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Diabéticos podem apresentar hipotensão postural.

Na tua opinião, seria mais adequado medir a PA sentado ou em pé?

2006-12-16 17:56:17 · 6 respostas · perguntado por Anonymous em Saúde Doenças e Patologias Diabetes

6 respostas

Podem apresentar hipotensão e hipertensão. Se o problema do seu paciente é hipotensão, o melhor é medi-la (e contar o pulso também) com ele/ela de pé, primeiro logo após levantar-se e uns 3-5 minutos após.
O objetivo da manobra é pesquisar a hipotensão postural e a presença do reflexo de Bezold-Jarisch.
Se v. não é o médico do paciente, anote os resultados com dia e hora e relate ao médico do caso.
Boa sorte.

2006-12-16 21:44:45 · answer #1 · answered by chefeclin 7 · 0 1

A hipotensão postural é a queda abrupta da pressão arterial quando do ortostatismo. O diagnóstico é feito pelo tilt test mas se pode ter uma idéia medindo a PA primeiramente com o paciente sentado e depois em pé. Não esqueça de medir nos dois braços.

2006-12-19 06:02:29 · answer #2 · answered by Esmeralda 4 · 0 0

As duas, isso não altera tanto os resulados do exame.

2006-12-18 20:24:41 · answer #3 · answered by Branca 5 · 0 0

Se a pessoa sofre de hipotensão postural, como o próprio nome já diz, significa que há uma queda da PA ao mudar de decúbito dorsal/ventral ou lateral para a posição sentada ou em pé.
A aferição da PA deve ser realizada tanto na posição sentada, quanto na em pé, geralmente em pé a pressão tente a ser menor nesse caso.
Um detalhe importante que deve ser lembrado é que a pressão deve ser verificada no mesmo braço, pois uma pessoa pode apresentar pressões diferentes ao mudar de braço.

2006-12-17 12:17:24 · answer #4 · answered by Daniele 2 · 0 0

O DIABETE MELITO (DM) é uma doença crônica que pode determinar o aparecimento de complicações macrovasculares (aterosclerose acelerada), microvasculares e as relacionadas ao sistema nervoso periférico. Em um estudo transversal em pacientes oriundos de 3 centros médicos do Rio Grande do Sul (1), observou-se uma prevalência de aproximadamente 35% de cardiopatia isquêmica e de doença vascular periférica. Entre as complicações microvasculares, 37% dos pacientes tinham nefropatia diabética (ND) e 48% retinopatia diabética (RD). A neuropatia diabética estava presente em 36% dos pacientes.

A ND e a RD são complicações microvasculares importantes, tanto pela elevada prevalência como também pela potencial morbidade.

A ND é responsável por 40% dos novos casos de insuficiência renal terminal nos Estados Unidos (2) e está associada a aumento na mortalidade cardiovascular (3). No Rio Grande do Sul, 26% dos casos admitidos em programas de diálise têm a doença renal atribuída ao DM (4). Aproximadamente 40% dos pacientes com diabete melito tipo 1 (DM 1) ou diabete melito tipo 2 (DM 2) desenvolvem ND (2). A ND tem sido classificada de acordo com os níveis de excreção urinária de albumina (EUA) em microalbuminúria ou nefropatia incipiente (EUA de 20µg/min a 199µg/min) e macroalbuminúria ou nefropatia clínica (EUA > 200µg/min). Embora a microalbuminúria seja considerada um fator de risco para a nefropatia clínica, até 30% dos pacientes pode regredir para a normoalbuminúria e apenas 30-45% dos pacientes com microalbuminúria progride para a nefropatia clínica em 10 anos (5).

A RD é a causa mais freqüente de novos casos de perda visual entre adultos dos 20 aos 74 anos de idade. Durante as duas primeiras décadas após o diagnóstico de DM, quase todos os pacientes com DM 1 e aproximadamente 60% dos pacientes com DM 2 desenvolverão algum grau de RD (6). No Brasil, estima-se que a metade dos pacientes portadores de DM seja afetada pela RD, sendo esta responsável por 7,5% das causas de incapacidade de adultos para o trabalho (7) e por 4,6% das deficiências visuais (8). A RD progride desde anormalidades não-proliferativas leves (caracterizadas por aumento da permeabilidade vascular), passando por formas não-proliferativas moderadas e graves (caracterizadas por estreitamento e oclusão vascular), até a forma proliferativa (RDP) (caracterizada por crescimento de novos vasos sangüíneos na retina e superfície posterior do vítreo) (6).

