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2007-01-07 03:36:45 · 5 respostas · perguntado por Theo 1 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

5 respostas

Surgiu na Pré-história como uma forma de xamanismo. É a religião mais antiga da humanidade.

Na realidade, o nome "Bruxaria" é recente. Antes possuia outros nomes. Cada tribo nomeava de uma forma diferente. Mas a origem é pré-histórica mesmo, já que as mesmas práticas, ritos e mitos que se tem hoje na Bruxaria podem ser encontrados em pinturas rupestres e artefatos que datam de muito antes da História. E, de fato, a Bruxaria ainda é praticada. Se bem que o termo "prática" não é o mais adequado, pois a prática é apenas parte da Bruxaria. A crença é a parte mais importante, eu diria. Há deuses e outros seres que são cultuados na Bruxaria. Cultua-se um princípio divino masculino (Deus) e um princípio divino feminino (Deusa). Esses dois princípios não existem na Bruxaria de forma isolada, são complementares. Mas algumas formas de Bruxaria têm a divindade (ou divindades) feminina(s) como superiora(s) (Bruxarias Diânicas).

Um erro enorme que se comete é dizer que a Bruxaria cultua o Diabo. Isso é um erro realmente enorme, pois o "Diabo" (Diabolous) é um ser criado pelos cristãos (como pode uma religiosidade MUITO anterior ao Cristianismo cultuar um ser criado pelo Cristianismo?... Não cultua.

O que ocorre é que o Deus cultuado pelos bruxos tem chifres, cascos, etc, muito semelhante à imagem que comumente se faz do Diabo. Mas é o DEUS cultuado pelos bruxos e não um anjo caido... Bem, essa é uma das formas de representação do princípio divino masculino, há outras formas. Essa é a forma mais comum. Entre os celtas, dava-se o nome de Cernunnos a esse Deus e sua imagem se deve a crença de que o Deus pode ser encontrado em tudo o que é próprio do princípio masculino e, desse modo, animais como os cervos deram origem aos chifres na imagem do Deus, os cascos são os de um bode, etc. Nada de "Diabo", apenas o Deus.

A respeito do nome "Bruxaria": foi criado pelos cristãos. Todas as práticas que os cristãos achassem estranhas eram chamadas de "Bruxaria". Assim, uma quantidade muito grande de religiões passaram a ser conhecidas como "Bruxaria". Bruxaria, portanto, não é uma Religião, mas um conjunto grande de religiões, com nomes e características próprias.

Wicca, Stregheria, Wanatru, Asatru, e muitas outras religiões têm práticas que são classificadas como sendo "Bruxaria". Os seguidores dessas crenças passaram a se auto-denominar "bruxos" porque acabou sendo o rótulo mais conhecido e, a bem da verdade, a palavra em sí não é algo ruim, já que "bruxo" vem de "broucho", palavra grega para "transformador".

A função da Bruxaria é a mesma de qualquer outra religião: O "religare" (a palavra “religião” vem de “religare”), ou seja, "religar" o imanente e o transcendente (o homem e o que está além do homem).

No caso da Bruxaria, o transcendente não está tão longe do ser humano, pois os deuses e tudo o mais que seja transcendental se encontra na natureza, a qual está ao nosso redor e em nós mesmos. Desse modo é que a Bruxaria, sendo um culto à natureza, é conhecida como religião “pagã”, pois “Paganismo” vem do latim “paganus” = campo, portanto, Bruxaria é uma religiosidade própria do campo, da natureza.

2007-01-07 03:45:02 · answer #1 · answered by Anonymous · 8 1

surgiu da mesma forma que todas as religioes:
o homem olha a natureza, nao entende, vai coletando um monte de conhecidencias vai unindo tudo tempera um pouco com criatividade humana e pronto!
mas no caso da bruxaria foi da intencao do homem em querer controlar a natureza.

mas é tudo besteira, veja os links:

2007-01-07 03:46:48 · answer #2 · answered by Mega 5 · 2 1

A Bruxaria Tradicional e a Bruxaria Moderna
Há uma grande confusão, entre os leigos, acerca de Bruxaria Tradicional e Bruxaria Moderna. A Bruxaria Tradicional tem suas raízes aprofundadas através do período pré-histórico, podendo ser considerada em parte irmã e em parte filha de antigas práticas e cultos xamânicos. Historicamente, tal e qual os xamãs, o papel social das bruxas tradicionais era basicamente dividido entre a prestação de auxílio à população na cura de problemas de saúde (problemas da carne, da psiquê e do espírito) e o contato com os espíritos dos mortos e dos deuses (encaminhamento de espíritos recém-desencarnados a seu destino, obtenção de favores da Deusa e/ou dos Deuses, previsões do futuro para facilitar a tomada de decisões tanto no nível pessoal quanto para a comunidade - neste último caso a leitura do futuro seria para os chefes).

