As neoplasias representam um distúrbio patológico do crescimento, caracterizado por uma proliferação excessiva e incessante das células. Há uma variedade incessante delas originando-se, basicamente , de todos os tipos de células humanas. O processo de neoplasia não está restrito aos seres humanos, podem-se desenvolver na maioria dos vertebrados, alguns insetos e plantas, e a sua existência nestas outras formas de vida tem sido útil no estudo de sua origem e comportamento. Algumas neoplasias são chamadas de “benignas” porque crescem lentamente e permanecem tão localizadas que, geralmente, causam poucos distúrbios aos pacientes acometidos. Outras, chamadas malignas ou cancerosas, tendem a proliferar rapidamente e a se disseminar pelo corpo de tal forma, que , salvo se tratados com sucesso, eventualmente levam seus hospedeiros à morte. Embora ambos os tipos descritos sejam neoplasias, são as malignas (cânceres) que criam os problemas mais importantes.
Na literatura médica da Grécia antiga, encontram-se várias referências a tumores. Hipócrates, o pai da medicina, criou os termos karkinos (para as úlceras neoplásicas não-cicatrizante) e karkinõma (para os tumores malignos sólidos). Ambos os termos derivam do termo karkinos, que significa “caranguejo”. O termo “câncer” apareceu bem mais tarde, derivado da palavra latina cancrum, que também significa “caranguejo”. Não se conhece as razões pelas quais Hipócrates e seus seguidores escolheram o termo para descrever tumores malignos.
O aparecimento do microscópio, no século XVII, e a descoberta da histologia por Marcello Malpighi, (1628-1694) foram eventos notáveis que, fortuitamente levaram à introdução da tese revolucionária de Rudolf Virchow (1821-1902) segundo ao qual as células novas se formavam através da divisão das células velhas: “omnis cellula e cellulã”. Desse conceito emergiu a patologia moderna, assim como a classificação dos tumores.
1.2 - DEFINIÃÃO
Devido à natureza e complexidade da neoplasia, é difÃcil compor uma definição que caracteriza ou seja apropriada a todos os tumores. à bem mais fácil descrever a neoplasia do que defini-la, porque as diferenças entre os tumores e os tecidos normais, ou proliferações não-tumorais frequentemente é mais uma questão de grau que de tipo.
A neoplasia é uma proliferação de células persistentes, anormal e relativamente autônoma. Ela é o resultado de uma alteração permanente na célula, capaz de ser transmitida às células filhas. A alteração é induzida por um fator ou uma combinação de vários fatores que, uma vez estabelecidos, geralmente se tornam independentes.
Mesmo a definição acima deve ser aceita com as seguintes reservas: (1) a proliferação celular anormal à s vezes produz um tecido de aspecto bem similar ao normal; (2) A anatomia dos tumores tem sido super valorizada. Embora eles realmente consistam em células corpóreas permanentemente alteradas, tendo o poder de crescer continuamente, a sua proliferação celular é só relativamente livre dos controles usuais. Por exemplo, além da dependência que o tumor tem de suprimento sanguÃneo e nutrição, o seu crescimento pode ser acelerado ou retardado por hormônios, drogas, substâncias quÃmicas e infecções, assim como pelas condições sistêmicas de seu portador; (3) Em raras ocasiões, a alteração celular não é permanente, ocorre regressão espontânea do tumor; (4) Embora por várias vezes a neoplasia se torne completamente independente do agente causal, há evidência de que, em alguns tumores experimentais, o genoma viral causador, ou um segmento dele, pode continuar na estrutura genéticas das células tumorais.
1.3 - ETIOLOGIA
A classificação baseada na etiologia, prática corrente nas doenças infecciosas, é atraente, mas é impraticável por vários motivos: (1) a etiologia da maioria dos tumores é insuficientemente compreendida; (2) o mesmo agente pode produzir tumores de tipos diferentes; (3) tumores semelhantes morfológica e clinicamente podem ser induzidos por agentes completamente diferentes; e, (4) uma vez estabelecido o tumor, não é necessário que o agente permaneça presente para que proceda o crescimento.
1.4 - LOCAL REGIONAL OU POR ÃRGÃO
Todos os órgãos do corpo são formados por vários tecidos e cada um desses tecidos é capaz de dar origem a um ou mais tipos de neoplasias. Tumores originados nos diferentes tecidos de um mesmo órgão tendem a se comportar de formas diferentes, enquanto tumores de tecidos iguais em órgãos diferentes tendem a apresentar o mesmo comportamento. Mais do que o órgão de origem, o tecido de origem é que determina o comportamento de um tumor. A região em que um tumor se estabelece pode servir para descrevê-lo, mas não para classificá-lo.