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de complicações microvasculares são a hiperglicemia sustentada e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) (9,10). A dislipidemia, a presença de resistência insulínica e fatores genéticos podem também ter um papel determinante.

O tratamento dos múltiplos fatores de risco diminuiu a progressão das complicações microangiopáticas em uma coorte de pacientes diabéticos tipo 2 com microalbuminúria (11). Apesar desta multi-intervenção, uma proporção significativa destes pacientes ainda progride para estágios avançados. Portanto, outras estratégias de tratamento são ainda necessárias ou a intervenção deve ser realizada em estágios mais precoces da doença.

A HAS estabelecida é um importante fator de risco para o desenvolvimento e progressão de complicações microvasculares. Estudos observacionais demonstraram que a HAS estava precocemente associada a essas complicações (12-16).

Recentemente, vêm-se acumulando evidências de que níveis ainda normais de pressão arterial (PA), mas no limite superior da normalidade, poderiam se constituir em fatores de risco para as complicações microangiopáticas. Portanto, a redução desses níveis elevados, porém normais, poderia evitar o desenvolvimento dessas complicações.

Este trabalho tem como objetivo revisar o papel da HAS no desenvolvimento das complicações microvasculares e a influência das alterações precoces da homeostase pressórica no desenvolvimento da ND e RD.



A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ESTABELECIDA E COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES

Nefropatia diabética

Há uma estreita relação entre a presença de ND e HAS. Tradicionalmente, considera-se que a HAS seja secundária à presença de dano renal avançado. No entanto, a proporção de pacientes com HAS já é maior na fase de microalbuminúria, na qual não ocorre diminuição da função renal. Essa observação sugere que alterações da homeostase pressórica favorecem o desenvolvimento de microalbuminúria e que, posteriormente, ocorra um aumento progressivo dos níveis pressóricos em paralelo ao agravamento da lesão renal.

A prevalência de HAS essencial nos pacientes com DM 1 normoalbuminúricos é similar à da população em geral (17). A microalbuminúria usualmente precede as elevações da PA. Quando há a presença de nefropatia clínica, a prevalência de HAS pode chegar até 85% (17). Em pacientes com DM 2, a prevalência de HAS essencial é maior e freqüentemente presente já ao diagnóstico do DM (18). Aos 45 anos de idade, 40% dos pacientes com DM 2 são hipertensos. Essa prevalência aumenta para 60% nos pacientes diabéticos com 75 anos de idade (19).

Os resultados do UKPDS (United Kingdom Prospective Diabetes Study) apóiam a constatação de que o tratamento intensivo da HAS em pacientes com DM 2 e normoalbuminúria reduz o risco de desfechos microvasculares. Também nesse estudo, observou-se que para cada redução de 10mmHg na PA sistólica havia uma redução de 29% no risco de desenvolvimento de microalbuminúria (10).

Nos pacientes diabéticos microalbuminúricos, numerosos estudos têm demonstrado que o tratamento da HAS, independente do agente anti-hipertensivo usado, produz um efeito benéfico na albuminúria e na progressão para estágios mais avançados da ND (20). Já em pacientes proteinúricos, vários estudos têm demonstrado que o tratamento rigoroso da HAS reduz a albuminúria e a taxa de queda da filtração glomerular (21-23).

Reuniões de consenso (24) definiram os valores < 130/80mmHg como níveis ideais de PA. Esses níveis devem ser atingidos em pacientes diabéticos em geral. Em pacientes diabéticos com proteinúria > 1g/dia e insuficiência renal (níveis de creatinina sérica maiores do que 1,2mg/dl em mulheres e maiores do que 1,4mg/dl em homens), níveis de PA < 125/75mmHg devem ser os objetivos terapêuticos (25).

Os valores < 130mmHg de PA sistólica foram definidos a partir do estudo ABCD (The Appropriate Blood Pressure Control in Diabetes Trial) (26). Esse estudo avaliou 470 pacientes diabéticos hipertensos e evidenciou que níveis de PA sistólica de aproximadamente 130mmHg promoveram a estabilização da função renal e a redução de mortalidade. Os valores de PA diastólica < 80mmHg foram definidos a partir de estudos como o HOT (Hypertension Optimal Treatment) (27), que avaliou 18.790 pacientes, dos quais 1.501 eram pacientes diabéticos, e demonstrou que valores de PA diastólica próximos a 80mmHg reduziram o risco de evento cardiovascular.

