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2007-01-15 23:49:16 · 9 respostas · perguntado por fernanda 1 em Gravidez e Maternidade Gravidez

9 respostas

Barriga de mentira
Sexta-feira, 30/09/2005

Em América, Simone andou às voltas com a expectativa de ser mãe. Mas os médicos da trama garantiram: ela não espera filho nenhum. Antes que os telespectadores reclamem ao dizer que isso só acontece em novela, especialistas da vida real afirmam que, sim, fora da TV também há mulheres que vivem uma gravidez de ficção. A seguir, o que é, como acontece e o que sentem as “mães” que esperam um filho de mentira.

O que é?
Em linhas gerais, a gravidez psicológica é uma fantasia delirante. "A mulher acredita que está grávida e a ‘prova de realidade’ (a confirmação médica de que não existe bebê algum) não tem nenhum valor para ela", diz a psicanalista Eliane Pessoa de Farias, coordenadora da Clínica Pais-bebê, da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. "Mas quero lembrar que esta gravidez não é uma mentira para ela, ou seja, ela pensa de verdade que está esperando um bebê e o seu corpo confirma", acrescenta.

A resposta do corpo
Por mais incrível que pareça, a mulher que vive uma gravidez imaginária pode sentir na pele o mesmo que sentem as futuras mães de verdade. "A mente é muito forte. A gravidez psicológica tem origem mental, mas o corpo responde", diz a psicanalista. Como? "Muitas sentem enjôo, têm desejos, apresentam crescimento do abdômen e dos seios, e, em alguns casos raros, é possível até produzirem leite", afirma a ginecologista e obstetra Rosele Jobst, do Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio. O aumento da barriga, neste caso, fica por conta da comilança. "Como elas acham que estão grávidas, pensam que deve comer por dois. O que acontece é o acúmulo de gordura no abdômen e nos seios. Além disso, muitas confundem os gases e movimentos naturais do intestino com o bebê se mexendo no útero”, acrescenta a médica.

Por que isso acontece?
De acordo com a psicanalista Eliane Farias, dificilmente a gravidez psicológica acontece por uma única razão. “Cada pessoa reage aos problemas de uma maneira particular e qualquer transtorno psicológico tem diversas causas”, diz. Baixa auto-estima, sentimentos de rivalidade intensa, insegurança, baixa capacidade de lidar com as frustrações, além de um forte desejo de ter um filho são algumas delas. Muitas mulheres ainda se sentem pressionadas pelo marido e pela família e a ter um filho podem acabar gerando um bebê de mentira. "Também há situações em que a mulher quer garantir a estabilidade do relacionamento e pensa que um filho é a solução, como no caso da Simone", acrescenta Rosele Jobst.

Na linha de frente
Quem são as mulheres mais propensas a desenvolver uma gravidez psicológica? Apesar de o problema também surgir em mulheres jovens, como na novela, a obstetra afirma que é mais comum isso acontecer com pessoas mais velhas, próximas à menopausa, inférteis e com distúrbios hormonais que interferem na menstruação.

Até quando vai a farsa?
Tanto a obstetra quanto a psicanalista afirmam que é possível a mulher acreditar na mentira de que vai ser mãe até chegar a hora do “parto”. "Há seis meses, uma moça de 22 anos chegou ao hospital onde trabalho, como a barriga enorme, dizendo que estava em trabalho de parto”, conta Rosele Jobst. “Mas o simples exame ginecológico revelou a falsa gravidez. Ela chegou a apresentar um cartão de pré-natal falsificado, com datas de consulta e informações sobre o feto. Estava até com o enxoval comprado”, lembra a médica. Mas geralmente, logo nas primeiras consultas e diante do resultado de exames, qualquer médico minimamente competente descobre que sua paciente não está grávida. "Neste caso, a mulher procura outro médico, que irá lhe falar o mesmo. Mas como ela não acredita no que ouve, procura uma série de profissionais até se dar conta da verdade”, afirma a ginecologista.

