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2006-12-23 05:08:55 · 5 respostas · perguntado por David 4 em Sociedade e Cultura Religião e Espiritualidade

Me surpreendeste Deia, esta realmente afiada...

parabens, e sem cola..

la vai um presente pra vc... assista com atenção,

http://video.google.com/videoplay?docid=-3544938055793981191&sourceid=docidfeed&hl=fr

2006-12-23 05:26:50 · update #1

parabens RF o nivel de cultura de vcs esta altissimo...
aqui vai um presente para vc tambem...

http://www.youtube.com/watch?v=lS87EFYNJ-4

2006-12-23 05:29:47 · update #2

5 respostas

Essa pergunta me fizeram quando ia me tornar publicadora das boas novas, há 18 anos atrás!!!

É fácil:

Lei significa regra de ação. Pode ser alterada, incrementada ou excluída.

Princípio é definido como “lei, doutrina ou acepção fundamental em que outras são baseadas ou de que outras são derivadas”. (Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa) Um estudo cuidadoso da Bíblia revela que nosso Pai celestial dá orientações fundamentais que cobrem uma variedade de situações e aspectos da vida. Faz isso visando nosso benefício eterno. Princípios são vitalícios, ou seja, não mudam.

Mesmo sem uma 'lei' específica, a pessoa pode agir de acordo com Princípios. Foi o caso de José, que recusou-se a cometer adultério com a esposa de Potifar, seu amo, mesmo não havendo ainda uma lei específica com relação ao casamento e adultério.

Abraço :)

2006-12-23 05:21:12 · answer #1 · answered by xx 4 · 3 1

.6 Os princípios são verdades vivas e essenciais que os cristãos aprendem a amar. Jeová inspirou Salomão a escrever: “Presta deveras atenção às minhas palavras. Inclina teu ouvido às minhas declarações. Não se afastem elas dos teus olhos. Guarda-as no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde para toda a sua carne.” (Provérbios 4:20-22) Em que sentido os princípios diferem das leis? Os princípios constituem a base para as leis. Regras, que tendem a ser específicas, talvez se apliquem apenas a determinado tempo ou situação, mas os princípios são eternos. (Salmo 119:111) Os princípios divinos não ficam antiquados, nem perdem a validade. As palavras inspiradas do profeta Isaías são verdadeiras: “Secou-se a erva verde, murchou a flor; mas, quanto à palavra de nosso Deus, ela durará por tempo indefinido.” — Isaías 40 O com

2006-12-23 05:58:31 · answer #2 · answered by Maisa Girl Linda 4 · 2 1

Lei é lei, está claramente escrito como por exemplo os dez mandamentos (apesar de ser abolido)
Quanto aos princípios não são claramente escritos
Ex. Na bíblia não fala para não fumar, mas tem um princípio que fala para não poluir o corpo. Penso que é isso, se não for me corrija.

2006-12-23 05:24:17 · answer #3 · answered by RF 4 · 2 1

Pois eh... eu nao achei tao facil assim pois tem que entender o que é cada uma destas palavras e ao pesquisar a respeito

... pensei.. porque chama-se Lei da gravidade se na verdade deveria ser o Principio da gravidade sendo que esta é a base de ideia que ordena tudo o que depende deste principio, de que tudo é a traido ao corpo mais denso?

2006-12-23 05:54:19 · answer #4 · answered by Alexandre P 4 · 1 1

Dívida de gratidão

Quando nosso coração perde a capacidade de ser sensível a Deus e de se arrepender, perde-se também a capacidade de crescer no amor ao Senhor



Assim que comecei a entender a importância do amor ao Senhor na vida cristã, comecei também a procurar meios de fazer meu amor aumentar. Uma vez que me encontrava diante de uma questão tão séria em meu caminhar cristão, eu precisava entender como galgar um nível mais elevado nesta manifestação.

Recentemente, Deus me fez compreender o texto de nossa meditação e o poderoso princípio que se encontra nele embutido. Jesus nos falou sobre o que leva as pessoas a amarem mais ou menos; e fez uma relação com a compreensão do seu perdão estendido a cada um de nós. Portanto, afirmo que compreender a dimensão do que Cristo fez por nós nos levará a uma manifestação maior de amor para com o Senhor. Por outro lado, uma compreensão limitada do que Ele fez por nós nos prenderá a uma manifestação também limitada de amor e gratidão. Examinemos o texto bíblico: "E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento. Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados. Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz." (Lc 7.37-50.)

