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Ouvi alguem dizer que posso entrar na justiça. Isso é verdade?Por onde se deve começar?Quais oa passos? Onde devo ir?

2007-01-20 01:41:20 · 13 respostas · perguntado por * Vivi * Carpe Diem 2 em Negócios e Finanças Finanças Pessoais

13 respostas

Endividado?

Antes de começar a ler este artigo pegue os canhotos de seu talão de cheques e as faturas dos cartões de crédito. Examine-os e veja se acha um alerta do tipo "O Banco Central adverte: excesso de dívidas faz mal à saúde". Nos maços de cigarro, encontram-se advertências sobre os males causados pelo fumo. É uma imposição do Ministério da Saúde aos fabricantes. Talões de cheques e cartões de créditos, no entanto, circulam livres por aí, amparados por pesadas propagandas das instituições financeiras, que lhe oferecem tão gentilmente crédito farto, para comprar da TV último tipo a uma casa própria, de roupas novas à viagem dos sonhos. Enfim, eles vendem a torto e a direito a idéia de que você pode tudo, desde que esteja armada com seus poderosos cartões e tenha ao menos um cheque especial. Mas não se engane: você não pode tudo e tem que aprender a fazer escolhas, pois excesso de endividamento faz mal à saúde. Pode não causar câncer como o cigarro. Só que vai deixá-la nervosa, estressada e prejudicar não só sua alma, mas também seu corpinho.

O primeiro passo para tentar evitar tudo isso é: não se sinta culpada se chegar o dia em que não conseguir pagar todos os seus débitos. Digamos que você se alavancou, como gostam de dizer os economistas. Alavancagem é um jargão do mercado financeiro que significa tomar dinheiro emprestado. Alavancagem - seja por meio dos complexos contratos de derivativos dos mercados futuros e de opções, seja nos aparentemente inofensivos cartões de crédito ou cheques especiais - é um perigo. Mas existe um consolo: renegociar dívidas é parte do processo econômico. Governos renegociam dívidas. Foi assim com a Argentina, no ano passado, com o Brasil em 1990, no início do governo Collor, e com a Rússia, em 1998. Empresas também renegociam dívidas. No primeiro semestre deste ano, várias empresas brasileiras anunciaram que não poderiam pagar suas dívidas e precisariam reestruturá-las. Lembre-se sempre desses episódios quando estiver prestes a contrair uma nova dívida para pagar outra antiga. Não faz sentido. Dívidas que não podem ser pagas só se resolvem se são reestruturadas. O caminho é esse, grave bem.

Não há mistério em reestruturar uma dívida nem é preciso ter vergonha. Sente-se com seu gerente do banco e fale sobre o seu fluxo de caixa (receita menos despesa) e sobre seu passivo (as dívidas). O gerente é a pessoa mais indicada para ajudar a traçar caminhos. Afinal, reestruturação de dívidas é um assunto com o qual os bancos estão pra lá de acostumados. Você vai ponderar que seu nome pode acabar nos serviços de proteção ao crédito. "Meu nome vai ficar sujo!?" Pois eu garanto que vai, porque credores são implacáveis. Mas, acredite, isso não é tão mal. O nome "sujo" evitará que você se endivide mais, já que não poderá fazer outros empréstimos. E, depois que reestruturar e quitar suas dívidas, seu nome sai dos serviços de proteção ao crédito.

Dica adicional: não se afobe. Se você está com pagamentos em atraso por determinado tempo, os créditos correspondentes junto à instituição vão para uma conta chamada créditos de liquidação duvidosa. Quando isso ocorre, o Banco Central obriga a instituição a fazer uma provisão. O caso é dado como perdido. Eis a melhor hora para conversar com o credor. Como não espera receber nada, ele tende a ser mais razoável.

