Iconoclastia (do grego εικών, eikon [ícone], e κλαστειν, klastein [quebrar]) é a doutrina que se opõe ao culto de ícones religiosos e outras obras, geralmente por motivos políticos ou religiosos. No âmbito do cristianismo, a iconoclastia é geralmente motivada pela interpretação literal dos dez mandamentos, que proíbem os fiéis de adorar imagens. As pessoas envolvidas em tais práticas são conhecidas como iconoclastas, um termo que passou a ser aplicado a qualquer um que quebra dogmas ou convenções estabelecidas ou as desdenha. Inversamente, aqueles que reverenciam ou veneram os ícones são conhecidos como iconófilos. A iconoclastia pode acontecer com povos de religiões diferentes, mas é freqüentemente o resultado de disputas entre facções de uma mesma religião. Foi importante na história da Igreja Ortodoxa durante o Império Bizantino, nos séculos VIII e IX.
A iconoclastia nasceu no império bizantino ameaçado pelo islamismo. Aos olhos dos governantes, deveria servir para acabar com práticas religiosas, que se confundiam com a idolatria, e para evitar a intervenção armada dos muçulmanos. Leão III Isáurico (717-741) foi quem desencadeou a querela das imagens. Este imperador, sírio de origem, conhecia o monofisismo e o islamismo. Os bizantinos, a exemplo dos gregos clássicos, preferiam as figuras humanas. As lutas cristológicas e a interpretação do Corão buscavam uma espiritualidade pura e a escolha dos velhos temas artísticos que ignoravam a representação de seres vivos. A aversão às imagens santas vinha dos fiéis que viam, no perigo exterior (árabes) e no interior, o castigo do Senhor, provocado pelos ímpios adoradores de imagens. Alegavam ser imprudente provocar os muçulmanos, que rejeitavam as imagens porque eram mudas e não respiravam.
A partir de 724, o imperador Leão III começou sua campanha contra as imagens e ordenou sua destruição. Os bispos ortodoxos reagiram a favor delas e o papa Gregório II (715-731) condenou a iconoclastia de Leão III. Mas o imperador prosseguiu sua luta contra as imagens e contra seus fabricantes.
No Concílio Romano de 731, o Papa Gregório III condenou os profanadores de imagens e confirmou seu culto.
Constantino V, filho de Leão III, cultivou aversão às imagens. No dia 28 de agosto de 753, reuniu numerosos bispos em Heiria, na presença de um novo patriarca, cuja eleição havia favorecido, e promulgou no Fórum os decretos que proscreviam as imagens. Comparou o culto às imagens à idolatria. Proibiu a imagem do próprio Cristo. Dizia que a única imagem de Cristo é a Eucaristia tal como consta na liturgia de S. Basílio. Apesar da heresia de Constantino V, os bispos presentes em Heiria confirmaram o culto da santa Virgem e a intercessão dos santos.
A perseguição do imperador foi violenta, e houve numerosos mártires. Os patriarcas orientais e os latinos censuraram a iconoclastia oficial do palácio e do patriarca bizantino.
Leão IV, filho de Constantino, era iconoclasta, mas não destruiu imagens, nem perseguiu os veneradores de imagens. Sua esposa Irene respeitava os monges e venerava as imagens. Depois da morte do imperador, em 780, Irene tentou acabar com a iconoclastia. Com a prévia aprovação do Papa e dos Patriarcas, foi convocado o VII Concílio ecumênico em 786. Nesse Concílio, realizado em Nicéia, em 787, foram condenados os iconoclastas, restabeleceu-se a união das Igrejas, o culto das imagens e a veneração dos santos.
Os iconoclastas, contudo, não desapareceram. Quando o imperador Constantino VI buscou apoio para obter a legitimação de seu concubinato com sua amante Teodotea, os iconoclastas reapareceram em cena. Irene retomou o poder (797-802). Depois os imperadores se tomaram mais moderados, exceto Leão V, o Armênio (813-820), que perseguiu os veneradores de imagens. Mas, defendendo as imagens, os ortodoxos punham em dúvida o poder do imperador para legislar em matéria religiosa. Teodoro Estudita, por sua vez, insistia em que o Papa de Roma era a última instância para todas as questões de fé.
2007-01-29 17:34:52
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answer #1
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answered by Perfil Desativado 7
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Iconoclastia é a tendência pra ser Iconoclasta.
E iconoclasta é aquela pessoa que DESTRÓI imagens, ou que condena o culto de imagens ou dos ídolos. Pode servir tbm para definir, em sentido figurado, aquele que é contra tradições ou opiniões estabelecidas. Quanto ao LEAO III, não sei da história não. É isso.
2007-01-29 17:33:03
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answer #2
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answered by ToBeOver 2
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iconoclastia é o culto à ícones
não só físicos, mas também ideológicos
ao contrário da sua afimação, até hoje ele eh praticado no cristianismo, através, por exemplo, do culto aos Dez Mandamentos
quanto ao Imperador Leão II.. não sei te responder
2007-01-29 17:16:37
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answer #3
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answered by Anonymous
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