Síndrome do Choque Tóxico
Doença tóxica grave causada por infecção por cepas de Staphylococcus aureus, observada com maior freqüência em mulheres menstruadas que fazem uso de tampões vaginais de alta absorção.
A síndrome do choque tóxico (SCT) é causada por uma toxina produzida pela bactéria Staphylococus aureus. É mais comum em mulheres menstruadas que estejam usando tampões vaginais de alta absorção e ocorre no quinto dia da menstruação. A síndrome também tem sido observada em crianças, bebês e homens. Lesões cutâneas ou infecções causadas por Staphylococcus aureus em qualquer parte do corpo também podem causar SCT.
A síndrome é caracterizada pelo aparecimento repentino de sintomas (febre, calafrios, exantema e diarréia) e uma queda rápida da pressão sangüínea, resultando em choque. A incidência anual da doença é de aproximadamente 2 em 10.000 pessoas. Entre os fatores de risco estão: menstruação recente, uso recente de método anticoncepcional de barreira, parto recente, cirurgia recente e infecção prévia por Staphylococcus aureus.
2007-01-03 02:23:52
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answer #1
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answered by Zoing 5
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Chama-se Síndrome do Choque Tóxico.
Esta síndrome é uma doença rara, porém potencialmente fatal. Apesar de classicamente estar relacionada ao uso de tampões
vaginais, hoje sabe-se que diversas alterações não-menstruais estão relacionadas a esta síndrome.
Ela é uma doença aguda caracterizada por febre, eritrodermia (rash), descamação cutânea e hipotensão que pode levar
à falência de múltiplos órgãos e sistemas, com significativa mortalidade. O termo foi criado em 1978 por Todd e colaboradores, que relataram o complexo sintomático de um grupo de 8 crianças entre 8 e 17 anos de idade com quadro febril agudo. Nos anos seguintes, com o aumento do número de casos, a síndrome passou a relacionar-se com a menstruação em mulheres jovens. Quando começaram a ser descritos casos masculinos e em mulheres na menopausa, se tornou óbvio que a síndrome poderia afetar qualquer população.
A SCT pode imitar diversas doenças comuns. Pacientes com febre de etiologia obscura e quadro tóxico desproporcional ao exame físico devem ter a hipótese de SCT incluída no diagnóstico diferencial, uma vez que a detecção precoce é
essencial para o sucesso terapêutico.
A doença é causada por superantígenos bacterianos secretados por estafilococos (S. aureus) e estreptococos do grupo A. As toxinas agem em conjunto como superantígenos, inibindo a quimiotaxia, bloqueando o sistema reticuloendotelial, e
estimulando a liberação maciça de citocinas, prostaglandinas e leucotrienos que produzem o cortejo clínico da síndrome.
Basicamente, são necessários três fatores para o desenvolvimento de SCT: (1) colonização ou infecção por S. aureus, (2) produção de toxinas, e (3) via de entrada da toxina para o sistema circulatório.
A SCT é separada em duas categorias: SCT menstrual e SCT
não-menstrual. Mais de 90% dos casos relacionados à menstruação associam-se ao uso de tampões e à produção da exotoxina TSST-1. O tipo não-menstrual responde por 45% dos
casos e é secundário a diversas infecções (abscessos, celulite, bursite, traumatismos infectados, infecções puerperais e cirúrgicas em geral, e infecções vaginais).
Diagnóstico
O quadro clínico típico inclui febre alta, cefaléia, vômitos,
diarréia, mialgia e rash eritematoso, mas também pode ser observado meningismo, faringite, conjuntivite, vaginite, edema, artralgia, irritabilidade, adinamia, dores abdominais, choque, síndrome da angústia respiratória do adulto, coagulação
intravascular disseminada e insuficiência renal. Mais de 85% dos pacientes apresentam alterações laboratoriais, tais como pleocitose, hipoalbuminemia, hipocalcemia, trombocitopenia, proteinúria, e elevação dos níveis séricos de enzimas hepáticas,
uréia, creatinina e creatinofosfoquinase.
A lista de diagnósticos diferenciais é extensa, mas alguns
pontos-chave podem servir de alerta. Apesar da cefaléia, da mialgia, da êmese e da febre poderem representar uma simples viremia ou gastrenterite aguda, a severidade do quadro
clínico do paciente, associado à leucocitose intensa, sugere uma infecção mais grave.
O mesmo se aplica ao diagnóstico diferencial mais comum do SCT: a pielonefrite aguda.
Tratamento
De modo geral, a terapêutica segue os princípios do tratamento para qualquer paciente séptico, tendo como base a antibioticoterapia de amplo espectro, capaz de inibir a produção de TSST-1. A reposição hidroeletrolítica também é vital para
controlar a rápida depleção de volume. Corticosteróides e imunoglobulinas endovenosas também são eficazes para retardar a progressão da SCT.
Conclusão
A síndrome do choque tóxico pode decorrer de vários distúrbios
relacionados ou não à menstruação. Uma vez que o quadro clínico é similar ao de várias outras doenças, o diagnóstico costuma ser perdido com conseqüências desastrosas. É de extrema importância ter em mente que a SCT não é uma doença
relacionada exclusivamente ao uso de tampões vaginais, devendo-se levantar a possibilidade desta doença em todo paciente com febre, rash cutâneo, hipotensão
e quadro toxêmico desproporcional ao exame clínico geral.
2007-01-03 10:23:38
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answer #3
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answered by Sueli A 3
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