Olá Lisandro,
Acho importante a sua pergunta que, certamente, merece uma resposta muito cautelosa e responsável.
A Honestidade no meu entendimento é, acima de tudo, um questão de caráter sempre individual e intransferível, não cabendo generalizações.
As religiões e a ciência de forma alguma detém o monopólio do saber, contudo, divulgam e asseveram em muitos casos, nos seus pronunciamentos enquanto instituições, atitudes que levam a crer perante o grande público que o tenham, tratando com total descrédito e utilizando todo o seu poder corporativo contra quem ameace a sua reputação ou autoridade perante o status quo tecnológico, do conhecimento e do saber.
Mesmo o saber da Ciência Oficial já se evidenciou diversas vezes extremamente manipulador e intimidador.
Grandes cientistas já foram execrados em sua própria comunidade até conseguirem a duras penas oferecer provas que demonstrassem a veracidade de suas proposições em relação ao saber oficial, desbancando a autoridade de muitos colegas tidos como inquestionáveis.
Muitas mentes livres e independentes já receberam pesadas críticas da comunidade científica sendo, em muitos casos, somente após a demonstração de flagrantes equívocos do saber oficial, reconhecidos como pertinentes, muitas vezes, após a morte de um grande cientista cuja reputação em vida foi execrada por sua comunidade por não ter se dobrado ao sistema.
Existem soluções e técnicas revolucionárias para muitos problemas modernos que receberam muito pouca receptividade no meio científico e que não foram capazes de chegar ao conhecimento geral do grande público, sendo desacreditadas e engavetadas devido ao seu potencial polêmico, capaz de colocar em risco muitos interesses tanto da comunidade científica quanto de grandes monopólios econômicos.
Há cientistas com certeza que admitem não saber e muitos que, simplesmente, ignoram ou rejeitam tudo aquilo que sua própria comunidade acha por bem ignorar, procurando o conforto de não expor nem comprometer a sua imagem e reputação.
A primeira cirurgia cardíaca do mundo foi realizada sobre enorme descrédito da própria comunidade médico-científica da época, sendo, quem a propôs ameaçado por representantes dela de estar agindo de forma completamente "irresponsável", o mesmo tendo ocorrido em relação ao meio religioso onde um sacerdote procurou convencer o médico de que ele estava se mostrando soberbo achando que poderia interagir na vida de um ser humano como se fosse Deus.
Depois daquela experiência que deixou todos sem ter onde enfiar a cara, tendo que reconhecer o avanço, milhões de pessoas são operadas todos os anos, alimentando a expectativa de sobreviver, tendo uma melhor qualidade de vida.
Se você já teve a oportunidade de assistir ao filme Quase Deuses, poderá perceber estas gaiolas (Ciência e Religião Institucionais) que, muitas vezes, tolhem a liberdade do espírito humano que procura, corajosamente, vencer suas barreiras.
Não cabem generalizações.
Há, sem dúvida alguma, cientistas isentos e abertos à apreciação de qualquer matéria, teoria e experimento que sejam colocados ao seu alcance, sentindo plena liberdade de reconhecer ou rejeitar, à partir de suas próprias conclusões e não os generalizados previamente pela sua comunidade.
Da mesma forma, muitos teólogos tem o espírito aberto para avaliar tudo e fazer grandes indagações e uma pesada auto-crítica a sua própria fé pois, preocupam-se em crer cada vez mais de olhos abertos, e não movidos por uma fé cega, irracional e manipuladora.
Em todo tipo de sociedade humana, infelizmente, sempre se encontrará um contingente de Maria vai com as Outras, que não pensam nem agem à partir de sua própria convicção e experiência direta, reagindo num efeito manada à qualquer coisa que ameace aos interesses de quem os influencia e controla.
Entendo que tanto a Ciência quanto a Religião deveriam ser MEIOS capazes de favorecer ao Homem na busca pelo seu contínuo aprimoramento e auto-conhecimento.
Contudo, quando estes MEIOS acabam se tornando um FIM em si mesmos, o Homem deixa de ser o maior beneficiado e passa apenas a ser um simples marionete, joguete de alguns grupos e seus interesses escusos.
Não vejo portanto, nem no meio científico, nem no meio religioso institucionais, autoridade moral e isenção irretocável sobre os fatos, como julgo necessário haver, no seu importante e crítico papel, cujo poder interfere sobre o destino e qualidade de vida de bilhões de pessoas.
Por este motivo, a postura de honestidade intelectual será sempre a meu ver, uma questão de caráter e foro íntimo, que repousa sobre a individualidade do ser e não ao sistema coletivo no qual ele venha a estar inserido.
Cada caso é, certamente, um caso.
Generalizações levam a grandes equívocos e injustiças.
Um grande abraço!!!
2007-01-08 01:05:36
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answer #1
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answered by Peregrino 6
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é......
hummmmmmm...
ou...
quem,,,,,,,,,,,,
ahhhhhhhhh
talves..
sei lá.
2007-01-08 06:06:13
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answer #4
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answered by RELIGIÃO MATA E CEGA 2
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