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9 respostas

A Fé Raciocinada:

- Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade. (Allan Kardec)

- A fé viva não é patrimônio transferível. É conquista pessoal. - (André Luiz)

FÉ, ESPERANÇA, CONSOLAÇÕES

Leon Denis
A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita Potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
Ninguém adquire essa fé sem ter passado pelas tribulações da dúvida, sem ter padecido as angústias que embaraçam o caminho dos investigadores. Muitos param em esmorecida indecisão e flutuam longo tempo entre opostas correntezas. Feliz quem crê, sabe, vê e caminha firme. A fé então é profunda, inabalável, e habilita-o a superar os maiores obstáculos. Foi neste sentido que se disse que a fé transporta montanhas, pois, como tais, podem ser consideradas as dificuldades que os inovadores encontram no seu caminho, ou seja, as paixões, a ignorância, os preconceitos e o interesse material.
Geralmente se considera a fé como mera crença em certos dogmas religiosos, aceitos sem exame. Mas a verdadeira fé está na convicção que nos anima e nos arrebata para os ideais elevados. Há a fé em si próprio, em uma obra material qualquer, a fé política, a fé na pátria. Para o artista, para o pensador, a fé é o sentimento do ideal, é a visão do sublime fanal aceso pela mão divina nos alcantis eternos, a fim de guiar a Humanidade ao Bem e à Verdade.
É cega a fé religiosa que anula a razão e se submete ao juízo dos outros, que aceita um corpo de doutrina verdadeiro ou falso, e dele se torna totalmente cativa. Na sua Impaciência e nos seus excessos, a fé cega recorre facilmente à perfídia, à subjugação, conduzindo ao fanatismo. Ainda sob este aspecto, é a fé um poderoso incentivo, pois tem ensinado os homens a se humilharem e a sofrerem. Pervertida pelo espírito de domínio, tem sido a causa de muitos crimes, mas, em suas conseqüências funestas, também deixa transparecer suas grandes vantagens.
Ora, se a fé cega pôde produzir tais efeitos, que não realizará a fé esclarecida pela razão, a fé que julga, discerne e compreende? Certos teólogos exortam-nos a desprezar a razão, a renegá-la, a rebatê-la. Deveremos por isso repudiá-la, mesmo quando ela nos mostra o bem e o belo? Esses teólogos alegam os erros em que a razão caiu e parecem, lamentavelmente, esquecer que foi a razão que descobriu esses erros e ajudou-nos a corrigi-los.
A razão é uma faculdade superior, destinada a esclarecer-nos sobre todas as coisas. Como todas as outras faculdades, desenvolve-se e engrandece pelo exercício. A razão humana é um reflexo da Razão eterna. É Deus em nós, disse São Paulo. Desconhecer-lhe o valor e a utilidade é menosprezar a natureza humana, é ultrajar a própria Divindade. Querer substituir a razão pela fé é ignorar que ambas são solidárias e inseparáveis, que se consolidam e vivificam uma à outra. A união de ambas abre ao pensamento um campo mais vasto: harmoniza as nossas faculdades e traz-nos a paz interna.
A fé é mãe dos nobres sentimentos e dos grandes feitos. O homem profundamente firme e convicto é Imperturbável diante do perigo, do mesmo modo que nas tribulações. Superior às lisonjas, às seduções, às ameaças, ao bramir das paixões, ele ouve uma voz ressoar nas profundezas da sua consciência, instigando-o à luta, encorajando-o nos momentos perigosos.
Para produzir tais resultados, necessita a fé repousar na base sólida que lhe oferecem o livre exame e a liberdade de pensamento. Em vez de dogmas e mistérios, cumpre-lhe reconhecer tão-somente princípios decorrentes da observação direta, do estudo das leis naturais. Tal é o caráter da fé espírita.
A filosofia dos Espíritos vem oferecer-nos uma fé racional e, por isso mesmo, robusta, O conhecimento do mundo invisível, a confiança numa lei superior de justiça e progresso imprime a essa fé um duplo caráter de calma e segurança.
Efetivamente, que poderemos temer, quando sabemos que a alma é imortal e quando, após os cuidados e consumições da vida, além da noite sombria em que tudo parece afundar-se, vemos despontar a suave claridade dos dias infindáveis?
Essencializados da idéia de que esta vida não é mais que um instante no conjunto da existência integral, suportaremos, com paciência, os males inevitáveis que ela engendra. A perspectiva dos tempos que se nos abrem dar-nos-á o poder de dominar as mesquinharias presentes e de nos colocarmos acima dos vaivéns da fortuna. Assim, sentir-nos-emos mais livres e mais bem armados para a luta.
O espírita conhece e compreende a causa de seus males; sabe que todo sofrimento é legítimo e aceita-o sem murmurar; sabe que a morte nada aniquila, que os nossos sentimentos perduram na vida de além-túmulo e que todos os que se amaram na Terra tornam a encontrar-se, libertos de todas as misérias, longe desta lutuosa morada; conhece que só há separação para os maus. Dessas crenças resultam-lhe consolações que os indiferentes e os cépticos ignoram. Se, de uma extremidade a outra do mundo, todas as almas comungassem nessa fé poderosa, assistiríamos à maior transformação moral que a História jamais registrou.
Mas essa fé, poucos ainda a possuem, O Espírito de Verdade tem falado à Terra, mas insignificante número o tem ouvido atentamente. Entre os filhos dos homens, não são os poderosos os que o escutam, e, sim, os humildes, os pequenos, os deserdados, todos os que têm sede de esperança. Os grandes e os afortunados têm rejeitado os seus ensinos, como há dezenove séculos repeliram o próprio Cristo. Os membros do clero e as associações sábias coligaram-se contra esse “desmancha-prazeres”, que vinha comprometer os interesses, o repouso e derruir-lhes as afirmações. Poucos homens têm a coragem de se desdizerem e de confessarem que se enganaram. O orgulho escraviza-os totalmente! Preferem combater toda a vida esta verdade ameaçadora que vai arrasar suas obras efêmeras. Outros, muito secretamente, reconhecem a beleza, a magnitude desta doutrina, mas se atemorizam ante suas exigências morais. Agarrados aos prazeres, almejando viver a seu gosto, Indiferentes à existência futura, afastam de seus pensamentos tudo quanto poderia induzi-los a repudiar hábitos que, embora reconheçam como perniciosos, não deixam de ser afagados. Que amargas decepções irão colher por causa dessas loucas evasivas!
A nossa sociedade, absorvida completamente pelas especulações, pouco se preocupa com o ensino moral. Inúmeras opiniões contraditórias chocam-se; no meio desse confuso turbilhão da vida, o homem poucas vezes se detém para refletir.
Mas todo ânimo sincero, que procura a fé e a verdade, há de encontrá-la na revelação nova. Um influxo celeste estender-se-á sobre ele a fim de guiá-lo para esse sol nascente, que um dia Iluminará a Humanidade Inteira. (Leon Denis, Depois da Morte, Quinta Parte, cap. 44.)