A hora da verdade
Mas como se sentem as mulheres que, de repente, descobrem que o bebê que tanto esperavam não existe? "São variáveis as reações. Algumas mulheres até sentem alívio quando descobrem que não estão grávidas, mas em geral a reação é de susto e de decepção", afirma Rosele Jobst.

Carinho e terapia
A ginecologista Rosele Jobst e a psicanalista Eliane Farias afirmam que é a psicoterapia o tratamento possível para curar a “falsa gravidez”. “Em geral, essas mulheres não procuram ajuda psicológica, pois se procurarem o terapeuta estarão admitindo que não tem o bebê”, afirma. "Por isso, é essencial o apoio da família, antes e após a aceitação do fato. E, tão importante quanto aceitar a realidade de que não está grávida, é ter certeza de que ela não precisa de um filho para se sentir amada", diz Eliane.

Entenda a gravidez psicológica

Por Dr. Joel Rennó Jr.

Algumas mulheres desejam tanto engravidar, ou pelo contrário, temem a gravidez por um medo inconsciente e acabam apresentando quadro clínico de pseudociese. Ou seja, a falsa crença de estar grávida, associada com sinais objetivos de gravidez. Há aumento do volume do abdome (barriga), náuseas, vômitos, sensação subjetiva de que o bebê está se mexendo e até aumento de mamas com secreção de leite. A amenorréia (ausência de menstruação) é um sinal característico.

Embora o problema possa acometer mulheres de baixo nível de instrução, em sua maioria, não é incomum também acometer mulheres solteiras, magras e com profissões consideradas 'intelectuais'. O histórico de problemas psicológicos, sexuais e traumas sócio-ambientais devem ser investigados.

Além de uma série de questões biológicas relevantes citadas no link acima, não podemos nos esquecer dos aspectos psicológicos que podem estar envolvidos também na pseudociese. Essas mulheres podem ter um ego frágil. Ou seja, mesmo sendo pessoas ativas, inteligentes e dinâmicas no dia-a-dia, podem sentir um enorme sentimento de vazio e insegurança, precisando de reforços positivos de terceiros. Muitas vezes durante a infância, os pais dessas pacientes só refletiram apatia e monotonia nos vínculos estabelecidos, faltando um feedback positivo para a auto-estima que pode chegar a perder ou sentir-se sem identidade.

Como Anna O. ficou 'grávida'

Há o famoso caso de Anna O. , paciente do psiquiatra Breuer, que chegou a desenvolver um quadro de pseudociese. Anna, embora tivesse diversos predicados e interesses, tornou-se uma pessoa isolada e apática. Só conseguia se soltar nos seus devaneios ou fantasias. Seu histórico era o de ter se apegado muito ao seu pai, de tal forma que quando ele adoeceu e faleceu, ela se sentiu desestruturada, sem conseguir ver a sua própria imagem no espelho. Havia uma "fusão" com o seu pai. Vários sintomas físicos surpreendentes como contratura e anestesia de membros, cegueira e surdez denotavam uma desintegração do seu 'eu', do seu 'self'.

Porém, ela tinha sintomas que demonstravam claramente seu enorme esforço em se manter viva, falando diversos idiomas e manifestando raiva.

Anna O. acabou-se apegando afetivamente a Breuer. Era o único a entendê-la, o único capaz de lhe oferecer alguma tranqüilidade e segurança. Durante uma viagem de Breuer à Viena, Anna O. chegou a piorar muito. Ela não via Breuer como um objeto de desejo sexual e sim como uma 'mãe tranqüilizadora' que a protegia, a colocava quando estava assustada, para dormir.

Breuer e sua esposa na ocasião, não entendendo o que se passava, decidiram interromper o tratamento dedicado. Em seguida, Anna O. respondeu com uma pseudociese. Nada mais representativo do que 'ter um filho' para expressar o sentimento de sentir-se viva através da fusão com o psiquiatra, que assumiu o papel de pai. O filho representava esse renascimento psíquico.