Contrastes
Temos nesta história duas personagens bem distintas. De um lado, representando a dedicação à religião, temos Simão, o fariseu, um membro da mais rígida casta religiosa entre os judeus. De outro lado, como expressão da distância de Deus aos olhos dos homens, temos uma mulher chamada de pecadora, certamente uma prostituta, que os outros relatos bíblicos nos dão conta de ser Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro.

Os contrastes não param aí. Simão era o dono da casa, o promotor da festa, e tinha todo direito de estar lá. Maria causou indignação nos presentes por causa daquilo que era e, certamente, apareceu por lá sem ter sido convidada. Simão age da forma mais polida e discreta possível, mas aquela mulher fez um escândalo diante dos presentes.

Do ponto de vista dos presentes, a grande diferença entre ambos era definida pelo pecado que se via (ou não) em suas vidas.

Aos olhos de Jesus os contrastes continuam, mas pela sua explicação percebemos que os papéis de herói e vilão se invertem. O Senhor disse que esperava ter recebido um ósculo (beijo de saudação) de Simão, mas ele não fez isto; esta prática era um indício de respeito e Simão o negligenciou. Não sabemos a razão, se era por ser leproso, mas ele não fez o que Jesus esperava. Já Maria, não cessava de beijar seus pés. Simão não lavou os pés de Jesus e nem mandou um dos seus servos fazê-lo, mas Maria os regou com lágrimas e os enxugou com seus cabelos. Simão não ungiu a Jesus com óleo, entretanto, Maria desperdiçou um perfume caríssimo para executar tal tarefa. Simão não se via como um pecador necessitado da graça e do perdão de Deus, e Maria sim.

Do ponto de vista de Jesus, a grande diferença entre ambos era definida pelo amor e gratidão que se via (ou não) em suas vidas.

E a diferença vista por Jesus anulava a diferença vista pelos homens, pois as acusações de pecado que podiam sustentar contra aquela mulher foram removidas pelo perdão de Deus estendido a ela.

A quem muito se perdoa
É natural esperar que uma pessoa se sinta em dívida com outra pessoa que lhe ofereceu grande ajuda. Uma vez salvei a vida de alguém que se afogava no mar e o levei até perto da praia, quando os salva-vidas entraram para terminar o trabalho. Saí quase carregado, pois a exaustão física era muito grande, mas me lembro que antes de ficar de pé na areia, os salva-vidas e os amigos daquele rapaz o levaram até onde eu estava porque achavam que ele tinha que agradecer o mais rápido possível o que eu fizera. Ele se encontrava embriagado e demorou em entender o que tinha acontecido. Seus amigos, por sua vez, se indignaram com a demora em manifestar gratidão, pois lhe diziam que ele me devia a vida!

Todos nós sabemos o que é isto, em um ou outro nível. Como pastor sigo a ética pastoral convencional de nunca ser fiador de ninguém, pois a reputação do ministério pode ser facilmente destruída pelo erro de alguém que usou seu nome e você não pôde controlar. Mas recordo-me de uma vez que avalizei um irmão em Cristo muito querido para mim. O valor era muito alto e se ele tivesse problemas com o pagamento da dívida eu perderia minha casa, mas fiz por ele o que não faria por quase ninguém por uma única razão: dívida de gratidão. Todas às vezes que precisei de aval ou qualquer tipo de ajuda, ele era o primeiro a me oferecer ajuda; sempre se importou comigo e foi uma grande bênção para mim. Então, junto com minha esposa, tomei a decisão de avalizá-lo mesmo se isto nos custasse a casa que possuíamos.

A maioria sabe o que é ser ajudado por alguém em algum momento de nossa história a ponto de carregar no coração grande gratidão pelo que recebemos. Este princípio é algo natural, funciona na vida de quem tem consciência, seja um crente ou não-crente.

E o Senhor Jesus o aplicou a nós. Disse que quando entendemos seu perdão e a dimensão dos pecados que ele removeu de nossas vidas, seremos naturalmente gratos e o amaremos mais. Ele falou de dois devedores com dívidas distintas que foram perdoados; porém um devia dez vezes mais que o outro, e se tornou mais agradecido. E em seu ensino Jesus revela que a gratidão não está ligada meramente ao perdão da dívida e sim à consciência da dimensão (ou tamanho) do perdão. Isto fica muito claro em sua afirmação feita a Maria: "Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama."

