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o conselho de niceia escolheu 4 de 80, tipo, nos outros 76 nao tinha nada de util pra c contar? So esses 4 sao suficientes para fazer uma humanidade seguir os ensinamentos de Jesus?

Qm ai tem fé em Deus mas desconfia da Biblia, pq se o homem escreveu ele manipulou de acordo com as necessidades. Nenhuma mulher seria boa o suficiente para ser apostulo?? Jesus não tinha preconceito... ja o homem....

2007-01-10 02:16:29 · 12 respostas · perguntado por Hanna 3 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

12 respostas

Sei lá , entende!

2007-01-10 02:21:11 · answer #1 · answered by SATELLITE 7 · 1 1

O cânon, ( nome estranho mais que significa os volumes pertencentes a um livro autorizado, surgiu como um reforço à garantia da unidade centralizada no bispo e à fé expressa num credo. Muitos pensam, de maneira errada é claro, que o cânon é uma lista de livros sagrados vindos do céu ou, ao contrário, imaginam que o cânom foi estabelecido pelos concílios eclesiásticos. Os vários concílios que se pronunciaram sobre o problema do cânon do NT apenas os tornaram públicos, porque tinham já sido aceitos amplamente pela conciência da igreja. O desenvolvimento do cânon foi demorado,e basicamente encerrado em 175 d.C , ou seja bem antes de Nicéia.
O mais importante em relação a necessidade de se formar a relação de livros que deveriam compor o NT, eram os ataques dos hereges , tais como Márcion, que estavam formando seu própio cânon das Escrituras e levando o povo ao erro.Os livros que primeiro foram aceitos como canônicos foram os Evangelhos. Muitos avacalham o Cristianismo assinalando que há muitos detalhes acerca dos quais os Evangelhos não concordam entre si. Mas os cristãos do II séc. não foram insensatos.O motivo de quatro Evangelhos, é que a igreja estava enfrentando o desafio dos gnósticos e de Márcion. Os gnósticos diziam que o mensageiro divino havia deixado seus ensinos secretos ( e daí vem toda a base do Gnosticismo: os mistérios, ou conhecimentos_gnosis_ em que se encontrariam no Cristianismo) em mãos de algum discípulo preferido, e assim circulavam supostos evangelhos que pretendiam conter esse segredos. Um deles é o famoso Evangelho de São Tomé. Cada grupo gnóstico dizia ter o seu própio evangelho, e uma tradição secreta que os unia com o Salvador. Diante de tais pretensões, a igreja optou por mostrar que suas doutrinas tinham o apoio, não de um evangelho supostamente escrito por tal ou qual apóstolo, mas de vários evangelhos. O própio fato de que estes Evangelhos diferiam entre si,mas ao mesmo tempo concordavam nos elementos fundamentais da fé,era prova de que as doutrinas da igreja não eram invenção recente, mas refletiam os ensinos originais de Jesus Cristo. De igual modo , enquanto Márciom pretendia que o Evangelho original fosse o de Lucas, que deveria ser " purificado" de toda influência judaica, a igreja respondeu assinalando os 4 Evangelhos, escritos cada um deles deum ponto de vista particular, mas todos opsotos aos ensinos gnósticos de Márciom.Contra os segredos e fantasias dos grupos heréticos, a igreja apelou à tradição aberta , conhecida por todos, e à multiplicidade do testemunho dos 4 Evangelhos.
Quanto ao fato da mulher e suas ações no ministério da igreja, não se esqueça do papel fundamental que elas realizaram com Cristo , foram fiéis até aonde Seus discípulos foram infiéis, e na igreja primitiva tinhamos diaconisas como Febe em Cencréia, profetisas como as filhas do diácono Felipe,e Júniasé contada entre os apóstolos por Paulo. Infelizmente é que durante o II séc., em seus esforços por evitar toda doutrina falsa, a igreja centalizou sua autoridade, e as mulheres ficaram excluídas do ministério da pregação. Ainda assim , segundo diz o romano Plínio ao imperador Trajano, foram torturadas duas " ministras " da igreja cristã, no II século. E quanto a autoras femininas da Bíblia,Priscíla , mulher de àquila, companheira de Paulo, é uma das mais cotadas entre os autores prováveis do livro de Hebreus. Não se esqueça de que numa sociedade machista ,seu nome sempre aparece na frente de seu marido, e sua história é soberba , não há ponto de quebrara o preconceito da época.

