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2 respostas

Disritmia

Disritmia cerebral (DC) é um diagnóstico com alta prevalência no Brasil. DC é uma expressão amplamente usada por médicos e sociedade em geral, para rotular desordens neuropsiquiátricas diversas.
Entretanto, esta condição está envolta em controvérsias, pois os critérios clínicos usados para defini-la são bem heterogêneos. Em conseqüência disso o termo DC persiste sendo empregado em pacientes apresentando distintas condições; tais como: retardo mental, neurose, psicose, enxaqueca, disfunção cerebral mínima, distúrbio comportamental, demência e principalmente epilepsia.
Paradoxalmente, a maioria dos disrítmicos são indivíduos normais. O diagnóstico de DC é comumente "confirmado" pelo eletroencefalograma (EEG) e geralmente o "tratamento" consiste na administração crônica de drogas anti-epilépticas por muitos anos. Surrealmente, os efeitos colaterais das drogas empregadas fornecem um estúpido embasamento científico ao diagnóstico de DC.
O objetivo deste estudo foi avaliar o significado de DC perante médicos do Hospital Universitário/UFSC. Para a maioria dos médicos consultados DC existe, seu diagnóstico é feito por EEG e fenobarbital persiste sendo a droga de eleição.
Além disso, os resultados evidenciaram um precário conhecimento de epilepsia e suas manifestações por parte desses profissionais; aliás, similar ao exibido pela população em geral.
A melhoria do ensino de epileptologia nas escolas médicas é uma necessidade premente.

Unitermos: disritmia cerebral; eletroencefalografia; epilepsia

Por estas razões, consideramos que médicos, ao invés de cosmetizarem epilepsia com a expressão DC, deveriam abolir este diagnóstico, pois muitos dos pacientes que ostentam o mesmo nem sequer sofrem de epilepsia; aliás, em sua maioria são indivíduos absolutamente normais. Educar pacientes e familiares sobre epilepsia pode parecer desgastante; entretanto, esta conduta é mais recomendável que o primarismo baseado em preceitos neuro-econômicos censuráveis de diagnosticá-los como "disrítmicos cerebrais"(5,12,13). Igualmente, a fraude do "eletroencefalograna" diagnosticando DC (ou genuína epilepsia) é sob qualquer ângulo abominável e urge ser banida; pois a eletroencefalografia necessita ter sua credibilidade resgatada como método de inestimável valor no estudo de várias condições neurológicas, inclusive e principalmente as epilepsias.

Ps: Procure seu médico e converse com ele sobre o assunto....
Seria muito legal vc ler com atenção essa matéria e quem sabe até imprimir antes de conversar com seu médico....
Muito Interessante este texto !!!!

2006-12-19 12:29:59 · answer #1 · answered by Cicinha 4 · 0 0

Disritimia é um conceito bastante amplo que, por definição, englobaria a epilepsia. Porém, exatamente pela amplitude da definição de disritmia, esta condição acabou por prestar-se a um número abusivo de situações mal definidas e mal descritas envolvendo um suposto padrão de funcionamento neuronal. Por poder ser qualquer coisa, a disritimia acaba por não ser coisa alguma. O EEG serve, em geral, para "confirmar" a disritmia como expressão de situações clínicas mal definidas. Concordo que o melhor a fazer é banir um conceito tão nebuloso como disritimia e se compreender melhor as diversas formas clínicas com que se apresenta a epilepsia, esta sim, uma doença a ser tratada.

2006-12-19 21:40:30 · answer #2 · answered by Wladivostok 1 · 0 0

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