A Bruxaria Moderna, por outro lado, embora se relacione firmemente com a Bruxaria Tradicional, surge historicamente com Gerald Gardner, com a criação da Wicca no ano 1950 da Era Comum. Apesar de a Bruxaria Tradicional, ao longo de seus estimados mais de 20.000 anos de existência, ter vindo absorvendo elementos estranhos a suas raízes ancestrais, sendo uma religião viva e que evolui continuamente, seu eixo fundamental é bastante distinto do da Bruxaria Moderna, pois Gardner não apenas adotou novos elementos, mas tornou alguns destes em bases fundamentais da Wicca, amalgamando de forma indissolúvel o que teria aprendido como iniciado na Bruxaria Tradicional com conhecimentos adquiridos junto ao druidismo e conceitos de origem claramente oriental.


Dois Princípios Básicos na Bruxaria
A Bruxaria, sendo caracterizada pela liberdade de pensamento, acaba por apresentar um amplo leque de linhas de pensamento e de vertentes de características bastante distintas, entretanto, alguns elementos em comum podem ser apresentados a fim de que se tenha melhor compreensão do significado da bruxaria. Elencamos dois princípios comuns, em especial, que ao mesmo tempo que ajudam a compreensão, afastam conceitos equivocados calcados em histórias infantis e preconceitos medievais à prática da bruxaria.

O Respeito ao Livre-Arbítrio - Nenhum verdadeiro bruxo buscará doutrinar aqueles que têm outro credo. Para os bruxos, a fé só é verdadeira se resulta de escolha individual e espontânea. Nenhum verdadeiro bruxo realizará qualquer tipo de magia no intuito de se beneficiar de algo que prejudicará outra pessoa. Para os bruxos, cada um tem seu próprio desafio a enfrentar. Usar de qualquer subterfúgio para escapar dos desafios que se apresentam é apenas adiar uma luta que terá de ter lugar nesta ou em outras vidas. Adiar problemas é o mesmo que acumulá-los para as próximas encarnações.

A Comunhão com a Natureza - O verdadeiro bruxo respeita a natureza, e por natureza ele entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Quando preserva a natureza, suas preocupações não são a viabilidade da manutenção da vida humana na Terra, o verdadeiro bruxo respeita a natureza simplesmente porque se sente parte dela, porque a ama. Os bruxos não acham que a natureza está à sua disposição. Os homens, os minerais, os vegetais e toda a espécie de animal são apenas colegas de caminhada, nenhum mais ou menos importante que o outro. Ainda assim, matam insetos que lhes incomodam e arrancam mato que cresce nos canteiros de flores sem dramas de consciência. Não são falsos em suas crenças nem românticos idealistas. Acreditam que conflitos fazem parte da natureza.


Caça às Bruxas na Europa Ocidental
A Caça às Bruxas foi uma perseguição social e religiosa que começou no final da Idade Média e atinge seu apogeu na Idade Moderna. O mais famoso manual de Caça às Bruxas é o Malleus Maleficarum (Martelo das Feiticeiras), de 1484.

No passado os historiadores consideraram a Caça às Bruxas européia como um ataque de histeria supersticiosa que teria sido forjada e espelhada pela Igreja Católica. Seguindo essa lógica, era "natural" supor que a perseguição teria sido pior quando o poder da igreja era maior, ou seja: antes da Reforma Protestante dividir a cristandade ocidental em segmentos conflitantes. Nessa visão, embora houvesse ocorrido também julgamentos no começo do período moderno, eles teriam sido poucos se comparados aos supostos horrores medievais. Pesquisas recentes derrubaram essa teoria de forma bastante clara e, ironicamente, descobriu-se que o momento mais forte da histeria contra as bruxas ocorreu entre 1550 e 1650, juntamente com o nascimento da celebrada "Idade da Razão".


Na Idade Média
Virtualmente todas as sociedades anteriores ao período moderno reconheciam o poder das bruxas e, em função disso, formularam leis proibindo que crimes fossem cometidos através de meios mágicos. O período medieval não foi exceção, mas inicialmente não havia ninguém caçando Bruxas de forma activa. Esse contexto relativamente benigno permaneceu sem grandes alterações por séculos.