2007-01-11 07:07:34 · answer #2 · answered by carl.7 5 · 0 0

É que esses 76 livros são chamados de livros apócrifos (ocultos) fora do cânon bíblico, por serem contraditórios, datados em época posterior ao que deveria ser escrito, por professos autores. Por exemplo, o Evangelho de Felipe - não foi escrito pelo próprio Felipe, o Evangelho segundo Judas Escariotes - é o mais controverso, Judas morreu bem antes do que poderia ter escrito algo. O livro de Macabeus, só fala em conflitos e conquistas sem qualquer visão espiritual, parecendo mais um relato histórico do que bíblico. Os quatros evangelhos datam na época da possível abrangência dos relatos, se harmonizam com uma linha de raciocínio fora do comum.

Um dos mais interessantes catálogos primitivos é o fragmento descoberto por L. A. Muratori, na biblioteca Ambrosiana, em Milão, Itália, e publicado por ele em 1740.
Cita:

“O quarto livro dos Evangelhos é o de João, um dos discípulos. . . . E assim, para a fé dos crentes, não há discórdia, ainda que sejam dadas diferentes coletâneas dos fatos em cada livro dos Evangelhos, visto que em todos [eles], sob o único Espírito orientador, têm sido declaradas as coisas relacionadas com o seu nascimento, paixão, ressurreição, conversas com seus discípulos, duplo advento, o primeiro na humilhação procedente do desprezo, que ocorreu, e o segundo na glória do poder régio, que ainda há de vir.” - The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, 1956, Vol. VIII, página 56.

2007-01-10 11:12:58 · answer #3 · answered by Anonymous · 0 0

Se você conhecer a história saberá que a maioria destes escritos eram feitos pelos gnósticos, uma seita combatida pelos próprios apóstolos. o Evangelho de judas, por exemplo, traz em sua mensagem implícita a ideologia desse grupo e sabemos que não foi judas quem o escreveu pois ele se matou logo após a traição. outro evangelho, o de Tomé, tras algumas coisas bem interessantes, como a cena em que Jesus diz que maria precisava se tranformar em homem para entrar no Reino dos céus; uma das cartas enviadas por Paulo aos Coríntios também ficou de fora; Esta foi escrita em um momento em que Paulo estava profundamente irritado com aquela igreja.

Um dos critérios adotados, foi a autenticidade, outro foi a autoria apostólica.

É bom também lembrar que muito antes do concílio de Nicéia, a igreja já havia organizado, ainda que parcialmente o canon, sendo que apenas alguns livros eram dúvida.

2007-01-10 10:27:42 · answer #4 · answered by O Bom Pastor 3 · 2 2

BOA! Será que ele era preconceituoso mesmo?

Mas eu 'houvi falar' que era porque a Terra tem quatro cantos..
entao a biblia não deveria ter mais que quatro evangelhos.

"O evangelho é a coluna da Igreja, a Igreja está espalhada por todo o mundo, o mundo tem quatro regiões, e convém, portanto, que haja também quatro evangelhos. O evangelho é o sopro do vento divino da vida para os homens, e pois, como há quatro ventos cardiais, daí a necessidade de quatro evangelhos. (...)


os outros apostolos nao escreveram nada, será?

2007-01-10 10:27:33 · answer #5 · answered by Mega 5 · 2 2

Cara colega,

Essa escolha foi motivada pelo fato de que muitos desses outros Evangelhos eram apresentados de forma que era considerada herética, como o Gnosticismo, por exemplo.

