VII. As indulgências
Da Constituição “Indulgentiarum Doctrina”, de Paulo VI, de 1º de janeiro de 1967.
· Que são as indulgências? Indulgência é a remissão diante de Deus da pena temporal devida pelos pecados, já perdoados no que se refere à culpa, que ganha o fiel, convenientemente preparado, em certas e determinadas condições, com ajuda da Igreja que, como administradora da Redenção, dispensa e aplica com plena autoridade o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos.
· Quantas espécies há de indulgência? Há duas espécies: a plenária e a parcial, segundo libertam totalmente ou em parte da pena temporal devida pelos pecados. Tanto uma como a outra podem aplicar-se pelos defuntos a modo de sufrágio.
· Quantas indulgências plenárias se podem ganhar por dia? Somente uma por dia, a não ser in articulo mortis, caso em que o fiel poderá ganhar a indulgência plenária por esse motivo, ainda que no mesmo dia tenha ganho já outra indulgência plenária.
· Que se requer para ganhar indulgência plenária? Requer-se: a) realizar a obra enriquecida com a indulgência; b) confissão sacramental; c) comunhão eucarística, e d) oração pelas intenções do Papa. Além disso, é necessário que não exista nenhum afeto a qualquer pecado, mesmo venial.
· Quando se devem cumprir as condições de confissão, comunhão e oração pelo Papa? Ainda que possam cumprir-se alguns dias antes ou depois da execução da obra prescrita, é conveniente que a comunhão e a oração pelo Papa se realizem no mesmo dia em que se faça a obra. Com uma só confissão podem ganhar-se várias indulgências plenárias; pelo contrário, com uma só comunhão e uma só oração pelo Papa, somente se pode ganhar uma indulgência plenária.
· Que é que se perdoa com uma indulgência parcial? Ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, realiza uma obra enriquecida com indulgência parcial, é-lhe concedida, por graça da Igreja, uma remissão da pena temporal igual à que ele recebe pela própria obra.
Principais obras indulgenciadas
Com data de 29 de junho de 1968, a Sagrada Penitenciaria Apostólica publicou o decreto promulgatório do novo “Enchiridion das Indulgências”. Apresentamos a seguir um resumo desse decreto.
· Concessões gerais: 1. “Concede-se indulgência parcial ao fiel que, ao cumprir os seus deveres e ao suportar as dificuldades da vida, eleva o espírito a Deus, com humilde confiança, acrescentando – inclusive apenas mentalmente – alguma piedosa invocação”; 2. “Concede-se indulgência parcial ao fiel que, com espírito de fé, se entrega a si mesmo ou os seus bens com ânimo misericordioso ao serviço dos irmãos necessitados” (qualquer necessidade: no corpo, na alma, na inteligência); 3. Concede-se indulgência parcial ao fiel que espontaneamente, com espírito de penitência, se priva de alguma coisa lícita que lhe é agradável”.
· Orações e práticas indulgenciadas com indulgência plenária: 1. Adoração ao Santíssimo Sacramento, pelo menos durante meia hora; 2. Leitura da Sagrada Escritura, pleo menos durante meia hora; 3. Exercício da Via-Sacra, diante das estações legitimamente erigidas; 4. Recitação do terço do Rosário na Igreja ou oratório ou em família, em comunidade religiosa ou em associação piedosa; 5. Recitação da oração a Jesus Crucificado nas Sextas-feiras da Quaresma. Nos outros dias do ano, há indulgência parcial; 6. Assistência ao ato de clausura de Congresso Eucarístico; 7. Exercícios espirituais ou retiro que durem pelo menos três dias; 8. Primeira Comunhão: aos que a fazem ou assistem à celebração; 9. Primeira Missa solene do neo-sacerdote e aos que assistem à mesma; 10. Datas jubilares da ordenação sacerdotal (25º, 50º e 60º aniversário) ao sacerdote e aos que assistem à Missa, celebrada com certa solenidade; 11. Visita à igreja catedral e paroquial no dia da festa do titular e no dia 02 de agosto; 12. Visita à igreja ou ao altar no dia da sagração; 13. Visita à igreja ou ao oratório na comemoração de todos os fiéis defuntos (só aplicável aos defuntos). Esta indulgência, com o consentimento do Ordinário, pode ganhar-se no Domingo anterior ou posterior ao dia de Todos os Santos; 14. Visita à igreja e ao oratório dos religiosos na festa do Santo Fundador; 15. Renovação das promessas batismais, usando qualquer fórmula aprovada, no dia da Vigília Pascal e no dia do aniversário do Batismo.
Ainda se usam as Indulgências - veja abaixo
· Orações e práticas indulgenciadas com indulgência parcial: 1. A recitação do Angelus ou Regina Coeli; 2. A oração Lembrai-vos; 3. A novena antes do Natal do Senhor, do Pentecostes ou da Imaculada Conceição, feita em público; 4. Oração pelas vocações sacerdotais ou religiosas. A oração deve ser aprovada pela autoridade eclesiástica, com este fim; 5. A Salve Rainha; 6. A recitação da oração Alma de Cristo; 7. O ensino e o aprendizado de qualquer matéria de doutrina cristã; 8. O uso de um objeto piedoso (crucifixo, cruz, terço, escapulário, medalha) bento por um sacerdote. Se for bento pelo papa ou por um Bispo, o fiel que o usar devotamente pode ganhar indulgência plenária no dia da festa de São Pedro e São Paulo, acrescentando, com qualquer fórmula legítima, a profissão de fé.
