Há 23 anos atrás a humanidade esteve muito próxima de um holocausto nuclear que foi evitado pela negativa de um oficial do exército soviético de cumprir o seu dever.
No dia 26 de Setembro de 1983, o coronel do exército soviético, Stanislav Yefgrafovich Petrov, iniciou seu turno de trabalho como o oficial de mais alta patente responsável pelo sistema antimíssil monitorado via satélite da União Soviética.
Aqueles foram dias de alta tensão entra a União Soviética e os países do ocidente. Tropas da OTAN haviam iniciado repentinamente exercícios de ataque e invasão menos de duas semanas depois da União Soviética ter derrubado um avião de passageiros coreano que invadiu seu espaço aéreo. O presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, declarava publicamente que a União Soviética era um “império do mau” e alguns membros do Partido Conversador na Grã-Bretanha sugeriam que a Rússia deveria ser bombardeada antes que o ocidente fosse.
Por estes motivos, quando Stanislav Petrov recebeu às 00:40 AM do dia 26 de Setembro daquele ano, dados de satélites soviéticos informando sobre o lançamento de ogivas vindas de silos de mísseis americanos, ele deveria tomar uma decisão que poderia custar as vidas de pessoas em todo o mundo.
Seu dever no monitoramento de mísseis era de avisar o alto comando do exército soviético sobre qualquer míssil que estivesse se dirigindo ao país. Porém ele sabia que ao fazer isso, seria desencadeada uma série de eventos temidos durante toda a da Guerra Fria: a partir do momento que uma das superpotências resolvesse fazer o primeiro ataque, mísseis nucleares americanos e soviéticos cruzariam os céus e em poucas horas os dois países, assim como vários aliados, seriam aniquilados pelo holocausto nuclear.
Desobedecendo as ordens e o treinamento que havia recebido ele decidiu não reportar a situação ao alto comando do exército da União Soviética até que tivesse uma confirmação mais precisa da ameaça por um radar terrestre. Ele continuou observando os dados do satélite e em poucos minutos um outro sinal de lançamento apareceu na tela. E em seguida mais um, e mais um, até que vários sinais de lançamento de mísseis estavam em seu monitor. Petrov, não podia mais esperar por uma confirmação por terra com tantos mísseis vindos em direção ao seu país. Seria tarde demais. Ele, sua família e amigos logo estariam todos mortos.
Ele imaginou que os Estados Unidos haviam planejado fazer um ataque em massa surpresa visando atingir vários pontos estratégicos do país, minimizando ao máximo as chances da União Soviética revidar. Mesmo assim ele manteve a calma e aguardou mais alguns minutos antes de ordenar o contra-ataque nuclear soviético. Felizmente, sua paciência irracional, salvou a todos da morte certa quando ele viu que as ameaças sumiram do radar no momento que sobrevoavam o Reino Unido. Os “mísseis” eram na verdade fantasmas criados por um problema no satélite.
Milhões de pessoas ao redor do mundo dormiam tranquilamente sem a menor consciência do perigo que a humanidade passava enquanto o Coronel Stanislav Petrov estava prestes a tomar a decisão mais difícil de sua vida. Felizmente ele pensou muito bem antes de agir, ou melhor, de não agir.
Apesar de ter prevenido um desastre nuclear, Petrov desobedeceu ordens diretas e o protocolo militar. Ele sofreu um intenso inquérito que não chegou a puni-lo, mas o considerou um militar “não-confiável”, acabando desta maneira com sua promissora carreira no exército. Petrov continuou morando na Rússia, na pequena cidade de Fryazino, vivendo na pobreza com uma pequena pensão do governo. A história de Stanislav Petrov só veio a tona em 1998 quando arquivos sigilosos do exército soviético se tornaram públicos. No dia 21 de Maio de 2004 uma organização americana deu ao Coronel Petrov a Condecoração de Cidadão do Mundo por evitar que acontecesse a III Guerra Mundial, apesar de Petrov nunca se considerar um herói.
Curiosamente, dois meses após o incidente em Setembro de 1983, a rede de televisão americana ABC televisionou o controverso filme The Day After, que fazia a dramatização das conseqüências de uma guerra nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética. Mal sabiam os telespectadores que eles estiveram muito próximos de vivenciar pessoalmente os acontecimentos do filme.
Mas quanto a ele ser santo, é vc q o canonizou?
2007-01-26 03:44:36
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answer #1
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answered by Frei Bento 7
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Conheci agora, através do Bento. Não sei se é santo, mas bem merece o título.
2007-01-26 12:11:02
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answer #2
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answered by Antonio Luiz F 5
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Não conheço mas gostaria de saber alguma coisa a respeito!Pena você não dar mais informação
2007-01-26 11:34:35
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answer #3
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answered by Maria 4
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Num conheço ñ, mais se ele fez tudo isso ele deve ser um cara legal, vou procurar ele no orkut para chamar para tomar uma.....
2007-01-26 11:33:10
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answer #4
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answered by Tainha 3
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