O cristianismo medieval, que nessa época já havia tomado a forma de catolicismo, tornou-se um misto de superstição, ambição política, especulação vazia, imoralidade chocante e prepotência absurda. O papado, as cruzadas, as relíquias, a Inquisição, a venda de indulgências e as práticas religiosas, de um modo geral, são apenas algumas referências históricas de como uma instituição divina pôde se corromper, a ponto de abandonar a direção do padrão infalível das Sagradas Escrituras.
Com exceção de alguns grupos, como Paulicianos, Valdenses, Lolardos, Hussitas e outras manifestações menos significativas que houve dentro desse período, a situação como um todo estava bem longo do cristianismo apostólico. As poucas luzes que escassamente brilhavam aqui e acolá eram constantemente ameaçadas e sufocadas pelo despotismo papal. E, embora a Igreja verdadeira jamais deixasse de existir e cristãos sinceros houvesse em todos os séculos, uma reforma interna era a única coisa que poderia salvar da morte a verdadeira fé em Cristo, reforma muitas vezes proposta e muitas vezes rejeitada. Mas a tocha tornaria a arder.
Por toda a era medieval, a Igreja Católica Romana manteve o monopólio religioso do Ocidente europeu. Pertencer à Igreja era conseqüência automática do nascimento de qualquer pessoa ocidental, e não havia lei ou costume que permitisse a ninguém renunciá-la. A dominação espiritual da Igreja se extendia por toda a Europa. É impossível compreender o papel e a influência da Igreja Católica Romana na era medieval sem a compreensão de suas doutrinas religiosas básicas.
Durante esse período, o desenvolvimento litúrgico e doutrinário da Igreja foi intenso. Com a ascensão do bispo romano, a Igreja tornou-se a senhora do Império. Era já vigente a idéia de que o poder espiritual era superior ao poder temporal: com a teoria das duas espadas os papas erigiam e depunham imperadores. A arma utilizada pelos papas era a excomunhão e o interdito. Nenhum rei queria perder sua alma para sempre num inferno de fogo, então, por vezes, submetia-se aos ditames dos papas. A excomunhão não implicava somente em prejuízos espirituais. De fato, excomungado o rei, seus vassalos ficavam libertos dos juramentos que lhe haviam feito e, muitas vezes, isso era desculpa suficiente para que se rebelassem. Na época do imperador Pepino (o Breve), surgiram As pseudodecretais ou decretais pseudo-isidorianas (754-852).
Eram falsificações entre as quais se encontrava a tal "doação de Constantino". Nesse documento, constava uma suposta dádiva que o imperador fizera ao bispo de Roma, doando-lhe todas as terras do império em recompensa de uma cura recebida. Colocava o bispo de Roma como caput totius orbis (cabeça de toda a terra), tanto sobre a igreja (poder espiritual) como sobre os territórios (poder temporal).
Esta falsificação foi considerada autêntica até o século XV, e ajudou muito o bispo romano a reforçar o primado papal, dando um aparente fundamento jurídico às pretensões dos papas, que usaram e abusaram destes falsos documentos.
Com todo esse poder nas mãos, a Igreja Católica Romana procurou recuperar os territórios perdidos pelos bárbaros e empreendeu uma grande campanha de evangelização. Apesar do zelo missionário, ocorreram grandes transformações na doutrina da igreja. A simplicidade do culto cristão deu lugar a várias inovações de caráter duvidoso. Do século IV ao século XIII, várias doutrinas extrabíblicas foram adotadas pelo catolicismo.
Vejamos algumas delas:
431 - a igreja começa a cultuar Maria como mãe de Deus
503 - decretam a existência do purgatório
783 - iniciam a veneração de imagens (idolatria)
933 - a igreja instituiu a "canonização" dos santos
1074 - é instituído o celibato
1190 - começam a conceder perdão e favores espirituais por dinheiro. A igreja inicia os negócios com as indulgências.