Apesar do desfecho triste, Anna O. pode internalizar muitas coisas boas na relação terapêutica com Breuer. Pode sair do isolamento e colocar em prática o seu potencial tornando-se a primeira assistente social da Alemanha e fundando vários institutos.

Embora a novela não tenha deixado clara a relação e o vínculo que a personagem Simone tinha com o seu pai, falecido em sua infância, provavelmente, pode haver algum 'link' nesse sentido - se é que a autora Glória Perez pesquisou com profundidade sobre o assunto.

Portanto, observamos que os aspectos biológicos, específicos do sexo feminino, interagindo com as questões psicológicas, sociais e ambientais, podem funcionar como 'gatilhos' da pseudociese ou pseudogestação. O sofrimento pode ser intenso. Essas pacientes precisam ser abordadas com delicadeza e acolhimento pelos seus médicos ginecologistas. Elas precisam se sentir compreendidas. Ficam revoltadas quando o médico dá a notícia da falsa gravidez de forma gélida e indiferente. O continuum de vida de tais pacientes deve ser analisado de forma pormenorizada. Uma intervenção psicológica eficaz costuma trazer ótimos resultados em poucos meses. A medicação só é reservada para quando há algum quadro psiquiátrico associado, como por exemplo, depressão.

2007-01-15 23:52:51 · answer #1 · answered by inka 7 · 0 1

Você deveria procurar um Médico!
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2014-05-28 20:10:03 · answer #2 · answered by blau blau 2 · 0 1

ja vi falar que é como se fosse uma gravidez normal, tudo acontece como se fosse gravidez msm, saem leite pelos seios, a barriga cresce, dá-se enjoos

2007-01-19 22:31:14 · answer #3 · answered by Naihara 3 · 0 1

Vc deve se informar com um profissional da área. Mas é certo que tem casos sim.

2007-01-16 01:04:12 · answer #4 · answered by neccoilha 4 · 0 1

gravidez psicológica acontece quando estamos na ansiedade de engravidar e ficamos com os sintomas de gravidez e na realidade não.

2007-01-16 00:22:00 · answer #5 · answered by Maria Navalha 1 · 0 1

notei que as duas 1º respostas são ótimas
mas eu tive uma prima que teve gravidez psicológica, ela não mestruava, a barriga cresceu, deu ate leite, só foi fazer ultra som quando estava de + ou - "5 meses", e só então descobriu que não tinha nada, que era psicológica, ela ficou arrasada, entrou em depressão, pois queria muito um filho
o medico explicou que isso é comum, quando a mulher quer muito engravidar e já este tentando a algum tempo, isso pode ocorrer
Graças a Deus 3 meses depois ela ficou grávida de verdade e hoje tem uma menina com 2 anos linda e saudável

beijão pra vc

2007-01-16 00:02:17 · answer #6 · answered by Rosa 6 · 0 1

Chamada cientificamente de pseudociese, a gravidez psicológica é um transtorno emotivo caracterizado por amenorréia (ausência de menstruação), aumento de volume do abdome e outros sintomas que sugerem gravidez, como náuseas e vômitos, sensação subjetiva de que o bebê está mexendo, aumento das mamas e até secreção de colostro.

2007-01-16 00:01:43 · answer #7 · answered by ♡Nany♡ 5 · 0 1

não sei!

2007-01-15 23:55:09 · answer #8 · answered by IRANILDO HEXA 2 · 0 1

Entenda a gravidez psicológica

Por Dr. Joel Rennó Jr.

Algumas mulheres desejam tanto engravidar, ou pelo contrário, temem a gravidez por um medo inconsciente e acabam apresentando quadro clínico de pseudociese. Ou seja, a falsa crença de estar grávida, associada com sinais objetivos de gravidez. Há aumento do volume do abdome (barriga), náuseas, vômitos, sensação subjetiva de que o bebê está se mexendo e até aumento de mamas com secreção de leite. A amenorréia (ausência de menstruação) é um sinal característico.