O bloqueio do sistema renina angiotensina (SRA) confere um benefício adicional na melhora da função renal, que parece ser independente da redução da PA (28). Recentemente, o uso de medicações que ao serem associadas promovem um duplo bloqueio do SRA, parece ter um efeito nefroprotetor adicional, independente da PA, tanto em pacientes com DM 1 quanto em DM 2 (29,30).

Retinopatia diabética

Os maiores determinantes do início e progressão da RD são o tempo de duração do DM e o controle glicêmico mantido durante os anos de evolução da doença (9,31,32).

Outros fatores de risco para o desenvolvimento de RD também têm sido identificados em estudos transversais e prospectivos: PA, EUA, fumo, dislipidemia, obesidade e níveis de peptídeo C (33-35).

A hipóxia tecidual, acompanhada da perda da auto-regulação dos vasos retinianos, é o fator desencadeante da RD. A hiperglicemia está associada a outros possíveis fatores causais como dano celular mediado por alterações no metabolismo da aldose-redutase, fatores vaso-proliferativos produzidos pela retina (vascular endothelial growth factor - VEGF), hormônio de crescimento, anormalidades eritrocitárias, anormalidades plaquetárias e alterações da viscosidade sanguínea (8).

A HAS parece desempenhar um papel importante na patogênese da RD (36). Em pacientes portadores de DM existe hiperperfusão do leito capilar em vários tecidos. O aumento da PA aumenta a pressão intraluminal, aumentando o extravasamento da rede vascular e favorecendo a filtração de proteínas plasmáticas através do endotélio. Essas proteínas depositar-se-ão na membrana basal do capilar. Dessa forma, desenvolve-se um estado de dano vascular, de isquemia retiniana e, conseqüentemente, de aumento de risco para o aparecimento e progressão da RD (37).

Evidências de estudos epidemiológicos transversais e prospectivos demonstram que a elevação da PA tem um efeito agravante no desenvolvimento e na progressão da RD. A variabilidade dos resultados é grande: há estudos que mostram associação da PA sistólica no desenvolvimento da RD (15,38,39) e outros apenas associação com a PA diastólica (40-42). Esses vários desfechos podem estar relacionados às limitações e às imprecisões inerentes aos estudos transversais, incluindo vieses de seleção e a pressuposição de que a exposição do paciente à elevação da PA é constante (43).

O Wisconsin Epidemiology Study of Diabetes Retinopathy (WESDR) demonstrou que pacientes com DM iniciado após os 30 anos de idade tinham prevalência de RD de 17% na avaliação inicial e uma incidência de 25% após 10 anos (40). HAS foi relacionada com a duração do DM, nível de glico-hemoglobina, presença de proteinúria e com o sexo masculino. Nesse mesmo estudo, após 14 anos de acompanhamento, foi estimado que a hipertensão arterial sistólica e que a hipertensão arterial diastólica estavam relacionadas com a progressão e a gravidade da RD e também com o desenvolvimento de RDP e edema macular.

Outro estudo prospectivo com duração de 4 anos (37) avaliou pacientes com DM 1 com 23 anos de duração de doença, e observou que valores de PA diastólica maiores ou iguais a 70mmHg já representavam risco de desenvolvimento de RD.

Outros autores também observaram que a PA diastólica seria um fator de risco para a RD em pacientes com DM 1, demonstrando que para cada aumento de 10mmHg na PA diastólica há um aumento de 24% no risco de progressão de RD. Nesse estudo não foi observado qualquer relação da PA sistólica com a RD (44).

Um estudo transversal realizado em pacientes com DM 2 (45) demonstrou que valores de PA sistólica maiores ou iguais a 140mmHg foram associados a maior prevalência e gravidade da RD, mesmo quando ajustados para duração do DM, controle metabólico e função renal.

O UKPDS (46) mostrou redução de complicações microvasculares com o tratamento intensivo da PA, havendo diminuição de 34% na progressão de RD e de 47% no risco de deteriorização visual.