1.5 - CLASSIFICAÃÃO
Existe uma classificação histogenética (ou citogenética), baseada no reconhecimento dos tecidos de células das quais a neoplasia se originou, e uma outra comportamental, considerando o comportamento biológico. Neste método, os tumores são divididos (às vezes arbitrariamente!) em dois grupos, um representando as neoplasias relativamente inócuas designadas benignas, e o outro os tumores de crescimento mais rápido, perigosos e destrutivos, designados malignos (câncer) .
Quadro 1. Algumas caracterÃsticas dos tumores benigno e maligno tÃpicos:
BENIGNO MALIGNO
Taxa de crescimento
Lenta
Rápida
Mitoses
Poucas
Muitas
Cromatina nuclear
Normal
Aumentada
Diferenciação
Boa
Pobre
Crescimento local
Expansivo
Invasivo
Encapsulação
Presente
Ausente
Invasão de vasos
Pouca
Muita
Metástases
Nenhuma
Frequente
Efeitos nos hospedeiros
Geralmente insignificante
Significativas
*Muitos tumores apresentam exceção a uma ou mais caracterÃsticas.
Portanto, os tumores são denominados e classificados baseados na histo ou citogenética, com uma interpretação de seu comportamento biológico e acréscimo dos sufixos apropriados. Por serem extensos e relativos não serão abordados neste contexto.
1.6 - CITOLOGIA
As alterações citológicas das células tumorais podem atingir só o citoplasma, com ou sem o núcleo, ou a célula como um todo. As células dos tumores malignos tendem a ser maiores que o normal, ter contornos irregulares e formas bizarras, e apresentar pleomorfismo ou variação no tamanho e forma. Células gigantes, frequentemente com vários núcleos e formas atÃpicas, são comum nos cânceres com alto grau de malignidade. As alterações degenerativas são frequentes tanto no citoplasma quanto no núcleo.
Os núcleos das células tumorais apresentam alterações mais evidentes, porém deve-se enfatizar mais uma vez que o núcleo dessas células pode ser histologicamente idêntica ao de uma célula normal. Usualmente, os núcleos das células tumorais estão aumentadas, à s vezes, em desproporção ao tamanho da própria célula. A cromatina está aumentada ou condensada, e os nucléolos se tornam evidentes. Estes, frequentemente, apresentam lobulação ou então, forma irregular e podem mostrar a mesma tendência ao pleomorfismo da própria célula. A quantidade de núcleo-proteÃnas está aumentada. Geralmente, as mitoses são mais frequentes que no tecido normal, e ocorrem mitoses antÃpicas, originando células multinucleadas. Observa-se também um espessamento na membrana nuclear.
Embora, à primeira vista, pareça não haver nenhuma diferença do normal, muitos tumores apresentam um desvio variável na morfologia e números de cromossomos.
A possibilidade de reconhecer algumas células cancerÃgenas individualmente como tais, devido a seu aspecto estritamente atÃpico, sem o menor conhecimento de sua relação com outras células ou tecidos circundantes normais, permitiu o desenvolvimento de uma técnica diagnóstica conhecida como citologia exfoliativa.
O estudo das células exfoliadas permite o diagnóstico do câncer em seus estágios mais precoces, até mesmo quando ele é in situ, enquanto não é invasivo, e, portanto não produziu sinais ou sintomas dinamicamente reconhecÃveis.
As células tumorais, benignas ou malignas, que crescem in vitro, geralmente não apresentam nenhum traço estrutural patognomônico de neoplasia. Entretanto, algumas das células crescidas em culturas podem apresentar alterações morfológicas, que se caracterizam por pleomorfismo e aumento na taxa de crescimento, e as pesquisas citogênicas podem revelar, à s vezes, anormalidades cromossômicas. Estas alterações são mais um “epifenômeno” do processo neoplásico; porque in vitro linhagens de células não malignas “normais” podem exibir estas caracterÃsticas morfológicas e de culturas, de forma menos acentuada.