Removendo o engano
Hoje esta porção das Escrituras tem abençoado muito meu coração e me levado a crescer na expressão de meu amor para com Deus, mas nem sempre foi assim. Este texto já trouxe muitas dúvidas e conflitos para o meu coração.

Tive o grande privilégio de nascer num lar genuinamente cristão. Meu primeiro presente foi uma Bíblia. Desde cedo fui ensinado tanto em casa como na igreja a seguir os princípios da Palavra, e decidi segui-los. Não cresci me achando santo ou perfeito, mas me afastei de tudo aquilo que aos meus olhos eram consideradas ofensas contra Deus. Nunca fiquei embriagado ou drogado, nunca traí ninguém nem na amizade nem no namoro, não roubei e fugi da prostituição. Eu me considerava alguém que se separou para Deus, mas cada vez que lia esta passagem bíblica eu entrava em conflito interior.

Por muitas vezes o Diabo me sugeriu que eu jamais entenderia o amor e o perdão de Deus sem pecar. Ele me sugestionava que eu nunca amaria ao Senhor como os ex-malucos que víamos se converter. De fato tenho visto muitos que saíram do mais profundo abismo de drogas, alcoolismo, prostituição, magia e tudo o que degrada o ser humano. Eles, como Jesus disse, carregam uma profunda consciência do perdão de Deus e caminham na consciência da dívida de gratidão que possuem para com Ele.

Mas o Diabo me sugeria que eu nunca havia pecado de verdade contra Deus e que, como Simão, eu seria aquele tipo de crente que jamais valorizaria a obra de Cristo. Sempre soube que Satanás não queria me ensinar de verdade a amar a Deus; sabia que o que ele queria com estas sugestões era me desviar do Senhor e nunca lhe dei ouvidos, mas não conseguia ter uma resposta para o que Jesus quis ensinar de verdade.

Mesmo sabendo que não devia me desviar da verdade para tentar resolver meu problema, passei a achar que tinha mesmo um problema. Que aquilo que eu considerava um privilégio era um impedimento para que eu amasse ao Senhor. E descobri que este dilema não era só meu; até hoje, quando ensino sobre isto, muitos dos crentes que nasceram e cresceram no Evangelho me testemunham que tinham o mesmo questionamento.

O Diabo tenta promover o engano por meio da distorção dos princípios bíblicos. Vemos claramente isto na tentação de Jesus no deserto; o inimigo tentou distorcer a aplicação do Salmo 91 no que diz respeito à proteção dos anjos. E lutei contra estas setas de engano quanto à afirmação de Jesus de que a quem muito se perdoa, mais se ama. Sabia que a Palavra de Deus é perfeita e nunca erra. Sabia também que não poderia me desviar. Então comecei a achar um pouco injusto este princípio, pois na limitação de meu entendimento, eu estava impedido de amar profundamente ao Senhor, e Ele tinha privilegiado os rebeldes e desobedientes em vez daqueles que tentaram honrá-lo por meio da obediência. Até que um dia Deus me fez compreender algo e removeu o engano que pairava sobre o meu coração...

O que Jesus quis dizer com "Muitos Pecados"?
Porém, um certo dia Deus me fez ver e compreender um princípio em sua Palavra. Jesus reconheceu que aquela mulher tinha sido perdoada de seus muitos pecados, e isso me fazia crer que Cristo concordava com o fato de que Maria era mais pecadora que Simão, pois Ele mesmo falou sobre dois devedores com dívidas diferentes. Mas Tiago, em sua epístola, nos ensinou um princípio pouco entendido pelos crentes: "Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da lei." (Tg 2.10-11.) Quem tropeça num só ponto da Lei, tropeçou em todos. Aos olhos de Deus todo tipo de pecado é pecado. Todos eles produzem separação entre nós e Deus (Is 59.1,2). É lógico que produzem diferentes níveis de conseqüências, mas para efeito de separação de Deus e necessidade de perdão são todos iguais. Observe o que Cristo ensinou acerca disto: "Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela." (Lc 5.27-28.)

O que vemos Jesus afirmando aqui é que a cobiça dos olhos nos faz tão imorais quanto quaisquer outros adúlteros. Isto não nos dá a liberdade de então achar que já que pecamos com os olhos podemos ir adiante e permanecer nas mesmas conseqüências, pois elas são diferentes! Mas no que tange à contaminação e separação de Deus os pecados produzem o mesmo efeito.