2007-01-31 04:29:38
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answer #1
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answered by ♥ ŠÜZÎ ♥ 7
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Silvia,
Na época de Lutero e Calvino a igreja católica VENDIA indulgências ou perdões divinos. Seria o mesmo que vender a garantia de receber um pedacinho do paraíso.
A prática era tão horrenda e grotesca que alguns padres (eu acho) protestaram contra aquilo gerando uma "cisma" ou cisão da igreja... criando o protestantismo.
Acredito que não se venda mais indulgências pq seja um ato bizarro de pura ganância.
Mas agora me veio à cabeça... será que algumas igrejinhas de esquina não continuam fazendo isso??? Vendendo o céu para quem puder pagar?
Abraços,
2007-01-31 04:56:58
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answer #2
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answered by no_stress_123 3
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Olá Silvia..
A indulgência foi o ponto mais forte que Martinho Lutero encontrou para contestar a igreja católica. Indulgência era o perdão que a igreja concedia aos seus pecadores. Acontece para que alguém tivesse seu pecado perdoado pela igreja ele tinha que pagar, ou seja, comprar as indulgências, que era então seu perdão. As indulgências foram as principais fontes de enriquecimento da igreja católica, com elas a igreja fez fortuna.
Qdo Lutero foi excomungado pelo Papa por ele discordar dessa dentre outras práticas da igreja, nasceu o protestantismo. Resta-nos agora Silvia refletir se as indulgências foram práticas da antiguidade ou se ainda continuam sendo práticas de mts ambientes religiosos mudando apenas de nome. Mas nisso não vou entrar em detalhes pq vc como uma pessoa inteligente saberá refletir sozinha construindo sua opinião autêntica.
Espero q minha resposta tenha a ajudado...tchauzinho.
2007-01-31 04:35:35
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answer #3
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answered by Bella 4
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Indulgência seria um tipo de perdão, antigamente era vendida indulgências para pecadores, e com isso eles obtiam o perdão perante a igreja católica.Era na verdade uma forma da igreja arrecadar mais dinheiro usando a fé do povo. Foi muito criticada na Alemanha por Lutero, que tentou desmascarar essa comercialização de fé. Hoje não é mais utilizada pois, como se sabe, a igreja não é mais tão poderosa na vida das pessoas, sem contar que com o desmascaramento que Lutero fez acabou por causar descrença em relação a esse ato.
2007-01-31 04:30:11
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answer #4
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answered by Roberta 1
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Não se usa muito, mas se usa. Indulgência é compreensão.
2007-01-31 04:26:40
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answer #5
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answered by Paulo 5
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Indulgência
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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A venda de indulgências na Alemanha, no século XVI.Uma indulgência, na teologia católica, é o perdão ao cristão das penas temporais devidas a Deus pelos pecados cometidos na vida terrena. Estas indulgências são concedidas apenas depois que o pecado e o seu imanente castigo de danação eterna tenham sido perdoadas pelo Sacramento da Reconciliação, ou Penitência, servindo para perdoar apenas as "penas temporais" causadas pelo pecado, ou seja, para reparar o mal causado como conseqüência do pecado, através de ações piedosas.
Para o Catolicismo, a salvação tornada possível por Jesus Cristo permite ao pecador fiel a admissão no céu. O batismo livra o registro do pecador e resulta no perdão completo de todos os pecados, mas qualquer pecado cometido após o batismo origina uma penalidade que não foi perdoada. Pecados graves, praticados por malícia, ou livre consentimento, são pecados mortais, eles extinguem a graça santa da alma do fiel e condenam-no ao inferno. Para estes pecadores, a graça tem de ser restaurada pela perfeita contrição, administrada através do Sacramento da Reconciliação; mesmo nesse caso, permanece uma penalidade devida a Deus que deverá ser expiada neste mundo ou no pós-vida. Outros pecados, menos graves, são perdoáveis e provocam uma penalidade devida a Deus, mesmo que não percam a salvação.
Exemplos bíblicos de como a pena temporal deve ser paga podem ser vistos no fato de Davi, culpado por homicídio e adultério, mesmo depois de perdoado, teve como pena a morte de seu filho; também temos Moisés e Aarão que, não obstante serem perdoados por Deus, tiveram que sofrer a pena de não entrar na terra prometida.
As indulgências removem, assim, algumas ou todas estas penalidades devidas pelos pecados dos fieis; e pode ser feita em favor de si mesmo ou em favor de um defunto, dependendo da obra de indulgência. Ir ao cemitério rezar pelos falecidos, por exemplo, concede indulgência aplicável apenas a almas no purgatório.