1.7 - ESTROMA TUMORAL
Além das células próprias (parênquima), um tumor consiste em estroma, arquitetura de suporte de tecido conectivo e aporte vascular. O estroma é derivado dos tecidos normais de portador e faz parte do tumor de uma forma passiva. A quantidade e a vascularização do estroma varia enormemente. Em geral, os tumores de crescimento rápido, especialmente os sarcomas, possuem um estroma altamente vascularizado e pobre em tecido conectivo. Os tumores de crescimento mais lento são menos vascularizados. Ãs vezes, a maior parte de um tumor consiste num denso estroma de tecido conectivo. A formação excessiva de estroma de tecido conectivo num tumor chama-se desmoplasia, e os cânceres que apresentam este tipo de alteração são chamados cirrosos. Alguns tumores estimulam à formação de cartilagem ou osso em seu estroma. Os tumores com pouco estroma e, basicamente compostos de células tumorais são chamados de medulares.
Em um tumor, os vasos sanguÃneos neoformados e canais vasculares surgem a partir de vasos mais antigos, preexistentes (angiogênese). Este “fator tumoral angiogênico” (FTA) parece ser secretado pelas próprias células do parênquima tumoral. à de interesse saber, na prática, que não há tumor sólido capaz de crescer a mais de 2 a 3 mm de diâmetro sem neovascularização; se a atividade do FTA pudesse ser bloqueada por um agente quÃmico ou anticorpo especÃfico, não ocorreria a angiogênese, e o tumor não continuaria a crescer.
Tendo em vista que os nervos possam ser encontrados em tumores, por não terem sido substituÃdos durante a infiltração de células tumorais nas estruturas normais preexistentes, e embora possam se encontrar também filamentos nervosos, principalmente, relacionados aos vasos do estroma, os tumores não estão sob controle nervoso. Alguns tumores realmente apresentam neurônios como componentes, mas estes parecem não ser funcionantes. Até que os tumores estejam grandes o suficiente para pressionar estruturas nervosas locais preexistentes, não há dor.
2 - COMPORTAMENTO TUMORAL
2.1 - TAXA DE CRESCIMENTO
De forma geral, os tumores benignos crescem lentamente e os malignos, rapidamente. Muitos tumores malignos aumentam sensivelmente de tamanho em semanas ou meses, enquanto os tumores benignos levam anos para atingir um grande tamanho. Porém, na verdade, há uma grande variedade de taxas de crescimento nos tumores, mesmo nos de tipo histológico semelhantes.
Um conceito interessante no crescimento tumoral é o do “tempo de duplicação” das células tumorais: após uma célula tumoral sofrer mitose e se dividir em duas, cada célula-filha então se divide e se transforma em 4, 8, 16 etc., em que cada divisão posterior resulta na duplicação da massa tumoral. Se a taxa de crescimento fosse constante, o tempo para cada duplicação seria constante. Assim, se todas as células de um tumor tivessem só um pequeno intervalo entre suas mitoses, o tamanho do tumor aumentaria rapidamente, a não ser que houvesse algum fator que o impedisse. O tempo de duplicação do linfoma de Burkitt foi estimado em cinco dias; outros tumores tiveram estimativas em 200 ou mais dias. Conforme o tumor vai aumentando cada duplicação será mais dramática, mas, mesmo assim, o tempo de duplicação não se altera. Embora este conceito possa ser real para alguns tumores, com frequência o tempo de duplicação pode ser inconstante até em um mesmo tumor, e há muitos fatores biológicos ou de tratamento que influenciam o aumento ou redução da taxa de crescimento.
Ocasionalmente, um tumor pode se tornar inativo, seja ele benigno ou maligno, por um determinado perÃodo, interrompendo, então, seu crescimento ativo.
à claro que a capacidade de proliferar em excesso de células e células-filhas é um assunto da maior importância na pesquisa e no tratamento dos tumores. Uma grande parte da terapia do câncer, tanto por radiações ionizantes ou quimioterapia, tem como alvo a supressão ou interrupção das mitoses nas células cancerosas.
2.2 - CRESCIMENTO LOCAL E INVASÃO
Todos os tumores crescem por expansão, com um aumento progressivo de volume e consequente compressão dos tecidos circundantes. A maioria dos tumores benignos se limitam a afastar os tecidos normais adjacentes.O estroma adjacente comprimido, forma uma cápsula delineando o tumor. Alterações regressivas podem contribuir para o crescimento rápido de uma neoplasia benigna tais como hemorragia, infarto e infecção.