O uso de lisinopril em pacientes com DM 1 normotensos (normoalbuminúricos ou microalbuminúricos) reduziu em 50% o risco de progressão de RD e em 80% o risco de desenvolvimento de RDP (47). Esses resultados foram atribuídos ao efeito inibitório sobre o SRA dos vasos retinianos, mas como houve uma redução de 3mmHg na PA sistólica, o efeito protetor do lisinopril poderia ser devido também a um efeito anti-hipertensivo em pacientes com HAS não diagnosticada. Neste mesmo sentido, estudos como HOPE (The Heart Outcomes Prevention Evaluation Study Investigators) (48) e ABCD (49) também incluíram RD entre seus desfechos secundários e não evidenciaram efeito benéfico dos inibidores da enzima conversora da angiotensina sobre o curso da RD.



MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL

Desde a década de 60, o uso da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24h (MAPA) tem se destacado como método de aferição da PA em tempo integral e durante as atividades habituais do paciente (50). Em pacientes hipertensos não-diabéticos, a MAPA tem se mostrado superior à medida convencional da PA como fator preditor de doença cardiovascular (51,52).

Habitualmente, há uma variação da PA durante as 24h, caracterizada por valores mais baixos pela manhã, que se elevam progressivamente durante o dia, seguidos por uma queda durante a noite que persiste até as horas iniciais da manhã (53). Durante o sono, há bradicardia, redução do débito cardíaco e redução da resistência vascular periférica decorrentes da diminuição da atividade simpática, havendo conseqüente queda de 12 a 20% na PA. Essa redução da PA noturna, denominada descenso noturno, ocorre em pessoas dos 25 aos 64 anos de idade, independentemente do sexo (53) (figura1).








O'Brien e cols. (54) introduziram a definição de ausência de descenso noturno da PA naqueles pacientes que não apresentavam uma redução na PA de, no mínimo, 10% entre os períodos de vigília e sono. Vários outros critérios têm sido empregados para definir a ausência do descenso noturno da PA. Os mais utilizados são a redução de pelo menos 10mmHg na PA sistólica e 5mmHg na PA diastólica (55,56), assim como uma redução de 10% na pressão arterial média (54). Outro critério proposto é o índice noite/dia para PA sistólica ou diastólica maior do que 0,9 (57).

Em pacientes com DM 1 normotensos e normoalbuminúricos, alterações da homeostase pressórica são mais freqüentes do que em controles sem DM (58,59). Entre os pacientes com DM 1 normotensos e normoalbuminúricos, a prevalência da ausência do descenso noturno é de 39% (17). Nos pacientes com DM 1 e com ND, os valores aproximam-se de 70% (60), havendo um maior predomínio de ausência do descenso noturno sistólico (61). Nos pacientes com DM 2, a prevalência de ausência do descenso noturno é de aproximadamente 30% (62). A ausência do descenso noturno da PA está freqüentemente associada à neuropatia autonômica e a diferentes graus de ND (60,61,63-69).

Os mecanismos relacionados à ausência de descenso noturno em pacientes diabéticos não estão ainda bem definidos. Hiperfiltração glomerular, aumento do espaço extra-celular e predomínio da atividade simpática noturna são alguns mecanismos sugeridos (63,70). Em pacientes com ND mais avançada, sugere-se participação da retenção hídrica noturna pela reabsorção de edema periférico (71).

Em pacientes não diabéticos, vários estudos têm mostrado que a ausência do descenso noturno está associada com maior incidência, gravidade e progressão de lesões em órgãos-alvo, como nefropatia hipertensiva, retinopatia hipertensiva, hipertrofia ventricular esquerda e doença cardiovascular (72-76). Entre os pacientes com DM, também há evidências de uma associação entre anormalidades da homeostase pressórica e complicações microvasculares (63,77).

Em pacientes DM 1 normotensos e normoalbuminúricos, as alterações do ritmo circadiano da PA foram associadas a níveis mais elevados de EUA (63). Em pacientes com DM 1 e ND mais avançada, a ausência do descenso noturno da PA foi associada à perda da redução noturna da albuminúria, o que pode sugerir alterações em mecanismos da auto-regulação renal (78).

Em um estudo realizado por Mogensen e cols., foi observado que pacientes com DM 1 normotensos e normoalbuminúricos possuíam valores de PA sistólica noturna e de PA sistólica de 24h mais elevados do que os controles sem DM. Nos pacientes diabéticos, maiores níveis de EUA, mesmo na faixa da normalidade, foram associados com níveis mais elevados de PA sistólica e de PA diastólica de 24h (79).

