Solimão I, Suleiman I, Sulimão I ou Süleyman em turco (Trabzon, 6 de Novembro de 1494 — 5 de Setembro ou 6 de Setembro de 1566 durante o cerco à fortaleza húngara de Szigetvár) é considerado o maior governante do Império Otomano, tendo recebido a alcunha o Legislador no Mundo Islâmico.
Foi sultão do Império de Otomano de 1520 a 1566, tendo sucedido ao seu pai, o sultão Selim I, e reinado durante quarenta e seis anos. Para os Turcos, ficou ainda conhecido por Kanuni, o Dador das Leis, devido à s suas reformas na justiça e administração; para os paÃses ocidentais foi o MagnÃfico, por causa do esplendor da sua corte e das suas muitas vitórias militares na Europa.
Durante seu reinado, o Império Otomano alcançou o seu apogeu, com o exército do sultão a chegar à s portas de Viena, e Istambul transformada em pólo artÃstico e cultural. Adepto do humanismo renascentista, Suleiman era considerado pelos seus súditos um sultão justo e Ãntegro (tanto que é comum chamar-lhe de Salomão II, em comparação com o rei hebreu, Salomão). Amante de poesia e filosofia, e exÃmio general, o Império Otomano pode, sob o seu governo, ter os seus domÃnios na Europa dobrados, tornando os turcos um dos impérios mais influentes no continente.
Criou leis inovadoras, algumas escandalizando muitos europeus e árabes, conservadores, como a de promover o funcionário público por mérito, não por berço, embora tudo de acordo com o Alcorão. Além disso, foi durante seu governo que ocorreu a Batalha de Rodes. No final de seu governo, já distante de seu idealismo de quando jovem, rendeu-se aos desejos de sua esposa Roxelana, tendo inclusive assassinado seu braço direito, Ibrahim Pasha, e o próprio filho primogênito, Mustafá. O filho dele com Roxelana, Selim II, assumiu o trono, iniciando o declÃnio do Império Otomano.
O Império de Otomano conseguiu o seu zênite tornando-se uma potência mundial durante o seu reinado. Embora o império continuasse a se expandir um século depois da sua morte, este perÃodo foi seguido por um longo declÃnio.
Com sete anos de idade foi enviado para estudar ciência, história, literatura, teologia e tácticas militares nas escolas do palácio de Istambul. A sua primeira experiência do governo foi ainda com 15 anos de idade como o governador de várias provÃncias, entre elas Bolu na Anatólia do norte, e a pátria de sua mãe Kaffa na Criméia.
Em 1517 o Império Otomano de Selim I conquistou a região em que se localizava o antigo Israel a Judéia, tendo sido benevolente com os judeus e recebido milhares de refugiados judaicos que desde 1492 sido perseguidos em Espanha por Fernando II de Espanha. O sultão inclusive ordenou a reconstrução das muralhas de Jerusalém, obra que pode ser apreciada até os dias de hoje.
Depois da morte de seu pai, Solimão começou uma série de conquistas militares. Em sucessivas campanhas, Solimão conquistou Belgrado (1521) e a ilha de Rodes (1522), ocasião em que, após o cerco vitorioso, permitiu que os Cavaleiros Hospitalários se dirigissem para à ilha de Malta).
No dia 29 de Agosto de 1526 Solimão derrotou LuÃs II da Hungria na Batalha de Mohács, ocupando a maior parte da Hungria antes de cedê-la para o governo de John Zapolya, o prÃncipe de Transilvânia.
Carlos V, monarca do Sacro Império Romano, com o apoio de seu irmão Ferdinando, Arquiduque da Ãustria reconquistou a Hungria, e por mais duas vezes resistiu aos ataques de Solimão apesar do Sultão ter derrotado Viena em 1529 e 1532.
Em 1533 um tratado foi assinado entre Ferdinando, dividindo a Hungria entre o Habsburgos e Zapolya. Com a morte de Zapolya, Ferdinando deixa os territórios húngaros, incitando Solimão a anexar a Hungria, o que resultou em várias lutas e tratados de paz.
Empreendeu três grandes campanhas contra a Pérsia, ganhando o controlo do Iraque, mas a fronteira oriental continuou a ser um problema. Foi sob a sua direção que as forças navais turcas se tornaram formidáveis.
Nas duas próximas décadas, os enormes territórios do oeste da Ãfrica a Argélia e todo o norte de Oriente Médio até a Pérsia foram anexados. Esta expansão rápida associou-se com a dominância naval durante um perÃodo curto no Mar Mediterrâneo, Golfo Pérsico e Mar Vermelho.
Em 1562 conquistou a Transilvânia e em 1565 empreendeu sem sucesso o cerco de Malta que durou de 18 de Maio e até o dia 8 de Setembro.
Apesar da imagem de conquistador, era conhecido como um soberano justo e incorrupto dentro do império, tendo sido um grande patrono de artistas e filósofos. à tido também como um dos maiores poetas Islâmicos e um destacado ourives.
Solimão rompeu com a convenção levantando dois escravos a posições de poder: um, o Paxá de Ibrahim (Ä°brahim PaÅa) foi nomeado Grão-Visir durante 13 anos. O outro, um ucraniano capturado.
A filha de um sacerdote ortodoxo russo, Aleksandra Lisowska (também conhecido por Roxelana e Khourrem (Hürrem)) foi incluÃda em seu Harém tornando-se na sua esposa favorita, para surpresa de seus súditos e da comunidade internacional. Com Roxelana, Solimão teve uma filha, Mihrimar (Mihrumâh), e os filhos Mehmed (quem morreu jovem), Selim, Bayezid e Cihangir (fisicamente inválido).
Em lutas de poder ao que parece instigadas por Roxelana, Solimão mandou assassinar Ibrahim (preceptor do seu filho primogênito Mustafa) e substituÃ-lo pelo Paxá Rustem (Rustem PaÅa). Depois, ao que parece acreditando que a sua popularidade com o exército ameaçou à sua própria posição, mandou estrangular Mustafa também, deixando o caminho claro para um de filhos (Hürrem) de Khourrem.
Lutas fratricidas também trariam a morte de Selim e Bayezid. Em 1559 os irmãos envolveram-se numa série de batalhas de sucessão, levando o próprio Solimão a encomendar a morte de Bayezid, no dia 25 de Setembro de 1561. Assim foi Selim quem sucedeu a Solimão após a sua morte.
Foi sepultado num mausoléu com sua esposa Aleksandra Lisowska (Khourrem) na Mesquita Süleymaniye. Na ocasião de sua morte, as principais cidades muçulmanas (Meca, Medina, Jerusalém, Cairo, Damasco e Bagdad), muitas provÃncias balcânicas até a Ãustria actual e a maior parte da Ãfrica Norte pertenciam ao Império Otomano.
2006-12-27 18:51:52
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answer #3
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answered by Marivaldo L 6
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