Então, vamos analisar um caso real: o meu. Há alguns anos eu quebrei. O total do serviço da minha dívida (juros sobre cheque especial, cartões, empréstimos etc.) já era tão alto que nem uma pessoa espartana conseguiria sair daquela espiral financeira. Foi aí que abri meu coração com minha gerente, Sônia Girão. Ela cuida da minha conta desde 1996 e já havia me alertado sobre o meu excesso de endividamento. "Não estressa", repetia. "Você consegue pagar tudo." Eu só precisava de tempo e organização. Começamos pelo cheque especial, o maior vilão. Paguei em prestações, durante um ano. Na seqüência, paguei ao outro banco. Sim, eu tinha dois cheques especiais!!! Isso num momento em que as taxas de juro desse produto, que os bancos vendem como salvação da lavoura, ultrapassavam a casa dos 150% ao ano! Daí passei para os cartões de crédito. Foi uma surpresa quando uma administradora me apresentou uma conta de mais de R$ 40 mil… Paramos de negociar. Não havia comprado tanto assim. Mas, num primeiro momento, eles aplicam todas as multas possíveis, como se as taxas de juro nas alturas não fossem suficientes para punir o endividado. Não me abalei, "esqueci" o absurdo e passei aos credores seguintes. Fui renegociando um a um e pagando. Três, quatro anos depois, recebi uma carta da administradora do cartão propondo acordo para quitar a dívida… por R$ 4 mil!

Passo a passo: reestruturação da dívida

Mantenha sempre a calma. Lembre-se: ter dívidas não faz de você um marginal

1. Faça uma lista de todas as suas receitas: salário, pensão, aluguel de um imóvel etc.

2. Na mesma folha, ao lado da receita, liste as despesas. Não coloque as dívidas, apenas despesas mensais para viver, como comida, aluguel etc.

3. Subtraia as despesas da receita e veja quanto sobrou. Se não sobrou, volte para o passo anterior e seja mais criteriosa. Por exemplo, se os gastos com telefone estão altos, tente reduzi-los.

4. Com a sobra, monte um programa para iniciar a reestruturação.

5. Separe de 15% a 20% da sua receita mensal para o pagamento das dívidas. Não feche nada que implique mais do que isso, porque aí você não vai conseguir dar conta. Desistirá no caminho.

6. Liste suas dívidas, incluindo os juros que deve pagar por cada uma delas.

7. Comece quitando as dívidas mais caras - com freqüência, é a do cheque especial. Fale com o credor e estabeleça quanto será pago mensalmente.

8. Os bancos oferecem linhas de crédito direto ao consumidor (CDC) para quitar o cheque especial. Bom negócio: os juros cobrados no CDC costumam ser mais baixos que os do cheque especial. Para não se afundar de novo quando quitar e puder voltar a usar o cheque especial, peça o cancelamento.

9. Não ligue se levar anos para quitar suas dívidas. E, se um credor tratar você mal no período, diga que está fazendo o possível e que, se ele voltar a ser grosseiro, vai colocá-lo no fim da fila.

2007-01-22 06:02:44 · answer #1 · answered by Alexandre L 6 · 0 0

Entrar na justiça.

2007-01-24 06:07:32 · answer #2 · answered by Anonymous · 0 0

primeiro, onde vc estiver devendo, va conversar ´para entrar num acordo, se não for possível ter acordo, de um tempo, que onde vc deve vai vir atraz de vc para negociar com vc, é ai que o jogo vira, ai vc passa a dar as cartas, entendeu, quero dizer ai vc faz a sua proposta de pagamento sem altos juros e com as suas condições de pagar.

2007-01-23 18:51:35 · answer #3 · answered by aelia h 1 · 0 0

Tente fazer um acordo com o seu credor !!! E lembre se se vc ficar devendo a algum tempo eles vão querer fazer um acordo !! então estude as propostas !! Quanto mais tempo vc estiver devendo melhor vai ser o acordo, Pq daqui a algum tempo o seu nome sai do serrasa !!! a divida caduca !!! Sei q isso não e certo mais fazer o q com os juros em mais de 100% ao ano e a poupança rendendo menos de 15% ao ano !!! Fazer o q !!!