1208 - começaram, na missa, a "levantar" a hóstia, para que fosse adorada
1215 - o papa Inocêncio III, por decreto, instituiu a transubstanciação (presença literal de Cristo na hóstia), "valorizando" sobremaneira a missa.
A Inquisição
Instituição judicial cirada na Idade Média para localizar, processar e sentenciar as pessoas culpadas de heresia.
No século XII, como resposta à heresia albigense, o papa Inocêncio III organizou uma cruzada contra esta comunidade. No entanto, não foi muito eficaz. A Inquisição oficializou-se em 1231, no papado de Gregório IX. Os inquisidores eram franciscanos ou dominicanos, nomeados diretamente pelo papa.
A Inquisição alcançou seu apogeu no século XIII:
- o herege espanhol Prisciliano foi condenado à morte pelos bispos espanhóis no ano de 1385.
- No século X, destacaram-se muitos casos de execuções de hereges na fogueira ou por estrangulamento.
- Em 1198, o papa Inocêncio III liderou uma cruzada contra os "albigenses" (hereges do sul da França) com execuções em massa.
- Em 1229, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício, sob a liderança do Para Gregório IX.
- Em 1252, o para Inocêncio IV publicou o documento intitulado AD exstirpanda, na qual vociferou: "os hereges devem ser esmagados como serpentes venenosas". Este documento foi fundamental na execução do diabólicao plano de exterminar com os hereges. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão no caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges.
Hereges - eram todos aqueles que iam contra as ordens da igreja.
2006-12-14 08:57:58
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answer #1
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answered by BomStarAki 5
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NA CABEÇA DOS PADRES LOUCOS!
2006-12-14 16:15:09
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answer #2
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answered by Diego Lucien 3
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Podíamos perguntar isso ao papa Bento XVI, que foi o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (ex-suprema Congregação do Santo Ofício ou sucessora da Inquisição) até antes de ser nomeado para o cargo atual.
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2006-12-14 16:03:18
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answer #3
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answered by Biggi 7
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Forma brutal e covarde que a Igreja Católica encontrou p/ punir os hereges ( opositores de sua doutrina)e obrigar fidelidade a um sistema feudal, corrupto e anti bíblico.
2006-12-14 14:24:32
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answer #4
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answered by amado A 2
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Na intolerância da igreja, em não aceitar nada fora de sua doutrina.
2006-12-14 14:20:00
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answer #5
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answered by grandeurso1 3
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leia o malleu malleficarum estude os filmes o verme conquistador de Vincent Pri nce ou Poço e o Pedulo de Edgar Allan Poe o que o FmI os EUA e Inglaterra com sr. Bush esr Blair são o que inquisição fazia...pense nisto.
2006-12-14 13:52:14
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answer #6
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answered by WILSONNINJA1977 2
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ELES NÃO QUERIAM QUE O POVO LESSEM AS SAGRADAS ESCRITURAS, ENTÃO AQUELE QUE QUERIAM CONHECER A VONTADE DE DEUS, AMA-LO E FAZER A SUA VONTADE, ERA PEGO PELA INQUISIÇÃO, NÃO PODIAM DIZER NADA QUE FOSSE CONTRÁRIO O QUE ELES QUERIAM OUVIR. ERAM QUEIMADOS VIVOS MUITOS GRITANDO POR DEUS.
2006-12-14 13:51:25
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answer #7
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answered by luzia f 2
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Oi,
A Inquisição foi criada na Idade Média (século XIII) e era dirigida pela Igreja Católica Romana. Ela era composta por tribunais que julgavam todos aqueles considerados uma ameaça às doutrinas (conjunto de leis) desta instituição. Todos os suspeitos eram perseguidos e julgados, e aqueles que eram condenados, cumpriam as penas que podiam variar desde prisão temporária ou perpétua até a morte na fogueira, onde os condenados eram queimados vivos em plena praça pública.
Aos perseguidos, não lhes era dado o direito de saberem quem os denunciara, mas em contrapartida, estes podiam dizer os nomes de todos seus inimigos para averiguação deste tribunal medieval. Com o passar do tempo, esta forma de julgamento foi ganhando cada vez mais força e tomando conta de países europeus como: Portugal, França, Itália e Espanha. Contudo, na Inglaterra, não houve o firmamento destes tribunais.