Quando Paulo escreveu aos romanos, mostrou que não havia distinção entre judeus e gentios; declarou que independentemente de quanto conheciam ou não a lei, estavam todos numa mesma condição: "Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer." (Rm 3.8-12.)

A Bíblia encerrou a todos os homens debaixo da mesma condenação do pecado: "Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado." (Rm 3.19-20.)

Penso que a razão pela qual Deus deixou as coisas assim é uma só. E Paulo fala disso: "A fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus." (1Co 1.29.) Nenhum de nós pode se orgulhar de nada. Ninguém pode discutir sobre quem é mais pecador ou sobre quem merece a atenção e a justificação de Deus. O Senhor Jesus também ensinou sobre isto: "Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado." (Lc 18.9-14.)

Diante de tudo isto que Jesus falava sobre o pecado e a forma dos homens verem a si mesmos e sua própria condição diante de Deus, comecei a entender que Ele não poderia ter afirmado que Simão, o fariseu, era menos pecador que Maria. Na verdade, Ele chegou a afirmar aparentemente o contrário em outros momentos de seu ensino: "E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele." (Mt 21.28-32.)

Jesus ensinou aqui sobre manter as aparências e sobre obediência de verdade. Ele mostrou que assim como para aquele pai não interessava a resposta inicial ser agradável (ou não), e sim o que os filhos faziam (ou não) depois, assim também é no Reino de Deus; alguns dizem “sim” depressa e se tornam religiosos, mas depois não demonstram uma obediência permanente e pecam com aparência de obediência. Outros, demoram para dizer sim; no início só dizem “não” e se rebelam, mas depois possuem a capacidade de se arrepender e mudar seu posicionamento para obedecer o pai.

A declaração de Jesus foi muito forte! Ele disse que os publicanos e as prostitutas entravam antes dos fariseus no Reino de Deus. E esta comparação também é aplicável ao caso de Simão e Maria em Betânia.

Então concluímos que Jesus não estava medindo a “ficha corrida” de cada um, e nem dizendo sobre o tanto de pecados que cada um tinha aos olhos de Deus. A chave do entendimento deste texto é saber que quando Cristo fala de dívida menor e maior, de muitos e poucos pecados, Ele está, na verdade, falando da forma como cada um via a si mesmo!

E esta não foi a única vez que Jesus agiu assim ao falar sobre pecado e nossa necessidade de Deus. Vemos uma outra afirmação de Cristo que se dá especialmente neste contexto da diferença de pecados entre fariseus e os publicanos: "Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores? Respondeu-lhes Jesus: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento." (Lc 5.30-32.)

Jesus chamou de doentes os pecadores e disse que precisavam de um médico (um salvador). Mas chamou os fariseus de sãos e disse que eles não precisavam de um médico (um salvador). A doença aqui é o pecado e o médico é Jesus na condição de Salvador.

Ao chamar os fariseus de sãos, Cristo não falava que eles não tinham pecado, pois todos são pecadores. Jesus não falava de como eles eram vistos aos olhos de Deus, e sim de como eles se viam aos seus próprios olhos!

Esta é a chave para entender o que o Senhor ensinou sobre dever muito ou pouco. Na verdade isto não se refere à forma como Deus nos vê, e sim ao modo como nós nos vemos. Não interessa o quanto pecamos e erramos em nossa vida e, sim, o quanto conseguimos enxergar nossas próprias faltas e nos arrepender!

Olhando para a vida de Paulo
A prova disto pode ser vista na vida de Paulo. Ele também foi alguém que cresceu “certinho”, sem cometer grandes ofensas contra Deus, como percebemos em seu próprio testemunho: "Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei, irrepreensível." (Fl 3.4-6.)

Ele declara de forma enfática que, segundo a justiça que há na lei (mosaica) ele viveu de forma irrepreensível. Então podemos dizer que ele estava numa condição semelhante à minha de talvez pensar que nunca chegaria a amar tanto ao Senhor por não ter uma dívida tão grande perdoada por Deus... mas Paulo nunca agiu ou pensou assim!

O vemos demonstrando grande amor pelo Senhor não pelo que fez (foi o apóstolo que mais trabalhou para Deus), como também pelo que falava e ensinava à igreja: "Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." (2Co 5.14-15.)

Fundamentado na afirmação de Jesus que tratamos desde o início deste estudo, de que aquele a quem muito se perdoa, também muito ama, questiono: Paulo poderia demonstrar um amor tão grande sem a consciência de ter sido perdoado de uma dívida tão grande? Não. Na verdade, ele tinha esta consciência. Ele se via como o pior de todos os pecadores: "Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna." (1Tm 1.15-16.)