Os malignos também crescem por expansão, e alguns tumores de baixa malignidade podem apresentar uma encapsulação parcial através do mesmo mecanismo das neoplasias benignas. Entretanto, os tumores malignos promovem a invasão, infiltração e destruição dos tecidos normais adjacentes, e, em consequência disto, os seus contornos são geralmente vagos e irregulares, em vez de redondos e encapsulados como os benignos. Umas das principais caracterÃsticas dos tumores malignos é a sua capacidade de invasão, o que resulta na contÃnua propagação da doença. No local, a invasão se estende ao interstÃcio dos tecidos normais adjacentes.
Os mecanismos responsáveis pela capacidade de invasão e destruição de tecidos vizinhos das células neoplásicas malignas não são bem compreendidos. A rapidez de crescimento das células cancerosas não explica esse fato, nem o aumento da pressão sobre os tecidos, porque há tumores altamente invasivos que possuem uma taxa de crescimento relativamente baixa. Embora muitas células neoplásicas sejam móveis e possuam propriedades fagocÃticas, estas também se encontram em células normais, que não tem capacidade invasiva. à provável que as células cancerosas elaborem produtos, direta ou indiretamente, responsáveis pelo fenômeno da invasão.
3 - METÃSTASE
A propriedade invasiva do câncer não se restringe à contÃnua extensão local da doença, mas também promove o desenvolvimento de uma importante forma de propagação tumoral. A metástase é um processo em que as células tumorais malignas (1) invadem os vasos ou espaços tissulares locais de tal forma que podem (2) se destacar e migrar, ou podem ser transportadas para um local distante, onde, finalmente, possam (3) se alojar e crescer formando uma massa tumoral secundária. O termo metástase não é só usado para este processo, mas também para qualquer novo crescimento descontÃnuo secundário.
A forma mais comum de disseminação metastática do câncer é através dos vasos linfáticos.
Como o crescimento local de muitos cânceres pode ser erradicado ou efetivamente controlado, a presença ou ausência de metástases pode ser um dos critérios mais importante na determinação do prognóstico de um determinado câncer. à óbvio que, se há presença de metástases múltiplas, a terapia local não irá curar a doença.
4 - TRATAMENTO
Deve-se selecionar um ou uma combinação dos seguintes processos para o tratamento de um determinado tumor: cirurgia, irradiação, drogas anticancerÃgenas e imunoterapia.
5 - ETIOLOGIA E PATOGÃNESE
Não existe uma causa para o desenvolvimento dos tumores. Embora alguns de seus fatores já estejam estabelecidos, quer no homem, quer nos animais, grande parte ainda não é conhecida. As causas dos tumores são os fatores capazes de produzir alterações celulares irreversÃveis que resultam no crescimento anormal que nós conhecemos como tumor. Existem os chamados fatores intrÃnsecos, endógenos ou do hospedeiro, e incluem hereditariedade, raça, idade, sexo e hormônios, e estado imunológico. E também existem os chamados fatores extrÃnsecos ou exógenos que compreendem os agentes fÃsicos, quÃmicos e biológicos. Parece que os tumores ocorrem em consequência de muitas causas, e geralmente é difÃcil separar os vários possÃveis fatores causadores em cada caso particular.
Parte 2 – Câncer da Próstata
1 - INTRODUÃÃO
Os processos patológicos da próstata dependem amplamente de sua estrutura anatômica e desenvolvimento embriológico, e as duas doenças mais comuns da glândula, a hipertrofia benigna e o câncer, surgem de áreas de origem embriológica diferente. No adulto a próstata envolve a uretra e é atravessada por ductos ejaculadores que se abrem na uretra prostática. Estas estruturas dividem a glândula em várias, chamadas de lobos prostáticos anterior, médio, posterior e dois laterais. Eles são meramente anatômicos, sem significado funcional. A glândula pode ser subdividida, funcionalmente, em: glândulas mucosas, submucosas e externas ou principais. Este último, quase que invariavelmente, é o responsável pela origem do câncer prostático
2 - ADENOCARCINOMAS
O câncer da próstata ocorre predominantemente na idade madura, e, como a proporção de homens mais velhos na população está crescendo, ele está se tornando uma“causa mortis” importante, causando cerca de 7 a 8 % de todas as mortes por tumor em homens acima de 50 anos (KISSANE & ANDERSON, 1977. p. 808) .