Embora o problema possa acometer mulheres de baixo nível de instrução, em sua maioria, não é incomum também acometer mulheres solteiras, magras e com profissões consideradas 'intelectuais'. O histórico de problemas psicológicos, sexuais e traumas sócio-ambientais devem ser investigados. Clique aqui e leia mais

Além de uma série de questões biológicas relevantes citadas no link acima, não podemos nos esquecer dos aspectos psicológicos que podem estar envolvidos também na pseudociese. Essas mulheres podem ter um ego frágil. Ou seja, mesmo sendo pessoas ativas, inteligentes e dinâmicas no dia-a-dia, podem sentir um enorme sentimento de vazio e insegurança, precisando de reforços positivos de terceiros. Muitas vezes durante a infância, os pais dessas pacientes só refletiram apatia e monotonia nos vínculos estabelecidos, faltando um feedback positivo para a auto-estima que pode chegar a perder ou sentir-se sem identidade.

Como Anna O. ficou 'grávida'

Há o famoso caso de Anna O. , paciente do psiquiatra Breuer, que chegou a desenvolver um quadro de pseudociese. Anna, embora tivesse diversos predicados e interesses, tornou-se uma pessoa isolada e apática. Só conseguia se soltar nos seus devaneios ou fantasias. Seu histórico era o de ter se apegado muito ao seu pai, de tal forma que quando ele adoeceu e faleceu, ela se sentiu desestruturada, sem conseguir ver a sua própria imagem no espelho. Havia uma "fusão" com o seu pai. Vários sintomas físicos surpreendentes como contratura e anestesia de membros, cegueira e surdez denotavam uma desintegração do seu 'eu', do seu 'self'.

Porém, ela tinha sintomas que demonstravam claramente seu enorme esforço em se manter viva, falando diversos idiomas e manifestando raiva.

Anna O. acabou-se apegando afetivamente a Breuer. Era o único a entendê-la, o único capaz de lhe oferecer alguma tranqüilidade e segurança. Durante uma viagem de Breuer à Viena, Anna O. chegou a piorar muito. Ela não via Breuer como um objeto de desejo sexual e sim como uma 'mãe tranqüilizadora' que a protegia, a colocava quando estava assustada, para dormir.

Breuer e sua esposa na ocasião, não entendendo o que se passava, decidiram interromper o tratamento dedicado. Em seguida, Anna O. respondeu com uma pseudociese. Nada mais representativo do que 'ter um filho' para expressar o sentimento de sentir-se viva através da fusão com o psiquiatra, que assumiu o papel de pai. O filho representava esse renascimento psíquico.

Apesar do desfecho triste, Anna O. pode internalizar muitas coisas boas na relação terapêutica com Breuer. Pode sair do isolamento e colocar em prática o seu potencial tornando-se a primeira assistente social da Alemanha e fundando vários institutos.

Embora a novela não tenha deixado clara a relação e o vínculo que a personagem Simone tinha com o seu pai, falecido em sua infância, provavelmente, pode haver algum 'link' nesse sentido - se é que a autora Glória Perez pesquisou com profundidade sobre o assunto.

Portanto, observamos que os aspectos biológicos, específicos do sexo feminino, interagindo com as questões psicológicas, sociais e ambientais, podem funcionar como 'gatilhos' da pseudociese ou pseudogestação. O sofrimento pode ser intenso. Essas pacientes precisam ser abordadas com delicadeza e acolhimento pelos seus médicos ginecologistas. Elas precisam se sentir compreendidas. Ficam revoltadas quando o médico dá a notícia da falsa gravidez de forma gélida e indiferente. O continuum de vida de tais pacientes deve ser analisado de forma pormenorizada. Uma intervenção psicológica eficaz costuma trazer ótimos resultados em poucos meses. A medicação só é reservada para quando há algum quadro psiquiátrico associado, como por exemplo, depressão.

2007-01-15 23:52:57 · answer #9 · answered by Anonymous · 1 2

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