A maçonaria, como a conhecemos hoje, segundo o Dicionário da Maçonaria, de Joaquim Gervásio de Figueiredo, no verbete Franco-maçonaria, "foi fundada em 24 de junho de 1717, em Londres". O termo maçom, segundo o mesmo Dicionário, provém do inglês mason e do francês maçon, que quer dizer 'pedreiro', e do alemão metz, 'cortador de pedra'. A origem da maçonaria está ligada à s lendas de Ãsis e OsÃris, Egito; ao culto a Mitra, vindo até a Ordem dos Templários e a Fraternidade Rosa Cruz. Em 1723, O Rev. Anglicano James Anderson publicou as Constituições da Maçonaria, sendo até hoje documentos universalmente aceitos como base de todas as lojas maçônicas.
Influência da maçonaria:
Marechal Deodoro da Fonseca ocupava o cargo de Grão-Mestre no Brasil quando proclamou a República. Os maçons se fizeram presentes em eventos conhecidos e ganharam adeptos importantes. Desempenharam um papel importante na Revolução francesa (Queda da Bastilha). Operam nos Estados Unidos 15.300 lojas (loja é o nome dado ao local reservado aos rituais maçônicos) e mais de 33.700 em todo o mundo. A influência deles nos EUA sempre foi muito grande. Catorze presidentes americanos foram maçons, destacando-se George Washington, James Monroe, Andrew Jackson, James Garfield, Howard Taft, Franklin Delano Roosevelt, Harry Truman e Gerald Ford, entre outros.
Mesmo com a oposição da Igreja, os maçons têm adeptos de todas as religiões, pois aceitam pessoas de diversos credos. No Brasil marcaram presença na Inconfidência Mineira. Foi na casa de Silva Alvarenga que se formou uma academia literária, que, na verdade, era uma loja maçônica. Neste mesmo lugar foi iniciado na maçonaria o conhecido Tiradentes. A bandeira da Inconfidência tinha o dÃstico libertas quae sera tamem e o triângulo maçônico. Gonçalves Ledo e José Bonifácio com outros maçons tramaram a Independência do Brasil. Um mês depois de proclamar a independência, D. Pedro I foi aclamado Grão-Mestre Geral da Maçonaria no Brasil e o Marechal Deodoro ocupava este cargo ao proclamar a República em 1889.
Hoje são cerca de 6 milhões de maçons em todo o mundo, em mais de 164 paÃses, sendo cerca de 150 mil no Brasil.
A maçonaria é uma religião?
A princÃpio negam que a maçonaria seja uma religião. Mas na Enciclopédia Revisada da Franco-Maçonaria, de Albert G. Mackey diz: "A Maçonaria pode ser corretamente chamada de instituição religiosa... A tendência de toda verdadeira Maçonaria é com a religião... Veja os antigos Landmarks (doutrinas), suas sublimes cerimônias, seus profundos sÃmbolos ou alegorias, tudo focalizando verdadeiros ensinos religiosos e quem pode negar que a Maçonaria é uma instituição eminentemente religiosa?"
Quando são feitas as reuniões maçônicas, a loja, que é onde se reúnem, passa a ser chamada oficina. Isso para manter o simbolismo do ideal maçom, que é a construção de uma sociedade onde haja fraternidade, igualdade e liberdade. Como maçons (pedreiros, lavradores de pedras) acreditam que serão os arquitetos e construtores desse grande projeto. Nas oficinas as reuniões são marcadas por: orações na abertura e no encerramento; as lojas ou templos são consagrados; segundo o Dicionário citado acima, "na Maçonaria, o tratamento entre os seus adeptos é o de irmão".
Rituais de consagração:
O esquadro e o compasso são sÃmbolos visÃveis em todas as lojas do mundo. Segundo o Pastor Antonio Jean declara em um manuscrito ainda não publicado (pp.19), o Ritual de Iniciação é feito em grande parte com os olhos vendados.
Sua iniciação começou com a entrada em um quarto úmido, uma espécie de porão. O ritual foi conduzido pelo Irmão Mestre de cerimônias, auxiliado pelo Irmão Experto (esses são funções dentro da maçonaria). Ao tirar as vendas de seus olhos pôde ler na Câmara de Reflexão: "Se a curiosidade te traz aqui, volta; se temeres ser descoberto sobre teus desejos, sentir-te-ás mal entre nós; se fores capaz de dissimular, tremei!, porque penetrar-te-emos e leremos o fundo de teu coração. Se tens apego à s distinções humanas, sai, porque não se conhece isso aqui. Se tua alma sentir medo, não vá mais longe; se perseverares serás purificado pelos elementos, sairás do abismo das trevas e verás luz". Ao contrário, a BÃblia afirma que Jesus já nos tirou das trevas (Cl 1.13).
Nesta Câmara de Reflexão pode-se encontrar esqueletos, cabeça de bodes, entre outras peças que visam amedrontar o iniciado, segundo o relato.
Esta parte da cerimônia é a primeira prova. A segunda é a do ar, onde há uma sonoplastia de tempestade. A terceira da água, em que lavam as mãos do iniciado e a quarta e última, a do fogo, onde colocam uma vela acesa embaixo da mão.
Numa das etapas da iniciação mostram um corpo dentro de um caixão e vários maçons encapuzados com espadas apontadas para o corpo. O iniciado ouve que o corpo é de um maçom que havia traÃdo a maçonaria e que o mesmo aconteceria caso o iniciado fizesse o mesmo.