Poucos e contraditórios estudos avaliaram o papel das alterações da homeostase pressórica no desenvolvimento de complicações microangiopáticas em pacientes diabéticos. Um estudo prospectivo de 5 anos em pacientes com DM 1 normotensos e normoalbuminúricos avaliou a MAPA como preditor do desenvolvimento de microalbuminúria (80). Observou-se uma associação entre a PA diastólica noturna e a progressão para ND, além de uma correlação positiva entre as alterações pressóricas e a EUA. Recentemente, Lurbe e cols. estudaram 75 pacientes com DM 1 normotensos e normoalbuminúricos e observaram que os pacientes que apresentavam a ausência do descenso noturno da PA sistólica evoluíam mais freqüentemente para a microalbuminúria, concluindo que esse distúrbio da regulação pressórica precedeu a ND (81). A presença do descenso determinou um valor preditivo negativo de 91% para o desenvolvimento de microalbuminúria. Esse estudo é motivo de diversas críticas. O controle glicêmico inadequado compromete a validade externa do estudo (82) e o uso de intervalos fixos para definir os períodos de sono e vigília pode ter superestimado o número de pacientes com a ausência do descenso noturno da PA (83). Além disso, a avaliação inicial do índice da PA sistólica noite/dia foi igual entre os pacientes que evoluíram ou não para a microalbuminúria, sugerindo que a elevação da PA noturna ocorre em paralelo com a progressão da doença renal e não necessariamente prediz o seu desenvolvimento (20,83). Outra análise prospectiva de pacientes com DM 1 que avaliou a MAPA na transição de normoalbuminúria para microalbuminúria não constatou diferença entre os valores basais de PA. Apenas os níveis iniciais mais elevados de EUA foram preditivos de microalbuminúria (84).

Em relação à RD, as informações são ainda mais escassas. Há apenas um estudo que avaliou o uso da MAPA em pacientes com DM 1 normoalbuminúricos e normotensos com e sem RD. Nesse estudo foi observada uma associação entre níveis mais elevados de PA diastólica noturna e RD. Não havia diferença nos níveis de EUA entre os dois grupos. Esses dados sugerem haver associação entre alterações da homeostase pressórica e RD, independente da presença de doença renal (85).



CONCLUSÕES

Em pacientes com ND, seja incipiente ou clínica, o controle pressórico intensificado reduz a progressão da doença renal. O potencial das alterações da homeostase pressórica em normotensos diabéticos como preditoras de complicações vasculares ainda é pouco conhecido. Ainda não podemos afirmar que a ausência do descenso noturno da PA é preditor de microalbuminúria. Os achados sugerem que o aumento da PA ocorra em paralelo com a progressão da doença renal.

Mais estudos prospectivos são necessários para esclarecer o verdadeiro papel da ausência do descenso noturno da PA na evolução da ND. No momento, níveis mais elevados de EUA são os melhores marcadores de progressão para a microalbuminúria.

Em relação à RD, o controle pressórico intensivo em pacientes hipertensos reduz a incidência e a progressão de RD. Em pacientes normotensos, observou-se associação de níveis pressóricos mais elevados com RD. Estudos prospectivos são também necessários para avaliar essa associação e a progressão da RD em pacientes com pequenas elevações da PA ou com distúrbios da sua homeostase.

A utilização da MAPA como um método de avaliação clínica em pacientes diabéticos normoalbuminúricos é promissora. O uso da MAPA nesse grupo de pacientes poderá identificar precocemente indivíduos de risco para o desenvolvimento de complicações microangiopáticas. Esses poderiam se beneficiar do emprego de agentes anti-hipertensivos mesmo antes de ser identificado o aumento dos níveis de PA no consultório. No entanto, a adoção dessa conduta depende de mais estudos prospectivos que estabeleçam os critérios de normalidade das variações da PA durante as 24h em pacientes diabéticos e identifiquem faixas de maior risco para o desenvolvimento de complicações microvasculares.

ok

2006-12-17 11:48:52 · answer #5 · answered by M.M 7 · 0 0

Em qualquer uma das duas, desde que a pessoa esteja a pelo menos 5 minutos de repouso.

2006-12-17 02:12:00 · answer #6 · answered by Notocorda 2 · 0 1

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