2007-01-21 11:19:11 · answer #4 · answered by romeojpa 6 · 0 0

A entrada na Justiça deve ser para questionar a taxa de juros, caso ela esteja alta demais. Juros abusivos podem determinar que você possa rever o montante da dívida e a taxa de juros aplicada na sua conta.

Outro fator que pode motivar que você entre na justiça é se o credor não quiser te oferecer uma forma de pagar condizente com a sua capacidade de pagamento.

2007-01-20 10:11:34 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 0

Primeiramente, vc tem que ver como vc contratou, isto é, fez o contrato com a outra pessoa ou instituição, se foi por sua livre vontade, pois, se foi coagida pode procurar um advogado se não houve prescrição de três anos para a anulação do contrato.
Se o contrato foi de sua vontade, porém, mais tarde, houve uma circunstância que vc não poderia prever e isso a prejudica no adimplemento contratual, vc poderá tentar negociar com a outra parte e depois, sem resultados, ingressar em juízo, com um advogado, pelo princípio da imprevisibilidade do contrato, mediante o qual poderá alegar que mudando as circunstâncias, mudam-se as condições pactuadas. Por exemplo, vc, funcionária pública, contando com seu salário para pagar uma prestação de uma loja, faz a compra de um televisor, mas, o governo decidiu parcelar em cima da hora salário de sua categoria. Por você não poder ter previsto essa circunstância, poderia alegar a teoria da imprevisibilidade dos contratos.
Agora, se houver um terceiro caso: vc fez o contrato, conforme sua vontade, assinou-o, não houve circunstância que modificasse sua situação econômica, no entanto, com o tempo, no pagamento das parcelas, vc percebe que os juros estão muito auto, estão "engolindo seu salário", vc pode tentar negociar pessoalmente com a instituição ou outra pessoa, sem intermediação de advogados ou ingressar em juízo. Primeiro sempre procure a negociação, se não funcionar, procure o advogado pra ingressar na Justiça uma AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO com nulidade a clásulas abusivas. Mas, em se tratando de juros, falo a vc que o permitido legalmente é de 12% ao ano, sendo vedada a capitalização mensal de juros, ainda que pactuado pelas partes, haja vista que se trata de norma de ordem e interesse públicos, não sendo, portanto, permitido às partes a modificação de dispositivos desse gênero. As açoes desse gêneros são muito demandadas frente ao bancos e instituições financeiras, estes estão sujeitos aos efeitos do CDC, da teoria da imprevisibilidade contratual e dos juros máximo de 12% a.a e da vedação da capitalização mensal de juros, ainda que vc e essa instituição tenham assinado um contrato. A teoria de que o contrato faz lei entre as partes é válida ainda, mas, ela é relatiuva, assim sendo, o princípio Pacta sund servanda não abrange e não legitima as cláusulas exorbitantes e abusivas impostas ao consumidor, contrato ainda que celebrado por particulares, representa interesses de ordem pública. Se vc foi consumidora de serviçoes de instituições financeiras, pode ainda se valer do CDC, podendo, devido a sua situação de desvantagem numa relação de consumo, requerer a inersão do ônus da prova.

2007-01-20 10:10:37 · answer #6 · answered by yozasy 1 · 0 0

No meu entender melhor é negociar a divida com o credor tentar chegar no acordo que fique bom para ambas as partes

2007-01-20 10:10:24 · answer #7 · answered by vera lucia b 6 · 0 0

A pergunta está truncada. Não seria: Como devo proceder para NÃO pagar minha dívida com juros ttão altos ??

O promeiro passo é recorrer ao PROCON. Exponha a situação e siga as instruções.

2007-01-20 09:53:17 · answer #8 · answered by alvininho 1 · 0 0

Olha, o melhor a fazer é trocar a divida cara por outra mais barata. Negocie com outros bancos com juros menores e quite a divida cara.

2007-01-20 09:52:54 · answer #9 · answered by aCidWar 2 · 0 0

No mundo capitalista é assim mesmo. Acho que você não vai se safar fácil desta não.

2007-01-20 09:52:11 · answer #10 · answered by Anonymous · 0 0

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