Na conclusão da iniciação para "Aprendiz Maçom" o iniciado ouve: "Agora também devo prevenir-vos de que não zombamos das crenças religiosas. Julgamos sim que a nossa maior homenagem ao Grande Arquiteto do Universo, que é Deus, como instituição eclética que somos, é admitir na nossa ordem, para conviver fraternalmente, todos os homens livres e de bons costumes, qualquer que seja a sua religião".
No Ritual de Exaltação ao grau de Mestre, o terceiro e último grau na maçonaria simbólica, o Companheiro Maçom (segundo grau na maçonaria simbólica) entra num caixão com os pés voltados para o oriente onde fica o trono do chefe da loja, os calcanhares em forma de esquadro e a mão direita sobre o coração. A mão esquerda fica estendida ao longo do corpo, que deve ser coberto com um pano preto, dos pés à cintura, junto com o avental usado no grau anterior. O juramento
para o grau de Mestre é o seguinte: Eu (fala-se o nome), juro de minha livre vontade e em presença do grande Arquiteto do Universo e desta Augusta e respeitável loja consagrada a São João, nunca revelar os segredos do grau de Mestre. Se eu for perjuro, seja meu corpo dividido ao meio, sendo uma parte lançada ao meio-dia e a outra ao setentrião, e as minhas entranhas arrancadas e reduzidas ao vento. Amém.
Ritos Maçônicos:
1 - Rito Adonhiramita; 2 - Rito de Iorque; 3 - Rito Brasileiro; 4 - Rito Escocês (mais aceito atualmente); 5 - Rito Francês e 6 - Rito de Schroeder, de origem alemã.
Graus do Rito Escocês:
Loja Azul ou Graus simbólicos: 1- Aprendiz, 2- Companheiro, 3- Mestre.
Graus Capitulares: 4- Mestre Secreto, 5- Mestre Perfeito, 6- Secretário Ãntimo, 7- Chefe e Juiz, 8- Superintendente do EdifÃcio, 9- Mestre Eleito dos Nove, 10- Ilustre Eleito dos Quinze, 11- Sublime Mestre Eleito, 12- Grande Mestre Arquiteto, 13- Mestre do Arco Real de Salomão, 14- Grande Eleito Maçom, 15- Cavaleiro do Grande Oriente ou da Espada, 14- PrÃncipe de Jerusalém, 15- Cavaleiro do Leste e Oeste, 16- Cavaleiro da Ordem Rosa Cruz.
Graus Filosóficos: 19- Grande PontÃfice, 20- Grande Ad-Vitam, 21- Patriarca Noachita ou Prussiano, 22- Cavaleiro do Machado Real (PrÃncipe do LÃbano), 23- Chefe do Tabernáculo, 24- PrÃncipe do Tabernáculo, 25- Cavaleiro da Serpente de Bronze, 26- PrÃncipe da Misericórdia, 27- Comandante do Templo, 28-Cavaleiro do Sol ou PrÃncipe Adepto, 29 - Cavaleiro de Santo André, 30- Cavaleiro Cadosh.
Graus Superiores: 31- Inspetor Inquisidor, 32- Mestre do Segredo Real e 33- Grande Soberano Inspetor Real.
A BÃblia na Maçonaria
A maçonaria se vangloria de honrar a BÃblia como a Palavra de Deus.
Ensina que a BÃblia é a grande luz da maçonaria, recomendando aos maçons que a estudem regularmente. A maçonaria ensina que as três grandes luzes são: a luz da BÃblia, a luz do Esquadro e a luz do Compasso. A maçonaria realmente crê na BÃblia, mas somente como um sÃmbolo da vontade de Deus e não como fonte de ensinamento divino.
Disse Coil: A opinião maçônica prevalecente é que a BÃblia constitui apenas um sÃmbolo da vontade, lei ou revelação divina, e não que seu conteúdo é lei divina, inspirada ou revelada.
Vemos no “Dicionário da Maçonaria”, p. 122, que a decoração da loja maçônica é constituÃda de Volume da Ciência Sagrada, o Esquadro e o Compasso. Entretanto, não só a BÃblia é reconhecidamente o Volume da Ciência Sagrada, mas os livros de outras religiões também são aceitos como tais. Entre eles estão o Alcorão, o Tripitaka, os Vedas, o Livro de Mórmon etc.
Torna isso evidente que a BÃblia não é usada na maçonaria como regra de fé a prática. A BÃblia, assim como a bandeira, é um sÃmbolo. A bandeira é apenas um pedaço de pano, porém representa coisas importantes para um povo, como a sua liberdade. Para os maçons, a BÃblia é apenas um livro sem valor no seu texto, porém que representa a Palavra de Deus, e isso mesmo só nos lugares onde predomina o Cristianismo. Se considerarmos, por exemplo, a loja de Utah, EUA, a Palavra de Deus está representada pelo Livro de Mórmon; se considerarmos a Ãndia, o sÃmbolo são os Vedas; nos paÃses da Arábia o Alcorão, e assim por diante.
Disto se pode ver que o propósito da maçonaria é usar o temor e o reconhecimento de várias escrituras para obter o juramento de fidelidade à maçonaria sob a autoridade do livro que o maçom considera sagrado e com o qual se compromete a obedecer ao que mandar a maçonaria.
Em suma, para a maçonaria, a BÃblia é apenas um sÃmbolo, uma peça decorativa e que não deve ser seguida, pois não é a literal vontade de Deus, por isso não deve ser obedecida.
Considera ainda que alguns dos relatos bÃblicos não passam de lenda: Sua lenda (Jonas) muito se assemelha a Musarus Oannes, de tradição caldéia, que surgiu do Mar Eritreu e aportou entre os primitivos babilônios durante o reinado do antediluviano Ammenon.
2007-01-19 06:26:30
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answer #7
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answered by APOLOGÉTICO 4
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