As posturas tradicionais começaram a mudar perto do fim da Idade Média. Pouco depois de 1300, na Europa Central, começaram a surgir rumores e pânico acerca de conspirações malignas que estariam tentando destruir os reinos cristãos através de magia e envenenamento. Falava-se de conspirações por parte dos mulçumanos e de associações entre judeus e leprosos ou judeus e bruxas. Depois da enorme devastação decorrente da peste negra (que vitimou 1/3 da população européia entre 1347 e 1350) esses rumores aumentaram e passaram a focar mais em supostas bruxas e "propagadores de praga".

Casos de processo por bruxaria foram aumentando lentamente, mas de forma constante, até que os primeiros julgamentos em massa apareceram no Século XV.


Na Idade Moderna
Em 1484 foi lançado o livro Malleus Maleficarum, pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, que se torna uma espécie de Biblia da caça às bruxas, ele definia as práticas consideradas demoníacas.

Ao surgirem as primeiras ondas da Reforma Protestante o número de julgamentos chega a diminuir por alguns anos. Entretanto, em 1550 a perseguição cresce novamente, dessa vez atingindo níveis alarmantes. Esse é o período mais sanguinário da histeria, que atingiu tanto terras católicas como protestantes e durou de 1550 a 1650. Depois desse período os julgamentos diminuem fortemente e desapareceram completamente em torno de 1700.


Caça às Bruxas - Novas Visões Históricas
A partir dos anos 70 do Século XX, os historiadores passaram a estudar detalhadamente os registros históricos de julgamentos, ao invés de confiar apenas nos relatos dos casos mais famosos e outras fontes pouco seguras. A nova metodologia trouxe mudanças significativas na compreensão que se tinha deste período. Vejamos algumas das ideias chaves dessa nova visão:

A "Caça às Bruxas" na Europa começou no fim da Idade Média e foi um fenómeno religioso e social da Idade Moderna. A situação assumiu tamanha dimensão, também devido às populações sofrerem frequentemente de maus anos agrícolas e de epidemias, resultando elevada taxa de mortalidade, e dominadas pela supestição e pelo medo. A maior parte das vítimas foram julgadas e executadas entre 1550 e 1650. A quantidade de julgamentos e a proporção entre homens e mulheres condenados poderá variar consideravelmente de um local para o outro. Por outro lado, 3/4 do continente europeu não presenciou nem um julgamento sequer. A maioria das vítimas foram julgadas e executadas por tribunais seculares, sendo os tribunais locais, foram de longe os mais intolerantes e cruéis. Por outro lado, as pessoas julgadas em tribunais religiosos recebiam um melhor tratamento, tinham mais chances de poderem ser inocentadas ou de receber punições mais brandas.

O número total de vítimas ficou provavelmente por volta dos 50 mil, e destes, cerca de 25% foram homens. Mulheres estiveram mais presentes que os homens, e também enquanto denunciantes, e não apenas como vítimas. A maioria das vítimas eram parteiras ou curandeiros; mas a maioria não era bruxa. A grande maioria das vítimas eram da religião cristã, até porque a população pagã na Europa na época da Caça às Bruxas, era muito reduzida.

Estudos recentes vêm apontar que muitas das vítimas da "Caça as Bruxas", bem como de muitos "casos de endemoniados", teriam sido vítimas de uma intoxicação. O agente causador era um fungo denominado Claviceps purpurea, um contaminante comum do centeio e outros cereais. Este fungo biossintetiza uma classe de metabólitos secundários conhecidos como alcalóides do Ergot e, dependendo de suas estruturas químicas, afectavam profundamente o sistema nervoso central. Os camponeses que comeram pão de centeio (o pão das classes mais pobres) contaminado com o fungo, eram envenenados e desenvolveram a doença, actualmente denominada de ergotismo.

Em alguns casos, também verificou-se alegações falsas de prática de "bruxaria" e de estar "possuído pelo Demônio", com o fim de se apropriar ilicitamente de bens alheios ou como uma forma de vingança.

2007-01-07 03:46:38 · answer #3 · answered by lully 3 · 2 1

A estória da bruxaria perde-se na noite do tempo, e tinha como objetivo conseguir por meios não convencionais aquilo que se desejava.

2007-01-07 03:45:02 · answer #4 · answered by Anonymous · 1 2

Segundo ouvi dizer foi por volta de 300anos depois de Cristo, e sua função foi de desmoralizar as mulheres, pois no mundo machista que era e ainda é as mulheres não tinham vez.

2007-01-07 03:45:33 · answer #5 · answered by Akhron 2 · 0 2

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