Um amigo meu hoje, professor de Física de uma Universidade me fêz esta pergunta quando preparava sua tese de mestrado, minha resposta foi simples e objetiva: "O conhecimento nunca é desperdiçado, e é sempre muito bom, desde que reconheçamos os seus limites. Veja que tanto a Evolução, quanto o Big Bang são teorias, baseadas em alguns fatos; estes são fragmentos do conhecimento humano que fazem parte de uma gama da ciência muito maior; Na área da Física, por exemplo temos a Física Quântica e a teoria da relatividade; ambas explicam sob seu ponto de vista e parecem contradizer-se em muitas questões; porém sabemos que ambas apresentam verdades.
Do ponto de vista da teoria da evolução, temos algumas questões críticas como a que você apontou; O Homem foi feito do barro ou foi uma evolução de outros animais; Nesta questão veja que não há ciência na proposta Darwiniana, senão suposição; Não foi encontrado o elo de ligação entre homem e macaco (o famoso Elo perdido) e estas pesquisas esbarram em muitas contradições como admitem os próprios evolucionistas, ao lado da criação do barro temos o seguinte fator; Todos os elementos encontrados no corpo humano existem no reino mineral (ferro, cálcio, fósforo, água etc.) logo a única questão aí é a existência de um Deus Criador, que alguns tentam usar a idéia da evolução para descartar Deus.
Por outro lado a teoria da evolução (que eu chamaria de adaptação das espécies e não de evolução) já sugeriu, por exemplo que as cobras possuiam pés (teriam evoluido ou sofrido mutações pois eram como os lagartos) Isto coincide exatamente com a afirmação Bíblica "Sobre o teu ventre andarás..." (Gênesis 3) também em Apocalípse esta serpente é chamada de Dragão (um lagarto) o que revela exatamente o que os pesquisadores sugeriram; outra coisa que as pesquisas ajudam a compreender é a questão da arca de Noé, pergunta que já foi feita várias vezes aqui; note que Deus manda a Noé que coloque dois animais de cada espécie; se pensarmos em todos os animais que temos hoje no mundo, não haveria espaço na arca; no entanto se pensarmos nos felinos como um único grupo por exemplo, torna-se mais fácil; há uma lenda judaica (Não é a Bíblia) que diz que os gatos teriam surgido à partir do espirro do Leão dentro da arca; Vejam que as pesquisas tem razão mas não como evolução, senão como adaptação; os animais se adaptam ao seu ambiente para sobrevivência (É isto que comprovam as pesquisas) O colorido das onças, panteras, tigres (todos felinos), a mimetização desses animais são fundamentalmente adaptações ao ambiente, que lhes permitem maior eficiencia tanto para atacarem, quanto para se defenderem.
outra questão é a do Big Bang; excetuando-se a questão do tempo, esta teoria parece narrar a criação de Deus; é bom elucidar 3 pontos importantes:
1º A Bíblia diz que Para Deus Mil anos é como um dia e um dia como mil anos - isto implica em relatividade do tempo
2º A Teoria da relatividade diz que o tempo é relativo (logo contado à partir do ponto de vista do observador; se estivermos andando próximo à velocidade da luz, o tempo passará muito mais lento para nós do que para os outros.
3º O tempo é contado à partir de eventos, ou seja um dia é o tempo em que a terra gira em torno de si mesma, logo se a terra mudar o tempo de sua rotação o dia será mais demorado ou mais rápido; na teoria do big bang os mais de treze bilhões de anos do universo são contados por uma série de cálculos da distância entre as estrelas e sua velocidade de afastamento., assim uma mudança em algum periodo desta velocidade tornaria os cálculos dos físicos totalmente errados.
Por fim podemos afirmar que as pesquisas sempre nos darão melhor conhecimento das coisas, mas precisamos conhecer seus limites.
2007-02-04 01:33:07
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answer #1
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answered by rohi 7
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Considerações e Concordâncias Bíblicas Concernentes à Criação
59. Os povos hão formado idéias muito divergentes acerca da Criação, de acordo com as luzes que possuíam. Apoiada na Ciência, a razão reconheceu a inverossimilhança de algumas dessas teorias. A que os Espíritos apresentam confirma a opinião de há muito partilhada pelos homens mais esclarecidos.
A objeção que se lhe pode fazer é a de estar em contradição com o texto dos livros sagrados. Mas, um exame sério mostrará que essa contradição é mais aparente do que real e que decorre da interpretação dada ao que muitas vezes só tinha sentido alegórico.
A questão de ter sido Adão, como primeiro homem, a origem exclusiva da Humanidade, não é a única a cujo respeito as crenças religiosas tiveram que se modificar. O movimento da Terra pareceu, em determinada época, tão em oposição às letras sagradas, que não houve gênero de perseguições a que essa teoria não tivesse servido de pretexto, e, no entanto, a Terra gira, mau grado aos anátemas, não podendo ninguém hoje contestá-lo, sem agravo à sua própria razão.
Diz também a Bíblia que o mundo foi criado em seis dias e põe a época da sua criação há quatro mil anos, mais ou menos, antes da era cristã. Anteriormente, a Terra não existia; foi tirada do nada: o texto é formal. Eis, porém, que a ciência positiva, a inexorável ciência, prova o contrário. A história da formação do globo terráqueo está escrita em caracteres irrecusáveis no mundo fóssil, achando-se provado que os seis dias da criação indicam outros tantos períodos, cada um de, talvez, muitas centenas de milhares de anos. Isto não é um sistema, uma doutrina, uma opinião insulada; é um fato tão certo como o do movimento da Terra e que a Teologia não pode negar-se a admitir, o que demonstra evidentemente o erro em que se está sujeito a cair tomando ao pé da letra expressões de uma linguagem freqüentemente figurada. Dever-se- á daí concluir que a Bíblia é um erro? Não; a conclusão a tirar-se é que os homens se equivocaram ao interpretá-la.