2007-01-10 10:43:33 · answer #6 · answered by Verbena 6 · 1 2

Talvez porque os demais não atendam aos interesses da igreja. Já ouviu falar, por exemplo, sobre o evangelho de Felipe? Dizem que o Vaticano o mantém trancafiado em seus porões (o manuscrito original), pois o mesmo retrata um Jesus bem diferente daquele que sempre ouvimos falar.

2007-01-10 10:41:31 · answer #7 · answered by Paco2006 3 · 1 2

De onde vc tirou 80 evangelhos ?

2007-01-10 10:24:47 · answer #8 · answered by Dan BR 17 1 · 0 1

Bom, a função da Bíblia é perpetuar o registro da história de Jesus Cristo de forma que as gerações conheceçam o plano de salvação de Deus. Para isso, não é preciso nem a Bíblia inteira. Bastaria um testamento apenas para cumprir essa função. Então, não se perde em qualidade pela falta de um ou mais evangelhos, a Bíblia que temos hoje dá conta de narrar a história e de fortalecer a fé de qualquer um. Esses pequenos detalhe que aguçam nossa curiosidade, como o apostolado feminino q vc citou, pertencem agora aos mistérios de Deus.

2007-01-10 11:01:59 · answer #9 · answered by Lady*Bia 6 · 0 2

O CONCÍLIO DE NICÉIA - 325 D.C – É realizado o Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia (nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor), na Turquia asiática. A Turquia é um país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus (285 - 337 d.C), filho de Constâncio I. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália (atual França) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano. Desde Lúcio Domício Aureliano (270 - 275 d.C), os Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano aos seus "direitos divinos", em 274. Porém, Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo. Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários (10% da população do império), os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império: tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes. E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai (doutrina de Atanásio). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" (isto é, a mesma entidade existente) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; a distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados. Com a subida da Igreja ao poder, discussões doutrinárias passaram a ser tratadas como questões de Estado. E na controvérsia ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina. O Concílio foi aberto formalmente em 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns seguidores, em especial Eusébio, de Nicomédia; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos: Alexandre, de Alexandria; Eustáquio, de Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt (Bichvinta, reino de Egrisi). O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias: Marcus, da Calabria (Itália); Cecilian, de Cartago (África); Hosius, de Córdova (Espanha); Nicasius, de Dijon (França) e Domnus, de Stridon (Província do Danúbio). Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse. As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindo provavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo. O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte. Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egito foram expulsos devido à sua oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Ário. Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo (O "Credo da Dedicação") em, 341, para substituir o de Nicéia. (...) E em 357, um Concílio em Smirna adotou um credo autenticamente ariano. Portanto, as orientações de Constantino nessa etapa foram decisivas para que o Concílio promulgasse o credo de Nicéia, ou a Divindade de Cristo, em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqüente instituição da Santíssima Trindade e a mais discutida, ainda, a instituição do Espírito Santo, o que redundou em interpolações e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bíblia às decisões do conturbado Concílio e outros, como o de Constantinopla, em 381, cujo objetivo foi confirmar as decisões daquele. A concepção da Trindade, tão obscura, tão incompreensível, oferecia grande vantagem às pretensões da Igreja. Permitia-lhe fazer de Jesus Cristo um Deus. Conferia a Jesus, que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a própria Igreja católica e assegurava o seu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratégia revela o segredo da adoção trinitária pelo concílio de Nicéia. Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo: “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno! Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano. Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu (depois de ser batizado por um bispo arianista), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio. Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 d.C, o imperador Teodósio (um trinitarista) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas bispos trinitários foram convidados a participar. Cento e cinqüenta bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Com a exclusiva participação dos citados bispos, a Trindade foi imposta a todos como "mais uma verdade teológica da igreja". E os bispos, que não apoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados. Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade "pegasse". A política do governo e da Igreja foram as razões que levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue. As Igrejas Cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro Imperador Cristão, mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte. Obs: Em 313 d.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de uma nova Religião para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difusão do Cristianismo, apoderou-se dessa Religião e modificou-a, conforme seus interesses. Alguns anos depois, em 325 D.C, no Concílio de Nicéia, é fundada, oficialmente, a Igreja Católica... Há que se ressaltar que, "Igreja" na época de Jesus, não era a "Igreja" que entendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta à outra veremos que a palavra Igreja, no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles é mencionada exceto por aproximação e apenas três vezes em dois versículos no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklêsia, significa simplesmente “assembleia de convocados”, neste caso a comunidade dos seguidores da doutrina de Jesus, ou a sua reunião num local, geralmente em casas particulares onde se liam as cartas e as mensagens dos apóstolos. Sabemo-lo pelo testemunho de outros textos do Novo Testamento, já que os Evangelhos a esse respeito são omissos. Veja-se, por exemplo, a epístola aos Romanos (16, 5) onde Paulo cita o agrupamento (ekklêsia) que se reunia na residência dum casal de tecelões, Aquila e Priscila, ou a epístola a Filémon (1, 2) onde o mesmo Paulo saúda a ekklêsia que se reunia em casa do dito Filémon; num dos casos, como lemos na epístola de Tiago (2, 2), essa congregação cristã é designada por “sinagoga”. Nada disto tem a ver, portanto, com a imponente Igreja católica enquanto instituição formal estruturada e oficializada, sobretudo a partir do Concílio de Nícéia, presidido pelo Imperador Constantino, mais de 300 anos após a morte de Cristo. Onde termina a IGREJA PRIMITIVA dos Atos dos Apóstolos e começa o Catolicismo Romano? Quando Roma tornou-se o famoso império mundial, assimilou no seu sistema os deuses e as religiões dos vários países pagãos que dominava. Com certeza, a Babilônia era a fonte do paganismo desses países, o que nos leva a constatar que a religião primitiva da Roma pagã não era outra senão o culto babilônico. No decorrer dos anos, os Líderes da época começaram a atribuir a si mesmos, o poder de "senhores do povo" de Deus, no lugar da Mensagem deixada por Cristo. Na época da Igreja Primitiva, os verdadeiros Cristãos eram jogados aos leões. Bastava se recusar a seguir os falsos ensinamentos e o castigo vinha a galope. O paganismo babilônico imperava a custa de vidas humanas. No ano 323 d.C, o Imperador Constantino professou conversão ao Cristianismo. As ordens imperiais foram espalhadas por todo o império: As perseguições deveriam cessar! Nesta época, a Igreja começou a receber grandes honrarias e poderes mundanos. Ao invés de ser separada do mundo, ela passou a ser parte ativa do sistema político que governava. Daí em diante, as misturas do paganismo com o Cristianismo foram crescendo, principalmente em Roma, dando origem ao Catolicismo Romano. O Concílio de Nicéia, na Ásia Menor, presidido por Constantino era composto pelos Bispos que eram nomeados pelo Imperador e por outros que eram nomeados por Líderes Religiosos das diversas comunidades. Tal Concílio consagrou oficialmente a designação "Católica" aplicada à Igreja organizada por Constantino: "Creio na igreja una, santa, católica e