Não, porque no inicio nada se mexe.
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
Pode ser clínico, laboratorial, pela ausculta dos batimentos fetais (sonar doppler e Pinard), pelo US e radiológico.
Clínico: Baseia-se em sinais de probabilidade, que são aqueles dependentes de alterações no organismo materno, e em sinais de certeza, que dependem de presença de feto. Diz-se que o atraso menstrual é o 1º e mais importante sintoma clínico de gravidez; mas deve-se atentar para condições fisiológicas (aleitamento) e patológicas (endocrinopatias, anemias graves, etc), além de medicamentos (anticoncepcionais, clorpromazina, etc) que podem provocar amenorréia. Também atentar à perda de sangue em grávidas: sinal de Hartman (hemorragia coincidente com nidação), óbito em um dos fetos em gestação múltipla. Deve-se questionar, na anamnese, sobre náuseas e vômitos (comuns até a 10ª semana), sialorréia (1º trimestre), polaciúria (compressão vesical pelo útero em anteversoflexão aumentada), cólicas leves no hipogástrio, principalmente em primigestas com hipoplasia uterina, mastalgia bilateral, com sensação de aumento de volume das mamas, referência de movimentação fetal (16ª a 18ª semana em multíparas e 18ª a 20ª em primigestas), fadiga e alterações psíquicas.
À inspeção, pode-se notar modificação na marcha, alterações cutâneas (cloasma gravídico – hiperpigmentação da face) e sinal de Halban (lanugem na face), hiperpigmentação da linha alba (linha nigra), alterações na mama, como aumento do volume, sinal de Hunter (aréola secundária), hiperpigmentação de aréola primária, rede de Haller (visualização da rede venosa mamária aumentada), aumento do número de tubérculos de Montgomery (de 12 a 15), que são glândulas sebáceas salientes e até o aparecimento do colostro após a 10ª semana. Nota-se, ainda, sinal de Jacquemier-Kluge – vagina-vulva - (cor arroxeada de vestíbulo e da parede vaginal anterior pelo congestão venosa local). Em gestantes magras, após a 18ª semana, percebe-se ondulações na parede anterior do abdome correspondente à movimentação fetal intra-útero.
À palpação pode-se notar o corpo uterino palpável no hipogástrio (10ª-12ª semana) e expressão de colostro das mamas (após 10ª semana). Ao toque vaginal, os seguintes sinais podem ser identificados: regra de Goodel (colo uterino com consistência de lábio na gravidez), sinal de Hegar (amolecimento do istmo uterino – 6-8 semanas), sinal de Halzapfel (útero pastoso e de fácil apreensão pelo toque combinado), sinal de Noble-Budin (abaulamento dos fundos de sacos laterais pela presença do corpo do útero), sinal de Mc Donald (exagero na anteversoflexão), sinal de Piskacheck (assimetria do corpo uterino, devido à nidação ovular cornual – 6 semanas), sinal de Puzos (sensação de rechaço quando se pressiona, bruscamente, para cima, o fundo de saco anterior), Sinal de Braxton-Hicks (percepção de contração uterina indolor – mais raro). A ausculta dos BCFs é diagnóstico de certeza de gravidez e pode ser feita pelo sonar doppler a partir da 10ª semana e pelo uteroscópio Pinard com 18-20 semanas (a ausculta é obrigatória após 16 semanas).
A elevação da temperatura basal por mais de 16 dias sugere fecundação.
Laboratorial: Baseia-se no encontro do hormônio gonadotrófico coriônico (HCG) na urina ou sangue, que é produzido pelo sincício e pode estar presente a partir do 10º dia de fertilização (4 dias antes da falha menstrual). Para maior sensibilidade e especificidade, pesquisa-se a fração beta-HCG sanguíneo que permite diagnóstico mais precoce e seguro de gravidez.
US: No transdutor abdominal, identifica-se saco gestacional com 6 semanas, e pelo endovaginal, mais precocemente, no 2º dia após a falha menstrual.
Sempre deve-se considerar os diagnósticos diferenciais, como amenorréias fisiológicas, patologias ginecológicas, uso de medicações, gestação ectópica.
Amnioscopia: identifica o sofrimento fetal crônico (líquido meconial), da prenhez prolongada (exagero de grumos), da isoimunização Rh (líquido amarelo-canário) e da morte fetal (líquido vermelho-escuro).
Amniocentese: diagnóstico do sexo fetal (corpúsculo de Barr – céls do sexo feminino), morte fetal, sofrimento fetal crônico, defeitos genéticos, defeitos do tudo neural (níveis elevados de alfa-fetoproteína), isoimunização feto-materna, diagnóstico de rotura precoce de membranas.
2006-12-12 06:03:08
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answer #2
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answered by Anonymous
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