INQUISIÇÃO CATÓLICA
por Airton Evangelista da Costa
AOS LEITORES
Este trabalho é um esboço, um ensaio, um estudo, em que condensamos diversos fatos relacionados com a INQUISIÇÃO [ Veja como funciona hoje a Inquisição católica ]. O assunto, de tão vasto, não se esgota nestas páginas.
As dificuldades enfrentadas pela Igreja de Cristo através dos séculos devem ser conhecidas por todos os cristãos. Os católicos precisam conhecer a história negra de sua igreja. Os evangélicos não devem esquecer os heróis da fé, os homens que, com ousadia, romperam com as tradições, com o poder eclesiástico de sua época, e ajudaram na implantação de uma igreja reformada, livre do poder papal, submissa a Jesus, e tendo a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática.
Conhecer um pouco dos horrores dos tribunais eclesiástico é descobrir o quão difícil foi a caminhada até os dias atuais. Os alicerces de nossa fé ficam mais fortalecidos quando nos miramos no exemplo de nossos irmãos do passado, "atribulados mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados, perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos", pois "BEM-AVENTURADOS SOIS VÓS, QUANDO VOS INJURIAREM E PERSEGUIREM E, MENTINDO, DISSEREM TODO O MAL CONTRA VÓS POR MINHA CAUSA" (Mateus 5.11).
A lista dos mártires e perseguidos parece não ter fim. A Igreja Católica estava disposta a vigiar e manter sob seu domínio todo o universo do pensamento humano. Qualquer um que ousasse defender suas idéias - científicas, religiosas, ou em qualquer área -, em desacordo com a interpretação do Vaticano, era considerado um herético, e, por isso, por esse crime, julgado e condenado. Era quase impossível aos hereges se livrarem da tortura e da fogueira.
Pelo modo cruel como os protestantes foram massacrados; pela forma cruel com que subjugaram alguns, sob tortura; em razão dos milhões que perderam a vida nas Cruzadas, nas fogueiras ou de outras maneiras, e por muitas outras práticas assassinas e injustas usadas no decorrer de vários séculos de INQUISIÇÃO, não vacilamos em afirmar que esse monstruoso Santo Ofício foi UM CRIME CONTRA A HUMANIDADE... todavia, um crime que não mais se repetirá, NUNCA MAIS. Louvado seja nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
INQUISIÇÃO: SIGNIFICADO E OBJETIVO
Também chamada de Santo Ofício, INQUISIÇÃO era a designação dada a um tribunal eclesiástico, vigente na Idade Média e começos dos tempos modernos. Esse Tribunal, instituído pela Igreja Católica Romana, tinha por meta prioritária julgar e condenar os hereges. A palavra "herege" significa aquele que escolhe, que professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo matéria de fé. Então, todos os que se rebelavam contra a autoridade papal ou faziam qualquer espécie de crítica à Igreja de Roma eram considerados hereges.
INQUISIÇÃO é o ato de INQUIRIR: indagar, investigar, pesquisar, perguntar, interrogar judicialmente. Os hereges seriam os "irmãos separados", os "protestante", os "crentes", os "evangélicos" de hoje.
Em suma, a INQUISIÇÃO foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Da Enciclopédia BARSA, vol 7, pags. 286-287 extraímos o seguinte: " Heresia, no sentido geral é uma atitude, crença ou doutrina, nascida de uma escolha pessoal, em oposição a um sistema comumente aceito e acatado. É uma opinião firmemente defendida contra uma doutrina estabelecida. A Igreja Católica, no seu Direito Canônico, estabelece uma distinção entre heresia, apostasia e cisma. Assim diz este documento:
"Depois de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de cristão, nega algumas das verdades que se devem crer com fé divina e católica ou dela duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA. Se recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com os membros da Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO" (Direito Canônico 1.325, párag. 2).
Então, por esse raciocínio e decreto de Roma, os milhões de crentes no mundo são hereges e cismáticos porque negam muitas das "verdades" da fé católica, não se submetem ao Sumo Pontífice, e só reconhecem Jesus Cristo como autoridade máxima da Igreja. De acordo com o que foi noticiado em janeiro/98 pelos jornais, a Igreja Católica Romana resolveu abrir os arquivos do Santo Ofício ou Inquisição, colocando-os à disposição dos pesquisadores. Nesses arquivos constam 4.500 obras sob fatos e julgamentos de quatro séculos da Igreja Católica, conforme noticiado. A abertura desses processos é de muita valia para os pesquisadores, historiadores e interessados em conhecer um pouco mais do passado negro da Igreja de Roma. Nem por isso a humanidade deixou de conhecer as crueldades, as chacinas, o extermínio, as torturas que tiraram a vida de milhões de hereges. Os arquivos do Vaticano vão mostrar, certamente, com mais detalhes, como foram conduzidos os processos sumários e quais os métodos usados para obter confissões e retratações. Todavia, a guarda a sete chaves dessas informações não impediu que o mundo tomasse conhecimento dos crimes cometidos pelos tribunais inquisitórios. A História não pode ser apagada.
O INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES
Embora a Inquisição tenha alcançado seu apogeu no século XIII, suas origens remontam ao século IV:
O herege espanhol Prisciliano foi condenado à morte pelos bispos espanhóis no ano de 1385; no século X muitos casos de execuções de hereges, na fogueira ou por estrangulamento; em 1198 o Papa Inocêncio III liderou uma cruzada contra os "ALBIGENSES" (hereges do sul da França), com execuções em massa; em 1229, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, sob a liderança do Papa Gregório IX; em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado "AD EXSTIRPANDA", em que vociferou: "os hereges devem ser esmagados como serpentes venenosas". Este documento foi fundamental na execução do diabólico plano de exterminar os hereges. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão no caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. O "AD EXSTIRPANDA" foi renovado ou reforçado por vários papas, nos anos seguintes:
" Alexandre IV
" (1254-1261); Clemente IV (1265-1268), Nicolau IV
" (1288-1292); Bonifácio VIII (1294-1303) e outros.
" Inocêncio IV autorizou o uso da tortura.
2007-01-03 21:33:31
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answer #6
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answered by Anonymous
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aconteceria o q aconteceu qdo os tzares russos tinham poder absoluto... e mandavam torturar os inimigos até a morte... e mandavam as cabeças para as esposas..
e qdo os assírios tinham poder absoluto... e penduravam os inimigos pelos pulsos e arrancavam a pele a partir de um corte em torno da cintura...
e o q aconteceu qdo fidel, com seu poder absoluto, mandou e manda encarcerar seus opositores.
Mandou prender Huber Matos, seu companheiro e amigo, por discordar da ditadura q ele impôs (afinal, a revolução era para acabar com uma ditadura!!). Huber Matos ficou preso por 20 anos em uma cela de 1,5m da a altura, onde não podia ficar em pé!!! Hj mora na Argentina. Outros foram fuzilados, simplesmente.
"todo poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente"
2007-01-03 14:27:15
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answer #10
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answered by Betinha 7
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