Muitos cientistas também foram perseguidos, censurados e até condenados por defenderem idéias contrárias à doutrina cristã. Um dos casos mais conhecidos foi do astrônomo italiano Galileu Galilei, que escapou por pouco da fogueira por afirmar que o planeta Terra girava ao redor do Sol (heliocentrismo). A mesma sorte não teve o cientista italiano Giordano Bruno que foi julgado e condenado a morte pelo tribunal.
As mulheres também sofreram nesta época e foram alvos constantes. Os inquisidores consideravam bruxaria todas as práticas que envolviam a cura através de chás ou remédios feitos de ervas ou outras substâncias. As "bruxas medievais" que nada mais eram do que conhecedoras do poder de cura das plantas também receberam um tratamento violento e cruel.
Este movimento se tornava cada vez mais poderoso, e este fato, atraía os interesses políticos. Durante o século XV, o rei e a rainha da Espanha se aproveitaram desta força para perseguirem os nobres e principalmente os judeus. No primeiro caso, eles reduziram o poder da nobreza, já no segundo, eles se aproveitaram deste poder para torturar e matar os judeus, tomando-lhes seus bens.
Durante a esta triste época da história, milhares de pessoas foram torturadas ou queimadas vivas por acusações que, muitas vezes, eram injustas e infundadas. Com um poder cada vez maior nas mãos, o Grande Inquisidor chegou a desafiar reis, nobres, burgueses e outras importantes personalidades da sociedade da época. Por fim, esta perseguição aos hereges e protestantes foi finalizada somente no início do século XIX.
No Brasil, os tribunais chegaram a ser instalados no período colonial, porém não apresentaram muita força como na Europa. Foram julgados, principalmente no Nordeste, alguns casos de heresias relacionadas ao comportamento dos brasileiros, além de perseguir alguns judeus que aqui moravam.
Um abraço
2006-12-14 13:50:01
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answer #8
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answered by Tin 7
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Inquisição ( do latim: Inquisitio Haereticae Pravitatis Sanctum Officium) é um termo que deriva do acto judicial de "inquirir", que significa perguntar, averiguar e foi uma instituição da Igreja Católica Romana para combater as heresias, e que ganhou maior relevo como instrumento da Contra-Reforma.
As origens da Inquisição remontam a 1183, no combate aos cátaros de Albi, no sul de França por parte de delegados pontifícios, enviados pelo Papa. A instituição da Inquisição se deu no Concílio de Verona
No entanto, e bem mais tarde, já em pleno século XV, os reis de Castela e Leão, Isabel e Fernando, solicitam, e obtêm do Papa a autorização para a introdução de um Santo Tribunal do Ofício: a Inquisição. Tal instituição tornava-se-lhes necessária, como jovem Estado, que recentemente alcançara a expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica e expulsara os judeus, por forma a obter uma «uniformização» e «unidade» nacional que até ali nunca existira.
Sendo essencialmente uma tribunal eclesiástico, desde cedo o Estado, o poder político se apossou do mesmo, por forma a prosseguir os seus objectivos políticos, mais do que os religiosos. Ao aliar o poder da fé ao poder da lei, da coação, e da violência, a Inquisição espanhola tornou-se, na prática, mas também no imaginário colectivo, uma das mais tenebrosas realizações da Humanidade.
Mais tarde, em certas regiões da Itália, e em Portugal, o Papa autorizou a introdução de instituições similares.
2006-12-14 13:47:42
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answer #9
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answered by Val 5
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Todos teriam que se curvar à Igreja Católica. Quem não o fizesse era considerado bruxo(a) e eliminado. Mais tarde eles passaram a adotar meios mais sútis para cooptar pessoas (batismo de nenenzinho, culto à Maria e outras coisas mais).
2006-12-14 13:46:34
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answer #10
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answered by Jorge C 3
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