Isto nos mostra que quando Jesus falou sobre uma grande dívida, falava sobre a capacidade de entender a gravidade de nossos pecados e arrepender-se. Como alguém que viveu de forma irrepreensível quanto à Lei de Moisés (que era extremamente rígida), sabemos que Paulo não foi um devasso, nem ladrão, nem bêbado ou outras coisas que o rotulariam como um grande pecador. Mas ele se via assim, pela capacidade de se render à ação do Espírito Santo e se arrepender.

Enxergando nossas faltas
Esta é a chave! Quando Jesus falou sobre os muitos pecados de Maria de Betânia, não falou assim porque ela era uma prostituta, e sim porque ela enxergou sua dívida para com Deus.

No momento em que Deus me deu este entendimento, mostrou-me também minha vida sob um outro ponto de vista. E me fez ver minha sujeira e minhas misérias. Fez-me ver que se cresci perto dele não foi por ausência de rebeldia em meu íntimo, mas porque, além de receber ensino e instrução bíblica, também tive muita oração e intercessão cobrindo minha vida.

O Senhor me fez ver quantas vezes eu quase me desviei dele, mas que meus pais ganharam aquela batalha em oração. O Senhor me fez ver sentimentos, pensamentos, julgamentos e inclinações carnais que ainda existem em mim de uma tal maneira que me senti o mais miserável e pecador dentre os homens.

Então comecei a entender também porque o Diabo tenta nos transformar em pessoas religiosas e espiritualmente orgulhosas. Comecei a perceber que quando nosso coração perde a capacidade de ser sensível a Deus e se arrepender, perdemos também a capacidade de crescer no amor ao Senhor.

Jesus nos mostrou em seu ensino que temos grande dificuldade de enxergar nossas próprias faltas, embora tenhamos facilidade de enxergar os erros dos outros: "Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão." (Mt 7.3-5.)

Muitas vezes não enxergamos nossas misérias porque não permitimos que o Senhor nos mostre. Mas se começarmos a entender pelo Espírito de Deus (que nos convence do pecado) a dimensão de nossos erros e pecados e nos arrependermos perante o Senhor, então a consciência dele encherá nossa alma de gratidão e uma verdadeira revolução se dará em nós!

Tiago desafiou os crentes de seus dias a praticarem o arrependimento enxergando suas faltas: "Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração. Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará." (Tg 4.8-10.)

O que é “sentir as nossas misérias”?
É permitir que Deus nos faça enxergar a gravidade de nossos pecados e nos afligirmos por eles. O tamanho de nosso pecado e dívida não pode ser medido apenas pelas coisas que fizemos contra Deus e sim pela forma como enxergamos aquilo que fizemos.

Mantendo-se consciente do que Cristo fez por nós
Diante da capacidade de ver nossos erros e pecados, precisamos também saber olhar para a cruz e para o sacrifício de Cristo e nos manter conscientes daquilo que Ele fez por nós. Paulo dizia que o amor de Cristo o constrangia. Quanto mais ele enxergava o amor de Deus em contraposição aos seus erros, mais gratidão ele percebia brotar dentro de si. O Senhor não quer que nenhum de nós se esqueça daquilo que Ele fez. Esta é a razão da Ceia Memorial que Ele instituiu, como escreveu o apóstolo Paulo: "Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha." (1Co 11.23-26.)

Ao cearmos, anunciamos sua morte até que Ele volte. Ao comer o pão e beber o cálice em memória de Cristo, nos mantemos conscientes do sacrifício que nos remiu!

Precisamos viver nesta esfera de consciência do que Jesus fez. Esta é a melhor forma de alimentar nosso amor por Ele. Os cânticos do Apocalipse são um retrato claro de que esta ênfase de gratidão durará para todo o sempre! A morte de Cristo por nós parece ser uma das maiores ênfases no louvor e adoração lá na glória: E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra. Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. (Ap 4.9-12.) Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. (Ap 7.9-10.)

Nós também, de modo semelhante, precisamos aprender a recordar constantemente aquilo que Cristo fez por nós. Se aprendermos a viver nesta consciência, tudo será diferente. E nosso amor vai aumentar, levando-nos a viver em uma permanente dívida de gratidão para com Deus.

2006-12-23 05:54:03 · answer #5 · answered by Anonymous · 0 2

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