- Não apague o archote da fé em seus dias claros, para que não falte luz a você nos dias escuros. - André Luiz

- Conserve a própria fé por tal modo que você não possa se afligir excessivamente em nenhuma dificuldade.
- André Luiz

Fonte:
http://www.institutoandreluiz.org/estudo_sobre_a_fe.html

2007-01-29 08:41:45 · answer #1 · answered by Antonio Vieira Sobrinho 7 · 0 0

A Consciência está em toda parte, a fé é um atributo de um ser consciente.

2007-01-29 21:14:47 · answer #2 · answered by filosofoshermeticos 1 · 0 0

A fé faz perder a consciência e perder a consciência leva à fé

2007-01-29 17:13:22 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

Primeiro é preciso levar em conta que os conceitos e definições das palavras mudam de acordo com o contexto, mas como estamos na categoria de religião e espiritualidade vou por esse caminho. Não vejo porque uma coisa ter necessariamente que preceder a outra, existe pessoas com muita fé mas que acham que não precisam usar a razão, a consciência; outras que ainda presas ao mito da razão como detentora das verdades absolutas,digo mito porque até mesmo a comunidade científica já o considera assim, acham que fé excluem a razão, tal pensamento no entanto, é desprovido de razão, digo isso porque quantas verdades científicas, que partiram da razão, da consciência, já caíram por terra, por exemplo: porque não temos mais 9 planetas como aprendi na escola? porque as verdades incontestáveis das descobertas newtoniana hoje são questionadas com as descobertas da Física Quântica? só estou citando as mais recentes. Os céticos da razão, não depositaram toda sua fé na ciência, no palpável, no provável, no lógico? Portanto amigo, creio que fé(num Deus criador de todas as coisas) e consciência (razão) podem e devem caminhar juntas indissociáveis e é exatamente isso que falta para termos um mundo melhor.

2007-01-29 16:47:30 · answer #4 · answered by clau 2 · 0 0

Acho que a consciência precede a fé, pois a consciência todos nós temos a partir de um momento da nossa vida, a fé nem sempre.

2007-01-29 15:52:22 · answer #5 · answered by BLZin 1 · 0 0

A consciência é o motor do ser humano.
Temos pessoas conscientes, mesmo sem fé alguma, e algumas, com fé de fanático, que beira o inconsciente.

2007-01-29 15:41:05 · answer #6 · answered by Gilberto C 5 · 0 0

Excelente pergunta , porem acredito por experiencia por ser um ex-crente que a FE ela repele a consciencia , melhor dizendo ela expusa , ignora , manda embora , exila , por que o principal principio da fé e acreditar naquilo que nao se ver , e acredita em um caminho imaginario , e a consciencia e parar de imaginar e percorrer o caminho adquirir as experiencia que ele nos traz e crescer .Sucesso a todos

2007-01-29 15:40:48 · answer #7 · answered by warlemartins 2 · 0 0

Depende.
fanaticos não têm nem fé , muito menos consciência.

2007-01-29 15:37:22 · answer #8 · answered by Frei Bento 7 · 0 0

a consiência sim prescede da fé!

2007-01-29 15:37:22 · answer #9 · answered by josy 4 · 0 0

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