A Coca-Cola foi inventada pelo farmacêutico John S. Pemberton, um ex-coronel tenente do Exército dos EUA, em 1886 em Columbus, no estado da Geórgia, EUA. Recebeu originalmente o nome de Pemberton's French Wine Coca. Ele foi inspirado pelo sucesso formidável de um produto similar europeu de Angelo Mariani.
A bebida recebeu o nome de Coca-Cola porque originalmente o estimulante misturado na bebida era cocaína, que vem das folhas de coca da América do Sul. A bebida também recebeu seu sabor de noz de cola. Hoje, o estimulante foi alterado para cafeína, mas o sabor ainda é feito através de noz de cola e folha de coca. A cocaína foi removida das folhas e a bebida não contém traços da droga. Era vendida originalmente como remédio por cinco cents o copo. Depois foi relançada como bebida leve. As primeiras vendas foram feitas na Farmácia de Jacob na cidade de Atlanta, em 8 de maio de 1886, e pelos primeiros oito meses apenas nove bebidas eram vendidas durante o dia todo. Pemberton anunciou a bebida pela primeira vez em 29 de maio do mesmo ano no Atlanta Journal.
A princípio, o concentrado era embalado em pequenos barris de madeira, na cor vermelha. Por isso, o vermelho foi adotado como cor oficial da bebida. Até 1915, uma pequena quantidade de cocaína estava entre os ingredientes do refrigerante.
Asa Griggs Candler comprou Pemberton e seus parceiros em 1887 e começou a realizar uma campanha agressiva de marketing do produto. A eficiência destes anúncios não seria percebida até muito tempo depois. Pela época de seu 50º aniversário, a bebida já tinha alcançado status de ícone nacional americano.
A Coca-Cola foi vendida em garrafas pela primeira vez em 12 de março de 1894 e as primeiras latas de alumínio da Coca apareceram em 1955. O primeiro engarrafamento da Coca-Cola ocorreu em Vicksburg, Mississippi na Biedenharn Candy Company em 1891. Seu proprietário era Joseph A. Biedenharn. As garrafas originais eram garrafas Biedenharn, muito diferentes do visual atual de silhueta que as garrafas possuem. Asa Candler estava em dúvidas quanto ao engarrafamento da bebida, mas os dois empreendedores que propuseram a idéia foram tão persuasivos que Candler assinou um contrato dando-lhes controle total do procedimento. Porém o contrato tornar-se-ia ainda um problema por décadas para a companhia, devido aos seus termos um tanto falhos.
Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, os soldados estado-unidenses enviaram cartas para a Coca-Cola Company, pedindo que a bebida lhes fosse fornecida. Motivada com as cartas, a Coca-Cola desenvolveu "fábricas" móveis que foram enviadas para as frentes de batalha junto com técnicos da empresa, que garantiam a produção e a distribuição da bebida para os soldados. Apesar dos custos de produçao na frente de batalha serem elevados, a companhia decidiu arcar com os mesmos, numa tática de marketing, vendendo o refrigerante pelo mesmo preço praticado nos EUA. Tendo em vista a sua associação com os produtos americanos e os Estados Unidos, ela acabou exercendo o papel de um símbolo patriótico. A popularidade da bebida aumentou bastante após a guerra, quando os soldados voltaram fazendo propaganda do refrigerante. Então foi lançado um tipo de embalagem que vendia 6 garrafas de coca-cola (sixposts), a qual se tornou preferida das donas de casa americanas.
Hoje em dia, são vendidas cerca de 40 mil latinhas e garrafas de Coca-Cola por segundo nos Estados Unidos. O produto é vendido em mais de 140 países.
[editar] Fórmula da Coca-Cola
A fórmula exata da Coca-Cola é um segredo comercial. A cópia original da fórmula é guardada no cofre principal do SunTrust Bank em Atlanta. Seu predecessor, a Trust Company, supervisionou a oferta pública inicial em 1919 da Coca-Cola Company ([1]). Uma lenda urbana diz que apenas dois executivos têm acesso à fórmula, com cada um deles tendo acesso a apenas metade da fórmula. De fato, a Coca-Cola possui uma regra restringindo o acesso a apenas dois executivos, cada um sabendo a fórmula completa e outros, além da dupla descrita, conhecem o processo de formulação.
[editar] Controvérsia sobre o uso de folha de coca
Apesar de a Coca-Cola Company negar há muito tempo, a agência anti-drogas peruana, DEVIDA, disse que a companhia compra 115 toneladas de folha de coca do Peru e 105 toneladas da Bolívia por ano, para usar como ingrediente em sua fórmula secreta [2]. Recentemente, na Bolívia, o presidente Evo Morales afirmou que a Coca-Cola usa a produção de coca na fabricação do refrigerante.
No Brasil, já há alguns anos a fabricante de refrigerantes Dolly vem brigando na justiça pela cassação do registro da Coca-Cola junto ao Ministério da Agricultura e recentemente um laudo do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal concluiu que a Coca-Cola usa folhas de coca como matéria-prima na fabricação do extrato vegetal (também chamado de mercadoria nº 05) [3]. O referido laudo diz o seguinte: ...segundo os dados publicados na literatura científica [...] as folhas de coca provenientes do vegetal cientificamente denominado Erytroxylum novagranatense, variedade truxillensi, cultivada no Peru, são utilizadas como matéria-prima na fabricação do extrato vegetal a partir do qual é fabricado o refrigerante Coca-Cola. [4]
Em sua defesa, a empresa alega que as folhas de coca não poderiam ser comercializadas por uma empresa que vende quase 1 bilhão de copos do refrigerante por dia no mundo, e que, sendo assim, teria de reexportar essas folhas de coca para mais de 150 paises no mundo, a um custo que seria "astronômico" e que considera "teoricamente impossível", uma vez que o preço de uma lata de Coca-Cola, por exemplo no Brasil, gira em torno de pouco mais de 1 real nos supermercados. O preço brasileiro para o consumidor atinge, no entanto, 2 reais em máquinas automáticas, podendo atingir até 3 reais em alguns estabelecimentos comerciais. Em outros países, entretanto, como na França, o preço ao consumidor de uma lata de Coca-Cola é bem mais alto, sendo equiparável em alguns casos ao de uma taça de vinho (cerca de 5 euros). O argumento da empresa não leva em conta, também, quantos gramas ou microgramas de folha de coca seriam necessários para cada copo ou lata do refrigerante, no caso de ser verdadeira a alegação de uso da folha de coca.
De qualquer forma, a folha de coca - o objeto da controvérsia - não é considerada nociva à saúde, e não possui qualquer propriedade alucinógena ou entorpecente, sendo legalmente produzida em países andinos como a Bolívia e o Peru, e largamente consumida pelas populações locais, a fim de oxigenar o sangue e neutralizar os efeitos da altitude e do ar rarefeito sobre o corpo humano, evitando assim problemas respiratórios. Sua relação com a cocaína é meramente uma relação entre produto bruto e produto derivado, tal como a relação entre um barril de petróleo e uma lata de tinta, ou entre um chumaço de algodão e uma camisa.
Uso de crianças em propagandas
A Coca-Cola tem a política de evitar usar crianças menores de 12 anos de idade em suas propagandas, como resultado de um processo no início do século XX que alegou que a cafeína da Coca era perigosa para crianças. Apesar disso, mais recentemente, isto não fez a companhia parar de ter como público-alvo jovens consumidores. Além disso, não ficou claro quão segura a Coca é para o consumo de jovens e crianças ou até mesmo para mães grávidas.
2007-01-18 20:27:44
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answer #1
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answered by Antonio Vieira Sobrinho 7
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