Os cânceres prostáticos estão divididos em três grupos, dependendo do seu tipo de apresentação clÃnica:
1. CÃNCER CLÃNICO - Qualquer caso no qual é feito diagnóstico clÃnico seguro de câncer prostático.
2. CÃNCER OCULTO - A lesão se manifesta através de metástases. O tumor original permanece assintomático (oculto) .
3. CARCINOMAS SUBCLÃNICOS INCIDENTAIS - São os tumores latentes, de crescimento lento.
3 - ETIOLOGIA E INCIDÃNCIA
Como na maioria de outros tipos de câncer, pouco se sabe a respeito da causa do adenocarcinoma prostático. Os efeitos dramáticos produzidos pelos hormônios chamam atenção para o sistema endócrino, mas evidências mostram que há outros fatores envolvidos.
A função mais importante desempenhada por estes hormônios é estimular o desenvolvimento e a manutenção do epitélio prostático de modo que exista um número suficiente de células nas quais possa ocorrer uma alteração maligna. Os hormônios podem não ter nenhum papel no processo de carcinogênese. Uma vez desenvolvido o tumor, as células neoplásicas podem permanecer sensÃveis aos fatores que controlam o crescimento normal, imaginando-se que as células ainda mantenham as caracterÃsticas normais diferenciadas.
Os adenocarcinomas da próstata se desenvolvem mais na área externa da glândula. Três consequências principais decorrem desse fato: a primeira é que a lesão é dificilmente diagnosticada em seus estágios iniciais. O diagnóstico clÃnico é geralmente feito na palpação de área endurecida na glândula ao toque retal; a segunda consequência é que as biópsias periuretrais ou esfregaços do lÃquido prostático dificilmente evidenciarão um tecido tumoral, a menos que o adenocarcinoma seja extenso; a terceira é que as células tumorais envolvem precocemente os espaços perineurais, gânglios linfáticos e vasos sanguÃneos.
Células de dois tipos são encontradas nos tumores: células claras, com citoplasma espumoso, e células escuras, com citoplasma basófilo. As células são cilÃndricas e pequenas e podem apresentar vários graus de anaplasia. Em muitas células malignas os nucléolos são grandes e irregulares.
Os tumores da próstata infiltram localmente a bexiga, a uretra, as vesÃculas seminais e a pelve.
4 - TRATAMENTO
A base teórica original para o tratamento endócrino do câncer prostático foi o fato de que o crescimento e a função da próstata normal depende do suprimento constante de andrôgeno testicular. Se este for suprimido por castração ou antagonizado com a administração de estrógeno a próstata se atrofia.
O tratamento pode ser feito com antiandrogênios, levando à destruição maciça das células neoplásicas, com drogas quimioterápicas ou radiação. A cirurgia radical só é útil nos casos em que o tumor é muito pequeno.
5 - PALAVRAS-CHAVE
ADENOCARCINOMAS - Tumor maligno do epitélio glandular.
ANAPLASIA - Crescimento retrógrado; uma transformação das células em células menos diferenciadas, com a perda de algumas caracterÃsticas estruturais ou funcionais; geralmente usada como sinônimo de indiferenciação.
BENIGNO - Tipo inócuo; em termos de tumor, refere-se a uma neoplasia que cresce lentamente, permanece localizada e, geralmente causa pouco dano.
CÃNCER - Neoplasia maligna.
CARCINÃGENO - Ã, na verdade, um agente que produz carcinoma; na linguagem comum, porém incorreta, um agente que produz qualquer tipo de tumor.
CARCINOMA - Tumor maligno de epitélio.
DESMOPLASIA - Formação excessiva de tecido fibroso no estroma tumoral.
CARCINOMA IN SITU - Tumor epitelial maligno que não apresenta invasão.
LATENTE - Tumor não evidenciável com precisão, mas capaz de surgir e se desenvolver até ser clinicamente significativo.
LINFOMA - O termo geral usado para qualquer câncer que se origine no tecido linfóide.
MALIGNO - Mau ou de alta virulência; em termos de tumor, uma neoplasia com capacidade de invadir, metastizar e causar mortes.
METÃSTASE - Crescimento canceroso secundário, descontÃnuo ao primário; termo também usado para designar o processo de formação destes crescimentos .
NEOPLASIA – Crescimento novo, tumor.
PLEOMORFISMO – Variação na morfologia, principalmente no tamanho e na forma.
SARCOMA – Tumor maligno não - epitelial .
2006-12-19 14:21:01
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answer #2
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answered by M.M 7
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