Uma indulgência vendida por autoridade do papa por João Tetzel em 1517. O texto em alemão:
"Pela autoridade de todos os santos, e em misericórdia perante ti, eu absolvo-te de todos os pecados e crimes e dispenso-te de quaisquer castigos por 10 dias"
A prática das indulgencias pela Igreja Católica não deve ser considerada, em nenhum momento como uma forma de troca ou de pagamento pelos pecados, ainda que alguns fiéis desatentos pratiquem-na dessa forma. Na realidade deve ser considerada como uma forma de procurar encontrar o Verdadeiro Perdão, após o Sacramento da Reconciliação, visando "purgar" o pecado que cometeu afim de corrigir um mal criado por este pecado. Do mesmo modo que um ladrão, conseguído já o perdão daquele que foi roubado, deve restituir o dono com o dinheiro equivalente ao que foi extorquído.
É também um fato que, ao contrário do ocorrido no passado, erroneamente feito pelos maus padres da Igreja, não é aceito somente dinheiro como forma de indulgência. Financeiramente pode-se apenas auxiliar obras de caridades, afim de aumentar no penitente o desapego aos bens materiais; tendo-se, no entanto, sempre o dinheiro como meio de alcançar a obra indulgenciária, e não como um fim em si.
Entre as práticas que levam ao perdão da indulgência, há, por exemplo, a reza do Rosário, os Exercícios Espirituais (de Santo Inácio de Loyola), a leitura piedosa das Sagradas Escrituras, bem como o uso constante de um objeto de piedade, devidamente benzido pelo Sumo Pontífice ou por um Bispo, (Crucifixos, medalhas bentas etc.). Além disso, certas orações aprovadas pela autoridade eclesiástica também conferem indulgências, são algumas delas:
"Nós vos damos graças, Senhor, por todos os vossos benefícios. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém".
Santo Anjo (oração ao Anjo da Guarda).
Angelus, Regina Caeli.
Alma de Cristo.
Creio.
Ladainhas aprovadas pela Igreja.
Magnificat.
Lembrai-vos.
Miserere.
Ofícios breves: Ofícios breves da Paixão de Cristo, Sagrado Coração de Jesus, da Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição e de São José.
Oração mental.
Salve Rainha.
Sinal da Cruz.
Veni Creator.
(Veja-se o "Manual das Indulgências", editado pela Penitenciária Apostólica).
Das primeiras formas de indulgências às que temos hoje em dia houve grandes modificações, visto que as antigas eram muito mais físicas, o que impossibilitava o cumprimento pelas pessoas mais idosas. Nas primeiras épocas do cristianismo, os mártires, segundo o exemplo do Cristo, procuravam oferecer suas mortes e sacrificios em favor dos mais idosos, comutando as penas temporais que estes deveriam sofrer, criando-se desta forma as primeiras práticas indulgenciárias.
Há ainda hoje uma série de discussões sobre a prática indulgenciária, sobretudo entre o Protestantismo e o Catolicismo - sendo que as indulgências (a má aplicação delas), foram uma das causas primordiais que provocaram a ruptura de Lutero com a Igreja Católica.
2007-01-31 04:13:07
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answer #6
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answered by Ricardão 7
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O que é indulgência? O Código de Direito Canônico ensina que: "Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos". (Cf. c. 992.)
As indulgências podem ser parcial ou plenária: "A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados". (Cf. c. 993).
Na comemoração dos Fiéis Defuntos os fiéis poderão lucrar indulgência da seguinte maneira: aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice: nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial.
2007-01-31 04:12:38
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answer #7
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answered by Anonymous
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1 disposição ou tendência para perdoar culpas ou erros; clemência, misericórdia
2 absolvição de pena, ofensa ou dívida; desculpa, indulto, perdão
3 Rubrica: religião.
no catolicismo, remissão total ou parcial das penas temporais cabíveis para pecados cometidos, que a Igreja concede depois de os mesmos terem sido perdoados
4 Derivação: por extensão de sentido.
condescendência benevolente (na avaliação de algo); ausência de rigor; benevolência, transigência
Ex.: usou de i. quando corrigiu as redações
5 Derivação: por extensão de sentido.
capacidade de aceitar atitudes e idiossincrasias alheias; complacência, tolerância
6 qualidade de quem é indulgente
2007-01-31 04:09:25
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answer #8
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answered by Strider 6
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Te explicarei o que é indulgência sem nenhum Ctrl+C, Ctrl+V, é assim:
Indulgência é a cobrança feita pelas igrelas para que perdoar os pecados.
E agora te explicarei para onde vai este dinheiro:
Quando abrir uma nova igreja, analise como os responsáveis por ela andam, depois de alguns meses, verás como eles tem carros bonitos, a igreja é uma organização altamente lucrativa e os responsáveis por ela não pensam no nosso BEM, pensam nos nossos BENS.
2007-01-31 04:18:38
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answer #9
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answered by MotoqueiroCrazy 5
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é uma palavra, mas se usa ainda essa palavra.
2007-01-31 04:08:39
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answer #10
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answered by KK4 2
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