apostólica". Poderíamos até mesmo dizer que Constantino foi seu primeiro Papa. Como se vê claramente, a Igreja Católica não foi fundada por Pedro e está longe de ser a Igreja primitiva dos Apóstolos... Em resumo: Por influência dos imperadores Constantino e Teodósio, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e entrou no desvio. Institucionalizou-se; surgiu o profissionalismo religioso; práticas exteriores do paganismo foram assimiladas; criaram-se ritos e rezas, ofícios e oficiantes. Toda uma estrutura teológica foi montada para atender às pretensões absolutistas da casta sacerdotal dominante, que se impunha aos fiéis com a draconiana afirmação: "Fora da Igreja não há salvação". Além disso, Constantino queria um Império unido e forte, sem dissenções. Para manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a ditadura religiosa, as autoridades eclesiásticas romanas deviam manter a ignorância sobre as filosofias e Escrituras. A mesma Bíblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas mas, também, um Deus forte, para se opor ao próprio Jeová dos Hebreus, ao Buda, aos poderosos deuses do Olimpo. Era necessário trazer a Divindade Arcaica Oriental, misturada às fábulas com as antigas histórias de Moisés, Elias, Isaías, etc., onde colocaram Jesus, não mais como Messias ou Cristo, mas, maliciosamente, colocaram Jesus parafraseado de divindade no lugar de Jezeu Cristna, a segunda pessoa da trindade arcaica do Hinduísmo. Nesse quadro de ambições e privilégios, não havia lugar para uma doutrina que exalta a responsabilidade individual e ensina que o nosso futuro está condicionado ao empenho da renovação interior e não à simples adesão e submissão incondicional aos Dogmas de uma Igreja, os quais, para uma perfeita assimilação, era necessário admitir a quintessência da teologia: "Credo quia absurdum", ou seja, "Acredito mesmo que seja absurdo", criada por Tertuliano (155-220), apologista Cristão. Disso tudo deveria nascer uma religião forte como servia ao império romano. Vieram ainda a ser criados os simbolismos da Sagrada Família e de todos os Santos, mas as verdades do real cânone do Novo Testamento e parte das Sagradas Escrituras deviam ser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Sócrates e outras Filosofias contrárias aos interesses da Igreja que nascia. Esta lógica foi adotada pelas forças clericais mancomunadas com a política romana, que precisava desta religião, forte o bastante, para impor-se aos povos conquistados e reprimidos por Roma, para assegurar-se nas regiões invadidas, onde dominava as terras, mas não o espírito dos povos ocupados. Em troca, o Cristianismo ganhava a Universalidade, pois queria se tornar "A Religião Imperial Católica Apostólica Romana", a Toda Poderosa, que vinha a ser sustentada pela força, ao mesmo tempo que simulava a graça divina, recomendando o arrependimento e perdão, mas que na prática derrotava seus inimigos a golpes de espada.
Então não era da tolerância pregada pelo Cristianismo que Constantino precisava, mas de uma religião autoritária, rígida, sem evasivas, de longo alcance, com raízes profundas no passado e uma promessa inflexível no futuro, estabelecida mediante poderes, leis e costumes terrenos. Para isso, Constantino devia adaptar a Religião do Carpinteiro, dando-lhes origens divinas e assim impressionaria mais o povo o qual sabendo que Jesus era reconhecido como o próprio Deus na nova religião que nascia, haveria facilidade de impor a sua estrutura hierárquica, seu regime monárquico imperial, e assim os seus poderes ganhariam amplos limites, quase inatingíveis. Quando Constantino morreu, em 337, foi batizado e enterrado na consideração de que ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na iconografia eclesiástica veio a ser representado recebendo a coroa das mãos de Deus.

Fontes:
* UMA HISTÓRIA DA LEITURA, de Alberto Manguel, COMPANHIA DAS LETRAS – SP, 1997 (páginas 228 a 237) da "LEITURA DO FUTURO" - Editora Schwarcz Ltda.
* Documentos da Igreja Cristã, de H. Bettenson
* História da Igreja Católica, Philip Hughes, Dominus
* História Universal, H.G. Wells
* Instituto São Thomás de Aquino - Fundação para Ciência e Tecnologia - Dominicanos de Lisboa - Portugal.
* http://www.angelfire.com/on2/mikemcclellan/baf.html
* http://www.anzwers.org/free/jesuschrist/index.html

2007-01-10 10:46:31 · answer #10 · answered by Kael 2 · 1 3

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