Escavando os arquivos da Terra, a Ciência descobriu em que ordem os seres vivos lhe apareceram na superfície, ordem que está de acordo com o que diz a Gênese, havendo apenas a notar-se a diferença de que essa obra, em vez de executada milagrosamente por Deus em algumas horas, se realizou, sempre pela Sua vontade, mas conformemente à lei das forças da Natureza, em alguns milhões de anos. Ficou sendo Deus, por isso, menor e menos poderoso? Perdeu em sublimidade a Sua obra, por não ter o prestígio da instantaneidade? Indubitavelmente, não. Fora mister fazer-se da Divindade bem mesquinha idéia, para se não reconhecer a sua onipotência nas leis eternas que ela estabeleceu para regerem os mundos. A ciência, longe de apoucar a obra divina, no-la mostra sob aspecto mais grandioso e mais acorde com as noções que temos do poder e da majestade de Deus, pela razão mesma de ela se haver efetuado sem derrogação das leis da Natureza. De acordo, neste ponto, com Moisés, a Ciência coloca o homem em último lugar na ordem da criação dos seres vivos. Moisés, porém, indica, como sendo o do dilúvio universal, o ano 1654 da formação do mundo, ao passo que a Geologia nos aponta o grande cataclismo como anterior ao aparecimento do homem, atendendo a que, até hoje, não se encontrou, nas camadas primitivas, traço algum de sua presença, nem da dos animais de igual categoria, do ponto de vista físico. Contudo, nada prova que isso seja impossível.
Muitas descobertas já fizeram surgir dúvidas a tal respeito. Pode dar-se que, de um momento para outro, se adquira a certeza material da anterioridade da raça humana e então se reconhecerá que, a esse propósito, como a tantos outros, o texto bíblico encerra uma figura. A questão está em saber se o cataclismo geológico é o mesmo a que assistiu Noé. Ora, o tempo necessário à formação das camadas fósseis não permite confundi-los e, desde que se achem vestígios da existência do homem antes da grande catástrofe, provado ficará, ou que Adão não foi o primeiro homem, ou que a sua criação se perde na noite dos tempos. Contra a evidência não há raciocínios possíveis; forçoso será aceitar-se esse fato, como se aceitaram o do movimento da Terra e os seis períodos da Criação.
A existência do homem antes do dilúvio geológico ainda é, com efeito, hipotética.
Eis aqui, porém, alguma coisa que o é menos. Admitindo-se que o homem tenha aparecido pela primeira vez na Terra 4.000 anos antes do Cristo e que, 1650 anos mais tarde, toda a raça humana foi destruída, com exceção de uma só família, resulta que o povoamento da Terra data apenas de Noé, ou seja: de 2.350 anos antes da nossa era. Ora, quando os hebreus emigraram para o Egito, no décimo oitavo século, encontraram esse país muito povoado e já bastante adiantado em civilização. A História prova que, nessa época, as Índias e outros países também estavam florescentes, sem mesmo se ter em conta a cronologia de certos povos, que remonta a uma época muito mais afastada. Teria sido preciso, nesse caso, que do vigésimo quarto ao décimo oitavo século, isto é, que num espaço de 600 anos, não somente a posteridade de um único homem houvesse podido povoar todos os imensos países então conhecidos, suposto que os outros não o fossem, mas também que, nesse curto lapso de tempo, a espécie humana houvesse podido elevar-se da ignorância absoluta do estado primitivo ao mais alto grau de desenvolvimento intelectual, o que é contrário a todas as leis antropológicas.
A diversidade das raças corrobora, igualmente, esta opinião, O clima e os costumes produzem, é certo, modificações no caráter físico; sabe-se, porém, até onde pode ir a influência dessas causas. Entretanto, o exame fisiológico demonstra haver, entre certas raças, diferenças constitucionais mais profundas do que as que o clima é capaz de determinar. O cruzamento das raças dá origem aos tipos intermediários. Ele tende a apagar os caracteres extremos, mas não os cria; apenas produz variedades. Ora, para que tenha havido cruzamento de raças, preciso era que houvesse raças distintas. Como, porém, se explicará a existência delas, atribuindo-se-lhes uma origem comum e, sobretudo, tão pouco afastada? Como se há de admitir que, em poucos séculos, alguns descendentes de Noé se tenham transformado ao ponto de produzirem a raça etíope, por exemplo? Tão pouco admissível é semelhante metamorfose, quanto a hipótese de uma origem comum para o lobo e o cordeiro, para o elefante e o pulgão, para o pássaro e o peixe. Ainda uma vez: nada pode prevalecer contra a evidência dos fatos.
Tudo, ao invés, se explica, admitindo-se: que a existência do homem é anterior à época em que vulgarmente se pretende que ela começou; que diversas são as origens; que Adão, vivendo há seis mil anos, tenha povoado uma região ainda desabitada; que o dilúvio de Noé foi uma catástrofe parcial, confundida com o cataclismo geológico; e atentando-se, finalmente, na forma alegórica peculiar ao estilo oriental, forma que se nos depara nos livros sagrados de todos os povos. Isto faz ver quanto é prudente não lançar levianamente a pecha de falsas a doutrinas que podem, cedo ou tarde, como tantas outras, desmentir os que as combatem. As idéias religiosas, longe de perderem alguma coisa, se engrandecem, caminhando de par com a Ciência. Esse o meio único de não apresentarem lado vulnerável ao cepticismo.
2007-02-04 08:27:03
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answer #8
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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