
36.“De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mat. 16: 26). à uma pergunta fatal não acham? Mas que adianta ao homem ganhar a sua alma, se tiver de perder a voz de sua própria consciência?
37.Diz a BÃblia que minha consciência é como trapo de imundÃcia (Is. 64: 6) Afinal de contas, “nossas justiças” provêem de nossas consciências.
38.Minha atual consciência pode até mesmo ser um “trapo de imundÃcia”, MAS à MINHA!...
39.E tudo o que eu quero ter é uma consciência que seja realmente minha, mesmo que ela seja vista como um “trapo de imundÃcia” por alguns, ou, até mesmo, pelo próprio “Deus”, não me importo. No mÃnimo, darei a “Deus” o motivo de orgulhar-se ao ver alguém que se conduz; que erra e acerta, seguindo suas experiências e os ditames de sua consciência. Isso eu chamo de verdadeira fé: aquele que ousa seguir a sua própria consciência de origem absolutamente cósmica e universal como todos nós.
40.Estou absolutamente satisfeito com o meu “trapo de imundÃcia”.
41.Com ele tenho a minha fé, mesmo que essa fé seja igualmente outro “trapo de imundÃcia”.
42.Por isso digo: “A minha fé, a minha fé” . . . Como é boa a minha fé! Como foi difÃcil conquistá-la!
44.à um belo trapo de imundÃcia, é o que dizem; eu sei . . . Mas é minha . . . Minha fé é minha paz; porque eu a conquistei! . . .
45.Viva a liberdade conquistada pela própria consciência!...
46.Triste liberdade trazida pelo Rei...
2007-02-08 15:40:41
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answer #2
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answered by Obiwankenobh 2
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