A pergunta acima parece merecer mesmo um "não" como resposta. E creio que 90% das pessoas que lêem tem a mesma resposta de imediato na ponta da língua: Não! E o dizem por duas razões:
Primeira razão: A palavra seminário está fortemente ligada a teologias filosóficas, exigente de infinitos livros, o que está longe do alcance dos irmãozinhos que falam em línguas estranhas em cima do púlpito. As inúmeras críticas aos seminários, oriundas de alguns pregadores neopentecostais, são muitas vezes movidas por um íntimo sentimento de defesa, pelo pesar de não poder ter feito. No mais profundo de sua consciência ele sabe que o estudo da Palavra de Deus se faz necessário, e a cada dia de sua jornada cristã isso lhe pesa mais. Sua única saída é disparar críticas à "teologia". Nem sempre o irmãozinho que pula, fala em línguas, entrega profecias e revelações, pode estar servindo a Deus realmente, e as Escrituras já nos alerta sobre isso: "Muitos me diräo naquele dia: Senhor, Senhor, näo profetizamos nós em teu nome? e em teu nome näo expulsamos demónios? e em teu nome näo fizemos muitas maravilhas? E entäo lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade". (Mateus 7:22)
Segunda razão: O raciocínio de alguns sobre servir a Deus, é ligado aos tempos bíblicos em que "não existia seminário" e nem por isso os servos de Deus foram desqualificados. É lógico que nào existia o termo "seminário", nem as estruturas que hoje se encontram (apostilas, livros, vídeos, etc). O que poucos procuram se informar é que o estudo da Palavra de Deus era DIÁRIO. "E todos os dias, no templo e nas casas, näo cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo". (Atos 5:42)
No Antigo Testamento os seminários eram práticas evidentes haja vista as famosas Escolas dos Profetas dirigidas por Elias e Eliseu. Estes seminários eram verdadeiros muros, baluartes contra os que ameaçavam destruir a Casa de Israel.
Aos 12 anos de idade Jesus foi encontrado em meio aos sábios no templo. "E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os". (Lucas 2:46). O versículo acima revela que Jesus não somente falava, mas também OUVIA os doutores no templo. Claro que Jesus, o Filho de Deus, não dependia de aprender daqueles doutores. Mas porque a Bíblia Sagrada nos registra esta passagem? Nós somos imitadores de Cristo, como disse o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 11:1: "Sede meus imitadores, como também eu de Cristo". O Senhor Jesus nos deixou o exemplo a seguir. Paulo não largava os estudos dos pergaminhos e dos livros: "Quando vieres, traze a capa que deixei em Tróade, em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos". (2 Timóteo 4:13).
Portanto, o nome seminário não existia nos tempos bíblicos, como não existia a "escola dominical", como não existia caixas-de-som, microfone, violão, etc...
A TEOLOGIA, tão criticada por muitos, nada mais é que o estudo acerca de Deus.
Theo=Deus Logia=Estudo.
2007-01-22
00:06:20
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8 respostas
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perguntado por
RELIGIÃO MATA E CEGA
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em
Sociedade e Cultura
➔ Religião e Espiritualidade